quarta-feira, abril 23, 2008

What If...

O que seria da Música (assim mesmo, só) se não houvesse a passagem do Intro para o Sovay no Andrew Bird & The Mysterious Production Of Eggs?

terça-feira, abril 22, 2008

No Rescaldo

Podia vir para aqui fazer uma crítica ao concerto do Nick Cave.
Não!
Podia, por outro lado, ser muito desagradável ao negar-me a fazê-lo, do género: "Fossem"!
Também não!
Podia fazer ainda melhor, como dar conta das conversas à saída do Coliseu: "Ai, o homem tá muita rockeiro, já não é nada daquilo das baladas e tal" e demonstrar o meu descontentamento com interrogações do estilo: "Mas que Nick Cave é que esta gente conhece?" ou, melhor ainda, bradando apenas "Hands Up Who Wants To Die"!
Muito menos!
Podia dizer, também, que estou num patamar de estímulo cerebral superior, a incidir mesmo aqui, neste lóbulo destinado à Cultura Musical e, logo, não estou virado para assuntos mundanos como Futebol e Sexo!

Só que fui ali mijar e, bolas, chiça, porra, ou o prepúcio está a crescer ou o Jozelito está a minguar!

Mais...

segunda-feira, abril 21, 2008

Só me apetece é falar de música...

Será porque mais logo vou ao Nicolau Caverna e as Sementes Malignas?
E de que forma pode isso alegrar o dia de um gajo?
Porque se gosta do tipo?
Qual?
Nick Cave intérprete do Red Right Hand?
Letrista do Do You Love Me?
Autor do livro E o Burro Viu o Anjo?
Ou, por outro lado, porque nos Bad Seeds lá estarão, altaneiros, Blixa Bargeld, dos Einsturzend Neubauten, ou Mick Harvey, esse sacanão?
Ou será porque faltam apenas 5 dias para acabar o prazo de envio dos videoclips para o concurso lançado pelos Radiohead, onde já figuram coisas engraçadotas?
De qualquer forma, e para quem conhece a já vasta obra dos miúdos, a fasquia vai alta!

Tens Futuro, Puto - Tomo 2

Agora que Mariachito já domina a bateria com o à-vontade de um Bonham qualquer, ando a iniciá-lo nas artes do baixo. Mas, não sei porquê (quer-se dizer... sei, mas não vale a pena estar a referir o Mick Harvey com a Anita Lane em Intoxicated Man, numa altura em que anda tudo bêbedo de insipidez com a não sei quantas Winehouse - quando o Antony ganhou o mesmo prémio, houve tanto celeuma? Não, claro que não), só me vem à cabeça o Harley Davidson, do Gainsbourg. Do Mal o Menos. Gabriel dIAZ Chingón pode vir a ser drógádo mas será sempre, é garantido, um génio da música!

sexta-feira, abril 18, 2008

Tens futuro, puto!

"Gabriel, não mexas aí"... nada...
"Gabriel, eu não estou a rir! Pára já com isso"... NADA!
"Gabriel, olha que eu chamo o Ronald MacDonald" e é vê-lo a fugir de olhos abertos e mãos no ar!

