quinta-feira, agosto 28, 2008

Road Trip Troughout México / Viagem de Carro pelo Baixo Alentejo

Eu, Mariachi de meu nome, que nunca na vida fui ao México, sinto-me numa Road Trip...
Tijuana - BAJA CALIFORNIA
Magdalena, Hermosillo, Rosario, Navajoa - DESIERTO DE SONORA
Hidalgo del Parral, San Francisco del Oro, Jimenez - CHIHUAHUA
ZACATECAS
SAN LUÍS POTOSÍ
Guadalajara - JALISCO
Querétaro, Zumpango, Tlalnepantla, Coacalco - CIUDAD DE MÉXICO
Izúcar de Matamoros - PUEBLA
Ciudad Ixtepec - OAXACA
Villahermosa - TABASCO
Tuxtla - CHIAPAS
... de cada vez que percorro as estradas do Baixo Alentejo.
Isto não tem, saiba-se, NADA de depreciativo.
É, precisamente, o inverso.

Nos FILMES AMARICANOS, uma incursão ao México é sempre algo do piorio.
Um mal necessário, que se leva a cabo com pesar, de semblante carregado e pose combalida.
O México é onde se vai buscar raptados, onde o Sean Penn vai matar o Benicio del Toro, onde a cabra da criada do Bradd Pitt vai ao casamento do filho e leva-lhe os filhos tão loirinhos e caucasianos, onde os grandes bandidos se abrigam da mui eficiente polícia norte-americana (cuidado com as confusões, porque o México também é América do Norte e, já agora, porque não, também, o Canadá).
O que é que de bom sai do México? NADA! Pior ainda, só queles Mano Negras malvados que morrem que nem tordos ao tentar passar a fronteira. Um horror!
Esquecem-se os gringos e os que sofreram a sua lavagem cerebral que esse imenso território que separa dois continentes tem, dentro das suas fronteiras, cinco ou seis países diferentes. Tem as cores da Frida, o salero das caraíbas, altiplanos, desiertos, cordilleras, dois oceanos, a poesia das gentes e gentes com poesia nos olhos.

O Baixo Alentejo é o meu Desierto de Sonora. Que as azinheiras não sejam saguarus, que os javalis não sejam chacais, que uma açorda não seja guacamole, pouco me importa.
É aquele pó, aquele calor que não permite mover uma palha, aquela pronúncia que acompanha, sempre, gestos mais lânguidos, aquelas noites de virilhas suadas, de um silêncio que quase permite ouvir os passinhos das osgas debaixo dos candeeiros.
O Baixo Alentejo é, todo ele, cheiro a esteva. E é, mais que tudo, apenas um ponto de passagem dos bandidos de Lisboa a caminho do Algarve, a nossa Acapulco!
Foi o Celeiro de Portugal
Agora é só meu à minha maneira.
E sei que ainda caberá na minha mão.
O que me faz andar mais alegre!

A Father's Son

A casa está repleta de visitas.
Lembraram-se de aparecer TODAS juntas.
Como sempre.
Eu gosto.
Mariachito também.
Lá fora passa, a "abrir", aquilo que pelo som parece um Saxo Cup ou assim...
Perante a estupefacção geral:
Mariachito: Pai, pai, pai, olhó Zé Tuni!!!
dIAZ: E o que é o Zé Tunning, filho?
Mariachito: É xunguito!

GUIA TURÍSTICO DE MADRID Lonely Planet, Pág. 102

"Para visitar o magnífico MUSEU DO PRADO, com uma impressionante colecção de Velasquez, não dispense um PASSEIO NO PARQUE Juan Carlos".
Ou seja, compre bilhetes para o Real Madrid - Sporting!!!
Maior PASSEIO NO PARQUE (para o Real, claro) que aquilo, é difícil!

