terça-feira, outubro 30, 2007

A Coluna de Opinião do Cathleen dIAZ Gomes

O que dizer dos Gossip? Que são maus? Naaaaaaaa... Tastes will allways be tastes, em amaricano. Que são UM GANDA SOM, COM GANDAS GUITARRADAS? Também não, bolas, isso também seria uma opinião. Que fazem música? Indiscutível. Que a música que fazem acrescenta alguma coisa ao panorama musical actual? Ah, isso já é outra cumbérsha! Inócuos, pois então. Mas as bandas são obrigadas a inovar? É claro que não! Atão pronto, ficamos assim!

"Ó dIAZ... tás maluco? Atão não vais dizer aquelas coisas do costume"?

Bem... talvez faça abaixo uma relação de bandas que ficaram na História (ou, precisamente, NÃO ficaram) pelas mesmas razões dos Gossip. Faziam música, causaram alguma celeuma, principalmente na rádio, os álbuns pareciam iguais do princípio ao fim e, por essas razões todas, desapareceram! E não me venham com coisas do estilo "iiiiiihhhhhh não tem nada a ver", porque TEM! Os géneros em voga é que divergiam. Os carrinhos de choque de ontem são os podcasts sub-18 de hoje!

Prefab Sprout

Baltimora

Samantha Fox

Tears For Fears

Milli Vanilli

Gene Loves Gezebel

MC Hammer

Ridículo, não era? Não... na altura não era!

segunda-feira, outubro 29, 2007

ACORDO ORTOGRÁFICO PRODUCTIONS prazentiert "Português, Português do Brasil e Português Fofinho"

O Diamante por Lapidar:
"Aeromoça... é Hospêdêira"
"Cadarso... é Átácádô"
"Açôgui... é Táilho"
"Trêim... é Cômbôio"
"Tôrcida... é Cláqui"
"Pibolíim... é Mátráquílhu"


A Pérola:
"Pum Côcô... é Pêidjínhu com Môlho"!


Com os devidos agradecimentos ao Zélélé, Zézalíde ou, simplesmente, Zé!

sexta-feira, outubro 26, 2007

DocCharneca 07

A correria à Culturgest, as filas para tirar bilhete, quase nunca para o filme que queríamos REALMENTE ver, a falta de estacionamento, rezar para conseguir sessão tardia, quando o bilhete dá direito ao estacionamento do Edifício CGD, "vamos pelo Campo Pequeno", "Não, estúpido, vamos pela Av. Roma, estacionamos ao lado da Igreja e andamos aquele bocado a pé", "Chamaste-me estúpido? À noite levas sopa, porca", "Não faz mal, estou com o período". Calma!
Jovem: gostas REALMENTE de cinema documental ou andas um ano à espera do DocLisboa? Ou uma, ou outra! Ou gostas de ver documentários e papas uns quantos que sacas da net, outros que passam na 2: e os poucos que estão no Blockbuster ou, pelo contrário, papas tudo de uma vez no DocLisboa e ficas o resto do ano a digerir e a indagar se não terás estado um mês da tua vida a assistir a desfiles de moda e barbas modelo Devendra Banhart.
Quando te sentires aborrecido com a pseudo-intelectualidade, vem ao DocCharneca, pá! Pode não haver gajas boas de All Star, écharpes negligé chic e metade da clientela do cabeleirero Facto, mas há minis e minuíns!

Na sessão de hoje:

Chock Doctrine, do Cuarón

Sharkwater, de Rob Stewart

Shine a Light, do Scorcese

Joe Strummer: the Future Is Unwritten, de Julien Temple

How To Cook Your Life, de Doris Dorrie

Poderia Ser Mais Fácil???