quinta-feira, abril 17, 2008

Culturas com Passado, Presentes sem Futuro

Antes de ter descido o Danúbio de barco, tinha para mim que a melhor forma de viajar era de carro. A road trip como ela é desde A Estepe, de Tchécov, ao On The Road, do Jack Kerouac. Parar onde bem entendermos, ver a paisagem mudar numa questão de poucos quilómetros ou, inversamente, observar aquela cadeia montanhosa, para onde nos dirigimos há mais de uma hora sem que pareça estar mais perto (ai, Granada mi amor). Desconhecia, então, aquele lânguido correr, de ouvidos abertos para as duas margens que se desdobram em montanhas, florestas, praias, colinas, cidades, vilas, aldeias, uma torre sineira apenas, um aceno de uma cabana sobre palafitas. Depois, há Vukovar e as suas casinhas e igreja ortodoxa, a ombrar com a mesquita, tudo cravejado de balas, como se não quisesse a memória apagar tudo aquilo que fez da Europa dos 90 uma Nova Época Medieval. E tudo o que aprendi começa, aí, a desabar. Ainda ali atrás, na Croácia, tudo era mais seco, vazio, silencioso. Agora, na Sérvia, o rio alarga e há música nas margens. Vem de um local impreciso, no meio da floresta, dos churrascos nos bancos de areia, de um pequeno barco onde um solitário lê um livro (remou até ao centro do rio, ancorou, e preferiu todos aqueles trompetes, acordeões e violinos do transistor ao mais puro silêncio), dos bandos de aves que formam, lá longe, passo o contra-senso ou outra figura de estilo que se aplique aqui melhor, enxames. A Sérvia é um palco. Como não simpatizar com tudo isto? Novi Sad, Belgrado. Aqui, com três frentes de rio, esqueci o barco. Parei alguns dias. Poderia ter parado uma vida. Não interessa porquê. Há afectos e apegos que não se explicam. Ainda assim, há quem os compreenda. Como quando a Stacha dá comigo de queixo nos braços que estão sobre o beiral do barco que está sobre o Danúbio, atracado em Zemun, a margem contrária da cidade, o Ginjal lá do sítio. Tenho um pequeno sevruga (uma espécie de esturjão) no prato e ainda não lhe toquei. Olho lá para o fundo, onde está a Roménia. Oiço: "Gostas mesmo disto, não é? Fica!".
Não podia.
De quando em vez, mato saudades. Encontro a Marija, jantamos, e há sempre malta que vem passar uns dias. Da última vez, fiquei horas à conversa com Dejan Stanković, o tradutor d'"A Ponte Sobre o Drina" da Cavalo de Ferro. O Romance que, supostamente, explicará, pelo enquadramento histórico, a razão pela qual os Balcãs são aquele caldeirão em ebulição. Tentávamos encontrar razões para eu gostar tanto do seu país e ele do meu. Só encontrámos diferenças, antónimos mesmo. Chegou a ser um concurso. Às tantas, eu alterco a seguinte ilação: Comparemos, então, o Velho do Restelo de Camões com o "Somente os indivíduos excepcionais são arrebatados, verdadeiramente, pelo drama profundo da luta entre o antigo e o moderno. Para eles, o teor da vida está ligado de maneira íntima e incondicional à própria vida", do vosso Ivo Andric, que traduziste".

"Ganhaste", exclamou!

quarta-feira, abril 16, 2008

Da Escócia com Amor

1.
Não é possível que os Belle And Sebastian, antes da saída da Isobel, fossem aquilo tudo.
Não é possível que música tão normal e carregadinha de clichés fosse tão boa.
Não é possível que a voz de Stuart Murdoch, tão frágil que nos deixa, suspensos, à espera do momento em que vai ruir, encaminhe os sentidos por aqueles meandros.

2.
Não é possível que Todd Solondz seja aquilo tudo.
Não é possível que estórias de vidas tão banais, comuns e normais possam dar filmes daqueles.
Não é possível que, muito antes de Capote, Philip Seymour Hoffman tenha tido aquele desempenho, sem que ninguém tenha reparado, em Happiness.
Não é possível que Storytelling, com 90 minutos de cenas censuradas nos estates e Palindromes, com o fantástico "I know. I believe you because pedophiles love children" sejam de um humor tão inteligente.

3.
Não é possível que, finalmente, um filme como Juno tenha sido devidamente acolhido pelo público.
Não é possível que todos o tenham entendido, mesmo que nada haja para entender.
Não é possível que uma temática tão comum, cujos intervenientes são alvo de preconceito social, sirva para fazer desmoronar uma série de preconceitos sociais.
Não é possível, a partir disto, reinventar a ternura.

4.
Não é possível que dois realizadores, obviamente inteligentes, decididos em fazer da normalidade um espectáculo de entretenimento, tenham escolhido os Belle And Sebastian para Banda Sonora Musical.

5.
Ou é?

segunda-feira, abril 14, 2008

Aqui, no Burundi, está difícil...

...o Estado português está absolutamente escandalizado com a questão dos Falsos Trabalhadores Independentes.
Eis que, por isso, está empenhado em "castigar" as empresas que paguem a recibos verdes a quem não deveria trabalhar a recibo verde.
Como o fará?
Através de inspecções tipo "raid" a empresas duvidáveis...
Com quem?
Inspectores...
Mas se o Estado já não pode empregar, como remunerará estas pessoas?
Recibo Verde!

Pim...

