segunda-feira, setembro 29, 2008

Convite para INAUGURAÇÃO

From NOW on...
Também vai haver ISTO.
Fica aí ao lado, sob o link "Não percebo NADA de ilustração".

sexta-feira, setembro 26, 2008

Coisas boas de que não se sabe...

Biltre, cabotino, mentecapto, lorpa, palhaço, morcão, bronco, sabujo, tacanho, grunho, pilantra, lambão, pulha, bacoco, execrando, bruto, cabresto, pimpão, alarve, ranhoso, pacóvio, rafeiro, canalha, gingão, cretino, palerma, simplório, velhaco, energúmeno, calão, tinhoso, primitivo, leviano, grosso, pachola, cagão, moina, troglodita, calaceiro, besta, vadio, matulão, maroto, janota, parasita, tosco, galdério, maganão, crápula, facínora, pendura, marmanjo, sendeiro, parolão, reles, azeiteiro, salafrário, falso, rasteiro, parvalhão, biltre, cabotino, mentecapto, fascista, fascista!

Biltre by Repórter Estrábico, 4.º tema do álbum Eurovisão, 2004

terça-feira, setembro 23, 2008

Requiem 4 a Dog

1. Abram outra janela ao lado.
2. Cliquem aqui.
3. Copy/Paste da janela linkada para a janela do lado.
4. Agora leiam.

Nunca pensamos nisto...

... quando, ainda cachorro de mês, cinzento, cegueira de leite, perscrutando o ar com um minúsculo focinho húmido, dormia numa pequena caixa de cartão onde houvera embalagens de nestum mel, sobre uma almofada que a minha mãe cosera à pressa a partir das sobras de cortinados, interrompendo vezes sem conta devaneios de sexo desajeitado que, pelos vistos, resultou, lembras-te, Marta, e os teus "coitadinho, está a ganir, põe-no aqui na cama"?
Nunca pensamos nisto...
... quando se torna, irremediavelmente, e para mal dos meus futuros pecados, companheirão inseparável, praia, longuíssimas distâncias de bicicleta (sempre do lado direito, ao abrigo de condutores mais incautos), pequenas distâncias de Vespa (aos pés), noites e noites de copos e fumícios com amigos, concedendo espectáculos inigualáveis à plateia, ora defendendo, em voos acrobáticos, "patardos de força", ora saltando-me para as costas enquanto eu atava sapatos, ora fazendo o número do "salto por entre o 4 do dono". Uma fortuna num circo qualquer, é o que é.
Nunca pensamos nisto...
... quando vemos que as vivendas das redondezas (num raio de 2 quilómetros) começam, ano após ano, a ser habitadas por pequenos sósias, também eles um pouco loucos, eléctricos, Óscares júniores atestando o vigor reprodutivo e a tenacidade que, quando impedidas de serem levadas a cabo, passavam a ser o mero roubo de peças de roupa dos estendais dos donos das cadelas saídas para, com o maior desplante do mundo, dormir sobre elas, com um ar de "melhor isto que nada", que me fazia esquecer o facto de, no dia seguinte, lá ter que lavar, secar e entregar a quem de direito, por exemplo, um sutiã de rendas vermelho, acompanhado de um "peço desculpa" mudo da vergonha.
Nunca pensamos nisto...
... quando o total de atropelamentos é quatro e o de dentadas de rotweillers é 3, incluindo uma em que um rompimento abdominal fê-lo andar de intestinos de fora, sem que soltasse o mais sumido dos gemidos. Nessa altura, já tinha 13 anos e Mariachito estava quase a nascer. Eu, egoísta, não concebia que estes dois não brincassem juntos, e ninguém calcula a tamanha alegria que foi ver, tantas vezes, Mariachito a cavalo no Óscar, Óscar de infinita paciência, a partilhar bolachas que o puto, às escondidas, lhe dava. Pretérito imperfeito.
Porque começamos a pensar nisto...
... quando o vigor se lhe esvai, a cauda baixa e, cego e surdo, sem comer ou beber dias a fio, se recusa a sair de casa com medo do que não ouve, do que não vê.
Quando o levamos ao veterinário e nem são precisos exames para que lhe seja diagnosticada uma insuficiência renal aguda que, podendo ser reversível, voltará dentro de dias. Quando, à pergunta "Está a sofrer?", o "sim" é mais rápido que esta lágrima que escorre, só agora. Quando assinamos um papel que nos separa desta réstia de vida, de toda a vida que era Óscar, este meu primeiro filho que foi, tantas vezes, o meu orgulho, preocupação, saudade e tudo aquilo que são os Grandes Amigos.
E já não pensamos em nada...
... quando lhe vemos os olhos assustados, catéter na pata, procurando acalmá-lo enquanto o líquido entra e ele parece adormecer, ao colo, como tantas vezes fez. Perco-lhe a respiração quente. Perco-o.
E só um animal não choraria.