Tenho um problema de Red-House-Paintersdependência.
E há uns aninhos, quando vieram ao CCB, fiquei revoltadíssimo com o preço dos (poucos) bilhetes e o facto de não terem sido concedidas acreditações de imprensa. A procura superara todas as espectativas, embora à escala de uma banda do tempo em que havia, de facto, música alternativa, com o seu expoente máximo na 4AD.
Eis então que Mark Kozelek, sem os outros, está de volta. Amanhã, dia 27, no maravilhoso Santiago Alquimista.
Hoje de manhã, a senhora da Radar dizia: "Basta ligar e dizer-nos, com veemência, que quer ir ver o Mark Kozelek". Hé lá... tu queres ver que ainda é possível ouvi-lo cantar-ME o Mother, o Grace Cathedral Park ou isto???
Passo 1 - 21 01 05 790
Passo 2 - "Estou? Bom dia, eu QUERO MESMO MUITO ir ver o Mark Kozelek", "E faz muito bem... Diga-me o seu nome e n.º de BI".
Passo 3 - Hã?

quinta-feira, outubro 25, 2007

Série UM GAJO SABE - Tomo VIII

Um gajo sabe que é corno manso...

...quando sai do trabalho mais cedo, sob os protestos do director: "É pra essa merda que te pagamos €3.759 por mês??? Tens que fechar um caderno hoje, pá" e nos dirigimos directamente para casa, com passagem pela mercearia gourmet. Para "melhorar as coisas lá em casa", compramos um vinho X-P-T-O, uns produtos que até dão calor de tão exóticos, cozinhamos, espalhamos velas pela mesa e chão em torno desta, sentamo-nos e, quando ela entra em casa, já a esperamos, com olhos de cachorrinho abandonado a que gaja nenhuma, à excepção da Lara Li, consegue resistir. Tentamos ignorar o seu rubor das faces causado por esfreganços em barba alheia, cabelo desgrenhado e cheio de nós, odor a suor de cama.
Com toda a calma do mundo, perguntamos: "Sirvo-te"?
Ao que ela responde: "Às vezes"!

Cantiga de Elogio e Bem Dizer

Não, não venho aqui dizer mal do David Fonseca. Pelo contrário... parece-me um gajo inteligente. Mas essa é uma característica inata. Mais louvável será a sua óbvia maturidade musical. Que - não interessa - pode ter sido incutida, mas que arrisco a aventar: o homem é um autodidata! Não me parece que, durante a infância, ouvisse os Xutos, Delfins ou Sitiados quando estava sozinho, talvez com os amigos e para fazer o favor! E isto diz muito...
"Mas se tu não conheces o homem, ó dIAZ, como chegas a essas conclusões?", perguntarão os mais curiosos... Simples. O acto de fazer uma cover traz em si muito mais que isso mesmo. É partilhar com um público um gosto pessoal e toda a emoção (ou comoção) que isso poderá trazer. Uma versão do Respect, dos Erasure, é um acto de coragem. Agora, no novo álbum, o Rocket Man...
Confesso que não o oiço a não ser que seja obrigado. Aí, suporto-o. Irritam-me as palminhas e os assobiozinhos como artifícios (e clichés) de uma pop que já foi assim. Not anymore...
O que me irrita MESMO é o bando de impúberes que, sendo fãs de David Fonseca, ofendem a sua inteligência ao ter ignorarado, até agora, um dos maiores temas da década de 70, frutífera que foi. Talvez por causa do Nikita que, convenhamos, era ridículo. Talvez porque o Your Song ficou para sempre ligado à morte da Princesa dos Pobres de Espírito, mais o Candle In The Wind à mistura. Convenhamos, o homem tem azar! Quando alguém decide fazer uma versão de outro grande tema como o Yellow Brick Road, o destino decide-se pelos Keane??? A vida é cadela!
Mas quando se gosta MESMO de música (ponto), os "pontos negros" de algumas carreiras não fazem mossa. O Bowie também escreveu o Let's Dance e não é por isso que deixa de ser The Man Who Sold The World to a Higher Grace... Apenas teve mais sorte com quem fez versões...

quarta-feira, outubro 24, 2007

terça-feira, outubro 23, 2007

E Agora, Um Pouco de Música...

