segunda-feira, julho 30, 2007

Ando a escrever sobre a Escócia e veio-me à memória aquela que conhecia antes de lá ir...

Uma estação de comboios. Uma Escócia tal como a imaginamos. Extensa, verde, sem árvores. O comboio parte e deixa um grupo de "maltrapilhos".
Sick Boy - So... What are we here for?
Tommy - For a walk.
Sick Boy - What?
Tommy - A walk
Spud - But where?
Tommy aponta para a planície
Tommy - There
Sick Boy - Are you serious?
Atravessam os carris e andam um pouco até à planície.
Tommy - Well, what are you waiting for?
Spud - I don't know, Tommy. I don't know if it's... normal.
Tommy - But it's the great outdoors.
Sick Boy - It's really nice, Tommy. Can we go home now?
Tommy - It's fresh air.
Sick Boy - Look, Tommy, we know you're getting a hard time off Lizzy, but there's no need to take it out on us.
Tommy - Doesn't it make you feel proud to be Scottish?
Renton - I hate being Scottish. We're the lowest of the fucking low, the scum of the earth, the most wretched, servile, miserable, pathetic trash that was ever shat into civilization. Some people hate the English, but I don't. They're just wankers. We can't even pick a decent culture to be colonized by. We are ruled by effete arseholes. It's a shite state of affairs and all the fresh air in the world will not make any fucken difference.
Voz Off - At or around this time, we made a healthy, informed, democratic decision to get back on drugs as soon as possible. It took about twelve hours.

Desta feita, não há foto pra ninguém. Porque quem, a esta altura, ainda não percebeu do que falo, é porque perdeu o Filme de Uma Geração! Mas estão sempre a tempo...

domingo, julho 29, 2007

Boltei boltei, boltei de lá, ainda agora estaba NA Fransha e agora já estou cá!

A Sobreda de Caparica não foge à regra que regula Portugal quando ao Verão se chega.
Bítch voltou da Fransha, com a diferença de um dente. Ou seja, o ano passado não tinha um dente da frente, este ano não tem dois. Ou esse será o seu irmão Chico? Agora não estou bem recordado, à excepção da imagem do cigarro preso naquele vazio, naquele vórtice, buraco negro, Supernova.
Mais uma vez, e interessará isto aos novos ricos do Outro Lado (Bósnios) que invadiram a Sobreda nos últimos anos, que gente estranha há-a em todo o lado. Os outros, os Antigos sobredenses, sabem que sim, mas que a Sobreda bateria qualquer recorde a esse nível. E este Verão regressaram não só Bítch e seu irmão Chico, mas também Mário Nelson (Conguito), João Black (que por ora ainda anda asseadinho e não chama toda a gente de "João, paga aí um sumol", à excepção do Elvis, que é "Pedro"), e mais uns quantos que só serão dignos de nota se provarem estar iguais ao antigamente. Porque há-que desconfiar sempre de quem béim da Fransha, que às vezes parece não ter passado de Carcavelos, Paço de Arcos ou Estoril, de TÃO betos que regressam, ou então do Bairro Amarelo, de tão hip hoppers afranshejádos.
Bítch agora é pai:
Eu - "Como se chama o teu puto, pá?"
Bítch - "Xi, não sei. Ela é que lhe pôs o nome e é daqueles muita complicados lá deles"
Eu - "Atão mas se não sabes o nome como é que falas com ele e estás com ele, man?"
Bítch - "Chamo-lhe Zé"...