quarta-feira, agosto 27, 2008

We Should Arrange Some More Info Exchange

Estava eu descansadinho da vida, a digerir uma bela cachupa, tipo anaconda a digerir um Ianomami qualquer que apanhou no caminho diário de Itacaré para Imanhambó, quando sou confrontado com a pergunta "Vê lá se sabes quem canta nesta faixa".
Enganei-me e soltei um Jarvis Cocker quando queria dizer, obviamente, Brett Anderson!
Gostei e fui tentar SACAR ILEGALMENTE alguma coisa dos Pleasure.
Nada!
Mariachi Intrigado dIAZ põe-se então a ver o que andaria o seu ídolo em teenager (ainda que hoje lhe custe a acreditar que idolatrara um gajo que cantava assim mas, enfim, também há gente que gosta de Xutos, Vaya Con Dios, Motorhead e ache que isso é cool) a fazer.
Certezas? Uma, apenas. Este tema não consta do seu álbum a solo, homónimo, de 2007!
É então que... PÂNICO!
Brett Anderson tem um disco editado este ano?
Wilderness???
E o dIAZ não sabia de nada???
Como vou encarar os meus amigos?
Punição: Vou ouvir TODOS os discos dos Coldplay de seguida, mesmo que isso dure até à hora em que começa o Viriato 25 na Radar.
Tem que ser!
A auto-disciplina é muito importante!
Bem, com tudo isto, já me esquecia...
... afinal, quem são os Pleasure???
São isto e isto, pelo menos.

terça-feira, agosto 26, 2008

Ainda se desse para emigrar...

... mas não.
Pressinto que o novo álbum dos The Verve vai andar a correr, como uma virose resistente às inteméries, o mundo.
Tudo isto porque o dealer era mau e só vendia daquelas que não funcionam, segundo se ouviu, em 1997, meses e meses e meses e meses em TODO o lado!
Foi chato.
Principalmente para nós que, à falta de uma overdose do Richard Ashcroft, temos agora que levar com mais uma dose de 10 potenciais singles a passar em tudo o que é coluna de som, do parque de estacionamento do CCB à Ovibeja, entre dois anúncios, no altofalante, dos exemplares Bovino e Cavalar vencedores da edição 2009!

segunda-feira, agosto 25, 2008

dIAZ Awards - Best YOUTUBE File

Há outras categorias e muitos mais nomeados para cada uma delas.
Mas dessa prestigiada cerimónia que meio mundo aguarda, a cada edição, expectante, deixo-vos aqui apenas o vencedor do Sombrero de Oro para a categoria de Mejor Pelicula del Yutú'.
Quem conhecer a Aula Magna, vai perceber a razão.
Quem conhecer Patrick Watson, também.
Quem não, devia.
Ambos!

quinta-feira, agosto 21, 2008

E por falar em trocadilhos com nomes de álbuns...

ESTROFES Diamond Dogs (1974)

REBEL REBEL you’d always be
CANDIDATE to FUTURE LEGEND
of days to be
Bowie, please
ROCK n’ ROLL WITH ME
Forever

Without you WE ARE THE DEAD
Hearing the CHANT OF THE EVER CIRCLING SKELETAL FAMILY
Forever
Bitten by DIAMOND DOGS
In Hell of mediocrity

ESTROFES Young Americans (1975)

JOHN, I’M ONLY DANCING
To this music
It’s pure FASCINATION
a bliss
divine, celestial and I’m feeling
SOMEBODY UP THERE LIKES ME

CAN YOU HEAR ME?
WHO CAN I BE NOW?
Someone who takes a bow
Not Sheila, that one was yet to be
From now
IT’S GONNA BE ME
ACROSS THE UNIVERSE

ESTROFES Station to Station (1976)

Oh WILD IS THE WIND
On these GOLDEN DAYS
We could fly for miles
With just a WORD ON A WING

Just STAY
We could go from
STATION TO STATION
Without invitation
That's what we may
When WILD IS THE WIND
We could just STAY

ESTROFES Heroes (1977)

THE SECRET LIFE OF ARABIA
Lies in ABDULMAJID
Where JOE, THE LION
And me
shall meet

THE BEAUTY AND THE BEAST
SONS OF THE SILENT AGE
turning a history page
Laying in a MOSS GARDEN
And feast

ESTROFES Low (1977)


My SPEED OF LIFE
Is BREAKING GLASS
WHAT IN THE WORLD
Would BE MY WIFE

A NEW CAREER IN A NEW TOWN
Maybe WARSZAWA
With its jewish WEEPING WALL
Livin' in the SUBTERRANEANS
ALWAYS CRASHING IN THE SAME CAR

Are we ALL SAINTS?
SOME ARE

ESTROFES Scary Monsters (1980)


SCREAM LIKE A BABY
‘till KINGDOM COME
ASHES TO ASHES in grief, maybe
BECAUSE YOU’RE YOUNG

In this SPACE ODDITY
There’r SCARY MONSTERS
Run UP THE HILL BACKWARDS
In serenity

quarta-feira, agosto 20, 2008

Sex Fiend

I don't care if the whole world would stop whenever she fucked Jeff Buckley.
When I hear this, my Little Beautiful World falls from GRACE.
And that's enough for me...
... small, invisible particles of GRACE!