Quando o Leonard Cohen a compôs, não fazia ideia do que acabaria por vir a ser. Como o Suzanne ou So Long Marianne, poderia ter sido aquilo que quase todas as músicas do Cohen são: Mais uma música do Cohen...
O Dylan nunca gravou uma versão, mas cantava-a em muitos concertos. Não todos, porém.
O Cale, que percebe uma ou outra coisa de música, oh hail Velvet Underground, gravou aquela que terá sido, até hoje, uma das melhores adaptações do tema. Vinha no I'm Your Fan, de 1991, um disco idealizado e produzido pelo senhor Christian Fevret, da Les Inrockuptibles (na sua melhor fase), onde várias bandas (Pixies, REM e mais algumas de que não me lembro agora), interpretavam hits do Trovador.
Mais recentemente, já a entoaram Bono, KD Lang e o "delicado" e nasalado Rufus, tendo, inclusivamente, figurado numa cena do Shrek.
Eu tenho para mim que todo este recente entusiasmo se deve a uma versão com pouco mais de dez anos, sem a qual a coisa se teria perdido na história.
Sei que o produtor do álbum onde figura, de seu nome Grace, Andy Wallace, não concordava com a sua inclusão no alinhamento e ficava preocupadíssimo a cada vez que se tentava a gravação, que acabou por atrasar o lançamento do disco. O intérprete cantava-a sempre de forma tão diferente, que Wallace acabou por tomar o assunto em mãos e montou um conjunto de todos os takes para formar a faixa. Um puzzle, portanto.
Nascera, assim, o seráfico e beatífico Hallelujah do Jeff Buckley.
E fez, no passado dia 29 de Maio, uma década desde que levou consigo a impossibilidade de a podermos voltar a ouvir...
...nesse coro de anjos a uma só voz.

O Decoro, qual imundície

No teu pano cai a nódoa
que eu
vil, torpe
derramo
a cada passo que dás
Sou mais
maior
mais alto
ao amar como amo
todo o bem que o teu bem tão bem me trás...

Queria tocar-te
ao primeiro raio de luz
pousar-te a cabeça no ventre
ter-te aqui presente
congelar este aroma
salva, coco e amora
fazer a colheita agora
para esta redoma

Foges pra longe de mim
agora que sei
que ter-te enfim
seria ter-me
para que
juntos
nós
fosse
neste rio, de que és nascente
eu foz
o Sol a nascer já poente
numa panóplia de cor
Branco eu, ausente
Vermelho tu, amor.

Berrar a plenos pulmões
que tu, ardente safardana
me tens pelos colhões!
Tá mazé a abrir essa passana!

O Jardim das Delícias ou Vai Uma Partidinha de Mikado?

Tumoko Tanaka sentada à minha frente. Mãos pequenas, lisas, quase pueris, segurando um enorme copo contendo a confusão de aromas que encerra um Quinta da Peceguina 2003. Olhos sorridentes mesmo quando não. Baixa insistentemente o olhar e morde o lábio inferior, pequeno e grosso, com os dois incisivos superiores, arredontados, grossos, alvos. Cai-lhe uma madeixa de cabelo liso. Reponho-a por trás da sua orelha minúscula. Olha-me agora. E envolve-me todo o calor que me traz certezas: Somos veículos apreciadores da beleza. Passa por nós tudo o que é bonito, fica-nos nas mãos a morna brisa, as mil centelhas do sol sobre as ondas.
"Explica-me que coisa é essa das japonesas acharem que os europeus cheiram a cadáver", pergunto. "Não é o caso dos portugueses, dIAZ San, meu pequeno Shogun", responde-me, com voz impúbere.
Eu remato: "Já andaste de metro?"

sexta-feira, outubro 19, 2007

Preciosismo Machintoshista

Informaticamente, deve haver poucas coisas tão ridículas como ter que carregar no Alt Tab para escrever uma @ ou um €!!!