...entre toi et le diable j'ai choisi le plus confortable.

sexta-feira, abril 11, 2008

Impressões da Noite de Ontem II

Ainda agora aqui chegou e já é tão amiguinha do pai...
A Joana nasceu às 21h04 de ontem, no mesmo Hospital que viu surgir, há 33 anos atrás, este astro que vos escreve.
Isto fez com que Marcão, pai babadão mas Lagartão incurável, ainda visse o Sporting a jogar qualquer coisinha.
Assim que a coisa começou a dar buraco, porém, Dona Joana Sabino decide aparecer, pensando por certo: "Antes que o meu pai desate a chamar nomes pesados ao levezinho, ai meu dEUS, que ainda agora sou tão novinha e já o homem me faz passar vergonhas, vou ver o que se passa ali fora, pode ser que ele venha a correr".
Porreira, a miúda, pá!

Impressões da Noite de Ontem

Sem querer traçar um estereotipo dos habitantes da Zona Saloia...
...a festa da FHM foi uma saloiada pegada!

quinta-feira, abril 10, 2008

Refinar

1.
Há algo de mágico em percorrer, direcção incerta, debaixo de chuva que não o chega a ser, as ruas de Lisboa ao som do Kid A.

2.
Há algo de mágico ao ouvir o Kid A.

3.
Há algo de mágico nos Radiohead.

quarta-feira, abril 09, 2008

Há, na Rua Anchieta, ao Chiado, uma Vida Portuguesa como ela é, Desde Sempre

Sou um Merdas.
Desfaço-me, tremo como gelatina Royal quando vejo um sorriso.
Sempre fui assim, desde que me lembro!
Não é bom!
Incomoda-me.
Deixa-me inseguro.
Faz-me pensar que, se a vocalista dos Da Vinci sorrisse para mim, eu saltar-lhe-ia para cima, fogosamente, num acesso de desejo incontrolável, gritando "fica tu por cima".
Depois caio em mim.
E já não janto!
A Catarina Portas, por exemplo, e o seu perpétuo sorriso (ou será daquela boca?).
E não é que a miúda é desarmantemente bonita? Mesmo? Apre, dIAZ, mais essa coisa que tens com bocas, pá! São só duas mucosas, a de cima e a de baixo, que quando abrem descobrem uma fileira de hastes de esmalte e... pois!
Depois há aquele ligeiro rasgar dos olhos, que parece ser o único momento em que nos concedem usufruto da iálma.
Catarina Portas encostou um ombro, fino, à ombreira da porta, grossa.
Gesto raro, este, o de encostar um ombro, de braços cruzados, a uma ombreira de porta. As portas continuam a ter ombreiras, as pessoas é que deixaram de ter tempo para lá encostar o que lhe é destinado... o ombro.
A Catarina Portas não.
Diz que posso fotografar o que quiser.
Fá-lo com os olhos muito abertos.
Bonita, pá!
E depois há a loja.
Onde estava a porta com ombreira com a Portas.
E o que vende?
Vende, num só espaço, todo o Orgulhosamente Português que ainda se fabrica mas só se encontra, cada um, em cada qual loja da especialidade.
Sabão Clarim.
Andorinhas de cerâmica (aquelas que ficam por cima da placa de mármore "Vivenda O Meu Ninho"), de Bordalo Pinheiro.
Tronos de Santo António (Toda a noite ouvi no tanque/ A pouca água a pingar/ Toda a noite ouvi na alma/ Que tu me podes amar).
Lenços de Viana (Quando eu saio Há rua/ LÉVO sempre amor comigo/ Para poder oferecer/ A quem o tenha perdido).
Sacos de pão.
Alcofas.
Tamborzinhos.
Lápis Viarco.
Brinquedos de Lata (lavatório, fogão, balança, tábuas de engomar com ferro, máquinas de costura, camioneta com grade, carro grua, jipe, carroça com cavalos, cavaleiro).
Esfregões Rex.
"Encerite e a beleza e a saúde das madeiras".
Limpa Metais líquido Coração.
Sabonetes Grapefruit, Fox-Trot, Mimosa do Japão, Tuberose, Ondina, Rivale, Favorito, Banho, Alface, Papaia, Condezza, Hércules, Cravo, Melro, Mussulo e Almond Milk.
Flocos de Aveia, Farinha de Arroz, Cevada Virgem e Fécula de Batata marca Zélly.
Filigranas.
Conservas Tricana, da Conserveira de Lisboa (enguias, lulas, atum, mexilhões, sardinhas).
Azeites Saloio, Triunfo e Santa Maria.
Palitos Lusitanos.
Cremes para mãos Alantoíne e Benamor.
Funilaria.
Ex-Votos de cera.
A Galocha, o famoso caderno Emílio Braga, usado pelo Pessoa e tantos outros, pelo que podem meter o Hemingway e o Chatwin no cu, que para bom entendedor...
Cartas de jogar da litografia Maia.
Azulejos Viúva Lamego.