segunda-feira, setembro 22, 2008

I Run

Corro
em fabulosa torrente
por ti adentro
sem sequer te tocar

Quero-te
de forma demente
louca
contudo impotente
estranha forma de amar

Amo-te
Odeio-te
contraproducente, dirás
quero é que te fodas
e ao aroma que deixas atrás

Cheiro-te
e ergue-se o estame
saguaru magistral
sedento dessa orquídea
em êxtase vegetal

Este vegetal que sou
da cintura para baixo
com todas as outras
quero que me ouças

Sou barrasco basto
para uma marrã como tu
abre esse belo repasto
vou-to meter no cu!

quinta-feira, setembro 18, 2008

Facúndia que arrasa com qualquer relutância feminina e fá-las exclamar, gemendo, "Come-me por trás, à bruta e dá-me palmadas neste rabo bojudo"!

Depois de uma crise gastrointestinal, daquelas mesmo beras, com soro incluído durante dois dias, a primeira GRANDE sensação de alívio vem com a primeira ventosidade sonora expelida pelo ânus, sonora, encorpada, prolongada, que abana os alicerces do corpo, ainda fraco, num doce torpor benfazejo, odorífero, saudavelmente odorífero, ao qual acompanha um sorriso de conquista quando atestamos que a cueca está sem mácula, alva, garantindo assim, e a partir de agora, novo fôlego!

segunda-feira, setembro 15, 2008

Série PERGUNTAS IDIOTAS/ILAÇÕES IMBECIS - Tomo I

Bem sei que, com a idade, perdemos algumas coisas.
Tudo bem.
Ganhamos outras!
Óleo na pele, por exemplo.
De uma perspectiva negativa, somos agora mais viscosos.
Da outra, somos mais suaves, agradáveis ao toque.
É, pelo menos, a única explicação que consegui arranjar para o facto dos pensos rápidos já não colarem, de há uns anos para cá, mais de 10 minutos.

DESTRAVA LÍNGUAS PARA MARIOLAS ou "Oh, quão inspiradoras são as férias"

R - (ÉRRE)
Rómulo
ripou na
rata da
Ritinha
Ramalho fez um
ramalhete da
regueifa da
Rute

L - (ÉLE)

Lambeu-lhe ela a
glande
luzidia e a
langonha de embute
lembrando aquele
lembete com que
Luís, malvado
lambão, a
levara a
Leste

P - (PÊ)
Do
Paraíso
punheteiro onde
putas
pantominam

C - (CÊ)
Conto de
caralhos
cantantes

M - (ÉME)
Maltez
mineteiro de
malho
magistral

X - (XÍS)

Enxovalha
xerecas

P - (PÊ)

Paraliza
patarecas

S - (ÉSSE)

sequioso
surumbalho

CONCLUSÃO

Jovem, agora que regressas à escola
se tudo isto leres sem enganos
é porque bates pouca sarapitola!

Coisas há que professores não ensinam
depende dos educandos,
faz-te à vida
que ainda é curta e outros fornicam
Sê educado, não betinho, boiola!

Summer's Almost Gone...

Mariachi's Back!
Beware!
But mostly, ENJOY!

sexta-feira, setembro 05, 2008

Vou de férias...