O Post Mais Cagão de Uma Vida ou REACHING THE PEAK OF LOW LEVEL

Se há réstia dos tempos em que eu era um gajo incrivelmente atraente, morará no facto de todas as semanas dar de caras, no comboio, com uma gaja que já me passou pelo estreito!
E num exercício de memória facilitado pelas ampolas de Fosfogluten (que servem para contrariar os efeitos da bolota paquistanesa e do pólen marroquino), lembro-me das formas de cada uma, do cheiro, da maneira como encaracolavam os dedos dos pés e os exactos decibéis da gritaria!
A excepção a esta regra sentou-se hoje à minha frente. Agora vive com um gajo e tem um filho, razão pela qual seu nome é omisso. Mas apeteceu-me mesmo perguntar-lhe se, ao actual companheiro, também lhe deixou cair a sarda na areia, antes da cópula, fazendo com que seu instrumento ficasse inutilizado, durante uma semana, para as restantes solicitações!

Há coisas que um gajo remete para o cantinho mais esconso da memória, pá!

quinta-feira, outubro 18, 2007

Le Goût Des Autres ou a Apologia de Apollinaire

Oh, como amo ser acusado de mau gosto no que escrevo. O arrepio, os espasmos, as ganas de soltar amarras e largar por aí, como os outros Grandes Génios! Como não sou digno de visitas, neste humilde espaço de Escrita Grande Criatividade e Inigualável Valor para o Panorama Criativo Português (e não da blogosfera, porque se a Blogosfera fosse um sítio de jeito o Cláudio Ramos não tinha um blogue), de Génios como o Pacheco Pereira, tenho de me contentar com malta que, interrompendo o visionamento da Ilha dos Amores, lá me faz uma visita para me acusar de mau gosto!
É bom! Amo!
E aproveito aqui para referir, tomando para mim um profundo bom gosto literário que será, como é óbvio, mau gosto para quem está habituado ao Paulo Coelho e pouco mais, Apollinaire! Esse Génio elevado ao máximo expoente de um género literário de que Sade era apenas uma trémula lamparina de azeite! Picasso, seu amigo e companheiro, havia de rir a bandeiras despregadas, enquanto lia críticas de alguns doutos que se limitavam, na altura, a Proust. Fosse assim, Vian nunca teria visto a luz do dia.
Posso ir por coisas como: "O cu dilatou-se ainda, sacudiu-se um pouco, e a merda caiu, bem quente e fumegante, nas mãos de Mony que se estendiam para recebê-la. Então ele exclamou: «Fica assim!» e, inclinando-se, lambeu-lhe bem o buraco do cu fazendo enrolar o cagalhão nas mãos. Depois esmagou-o com volúpia, e a seguir besuntou todo o corpo. Culculine despia-se para proceder como Alexine que se pusera nua e mostrava a Mony o seu gordo cu transparente de loura: «Caga-me em cima!», gritou Mony para Alexine estendendo-se por terra" ou então aflorar outro momento precioso, fabuloso, ofuscante de genialidade, de léxico e rigor no discurso: "Mony levantou-lhe as saias e chupou-lhe a coninha rechonchuda em que ainda não havia pêlos; depois deu-lhe docemente alguns açoites enquanto ela lhe batia uma punheta. A seguir meteu a cabeça da piça entre as pernas infantis da pequena romena, mas não podia entrar. Ela secundava-o com todo o seu esforço, dando movimentos de cu e oferecendo aos beijos do príncipe os pequenos seios redondos como tangerinas. Ele entrou num furor erótico e a piça penetrou, enfim, na rapariguinha, destruindo finalmente aquela virgindade, fazendo correr o sangue inocente. Então Mony ergueu-se e, como já mais nada tinha a esperar da justiça humana, estrangulou a rapariguinha depois de lhe ter furado os olhos, enquanto ela soltava gritos aterradores", mas penso que devo ficar por aqui.