O Nome da Loja? A Vida Portuguesa Desde Sempre, que é como quem diz Desde Que Encostávamos os Ombros às Ombreiras, baptizando-os!

terça-feira, abril 08, 2008

Também sei tocar piano!

Aos 18, depois de um jantar de turminha bem regado, a stôra de francês diz-me, no seu Peugeot 205 La Coste: "Tu as la plus belle bite que j'ai jamais vue de ma vie, mas não penses que não é por isto que vais deixar de ter negativa". Eu, que já era desarmantemente encantador nesses tempos, senti-me injustiçado e decidi mostrar-lhe, ali, que a minha nota tinha sido estupidamente injusta: "As tuas mamas também não são nada más, mas não penses que não vais apanhar dans les entrefeulles du cu"!

segunda-feira, abril 07, 2008

A quem possa estar interessado...

...quando eu for chefe, nem olharei para CV's que tenham, na morada, Senhor Roubado. Para além de ridículo, afasta os clientes!

sexta-feira, abril 04, 2008

Eu Disse Logo Que Isto Hoje Não Me Estava a Correr Nada Bem...

É com grande pena que tenho de vos dizer a todos que os Beirut vão cancelar a sua digressão de Verão pela Europa. Tenho muitas razões para fazer isto, algumas das quais não quero discutir (...).
- Zach Condon, 4 de Abril de 2008 -



Ontem...

...foi bom!
Munta Boum!
O Parreira e a arte de se ser tão puerilmente chato quanto uma criança de cinco anos.
O Marco e o seu ar calmo de Buda do Bombarral ainda que denote, indelevelmente, a pressão de pré-pai. Antecipadamente babado e já a pensar em vestidinhos e totós!
O Fred ou o Ser-se Tão Espirituoso Quanto Possível!
A Cláudia, preocupadíssima com os seus 31 anos a pesarem sobre a sua compleição de moranga com mais açúcar que as outras, que estavam ao lado.
A Inês, a mesma, só que agora "só faço urologia"... sugestivo... confesso... fisquei a pensar!
A Vanda, mais suave, menos Van Dâmia, mais mulher, melhor.

Esta manhã acordei, assim, mais alegre, completo.

Depois fiz algo que é raro... liguei a televisão. E fiquei a saber que a Fátima Lopes também consegue fazer de chefe de família preocupada com a saúde, e não apenas de gaja que só caga depois de consumir iogurtes com lactobacilus!

Concluí, eu prórpio, que a vida escorregava melhor se eu consumisse, assiduamente, jantares com a malta!

quinta-feira, abril 03, 2008

Buck Rogers no Séc. XXI vs Maria Armanda nos Dias d'Hoje - The Musical

Na Secção B12 do planeta Safron (que deve o seu nome à tonalidade amarela e ao facto do seu denominador ter ascendência indiana), uma palhota de zinco galvanizado por acção de vácuo acolhe, deitados num leito de feno de Zea luxurians amorphus (Milho Paínço que cresce no planeta Safron e que, ao descobri-lo, o denominador indiano teve muita pena por não ser grão de bico, o que inviabilizava a confecção de Bahjis de Cebola durante a sua estadia), estão Maria Armanda, famosa intérprete de um hit do Sequim d'Ouro, e Buck Rogers, protagonista de uma famosa série de televisão dos anos 80 cuja música do genérico era assim "tutuuuuu tu tu tuuuuuuu tu tutututututut tu uuuutuuuuu", e cujo penteado continuava ridículo só que mais careca.
A luz é difusa. M.ª Armanda enrola os seus longos caracóis da púbis, curiosamente iguais aos do seu cabelo, e sorri ternamente:

M.ª Armanda - Como eu amo, Buck, quando me dás tau-tau à bruta por trás enquanto escreves sms no teu LG 345629c. Que tesão!
Buck Rogers - Ah Ah Ah, sentir um homem fazes-me, coisa fofa com carapinha ainda que caucasiana e não preta como aquele gajo que eu encontrei na capa de um disco com um tigre ao lado numa antiguidades loja! Tudo isto eu faço só para te agradar, meu mais precioso de todos bem. Se assim não fosse, apenas escrevia as sms porque a minha mulher disse que hoje ia fazer um Ovis aries que ultracongelado vem do planeta Terra.
M.ª Armanda - E a tua mulher, fá-lo tão bem como eu?
Buck Rogers - Naaaaaa! Diz que meu espigão reprodutor parecer um Bufo bufo!!!
M.ª Armanda - Ah ah ah ah!!! Um sapo? Meu dEUS!