sexta-feira, julho 27, 2007

Momento Macho Reprodutor/Cria (# 1)

dIAZ Então, chico... Tás triste? A olhar prás morangas todo pensativo... Costumas desatar a falar pra elas e ralhar com eles nessa tua língua espectacular, meio lapão, meio mandarim. O que se passa? Conta ao Mariachi...
Mariachito Ó pai, o Simão... e agora?
dIAZ Hé pá, preocupa-te antes em fazer agora um daqueles cocós grandes e bons pró pai te ir mudar a fralda pra ouvirmos o Anthony & The Johnsons, como tu gostas, de cabecinha encostada ao meu peito para ouvires os graves, a fazer um cafoné nos cabelos de trás do penteado fashion igual ao teu... vá, força!
Mariachito Ó dIAZ, não preferes ir estragar a festa que os lagartos e tripeiros devem andar a fazer nas ruas ou num jantar de amigos num rodízio brasileiro ali na Charnéque Sur Mér?
dIAZ Filho, meu filho... sejas assim não! Não deves estragar a felicidade dos outros, ainda que essa tenha origem numa pequenez atroz!
Mariachito Ok, pai! Olha, faz-me aquela parvoíce do brrrlllggghhh na barriga!

Lagartixa Papá, papá, já ouviu dizer que o Simão, que até chegou a jogar no nosso clube, tá a ver, vai para o Atlético de Madrid?
Lagartóide Verdade, bebé! Se calhar este ano vou levá-lo ao Marquês, sei lá. Levamos o nosso volvinho daqui da Av. de Roma até lá e você estica a moedinha ao drógado, tá a ver? Boa, bebé?
Lagartixa Fantástico papá, você é mesmo o maior! E posso levar os sapatinhos vela que a mamã comprou na Burberry's Kids do Cascais Shopping e depois pagou de joelhos ao senhor com um cabelinho todo janota?

Tripinha Oublá, ó Jubenále... Entoum o Simoum bai de carálho???
Tripeiro (arrôto a feder a bierde tinto e murcela) Berdade, feilho! Aguora é que bái siêr, coum cuarálho, fuôda-se, pá! Inté us cumiêmozócuarálho! Lampiões do cuarálho, tão refudídos, iestánu!
Tripinha Coum Canudo, ó pai, bámos mazié festejar, passa aí o garrafoum, qu'esse é um pumadoum do cuarálho!
Tripeiro Seim, manum digas à tua mâinhe, queu hoje queria biêr se lhe arrebentába cu bujôum!

terça-feira, julho 24, 2007

E como um dia não são dIAZ...

...hoje fizeram amor!

Ela sem ter que fingir, ele sem ter que disfarçar. O encontro dos corpos com que a própria Criação, um dia, achou por bem presentear os Humanos. A negação em si dos dogmas católicos, o verdadeiro sentido do céu muçulmano, o Cristianismo no seu mais puro sentido... Amor! Cientificamente, uma explosão de testosterona e progesterona, um Festim Nu a que nem William Burroughs chamaria Hipófise ou o Frenesim da Pituitária Anterior. Numa descrição mais ao género de Henry Miller, uma canzana explosiva, ela apertando-lhe a base do caralho para engrossar a glande, ele a sentir a resistência de cada anel, o reflexo deste enlace nos vidros da porta da sala, um novelo de cabelo enrolado na mão esquerda, a direita a envolver-lhe o clítoris ao ritmo de cada estocada, firme, matematicamente planeada para que o orgasmo possa ser o Paraíso mútuo, milimetricamente coincidente, ele pressente-o às contracções que o apertam, ela não, pensa que desmaia, depois que ressuscita em ondas de calor, passa-lhe por fora um gelo antárctico, por dentro um vento saárico, ocorrem todos os odores do mundo, todos os sorrisos do mesmo, esse mundo que por escassos segundos, talvez um pouco mais se ele não parar agora, é todo ele feito de calor benfazejo, é a palavra Bonito, é o hálito fresco de um Maio alentejano, o grunho dele, o grito dela.
Ele... João, Ovídeo, Deodato, Manel? Ela... Ana, Joana, Silvana, Maribel?
Não sabemos!
Eles sabem, mas por ora esqueceram!

segunda-feira, julho 23, 2007

Tal como o Earl...

