sexta-feira, novembro 24, 2006

Once I Wanted to be the Greatest



Disse ela. A mim, continua a dizê-lo, daquela forma vagamente rouca, harmoniosamente rouca, uma voz com textura, como dedos dançando no ar, ou melhor, num corpo, no dela. E sabemos, os dois, que o pretérito só aqui é usado porque alguém descobriu que, ao não ser ela a maior, anda lá muito perto.

quinta-feira, novembro 23, 2006

Mariachi Day, the 22nd November

Santa Cecília, padroeira dos mariachis, foi ontem venerada the mariachi way. Tacos, burritos, nachos com guacamole e muita tequilha com verme, a verdadeira. Entre temas festivos como "Guadalajara" ou "La Feria de las Flores", a incomensurável beleza a cada dedilhar de "La Golondrina", cujo arrebatamento só pode ser minimizado com um shot de mezcal, sem franzir uma ruga da cara. Não é para todos...



A donde irá
veloz y fatigada
la golondrina
que de aquí se va
por si en el viento
se hallara extraviada
buscando abrigo
y no lo encontrara.

Junto a mi lecho
le pondré su nido
en donde pueda
la estación pasar
también yo estoy
en la región perdido
OH Cielo Santo!
y sin poder volar.

Deje también
mi patria idolatrada
esa mansión
que me miró nacer
mi vida es hoy
errante y angustida
y ya no puedo
a mi mansión volver.

Ave querida
amada peregrina
mi corazón
al tuyo acercare
voy recordando
tierna golondrina
recordare
mi patria y llorare.

Depois escreve-me, ó Dois Mil e Seis...

Não tivesse nado Grande Gabriel, The Smiling Mariachito, que carregará para sempre o peso da responsabilidade que é aparecer por aqui na conjuntura Centenário do nascimento do Ti Agostinho/Pentecostes/Dia de Portugal, da Sua Grande Alma e do Seu Arcanjo (Miguel), e 2006 teria sofrido um delete daqueles! Poderia ser apenas o Dark Year da Minha História. Só da Minha. Os mais desatentos, pelo menos, nunca o incluiriam como Dark Year da Sua História. Preferem as estórias. Os mais conscientes, contudo, lembrar-se-ão que o ano quasi transacto marcou o extermínio (fim ou extinção seriam palavras usadas, lá está, pelos mais desatentos) d'O Independente, Blitz, A Próxima Viagem e Ego e dita o fim mais que previsto (diz-se que se diz) do Tal&Qual, bem como crises profundas no Público e em toda a Edimpresa. É óbvio que eu o sinto na pele mais que outros. Mas esses outros deveriam saber que quando é esta a conjuntura, há muita coisa que está ameaçada. E tem a ver com Liberdade, esse valor maior que toda a gente brada ao vento mas que poucos ajudam ao eco! E isto dá-me um imenso orgulho em ter sentido na pele o balsâmico emplastro no cocuruto que foi a década de 90! Porque foi um Big Bang de cultura ao qual só daqui a uns anitos se dará o devido valor. De entre muitas coisas, escolho esta por razões óbvias e aproveito para divulgar, sem ganhar nada pela publicidade, que já está à venda o Fantástico Presente de Natal para Esfregar no Trombil de Editores do Século XXI. E é com saudades que me despeço, por ora, com o abaixo. Porque a Liberdade, meus amigos, é uma coisa linda. Mas é também, talvez, demasiado abstracta!

"Whisky com gelo, tesão no grelo
Whisky de malte, que não te falte
Whisky irlandês, povo português

Amêijoa branca, boa tranca
Amêijoa vermelha, trinca-lhe a orelha
Amêijoa preta, bate uma punheta."

Carlos Quevedo, in

quarta-feira, novembro 22, 2006

Tenho Saudades...

... e tenho um mau gosto na boca por não ter o teu gosto na boca.

terça-feira, novembro 21, 2006

Ossos do ofício/ no Antro do Vício/ Vinde, Silas/ prefiro o teu Silício



Tenho a profunda sorte de estar, neste momento, e de forma remunerada, a levar a cabo um compêndio sobre os melhores resorts do Brasil, a editar sob formato "suplemento" numa revista semanal rosinha rosinha que nem vulva de nórdica.