... parar um pouco.
Fica por aqui, como que a flutuar, a ideia de que só podemos ser pessoas felizes quando há Pequenos Nadas que nos fazem andar erguidos, de meio sorriso nos lábios e olhar inteiro, durante mais algum tempo. Desta feita, até uma 3ª Feira de Novembro...
E fica a certeza de que os meus Grandes Tudos são mais belos que os dos outros!
Porque Heima means At Home... and there's no place like it, so I've heard!

quarta-feira, setembro 03, 2008

Porquoi Le Mariachi?

Parce que, quand les français "ont envahi" le nord du Mexique, ils invitaient toujours des musiciens locaux pour jouer à leurs MARIAGES. Quand quelqu'un demandait ¿dónde va usted tan bien vestido y guapito, pendejo? ils répondaient Voy a tocar la guitarra, bailar y cantar en un MARIACHI!!!

É em homenagem a este ignorado fenómeno histórico, ao Zorze que fez ânus ontem e, claro, a mim, que peço para repararem nesta bela peça que, sim senhor, inicia com um cavaquinho, depois contrabaixo, depois violinos de uma forma que, para leigos no assunto, pode ainda não ser um indício, mas que conta, no refrão, com uma MARIACHADA de trompetes, sem a qual ficaria TÃO MAIS POBRE!

terça-feira, setembro 02, 2008

Madrigal (ou não) e gritar como quem tem razão!

Foi com surpresa, agrado e muita, muita saudade que, um dia destes, a colocar ponto final numa birra, fiz Load Aspas Aspas Enter no leitor de DVD lá de casa com A Ilha das Cores no seu interior para, festinha aqui, seca lagriminha ali, abracinho acolá, oiço uma voz familiar.
Mário Viegas, pá!
Onde andaste, amigo?
Sinto falta do teu Portugal, quero beijar-te muito, mas muito apaixonadamente... na boca!
D'A Tabacaria, também.
Mas vejo que eras um homem da pequenada, também.
Ora deixa-me ouvir-te melhor.
Rewind:

"Catrapás!
Catrapás!
Catrapás!
Catrapás!
Catrapás!
Que grande poeira
o cavalo faz.
Catrapés!
Catrapés!
Ele anda com rodas
Eu ando sem pés.
Catrapis!
Catrapis!
É um bom cavalinho:
Toda a gente diz.
Catrapós!
Catrapós!
Quando mais o puxam
Mais ele é veloz.
Mas caio, Jesus!
Parte-se o cavalo
Catrapus!
Catrapus!"

Bem, sendo assim, não há que ter vergonha, pois não?
Ainda bem!

Na folha que leva o rio
No rio que leva ao mar
No mar que me leva
toda a vida se queda
a ouvir-me passar

É o melro que canta
outro ali, ao despique
diz-me ser melhor canoro
e eu, em silêncio, ignoro
se daqui ao dique
quanto mais me espanta

Sei que ao cair das águas
se arreda todo o tempo
manto branco, mil fantasmas
segredam, num momento
"Diz-lhe quanto a amas
às palavras leva o vento".

Então, erguido
encho toda a peitaça
chamo a mim todo o ar em vida
e grito, mas a mordaça
quer-me calado, a puta

Levo a vida à sua batuta...


PIM!!!!

segunda-feira, setembro 01, 2008

Aos 62 anos de idade...

... Simonetta Luz Afonso está, desde há poucos dias, reformada.
Portugal é, assim, um Better Place!
Já foi tarde, porém.
Se tivesse metido os papéis aos 50, todos teríamos beneficiado.
Por exemplo... Não tinha sido imposta, durante o curto reinado de Dom Santana, ao Instituto Camões.
Hoje, essa não seria uma instituição fantasma.
Ficamos sem saber qual o valor do cheque mensal que receberá da Segurança Social.
Mas equivalerá, assim por alto, a 100 rendimentos mínimos de Rabo de Peixe, em S. Miguel, tantas vezes apontados (esses e outros) como responsáveis pelo Actual Estado das Coisas.