Entra a música de fundo, com especial ênfase na secção de cordas, ilumina-se agora um cenário esplendoroso, de montanhas cobertas de coníferas de encontro a um céu azul. O casal corre, desnudado. Param. M.ª Armanda segura o pénis de Buck Rogers e canta:

M.ª Armanda - Eu vi um sapo, um grande sapo, ele me comeu, à primeira doeu!
Buck Rogers - Tu viste um sapo, guloso sapo, abocanhaste-o, e encuzaste-o!
M.ª Armanda - Ai visto un Rospo, un grozo rospo, tutto ai manjato, in mio culo apertato!
Buck Rogers - You saw a toad, a giant toad, abriste-te tôde, ele entrou tôde!

Fade out

Fim

quarta-feira, abril 02, 2008

Tenho saudades...

...de achar que o Dear Catastrophe Waitress era o Melhor Álbum da Década e da língua da Michelle.

Foi uma das mais belas semanas da minha vida!

Tirar o Bom do Mau ou Alegra-te, Jovem, no teu Emprego!

Ontem, fui obrigado a deslocar-me até Castelo Branco.
Escola c+s Amato Lusitano.
Eis um registo de quem, por gozo do destino, cresceu para se tornar um gajo observador:
1. A partir de Tomar, esteva. Abre-se a janela. O cheiro.
2. Outro cheiro... o de uma escola, estranhamente activo para quem já não entrava num edifício deste género há... muito tempo!
3. As tribos... Continuam a haver os marrões, os que têm a mania que são "muita malucos", os desportistas, os rebeldes, os butchas, os caninas e, claro, as populares, que se Castelo Branco fosse White Castle nos Estates, seriam as cheerleaders. Adstrito a isto, acrescente-se o facto da acne ser um fenómeno em franca extinção!
4. Comprovo a noção com que tinha ficado há uns anos, quando tinha aqui estado: há uma ligeira pronúncia açoriana por aqui.
5. A globalização trouxe muito mais que apenas a internet. Já não há província, no verdadeiro sentido do termo. As aparências são iguais, os interesses também, à excepção da distinção que eu sempre fiz por ser caparicano: ou se tem praia ou não! Mas isto sou eu! De resto, senti dificuldades em encontrar produtos regionais porque os putos querem é McDonalds e os da minha idade querem é Cª das Sandes e, em casa, ultracongelados da 4Salti (desconheço se a Bimbi já é tema de conversa entre escritorárias das repartições albicastrenses). Vi-me forçado a perguntar a velhotes, que partem sempre do princípio que um gajo é da ASAE e que vai fechar a rouparia onde eles vão buscar aquele repasto esverdeado e a cheirar a pé de gaja heavy metal com as mesmas Doc Martens desde os 16! Desconfio que já nem aqui se encontrarão os saudosos matagais, caracóis e tudo, por baixo das peças da última colecção da Women's Secret que estão por baixo da calça Pepe Jeans que estão por baixo do casaco vermelho da Mango, ou Lanidor, ou Miss Sixty!
6. Pela primeira vez, é-me dado o privilégio de beber um café no bar dos professores. E fumar um cigarro sem ser ameaçado de morte pelo contínuo. Descubro, paralelamente, que a mochila que carrego me permite passar por estudante...

... do 12º...

... à noite, pronto!

terça-feira, abril 01, 2008

A todos os que dizem que "Ah, o teu trabalho é só viajar e hotéis e restaurantes, vida santa e mánãsêquê"...

Vou sair agora para acompanhar a ida do André Sardet a uma escola c+s qualquer, tipo putos a gritar e pitas humedecidas...
...ainda para mais, depois vou entrevistá-lo!

Cito o amigo Taveira, muito embora não esteja numa poltrona, nem ao telefone, nem com uma pencuda a medir-me a febre no termómetro: "Esta vida é um inferno"!