Para já, toda a gente sabe que os resorts brasileiros são os melhores deste mundo (a ironia que subjaz a isto fica ao vosso critério). Depois, temos ainda que apanhar, no decorrer da pesquisa (sim, espera aí que já te mandamos ao Brasil, não vasculhes a net, não), com ISTO:

"Badalando: O botequim Santa Luzia é a mais nova atração de Angra. Uma bonita choperia que fica na Av. Caravelas. Outra choperia bastante frequentada é o Choop do Prado que fica próximo ao Angra Shoping. Pra esticar a noite as opções mais procuradas no continente são: O Armazen de Angra, geralmente com forró as quintas, musica ao vivo (Pop Rock e JD) as sextas, sábado (Techno e dance) e no domingo forró pé de serra ao vivo. O curação café oferece ambiente misto com karaoque, boite, e área de jogos (sinuca e pebolim/totó)".

Eu não comento. E vós?

segunda-feira, novembro 20, 2006

Warning!

Solicito a todos os que sabem o meu mail que deixem de me enviar este link! Para inícios de dia revoltantes já me chegam os meus. Não preciso disto!
Quer-me porém parecer que há gentALHA que, apesar de ficar muito chocada com estas coisas, continuam a frequentar restaurantes japoneses.
Porque é fashion.
Boa.
Proponho então uma nova modalidade olímpica: "Tiro ao Consumidor de Suchi com Bazuca".
É que "o nível de desenvolvimento de uma sociedade vê-se pela maneira como trata os animais", segundo o assertivo Ghandi, mas tem intrínseco o problema da Cultura (não é possível dizer a um filipino para não comer cão, assim como não dá para dizer a um beirão que este Natal não vai haver matança do porco). Outra coisa é saber das coisas e ainda assim pactuar com elas! E doa a quem doer, meus consumidores de tempuras e sashimis, o que poderão ver na filmagem (se acharem que são capazes, meus hipócritas) é, inegavelmente, culpa VOSSA!

Por isso: METAM A MODA NO CÚ, E COM UM BOCADINHO DE WASABE na ponta!



Aos mais impressionáveis, basta-lhes clicar aqui e ficam a saber o mesmo. !

O Homem que Comia Figos ao Nascer do Sol

O Homem que Comia Figos ao Nascer do Sol era um sacana normal. Nem alto nem baixo. Nem bonito nem feio. Nem magro nem gordo. Nem alegre nem sorumbático. Nem loiro nem moreno. Nem sociável nem introvertido. Para além da relação que impunha, diariamente, entre Os Frutos e a primeira aparição do Astro Rei, pouco mais se lhe pode apontar. Talvez que comia pão de sementes comprado de véspera na Pastelaria Central do dormitório onde residia. Café de saco de proveniência duvidosa. Que o laxava de forma doce, lânguida. Por forma a poder admirar-se no espelho colocado por trás da porta da casa de banho. Sentado na sanita. O ventre crescendo ano após ano. Um dia há-se cobrir a zona púbica. O Homem que Comia Figos ao Nascer do Sol tomava banho com gel duche de aveia e champô anti-caspa. Exigia enxaguar-se com a carícia do turco de uma toalha branca. Esquadrinhava o chão em busca de cabelos. Pêlos. Caídos. Levava a filha ao Colégio dos Cedros. Que não existiam. Que ninguém sabe se alguma vez existiram. Apenas três plátanos. Que ofereciam um manancial de sazonais alergias à criançada. Um eucalipto. Com a inscrição Ana+João=Amor Eterno. Ainda lá está. A inscrição. Uma jacarandá. Purpureava o edifício cinzento. Já fora branco. O Homem que Comia Figos ao Nascer do Sol bebia uma bica antes de entrar no emprego. Chutava dois ou três lugares-comuns à empregada brasileira. Que a enojavam. Não sabia. Ele. Entrava no edifício. Percorria um total de 24 corredores. Contara-os há 14 anos. No primeiro dia de emprego. Quase todos os colegas o malediziam à sua passagem. Coisas ruins. Injustificadas. O Homem que Comia Figos ao Nascer do Sol desconhecia que o chefe convidava toda a repartição para almoçaradas ao fim de semana. Na vivenda da Malveira. Confessava aos presentes achar que O Homem que Comia Figos ao Nascer do Sol era maricas. Ou acabaria por ser. Um dia. O Homem que Comia Figos ao Nascer do Sol almoçava sempre no mesmo sítio. Sempre no mesmo lugar. Em pé. Ao mesmo balcão. Uma sopa. Um pastel de massa tenra. Uma fatia de bolo de bolacha. Um café. O Homem que Comia Figos ao Nascer do Sol chegava a casa cansado. Deitava fora o jornal que não lia. Tentava ver o filme que alugava. Fingia que ouvia as perguntas da filha. Adormecia no sofá. Lavava os dentes com Colgate Herbal. Deitava-se. Lia duas linhas do livro. Que deixava a meio quando já não constava do Top 10 da FNAC. Tentava fazer amor com a mulher. Gorda. Repelia-o. Ela. Adormecia. Ele. Pensando na brasileira da pastelaria. Nos figos que comeria na manhã seguinte. Um doce amanhecer numa vida amarga. Como fel. Um ritual autista. Como tantos outros. Mas só seu.