Cinema para Totós

Quando, à data de estreia do filme, as críticas são discrepantes, opto pelo meu lado de enólogo principiante.
Deixo-o, portanto, estagiar em cuba, barrica e garrafa, tudo nos seus tempos certos, mas não por forma a que o assento se forme.
Quando chega o grande dia do seu consumo, há todo um ritual.
Retiro o dvd da caixa com o vagar que permita aos fenóis voláteis darem-me todos os aromas antes de envolver os mais recônditos lugares da língua no seu suco, engolir, abrir a boca e respirar pelo nariz.
É, na verdade, bem simples.
E foi assim que, só agora, de uma assentada, bebi o Sweeney Todd e o Departed.
Dois pontos a reter:
1. Odeio Musicais. Mesmo. Quase tanto como as cartas das Finanças que me têm aparecido, neste último ano, lá em casa.
2. Amo, de morte, filmes de organizações criminosas. Nada destas coisas de gangs de putos pretos contra putos brancos que têm a mania que são pretos mas nem um nem outro sabem o que é África. Nada dessas homossexualidades latentes. Máfia MESMO, Sicília, Nápoles, Nova Iorque irlandesa, Nova Iorque italiana e coisas desse estilo. Como o Scorsese tão bem sempre fez.
É, assim, estranho, que eu tenha chegado às conclusões que se seguem.
Ou não?
1.a) Tim Burton continua igual a si próprio. Talvez melhor que nos últimos tomos. Uma Londres especialmente cinzenta (ou seja, AINDA MAIS cinzenta que o que JÁ É) lavada em música dirigida como se de uma ópera clássica que se pretende imortal se tratasse, letras e rimas a la Nightmare Before Christmas e, claro, um Depp igual a si próprio, ou seja, excelente. Dêem-lhe um papel de urso pardo com alzheimer e desempenhá-lo-á na perfeição.
2.a) Scorsese está pior. A não ser que não tenha sido ele a escolher os actores. É que já niguém aguenta NENHUM Baldwin, o Leonardo DiCaprio continua muito bem a fazer, como sempre, de... Leonardo DiCaprio (é o Vergílio Castelo americano), e o Matt Damon é aquilo que se vê... Nem o Jack Nicholson consegue elevar o nível da coisa. Está isoladíssimo no prato da balança. Um pormenor precioso é o da cena romântica com a psiquiatra, que está com a "roupinha de trazer por casa" e, quando a despe, tem cuecas pretas e soutien púrpura. Noutro filme, envergaria peças da última colecção da Woman's Secret o que, como toda a gente sabe, ninguém usa por baixo de um fato-de-treino do bazar chinês para andar a encaixotar coisas.
Ou então, conheci as mulheres erradas.

Self Promotion is an Art in Action

dIAZ: Adoro ver uma mulher de perfil com o osso ilíaco bem definido, saliente.
dIAZ's friend: Fónix, man... é pés, é osso ilíaco, o que será a seguir? A falangeta do mindinho? Não aprecias coisas que um gajo normal gosta de ver nas gajas, as mamas, o rabo, o papo? És muito sensivelzinho...
dIAZ: Gosto, mas reparo noutras coisas porque não me limito a ser um Barrasco! É uma questão de refinamento...
dIAZ's friend: Ó, 'tás a ver? É só literatura... o que é um Barrasco, pá?
dIAZ: É um porco de cobrição!
dIAZ's friend: 'Tás-me a chamar um porco de cobrição, é?
dIAZ: Não. Estou apenas a dizer que se EU fosse um barrasco, era Pata Negra 100% Bolota!

terça-feira, agosto 19, 2008

Eu Amo-te Eu Não Mais

Em que ficamos?
Deus era um fumador de havanos ou de Gitanes?
É que o que parece uma pequena indecisão pode determinar muito!
De que tipo de cancro sofre a Humanidade, por exemplo...
E tu, Sérge? Eras mais Jane Birkin ou também davas uma "mãozinha" aos "amiguinhos" do Warhol?

Doce Charneca (Sweet Chicago)

Caro Diário...
Tenho razões de sobra para estar preocupado.
Comigo.
O Mariachito já tem dois anos e eu ainda não tenho uma station, um golden retriever ou um labrador preto, não vou de camisa para a praia, não me passeio por centros comerciais de carteira na mão e chave do carro presa a uma grande correia azul, não janto em rodízios brasileiros, no Mac ou em pizzarias, não aproveito as promoções dos hipermercados, continuo sem ver noticiários e transmissões desportivas e nunca presenteei quem convido para jantar lá em casa com massa de qualquer coisa ou bacalhau com natas porque "os miúdos também gostam", terminando com um whisky de €50 para as pessoas de quem gosto e do LIDL para os amigos de 2ª.