Ou não...

quarta-feira, outubro 17, 2007

Série UM GAJO SABE - Tomo VII

Um gajo sabe que é velho quando...

... já bêbedo, declara que é do tempo em que, antes dos concertos dos Xutos, havia romaria obrigatória à Porfírios, para comprar o lenço que se atava ao pescoço ou pulso!

Exercício TIME OUT LISBOA

(CABEÇA) A Grande Alface
(TIT) Onde Lisboa é a Estrela
(TIT CONT) Amamos os Pastéis de Massa Tenra da Frutalmeidas
(TXT) Os pastéis de massa tenra da Frutalmeidas são bons. Os pastéis de massa tenra da Frutalmeidas são giros. Os pastéis de massa tenra da Frutalmeidas são saborosos, bons e giros. São pastéis, envolvidos numa massa, assim, tenra. Recheados de carne e outras coisas. A Frutalmeidas fica na Av. Roma, que é a capital da Itália, mas em Lisboa, que é sobre o que esta revista fala.

terça-feira, outubro 16, 2007

Série UM GAJO SABE - Tomo VI

Um gajo sabe que mora do lado certo quando...

... no Mercado da Charneca, compra um quilo de berbigão por €5 e, no saco, ainda depositam outro saco com água do mar e um molho de coentros.

Interlúdio de Grande Valor Antropológico e Coisas

Bom bom, mas assim mesmo bom é começar o dia a ouvir, de uma mesa do café onde se sentavam três idosas (não... é VELHAS, MESMO!), o seguinte preciosismo:

"Acho que desta vez é que a minha neta vai ter sorte! Este rapaz, se não se estragar, é que é! Uma jóia de moço. Sossegado, caseirinho, gosta de novelas, tudo"...

Série UM GAJO SABE - Tomo V

Um gajo sabe que Portugal se está a tornar REALMENTE europeu quando...

... há dez anos que não apanhava um autocarro em Lisboa e repara que, nesse espaço de tempo, as pessoas desabituaram-se do banho diário, à bom e velho tuga!

segunda-feira, outubro 15, 2007

Interlúdio I

Há uns diazitos, li num prestigiado e prestigiante diário nacional (Destak) que "São cada vez mais os portugueses a deslocar-se a Espanha para casar com brasileiras". Isto era a manchete. No corpo da notícia lá se explicava que tal fenómeno se dá para que as zucas possam, finalmente, passar a ser consideradas cidadãs europeias. Não fossemos nós pensar que era outra coisa.
Por falar em "outra coisa", encontrei há alguns dias um amigo de longa data, angolano e adepto das zucas, que "age" em conformidade com tal preferência, a quem a esposa, parecendo que estava a adivinhar, ter-lhe-á dito durante uma viagem de carro: "Não sei o que se anda a passar com os homens portugueses que anda tudo a divorciar-se para casar com zucas"!

Ai não?

Pois bem, digamos que nós, os tugas, começamos a ficar algo enfadados de gajas que, parecendo ignorar que são as únicas da Europa que têm de rapar pernas e bigode semanalmente, ainda acham que são the fruit of the loom, mais aquela expressão de: "Olhameste, que me deve querer comer", quando um gajo diz algo tão simples como: "Desculpa, tens lume?" ao mesmo tempo que só tem tempo de pensar: "Estou cá com uma flatulência, dEUS queira que não o solte quando estiver a acender o isqueiro"!

Série UM GAJO SABE - Tomo IV

Um gajo sabe que os Radiohead são os melhores quando...

...por €0,20 cêntimos, recebe no mail um conjunto de temas musicais de uma excelência, rigor, qualidade, primazia, competência, originalidade e poder que, no decorrer de 2007, ninguém conseguiu supor!
Sei que ainda faltam meses para o ano acabar...

... mas...

... hé pá, esqueçam!

sexta-feira, outubro 12, 2007

Série UM GAJO SABE - Tomo III

UM GAJO SABE que prefere Machintosh quando...