quarta-feira, novembro 15, 2006

À Merda + o Outono!

Odeio-o! De morte! É o anúncio (antes velado até Dezembro) do Natal, toda a gente louca a andar pelos centros comerciais, os mais sociais a comprar para os outros, os mais egoístas e vaidosos a gastar o vindouro subsídio de Natal neles próprios, é o termo médico "queda da folha", que designa a sazonal chegada em força dos idosos aos hospitais, é o cabrão do vento, é o sol que desaparece sem darmos conta que já surgiu, são as gajas que deixam de rapar as pernas e as virilhas com a devida (estival, entenda-se) assiduidade, é a cerveja que deixa de saber bem porque está frio, é o cheiro do ar sem o perfume das flores, são os pássaros que se remetem ao silêncio, eu sei lá, é tudo e todos!
Mas pior que tudo é dar boleia à mulher mais atraente desta encarnação, amiga porque não calhou ser mais que isso, e de repente, no meio de uma conversação sobre o José Castelo Branco que foi à redacção e exclamou, olhando para uma foto: "Quem é que é esta possidoníssima? Parece uma actriz pornÔ dos anos 70, da LARANJA MECÂNICA (???)", ouvir-se: "Prrruuuóóóóc......... Hé pá desculpa! Isto das castanhas dá-me cá uns gazes"...



Uma ilustração fofinha, para atenuar a coisa!

terça-feira, novembro 14, 2006

E agora.... desçamos a fasquia!

Ouvi dizer que anda aí, mais uma vez, a questão do acordo ortográfico de 1990.
Sim, sou contra!
Sim, sou zeloso!
E sim, no dia em que for aprovado, vou direitinho ao Instituto Camões, agarro na Simoneta da Luz Afonso pelos cabelos, dar-lhe-ei tantas joelhadas na cabeça que permitam ver caír algumas próteses, informá-la-ei daquilo que toda a gente sabe, ou seja: "A Exm.ª Sr.ª D.ª Simoneta é uma enormérrima PUTA", e depilarei, com requintes de malvadez (à pedrada, se possível), as suas axilas, pernas e "full bush" que se lhe adivinha por baixo da Sloggy de algodão! Podia fazer muito pior! Se eu fosse um gajo REALMENTE violento, incorreria na maior das violências para com o sexo oposto (excepto para ela)... a violação!!! Assim como assim, a análise do esperma deixaria implicados mais 359 parceiros sexuais das anteriores 48h! Mas há que ter nível, e eu seria incapaz de encostar a glande onde o Santana Lopes já tenha encostado o que quer que seja!

O Bom Nome!