As pessoas do bairro já estão a ficar desconfiadas.

segunda-feira, agosto 18, 2008

Os grandes que nem mortos

Alfredo Saramago morreu em Maio passado, aos 70.
"Ah, tão novo", "pudera, era gordo", ouviu-se em algumas mesas de café, pelo menos naqueles onde os clientes sabem quem era Alfredo Saramago, o que não é de estranhar quando em qualquer café português se sabe, sempre, e com um conhecimento de causa de arrepiar a espinal medula, quais os culpados dos conflitos no Cáucaso (aquilo é gente má rês), Iraque (é tudo terroristas, é o que é, chumbo neles), Afeganistão (os árabes deviam era ser todos mortos) e Sudão (bah, volta-e-meia os macacos matam-se todos à catanada).
Em relação a isto, tenho para mim que, por um lado, um gastrónomo não pode ser magro, a não ser que vomite, de seguida, tudo o que prove. Que eu saiba, porém, a única coisa que ligava o antropólogo em questão a costumes romanos como o uso de vomitoriums em bronze aquando dos festejos em honra de Baco, era o profundo conhecimento (a partir de livros e documentos) em relação aos mesmos.
Por outro lado, não me parece que o jovem estivesse preocupado com a sua aparência por forma a conseguir a felicidade que, há que dizê-lo, passa muito por degustações com amigos, mas na estrita condição de não se estar a pensar no exercício que depois se terá de levar a cabo no ginásio nos dias seguintes. Sofrimento por sofrimento, há sempre a clássica descarga de 220v no saco escrotal.
A favor disto também pesará o incontornável facto de haver pessoas com 25 anos (ainda por cima, magras), que também morrem.
Saramago não partiu sem aviso. A meu ver foi, até, muito directo no seu brado.
Quando um dos principais especialistas em História e Antropologia das tradições gastronómicas portuguesas intitula um livro de Cozinha de Lisboa e Seu Termo, a coisa deveria preocupar alguns. NADA! E porquê? Simples. Lisboa não tem lisboetas, com algumas excepções para além das Avenidas Novas, que só são Lisboa desde o Séc. XIX. Antes disso eram tipo o Senhor Roubado de hoje. O metro vai até lá mas... enfim.
A Baixa está deserta e a capital bairrista foi invadida por suburbanos que vomitam com o cheiro de petinga frita mas regozijam com sushi de 3 dias. Para além disso, descriminam e ostracizam os REAIS LISBOETAS que teimam em não deixar os seus postigos de rés-do-chão, os autênticos, que choram com fado, que fazem as suas crias de um ano sócias do Benfica, que coçam a tomatada enquanto cospem para o chão, que comem Sopas a Ovos, que sabem que a Amália "vendia limões" na Rocha Conde de Óbidos em novinha, que ainda se lembram do avô falar do Brás, o velho do Bairro Alto que um dia, cheio de fome e vendo-se apenas com bacalhau, azeite, cebolas, batatas e ovos na despensa, decidiu lançar mãos à frigideira.
Os turistas originaram a padronização dos menús lisboetas. Os lisboetas da água-furtada mobilada com IKEA (e não os do cão de porcelana em cima do frigorífico e do calendário de N.ª Sr.ª de Fátima na porta da cozinha) ajudaram ao seu perpetuar. Batatas fritas congeladas, bife de 2.ª com ovo a cavalo, açorda de marisco Pescanova e salmão de viveiro são os Reis e Senhores das folhas A4 em WordArt que quase nos esfregam na cara às Portas de St.º Antão.

Assim, a despreocupação em relação ao facto de Lisboa há muito ter visto um TERMO na sua gastronomia tradicional... é natural.

Mas é, também, de um provincianismo atroz!