...culpa a inércia, a burocracia, os atrasos e os erros das repartições, gabinetes, secções e departamentos pelo uso do Excell e do Power Point!

quarta-feira, outubro 10, 2007

Série UM GAJO SABE - Tomo II

UM GAJO SABE que já passou o limite de peso que instituira para si próprio aos 25 anos quando, no restaurante onde almoça diariamente, passa ele próprio o cartão multibanco na ranhura, introduz a quantia, verde-código-verde, aguarda, recorta o primeiro recibo, guarda-o no bolso, recorta o segundo e entrega-o, juntamente com a máquina, ao proprietário do tasco!

Série UM GAJO SABE - Tomo I

UM GAJO SABE que não anda bem quando...

...dá por ele a olhar para a Júlia Pinheiro a pensar se ela também grita daquela maneira na cama!

terça-feira, outubro 09, 2007

É Tão Bom Quando o Mundo Gira em Torno de Nós

Gosto de pensar que o banco de trás da minha Gioconda e suas vibrações, provenientes de um potentíssimo motor Rally 200cc, tenham contribuído para a gravidez da Simone! Era vê-la, há um ano atrás, dizer-me adeus à pressa, "obrigado pela boleia e tal", já salivando, a correr escadas acima ao encontro da sua cara-metade...

É Feio, MUITO FEIO...

...brincar com os sentimentos de um jovem pai!
Isto não tem absolutamente piada nenhuma!

segunda-feira, outubro 08, 2007

Ironia do Destino ou + 1 Paço em Frente Nesse Grande Género de Humor Negro

No funeral do jornalista japonês morto na Birmânia, a mulher disse: "A vida é Xintôdida! Ainda a semana passada tínhamos estado a comer fugu"!

Ok, sei que é 2.ª Feira e estou mal-disposto, mas TOU FARTO...

...dos eruditos musicais. Aceito melhor quem ouve Beoncé ou James Blunt porque gosta (e afirma-o sem quaisquer pruridos), do que quem ainda pensa que ainda existe Música Alternativa e papa as 4.327 bandas-sósia dos Franz Ferdinand, achando que "rasgam" e "inovam" como se falassem dos Nirvana nos 90, dos Kraftwerk nos 70 ou do Bowie nos 60. É ridículo! Mas têm desculpa. Em Portugal, ao que parece, também existe a internet; Incrível! Vendem-se revistas de música como a Mojo ou a Q; Ninguém diria! Lê-se o Y e pronto! Já os Arctic Monkeys enchiam salas e foi preciso a Cathleen Gomes falar disso no suplemento d'O Púbico para toda a gente ficar a saber que haviam uma banda-sensação a fazer furor nessa coisas estranha, a web, que afinal serve para mais coisas para além do msn, hi5 e youtube.
Assim, agradeçam-me pelo abaixo. Ou não!

Edições e Reedições de Setembro de 2007:

