sexta-feira, outubro 29, 2010

A pedido de VÁRIOS gourmands e imbuído de um espírito de PURO ALTRUÍSMO...

... o dIAZ vai revelar, agora e abaixo, um segredo mui bem guardado. Que faz, há mais de dez (10) anos, as delícias de alguns pRiViLeGiAdOs convivas...


Dificuldade - Média
Tempo de Preparação - 30min.
Tempo de Execução - 2h (mínimo)
Serve - 6 pessoas
Pairing de Vinhos - Tintos encorpados, de preferência com Alicante Bouschet a pelo menos 30% (ligeiramente frio) ou Brancos Fortes com estágio em madeira (fresco).


LISTA DE COMPRAS
Poderá pensar-se que é preciosismo, mas uma ida ao Martim Moniz é de ABSOLUTA importância. Escolha de entre os supermercados Popat Store (C.C. Mouraria, Loja 251-252), Hua Ta Li (Rua Fernandes da Fonseca, 16) e Coentrolis (Poço do Borratém, n.º 23 e 24) ou dirija-se aos três se cada um deles não tiver TODOS os ingredientes: 1 Barra de creme de coco | 1 Embalagem de caril Tikka elaborado na Popat Store | 1 Saquinho de cardamomo | 1 Saquinho de cominhos | 1 Saquinho de folhas de caril | 1 Saquinho de malaguetas frescas mistas (verdes e vermelhas) | 1 500gr de Arroz Basmati da última colheita (quanto mais novo, mais perfumado) | 2 Cebolas roxas firmes | 1 Cabeça de alhos roxos | 1 Embalagem de ghee (manteiga clarificada) | 3 Ramos de coentros COM RAIZ | 1 Raiz de gengibre fresco.


Os ingredientes adicionais passíveis de ser comprados em qualquer outro lugar são: 1 Frango e 1/2 (de preferência, galinha) cortado em pedaços médios | 1 Limão | 1 Litro de leite meio gordo | 1 Pimento
Sal, Pimenta Preta e um pau de canela.


O Caril
1. Temperar o frango numa tigela alta, de um dia para o outro, como sal, limão e uma colher de sopa de pó de caril. Tapar com um pano. 
2. Refogar, num tacho alto (preferencialmente, de alumínio) duas colheres de sopa de ghee com as cebolas picadas, dois dentes de alho esmagados, duas ou três malaguetas mistas picadas com as sementes, pimenta preta moída no momento, algumas tiras de gengibre fresco, o pau de canela e deixar ferver um pouco. 
3. Juntar o frango com o pimento cortado em pedaços médios e mexer para que todo o frango fique ligeiramente cozinhado.
4. Juntar mais uma ou duas colheres de pó de caril, mexa mais uma vez e junte o leite até que cubra cerca de 3/4 do frango. Tempere com sal, tape e deixe a cozinhar durante uma hora com o lume no mínimo.
5. Destape, mexa, e deixe por mais 30 minutos, para que o molho reduza.
6. Prove, rectifique de sal e pó de caril e junte o creme de coco. Quando este derretar, mexa outra vez e aguarde 15 minutos.
7. Desligue o lume e pique coentros frescos (raiz incluída) por cima.
NOTA: Esta receita deve ser elaborada SEMPRE com o lume no mínimo.


O Arroz
1. Aqueça uma generosa porção de água (esqueça as medidas portuguesas das duas chávenas de água para cada chávena de arroz) numa panela de inox com sal, duas sementes de cardamomo, uma colher de sobremesa de cominhos e duas folhas de caril. Tape.
2. Quando ferver, juntar duas canecas de arroz basmati (não lave o arroz) mexa e, a partir do momento que volte a ferver, conte 7 minutos.
3. Retire o arroz e escorra-o num passador. 
4. Coloque-o numa travessa com dois cubinhos de ghee, espere que esta derreta e mexa.







quinta-feira, outubro 28, 2010

Diz quem acha que sabe...

... que eu não gosto dos Estados Unidos da América. Generalizando os Estados Unidos da América. Não eu, mas os que acham que eu não gosto dos Estados Unidos da América, claro. 
Ao não gostar dos Estados Unidos da América, estava inviabilizada a hipótese de apreciar condignamente Yellowstone, o Grand Canyon, o Alaska, um ou outro troço da Route 66 e mulheres com silicone nas mamas aos 16 anos de idade. É ridículo. Até porque mesmo que estes não se encontrassem em território roubado, comprado ou conquistado de forma indecente pelos Estados Unidos da América, continuariam a existir (à excepção das loiras com mamas de borracha, claro). Lá porque se usaram técnicas como a distribuição de cobertores contaminados com varíola às tribos índias para adquirir terras, não quer dizer que a paisagem fique mais feia. Fica, isso sim, com menos índios. Mas, como dEUS é grande e não dorme, o feitiço virou-se contra o feiticeiro por forma a que hajam, hoje, tantos africanos, hispânicos, caribenhos e outros exóticos quanto não permitam ao país vir, tão cedo, a tornar-se uma nação. Mas esses são, ao contrário do que nos possam fazer crer, os bonzinhos. Os vermes odiosos são os rednecks e os texanos. Até prova em contrário, não são necessariamente viscosos ou verdes mas, ainda assim, são asquerosos e repelentes. Precisamente porque veneram um país que, para cúmulo da ingratidão, nem um serviço de saúde lhes concede. Hasteiam bandeiras e votam, imagine-se! Bem... são rednecks e texanos. Compreende-se. O que não compreendo é um português que ainda consiga dizer que os Estados Unidos são um bom lugar para se viver. Porque um belo lugar para se viver até eu acredito que seja. Como o é Montemor o Novo, por exemplo. E que, por acaso, até nem tem rednecks ou texanos. Pelo menos da última vez que lá fui. 
Ao contrário do que se pode pensar, eu até sou das pessoas mais compreensivas para com os Estados Unidos da América. Com todo o paternalismo possível. Porque sei que isto de ter apenas 250 anos de existência (como Estados Unidos da América) é, de facto, muito pouco tempo. Não dá, sequer, para perceberem que raio de coisa é que os une. Os Estados Unidos da América são, portanto, um fedelho. Mas, como todos sabemos, podemos aprender muito com as crianças. E eu acho que, por exemplo, daquele imberbe sistema governamental norte-americano até Portugal poderia tirar umas lições. Começando por constatar que um Democrata nunca será Republicano e um Republicano dificilmente poderá ser Democrata!