Strange Devotion

Que pouco ligo às aparências, sei.
Que um ornitorrinco com ninhos de carraças nas orelhas (ainda que os ornitorrincos não disponham de orelhas), desde que tenha talento, será respeitado por mim, sei.
Que admiro o Berman desde que o Malkmus (traidor) fundou os Pavement (bolas, são bons, também, isto é capaz de deitar por terra a argumentação anterior), sei.
Que os imagino como guardas num museu de arte e, à noite, a gravar músicas para os atendedores de chamadas dos amigos (ao que parece, era o que faziam), sei e gosto.
Que gosto do Lookout Mountain, Lookout Sea, quase tanto ou mais que o American Water, que me acompanhou durante tantos anos, acamando tantas Vãs Glórias de Mandar à merda tanta coisa, sabem quase todos os que me conhecem.
Não posso, porém, deixar de me achar um gajo estranho por quase venerar um estranho gajo como o David Berman.
Mas também não o posso contornar!

quinta-feira, agosto 14, 2008

Retalhos Albernoeiros, da Albernôa, perto de Entradas, que já não é Beja mas sim Castro Verde

Retalho 1

Alguém enche um copo de alguém que, perdido de bêbedo, vê-se obrigado a gritar:

"Ah márda, Chico, pranta-te kédo, qu'isto já tém ávôndo, vou-me mazé pôr daqui a cabanir, bádámérda, ópôis ninguéátura"!

Retalho 2


Uma miúda nova, parvamente atraente, queixa-se a outra que alguém está a tentar fazer um arranjinho com o Tóino de Entradas... A resposta é:

"Aaaaahhhhhh filha, tu aprovéta cu pai dêli tem muitos porcos"

In Return...

Mariachito: Pai, olhá Lua. Eu quéru!
dIAZ: Se eu pudesse, dava-ta, filho. Mas não posso...
Mariachito: Puquê, pai?
dIAZ: Porque está na casa daquele senhor, no telhado, não vês? É dele.
Mariachito: Pai, falari cu sinhori empastári a Lua?
dIAZ: Ele não nos pode emprestar a Lua, Gabriel...
Mariachito: Puquê, pai?
dIAZ: Porque ele está de férias.
Mariachito: Tafóna, pai.
dIAZ: Não trouxe o telefone. E olha aqui para o quintal do homem. Só está cá o cão.
Mariachito: Eu quérúcão, pai.
dIAZ: Já te disse que não se fazem festas a cães que estejam dentro de portões. Vamos antes treinar uma coisa para dizeres à mãe quando chegares a casa. Diz lá: Estava um vento terrível!!!
Mariachito: Nhanhanhento turríva, mãe!
dIAZ: Boa!

10 minutos depois, à porta de casa...

dIAZ: Não te esqueças do que vais dizer à mãe. O que é?
Mariachito: Nhanhanhento turríva, mãe!
dIAZ: Fixe!

A porta abre...

dIAZ: Não tinhas nada para dizer à tua mãe?
Mariachito: Tim.
dIAZ: E atão? Diz!
Mariachito: Mãe, quéru létínhu e ó-ó!

Low Self Esteem / Low Life / High Hopes

Como explicar
Que um sonho de (muitos) anos (demais, até)
Daqueles de dormir de pé
A que alguns chamam sonhar
Não se pode concretizar
Porque não

Como explicar
Que pouca coisa tão importante
E se sim
Tão mais distante
Ocupa tanto espaço
Na vontade galopante

Como explicar
Que o que mais quero em vida
É causa deste definhar
Em não poder
Mas querendo
Tanto
Que a distância me dê
Um dia
Em abalar

ter a chave e não abrir é sofrer horrores, males passados, presentes dores, e tudo de mau que está para vir, é ter toda uma vida nova e pôr-me daí a cabanir.

quinta-feira, agosto 07, 2008

Pu(eril)ema

Sonhei
um dia
com o dia
em que diria

Vamos embora
É hora
saiamos daqui
para fora...

See with the Heart

Alguém devia avisar os senhores que passeiam, de óculos escuros, os seus labradors pelas calçadas. É que aquilo engana a malta.
Hoje, por exemplo, agarrei num pelo braço para o ajudar a passar a estrada, e ia levando uma galleta (ou bolacha, em português de Portugal).
O que me valeu foi a minha sobeja diplomacia: "Vê lá se queres mazé que eu te saque os pulmões à garfada"...

quarta-feira, agosto 06, 2008

Tenho quase sempre dúvidas, ao contrário de outros que, para além disso, raramente se enganam...