Meu pai, o grande Zé Diaz do respeitado clã dos "Carecas", nem chamado para aqui é!
Já minha mãe, mui respeitosa senhora do clã Nunes, em tempos a mais atraente donzela a sul do rio Mira e a Norte de Odeceixe, razão pela qual em tantos cuidados a tinha o Grande e imponente Francisco Nunes, ou Chico Padeiro para os amigos da tasca onde o encontrava, já de sombrinha da Regina na mão à minha espera, 1,90m de homem, cujos olhos verdes, por sua vez, alguns vidrados deixara em Santa Luzia, porque "ser carvoeiro e receber o pão das gentes não é vida que se amanhe"! Deste último, recebi o primeiro dos apelidos. Da minha mãe, por via de um instante iluminado, um nome próprio muito próprio da minha geração.

Mas eu juro... JURO... que não tenho NADA a ver com isto!

Indian Summer is...

Porque é que os meus São Martinhos nunca são normais? Onde é que está o problema num punhado de castanhas e uns quantos copos de água pé? Porque é que há São Martinhos que calham ao Sábado e coincidem logo com o regresso esporádico dos amigos madrilenos, já de si "pouco dados à coisa" e, como se tal não bastasse, com a igual vinda, directamente das estufas dos arredores de Amesterdão, do Vitinho, cofiando as longas barbas enquanto, aqui e ali, deposita um diamante por polir nos copos dos amigos mais chegados?
Lá por ser Indian Summer temos de acabar na praia?
Convenhamos, não imagino noite melhor!
Ou imagino, mas não interessa para esta estória!

segunda-feira, novembro 13, 2006

The Question!

M.ª Elísia segura com uma mão a outra e vice-versa, fixa a câmara com o clássico olhar de pincher apanhado no IC19 segundos antes de levar com o rodado duplo (patrocínio Mabor General) de um camião da Inapa, e debita:

- Boa noite, Senhores Telespectadores. Esta noite, o Ministro da Saúde responde a uma pergunta que NÃO tem incomodado os portugueses. Uma questão que ainda NINGUÉM se lembrou de colocar pelas mesmas razões que toda a gente continua, infrutiferamente, a ir votar, porque pensamos que um dia alguma coisa mudará, da mesma forma que o porco ibérico pensa, olhando para o reluzente cutelo no derradeiro momento: "olha (óinc), deve ser para me tirar este espinho do chispe. Já começava a aleijar". Boa noite, Sr. Ministro. Caso vença o "sim" no referendo pela despenalização do aborto, e sendo que este será levado a cabo, porque nem todos temos cerca de €1.200 para o fazer numa clínica privada, num hospital estatal, qual será o tempo médio da lista de espera?

O Ministro pigarreia, olha para as notas, fixa a câmara denotando um ligeiro estrabismo, porque está é a ver se a luzinha vermelha está "on", pigarreia outra vez e gargareja, na própria saliva, porque a voz falha:

- Nove meses!

sexta-feira, novembro 10, 2006

Cãobada de Cabruões!!!

The Man is playing today on such a beautiful city and nobody wants to join me!

Bem... a acreditação escusa o dinheiro do bilhete e, logo, paga a gasolina!

Bom! Muito! Como será o São Martinho em Braga? Mhmhmh...

quarta-feira, novembro 08, 2006

Vivo aqui há cinco anos
mas só nesta última Lua
reparei como a prata
espraiava pelo corredor
Como pude eu negligenciar
tudo isto?
tudo o que pode encerrar
um corredor
com a prata da Lua
pelo chão...
Apaguei as luzes
sentei-me...
...e não consegui
deixar de pensar
que ficava tudo isto melhor
com uma janela aos quadrados.

Ou com os teus cabelos
na minha moldura
de luz de Lua!

terça-feira, novembro 07, 2006

To Break a Promise

Prometi que nunca mais escreveria sobre política, mas há coisas que me tiram do sério!!!
O que se passa com a imprensa portuguesa, toda ela, sem excepção, com o orgão sexual de Cavaco Silva na boca? São fellatios atrás de fellatios, prolixos, intensos, morosos, apaixonados, com gemidos contidos e requintes de meretriz caça-heranças, daqueles de andar com a linguinha em torno da glande, que figurarão, para sempre, no Top 10 do mais garboso cobridor!!!
Foi por isso que acabaram com o Independente, o único jornal que, ao invés de o abocanhar, impunha-lhe dolorosos e mais que merecidos fist-fucks?