...também eu tento ser uma melhor pessoa, todos os dias! Não tenho é uma lista, porque os meus odiozinhos de estimação são mansos. E partem de um estereótipo que, afinal, não tem muito para estereotipar. Talvez tudo comece com uma pergunta: "Como é que o PP nunca ganha eleições se metade da população portuguesa poderia dar um deputado do PP qualquer?" ou "Há um pequeno deputado do PP em cada um de nós". Vou suportando, tentando, pois, ser um melhor homem todos os dias. Suporto o sapato de vela com sola rasa e sem meia, suporto o corte de cabelo modelo Clã Câmara Pereira e o gestinho de o puxar para trás, suporto o desfilar pela rua com a carteira, tabaco e porta-chaves com correia na mão, suporto o calçanito às riscas com plissa e bolsos, suporto a sua presença em restaurantes de "peixinho grelhadinho" porque só pedem douradas e robalos, que é peixe para quem não percebe um cu de peixe, suporto os Tomás e os Afonsos, mais mal-educados que filhos de ciganos mas por outras razões, suporto as Barbies Enrugadas que os acompanham mas só durante o dia, até suporto a ida às touradas e o festim de sangue, é lá com eles.

Agora camisa para praia? Hé pá, meus amigos... NÃO!

quinta-feira, julho 19, 2007

Inter Lúdio Cultural

"O nosso amor é Verde
Nós somos verdes
Verdes
Como os campos
E as árvores
Quando chega a Primavera"

Ao mesmo tempo que me pergunto porque não figura Natália de Andrade nos anais da História da Cultura Portuguesa, choro por quem reside na rua que possa, eventualmente, consistir excepção toponímica.

quarta-feira, julho 18, 2007

Not Balkan At All dIAZ

Reconheço que a Publicidade (a ciência criadora de necessidades que, até aí, não existiam), sempre me apaixonou. Porque sempre soube que, um dia, o objectivo desta deixaria de ser o de vender o produto. Acabaria por procurar ser apenas tão boa como aquele. Mais uma imagem da marca. A melhor imagem da melhor marca. A melhor, ponto!
Quando se pretende vender um produto, não tem que se fazer a melhor publicidade. Basta atirar um café ou ketchup para cima de uma sopeira que percorre um corredor do Feira Nova, mostrando-lhe no final a embalagem do detergente que lhe tirou aquelas nódoas.
Se assim não fosse, a Honda vendia mais carros! Mesmo que Portugal apenas tenha tido acesso a isto e não isto, isto ou isto.
Aliás, quando se é o melhor, despertam-se reacções. E algumas não são nada más, por sinal. Como aqui, aqui ou aqui!

De qualquer forma, é engraçado (ou então não), pensar que nos anos 40 o slogan da Harley Davidson era "God Invented Honda so that Niggers Won't Ride a Harley"...

terça-feira, julho 17, 2007

Not So Balkan dIAZ

E depois há, claro, a noite do regresso...
Que valeu por esta publicidade num ecrã gigante, em Viena!

Balkan dIAZ #2

Branka pôs aquele brilhozinho nos olhos: "Na Sérvia ainda não se recicla! Nem sequer há tratamento de águas". Estávamos na margem oposta de Belgrado, Zemun, num bar de praia (fluvial, pois), onde centenas apaziguavam os corpos nas águas do Sava, o abrigo possível dos 38ºC que assolavam, há um mês, toda a linha do Danúbio (da Floresta Negra alemã à Roménia). Gente despreocupada, esta! Não como nós, flores de estufa ocidentais... Como eu, que empalideci, dias antes, enquanto bebia água da torneira, ao ouvir a Marija falar com a Staca sobre os cancros no pulmão galopantes que têm vindo a fulminar, desde há alguns anos para cá e num espaço de 15 dias, tantos amigos comuns. "Urânio empobrecido, 1999", julgo distinguir por entre aquele belo linguarejar em sérvio!
É então que passa um veículo MAD MAX! Um amontoado de ferros acima dum inconfundível motor de Diane, uma caixa aberta em tábuas toscamente pregadas. Lá dentro, lixo. Ao volante, uma personagem do Gato Preto Gato Branco, música Turbo Folk em decibéis não permitidos (na Sérvia, QUASE tudo é permitido), para ajudar à interiorização da coisa. Lembro-me de ter lido, num blogue amigo, um poste que deu sururú, de seu título: "Os Romenos são uns Ciganos". É nisso que agora penso. Por pouco tempo. Branka exclama, a olhar para aquele estranho meio de transporte: "As nossas gaivotas são os ciganos. São os únicos que reciclam. Fazem um carro de três bicicletas".