Desta feita, tenho dúvidas em relação à conotação do termo Miséria Franciscana.
Pelo que vejo, atribui-se-lhe um sentido literal, o que só pode dever-se a uma profunda ignorância.
Os Franciscanos, budistas cristãos no sentido em que se despojam dos bens materiais para se dedicarem, exclusivamente, a dEUS, eram, portanto, pobres por opção.
E penso que terá sido esse o sentido do termo durante muitos séculos, isto é, haveria a pobreza induzida por factores extrínsecos ao indivíduo (como 60% dos portugueses de hoje) e a Miséria Franciscana, termo jocoso que traduziria, mais ou menos, a expressão: "É pobre, é. Tá bem, tá bem. É mas é uma Miséria Franciscana, pá", que é o caso dos polícias e dos militares e dos escritorários das repartições, que se queixam dos baixos ordenados mas têm um contrato, férias e 13.º mês pagos e ainda a ADSE, que Pobres como eu, com P Maiúsculo, pagamos em cada recibo verde. Aproveito, desde já, para mandá-los, a todos, sem excepção, apanhar no cu.
Sendo que isto nos leva ao que eu queria perguntar...
Que espécie de Miséria é aquela que nos leva a dobrar a coluna para apanhar umas facturas de Taxi (€6 e €7) que esvoaçavam em frente à porta do Zoo de Lisboa, a ver se sempre dá qualquer tostão de retorno no IVA ou no IRS?
Sejam benvindos a África.
Ouvi dizer que, aqui, o pôr-do-sol é lindo.

terça-feira, agosto 05, 2008

Desbloqueador de dúvidas...

Surgiu em conversa num dos últimos jantares dA Malta.
E, antes que partam para a ofensa fácil e formulação de estereótipos, digo já que gosto de jantares de gajos pelo simples facto de se assemelharem, nos temas abordados, a jantares de despedida de solteirA.
Fica, portanto, o melhor da coisa, excluem-se os dildos pendurados ao pescoço e os preservativos nas orelhas, artifícios que, para nós homens, pouco divergem da quinquilharia da Furla pela qual se pelam tanto como nós por um dos 452 frames do Call Girl onde a Soraia Chaves mostre as mamas (seios, perdão, aquilo são seios).
Ora, como não gosto de interomper galhofa alheia, e tendo sido privado de chegar à fala para concluir o raciocínio que havia iniciado, esclareço aqui a dúvida que a muitos assolou:
Ahram (isto foi a pigarrear)...
Lembro-me, como se ontem tivesse sido, da EXACTA aparência (forma e cor), textura, sabor e odor... da vagina que me tornou Homem.
Esta foi a última vez que respondi a perguntas deste tipo.
Como por exemplo: "Atão e tens saudadinhas"?
DESlarguem-me!
Sou um tipo íntegro!

segunda-feira, agosto 04, 2008

Trabalho VS Lazer

Ocorreu-me, a escrever um textinho sobre o Regresso às Aulas, que a minha paranóia de sempre com cadernos de notas pode ter a ver com aquela longínqua sensação de escrever as primeiras frases na sebenta a estrear...

As Conversas São Como as Cerejas. Mas eu Prefiro Ginjas

Sr.ª D.ª Ermelinda da Cunha e Sá Sottomayor: Ai qu'horror, Sr. dIAZ, nem queira saber o que li hoje. Sabe como é que os filipinos matam os cães? Prendem-nos a alguma coisa e depois espancam-nos com ferros e paus. Diz que os ossos partem, sangram a carne e assim fica mais saborosa. Essa gente é animal.
Eu: Ó xô dona Ermelinda... aquela tourada que viu ontem... alguém comeu o touro a seguir?
Sr.ª D.ª Ermelinda da Cunha e Sá Sottomayor: Credo, menino, claro que não!
Eu: Pois!

sexta-feira, agosto 01, 2008

Fui eu à pressa para casa...

... e não consegui perceber NADA do que o Le Président disse! Ainda ouvi a Maria Carla Cavaco Bruni Silva a dizer "Mastiga de boca fechada, Aníbal", mas o sacana tinha a boca cheia de bolo rei!

Hey, Lloyd! Are You Ready To Be Heartbroken? PARTE 2

Já se encontra online a petição/referendo TROCO A MADEIRA E BARRANCOS PELA GALIZA!

Sê um Homem! Vota aqui!

Hey, Lloyd! Are You Ready To Be Heartbroken? PARTE 1

A mim, e a outras pessoas inteligentes, os barranqueños não enganam.
Cambada de Maricas!
Se perpetuaram um espectáculo que só tem comparação com Roma Antiga, porque é que não oiço falar de orgias?
Panilas!



























Zé Ginjas - Pongue tu polla, chico
Tóino Rato - En un ratito, mi amor!