Cambada de Rabixôns!!!

Welcome to the Middle Ages

Defina-se a coisa...
Enforcamento é a constrição do pescoço pelo próprio peso do corpo. Se a corda for tão longa que permita a queda do corpo de uma altura considerável, ocorre a ruptura das vértebras cervicais. Desta forma, a secção da espinal medula provoca a paragem da função respiratória e, logo, a morte. Se, no entanto, a corda não tiver o comprimento que permita o rompimento das vértebras cervicais, o indivíduo morre por asfixia, conjugando a obstrução respiratória com a das veias jugulares e artérias carótidas. Aos olhos pouco clínicos de quem assiste, a coisa é simples: a vítima estrebucha, liberta fezes e urina devido à perda de controlo do esfíncter no exacto momento que antecede a morte! Piéce de resistance, a volumosa erecção do então já cadáver é, geralmente, a derradeira prova de uma vida que se esvai, porque a Natureza tem destas ironias! Irónico é, também, ou talvez não, o facto de termos avançado MIL ANOS para absolutamente NADA, avaliando pelas conversas de café que se ouvem desde o anúncio da condenação de Saddam. Anda aí um estranho brilho nos olhos das gentes, por saber que alguém vai morrer! Fazem-me lembrar as hienas, que sorriem porque não têm lábios e chafurdam, em dança macabra, no fétido odor à morte que ronda!
Até poderia não estar aqui em causa a maldade do antigo Presidente do Iraque. Está. Mas já vi espelhos mais baços!

Se quiserdes ter um vislumbre do que acima se relata, clicai aqui e escolhei "hangings"!

segunda-feira, novembro 06, 2006

The Cook

À primeira gostei muito de ver o xô Jamie Oliver na televisão. Foi numa tarde de intensa ressaca, clássica posição fetal, sofá, comando na mão, zapping furioso e ei-lo: atarefava-se o crianço em torno de woks e outros artefactos exóticos, com o mui nobre intuito de oferecer a antigos colegas de turma uns acepipes tailandeses. A tudo isto precedeu uma visita a um mercado que não se diria londrino. Ou talvez sim, por isso mesmo! Os produtos expostos extravazavam tanto as fronteiras físicas da ilha como também (e principalmente) as do meu imaginário. "O puto percebe disto", lembro-me de ter pensado. E como por certo vós sabeis, tudo o que não der vontade de vomitar (para além da torradinha e Solução Stagu) no "day after", tem um aspecto delicioso! O relativo fascínio pelo personagem foi ampliado pelo eco que deixara uma notícia recente: As multinacionais recentiam-se perante o anúncio público que aquele fizera: "as mães que dão fast food aos filhos (e qualquer pessoa com dois palmos de testa) são IDIOTAS"! Hmmmm...
Pois bem! Eis então que, um dia destes, sei pelo meu amigo Zezalíde que Jamie estava para receber um amigo brasileiro e queria presenteá-lo com "Caviar Paulista" que é, para quem não sabe "Bôlínhu djí Bácálháu" ou, para os mais zelosos, pastéis de bacalhau! Não conseguindo encontrar Gadus morhua (ou "O Fiel Amigo", para quem prefere uma bela bacalhauzada aos uivos idiotas de um malamute), nas imediações de sua singela habitação, o fedelho compra, com a maior das latas, ARENQUE (Clupea harengus), deixando escapar da boca um pecaminoso "...que é a mesma coisa"!

E empalá-lo?

quinta-feira, novembro 02, 2006

Private Joke

Neste buraco negro onde ainda se vai fazendo qualquer coisa, na velada esperança de uma supernova estampada no rosto de cerca de 400 pessoas, onde se produz, semanalmente, tanto lixo sob forma de papel que pouparia uma floresta de eucaliptos, a hora do cigarro é um fartote. Sim, mesmo sob a ameaça de despedimento de todos os fumadores, esses pulhas! E entre tantos impropérios de quem está justamente indignado, ouve-se: "Acabaram com a Mulher Moderna na Cozinha e estão a fazer desta merda toda um Homem Moderno no Cuzinho". E só quem aqui anda sabe a dimensão da verdade que o trocadilho encerra!