Kate Nash, Made of Bricks - Folkinho
Foo Fighters, Echoes, Silence, Patience & Grace - O melhor desde que Grohl deixou de ser apenas o Baterista dos Nirvana. Oiçam o tema de abertura (The Pretender) e tenham, imediatamente, a certeza disso.
Hard-Fi, Once Upon A Time In The West - Rock com arranjos. Muitos arranjos.
Dot Allison, Exaltation Of Larks - Quase sem bateria, a chamada birdsong que a maioria nunca chegou a conhecer dos Goldfrapp, com electrónica subtil.
Joseph Arthur, Nuclear Daydream - Bonito.
Broken Social Scene presents Kevin Drew, Spirit If... - Dá ideia de ser um álbum a solo do Kevin, mas não é! São mesmo eles e no seu melhor.
Edwyn Collins, Home Again - O ex-líder dos Orange Juice. O resto é pormenor!
Holger Czukay/Ursa Major, 21st Century - Retro-electro-pop. Inventei agora.
Durutti Column, Idiot Savants - 27 anos depois, melhor que sempre!
Fugu, As Found - California sound, se é que tal existe.
José González, In Our Nature - Não tão bom como o 1.º Álbum, mas vale a pena.
PJ Harvey, White Shalk - Regresso aos tempos em que a Polly Jean era a Polly Jean!
Joe Henry, Civilians - O cunhado da Madonna. Não a inveja. Ela faria melhor se o invejasse!
King Creosote, Bombshell - Oficialmente, o 4.º álbum. Excluindo os restantes 30, que ele gravou no pc lá de casa e distribuíu pelos amigos.
Iron And Wine, The Shepherd's Dog - Com os Calexico são melhores. Mas isso é porque eu gosto dos Calexico.
Candie Payne, I Wish I Could Have Loved You More - O título não deixa imaginar o que para aqui vai. Foi lamechamente mal escolhido!
Magic Numbers, Undecided - Um EP para alegrar as manhãs enquanto não chega o álbum.
Levy, Glorious - Parece "normal", mas a teimosia na audição compensa.
Murcof, Cosmos - Na Galeria ZDB não me pareceu tão bom.
Patrick Watson, Close To Paradise - Quanto a mim, a next big thing! A ver vamos...
Devendra Banhart, Smokey Rolls Down Thunder Canyon - Só ouvindo. E quem não gostar, espere pelo concerto!
Josh Ritter, The Historical Conquests Of... - Ligeiramente country. Adoravelmente country.
Chingon, Mexican Spaghetti Western - Quem é, quem é? Robert Rodriguez, himself, com alguns amigos! Bom, muito bom!
The Pines, Sparrows In The Bell - Folk melancólico, minimalista e negro. Quase Nick Cave sem o Blixa e aquela ambiência de Véspera de Armagedão!
Swayzac, Some Other Country - Electrónica, dub e house fundidos. Sem vozes era outra coisa.
The Rumble Strips, Girls And Weather - Finalmente, uma banda britânica que não faz mais do mesmo nos últimos três anos.
Joy Division, Closer - A reedição, sem remasterização. Do I need to say more?

Chega?

quinta-feira, outubro 04, 2007

O Bom Gosto que Provém da Inteligência

Sei... que os portugueses em geral e os da Mouraria e Alfama em particular sabem tanto de inglês como eu sei fazer apfelstrudel estaladiço, com pedaços de maçã, canela e molho de baunilha por cima.
Isso não desculpa, porém, a falta de gosto. Porque quem aprecia minimamente uma ou duas palavras bonitas dar-se-á sempre ao trabalho de tentar saber "o que é que aquele palhaço está prálí a cantar". E eu não compreendo como é que alguém dá TANTOS euros para ir ouvir isto:
"Roxana...
Tu não tens que ligar a luz vermelha
Esses dias acabaram
Não tens de vender o teu corpo na noite

Roxana...
Não tens que usar esse vestido esta noite
Andar nas ruas pelo dinheiro
Não te importas se isso é errado ou correcto

Roooooooxana...
Não tens de ligar a luz vermelha
Roooooxana...
Não tens de ligar a luz vermelha
liga a luz vermelha
liga a luz vermelha
liga a luz vermelha
liga a luz vermelha
liga a luz vermelha".

Se, porventura, alguém não perceber português, eu traduzo para uma língua onde TUDO fica mais ridículo ainda, antecipando a data em que, 1000 anos depois, será a nossa língua oficial.

"Roxanne
No tienes que encender la luz roja
Esos dias se han acabado
No tienes que vender tu cuerpo a la noche

Roxanne
No tienes que ponerte ese vestido esta noche
Hacer la calle por dinero
No te importa si está bien o mal

Rooooooxanne
No tienes que encender la luz roja
Roooooxanne
No tienes que encender la luz roja
Enciende la luz roja
Enciende la luz roja
Enciende la luz roja
Enciende la luz roja
Enciende la luz roja".

Hé pá, ó Sting... nem com todo o sexo tântrico deste mundo, filho!


