quarta-feira, julho 11, 2007

Balkan dIAZ #1

This stupid teenage crush on you.
The clear memory of every moment in that movie.
Escaping into the sunflower field, riding the vespa, your hands on his face while pulling him from under the table.
Those hands that I know now, as I now know your smile, those lines around your mouth, your eyelashes one by one, the contour of your lips, your laugh during all my stay, your deep voice, your sweet, sweet breath!
Branka, I know you are a star here, I could see it by the way people looked at you in the streets, when everyone gave us their seat in all the restaurants, cafes and clubs where we have been laughing and dancing, drinking and talking, having ZE SPLIFS and just stare, dazed, at each other!
Branka... I used to love you, you know... but now that we were this close I just think that you are the most beatiful woman in the whole world! No man can love such a beeing. One does not have the right to.
But then... your scent, half Danub half Sava, will never get off of me!

quinta-feira, julho 05, 2007

Um daqueles Posts de que nos arrependemos poucos segundos depois OU "Nós, Homens, Somos Todos Iguais"

Gostaria de falar sobre um vocábulo olvidado.
Toda a beleza é efémera, alguém disse. Eu aplico-o às palavras! Os mais belos substantivos em Língua Mátria ou desapareceram, ou caíram em desuso.
E hoje curarei sobre um exemplo que me dói.
Horrorizado, uma dor tão profunda, como se me retirassem medula óssea, sem anestesia e com uma seringa de quilo, para salvar o Adriano Saga.
Antes que pudesse figurar em dicionários, prontuários, esta palavra morreu sem um último suspiro, sem direito a definhar como os grandes. Morrer devagar é próprio de heróis. O mito vem depois. Mas morrer assim, sem que se perceba que "olha agora o fim está próximo, olha agora já foi", é inglório!

Meus amigos, ressuscitemos...

...a PASSANA!

Enterremos, de uma vez por todas, as KRIKAS, as PACHACHAS, as NASSAS, as KATOTAS, as CONAS, as BUCETAS e as VAGINAS, as PIUPÍUAS e as PÁSSARAS desta vida, todos os nomes que reduzem o orgão sexual feminino a mero veículo de prazer.
Descubramos as maravilhosas curvas, sulcos, odores, sabores, texturas da PASSANA, essa sim, nobre, altiva, imponente, desarmante!
E a cada resposta negativa a um (obviamente) irrecusável "Vira mazé pra cá essa PASSANA", brademos, irmãos, em uníssono: "És uma puta sem sensibilidade artística"!

A certa altura...

...pareceu-me ter ouvido o Murphy gritar "We Are North American Scum". Ainda senti alguma piedade do baterista, o único que mereceu, da minha parte, uma ou outra abanadela de cabeça e duas ou três ligeiras flecções das pernas. Uma coisa muito ligeira e comedida, que eu não ando aqui para contrariar as pessoas...

Os Jesus And Mary Chain continuam a tocar para heroinómanos. Mas também os Velvet Underground o faziam e ambos figuram nos anais da História da Música como marcos. Duvido que o mesmo aconteça aos LCD Sounsystem.

Não sei quem estava no palco por volta das 21h. Se os Maximo Park se os Kaiser Chiefs. Confundo-os!

Os Clap Your Hands Say Yeah são bons. Ficaram a perder porque se concertos à luz do dia não têm tanta piada, com um vento irritante e areia nos olhos a coisa fica MESMO FEIA!

Não vi os Mundo Cão. Tenho muita pena. O ex-guitarrista dos Mão Morta e letras do Adolfo. Só pode ser bom! E não era a primeira vez que este gajo tocava antes dos irmãos Reid. Da outra, no Dramático de Cascais, tocaram sem baixista. Ficara retido no Casal Ventoso.

Hoje, nem o Dramático de Cascais nem o Casal Ventoso existem. E isto, parecendo uma nulidade, encerra todo o sentido deste post...