Ui... esta faz-me lembrar outra muito bôua, também, com um orgãozinho "supimpas" e um gajo a com nome de alemão gay (Van Halen) a cantar: "Salta, eu disse salta, eu levanto-me e nada me põe pra baixo, tens-no rijo, eu já vi dos mais rijos na área"... enfim...

Póker Alho maizó Árderróque!

terça-feira, outubro 02, 2007

Sentir a presença do Humberto Eco mas não a do Sean Connery... e pouco mais!

Não é o ser-se budista que é fashion. O ser-se crente de uma religião é que é muito non-fashion. Ora, sendo que o budismo é uma filosofia e não uma religião, resta aos que de isso sabem, público informado, seguirem os ensinamentos de Buda, ainda que muitos deles sejam tão mal informados (muitas vezes por ausência de sentimentos budistas, como seja o aceitar correntes religiosas não-dogmáticas, desde que apregoem o bem), que desconheçam outros lados do mesmo cubo, como algumas ramificações cristãs ou mesmo o Novo Testamento, "que pimbisse"!
Isto faz, entre tanta coisa, com que Os Tibetanos esteja sempre à pinha de gente de pullover atado nos ombros, que o Dalai Lama, qual Papa do Budismo, cobre €15 por cada ensinamento, que as budistas desta nossa terra corram esbaforidas às rebajas na Baixa e Stock Markets na linha, que o Sidharta seja um livro tão teenager como a Insustentável Leveza do Ser, que o Chakal, ou lá como se escreve, que tem cara de lebre, seja a perdição das gaijas cool (acho que o gajo é cozinheiro-budista).
Eu, que não acredito em coincidências na medida em que lhes dou outro nome, dou comigo na abadia de Melk, Áustria, entre majestosos carvalhos cuja folha semi-caduca já acede ao beijo deste frio outonal. Muito pouco Robur, estes Quercus.
Quanto mais me aproximo do benedictino edifício, mais rostos exóticos, mesmo para asiáticos, se cruzam comigo. Um mar de gente ordeira espera à porta. Postais do Dalai Lama em quase todas as mãos, finas, quase todas de mulher. "Ó dIAZ... atão não queres lá ver que não o apanhas em Lisboa e tá práqui enfiado"? Faço uso daquela coisa que diz Press e custa €37 de 2 em 2 anos. Entro. Respeito a fila, à budista. Aperto-lhe a mão. Afigura-se-me como um homem sábio e bom. Como um Agostinho da Silva ou um Francisco de Assis.

















Abadia de Melk, fotografada de um braço do Danúbio, no dia 18 de Setembro, acho eu... não me lembro.

segunda-feira, outubro 01, 2007

Nunca quis ser o Ténia. Contento-me em ser este oxiúrozito de que não passo!

Passau foi uma surpresa.
Baviera no seu mais alto nível.
Isto inclui lederhosen, chapelito com pena de faisão, peúgas brancas até ao joelho, fartos seios, sardas em rostos rosados, delicados, bonitos, muitas salsichas brancas e cervejas de litro com tampinha, algum yodling... mas também tudo aquilo que deve ter uma cidade universitária à la Alemagne(muita atenção, contudo. Pensem duas vezes antes de chamar alemão a um bávaro). Uma pequena cidade universitária alemã. Uma grande aldeia bávara, talvez, com gente a tirar o chapéu quando passamos de bicicleta, com redobrados cuidados quando nos vendem umas lederhosen, tamanho 1 ano e 1/2: "Tem que lavar com o nosso shampô. Vai ficar lindo! Moreninho com lederhosen! Lindo."
Mais uma cervejinha, à beira do Donau, olhos postos naquelas encostas de Outono, pastel sobre tela em tons ocre. Toca o telemóvel! Jana? "Ó dIAZ... estou a filmar a Monica Belucci em lingerie, aqui no Hotel da Lapa... não queres vir aqui ter?

Merda!