...que alguns não entenderão! E é por isso que lanço alguma luz - embora fraquinha, 20 watts, se tanto, daquelas pra ler na cama - sobre esta problemática. Que não o é. Mas será. Gostar de música, como em GOSTAR DE MÚSICA, viver em função dela, deixá-la condicionar cada momento do dia, cada tarefa curriqueira, sentir os arrepios na espinha sem drogas NÃO É PARA TODOS. O gosto por música está longe de ser o acto de ir a festivais. E ser-se eclético está como o dia para a noite de ser-se Papa-Festivais. Está como os Ratos de Ginásio para o Exercício Físico. Quem gosta de Exercício Físico vai correr para a praia. Quem gosta de Gaijas Boas e Rabos Espetados e Calças de Ginásio enfiadas nos Lábios Exteriores vai ao ginásio porque pensa que os outros ficam a pensar que "sim, senhor, este gosta de exercício físico"!
É que neste Hoje em Dia, um Hoje em Dia de Plástico, a música já não é definida como Boa ou Má. Pode ser boa, mas não é nada se não tiver Onda. Se for má mas tiver Onda, vai-se ao Festival. Simples, não?
Não!
Porque já toda a gente deveria saber que o que hoje tem Onda pode tornar-se RIDÍCULO amanhã...



...ou não?

quarta-feira, julho 04, 2007

Lá por estar sem paciência para escrever...

...não quer dizer que não queira partilhar!

Um Walken à Walken!

terça-feira, julho 03, 2007

Would You Be So Kind To Answer Me?

Qual é o problema dos indianos com as T-Shirts?

segunda-feira, julho 02, 2007

Watch Out For The Killer Cars

Ele disse: "Vivo ali, no sopé daquela arriba".
Ela disse: "E não tens medo que haja uma derrocada"?
Ele disse: "Não! Mas aposto que o teu umbigo também não tinha medo das tuas mamas há dez anos atrás".

Um mar de gente

De manhã, na Cabana do Pescador, o Mariachi, cigarrinho na boca, olha para o mar e exclama para dentro: "Boa, dIAZ... prova que ainda tens a energia e a coragem de antigamente". Como é costume de há vinte anos para cá, acima dos dois metros não há homens. Meia dúzia de gatos pingados. Se estivesse meio metro estava cheio de Morangos com Açúcar de gracejo na garganta e fatinhos da última geração, sempre prontos a gozar com a Mike Stuart do je, um bacalhau do tempo em que eles tinham que esperar que os pais preparassem 3 toneladas de material se queriam ir à praia, enquanto olhavam, no sofazinho Divani&Divani, para os Power Rangers...
Lá entrou o trintão. Duas ou três ondas e pronto. Está provado. Aguenta-se à bomboka, o Mariachi. Sem dores nas costas, sem arfar a tabaco, boa remada, o sal na boca, aaahhhhhh, as saudadinhas.
Da parte da tarde, adivinhando as resmas de Bósnios em busca de sol, parte a família dIAZ em busca da Colecção Berardo. De barco, pois! Pois! E todos os que não foram para a praia, foram ao Berardo. Um mar, mas de gente. Todos com mestrado, doutoramento, licenciatura ou mera curiosidade por Arte Moderna. Duas bichas (isto não é o Brasil, por isso fica mesmo bichas e percebe quem quiser), a partir dos auditórios. E no meio deste maranhal, sobressai uma jóia. Um diamante cuidadosamente lapidado em Amesterdão. Muitos quilates em forma de tuga pançudo com o último botão a contar de baixo) desapertado. Que se dirige a um segurança e pergunta, talvez por pensar que tanta gente à espera só mesmo para o Banco Alimentar: "Isto é a fila para a exposição do Joe"? O rapaz colocou-se logo em sentido e só depois respondeu afirmativamente. É que ninguém trata por "Joe" o Berardo! Talvez os milhares que ele condenou à ignomínia em Angola. E, claro, grandes amigos ou, no mínimo, o vizinho do 3º Direito.



Vais ter de esperar, Bacon!