A minha cena com nipónicas é sobejamente conhecida de quem me é chegado.
Não brado a coisa aos sete ventos mas, enfim, lá acaba por ser desvendado, até porque ser um livro aberto tem destes senãos, ou senões que, por acaso, rima com coisas que, no japão, são assim tipo nozes. Pequenas. Dá-as, pois, dEUS a quem tem Marias Ozawas.
Sou, para a indústria porno, como um gourmand para uma mercearia de bairro:
DJMUGÁJO: Xô dIAZ, este chouriço é do melhor, pode levar.
DIGLHÊU: Sim, acredito, mas não sendo de porco de pura raça alentejana alimentado exclusivamente a bolota de azinheira... não levo!
DJMUGÁJO: Então está aqui este vinho lá da minha terra que é DO BOM, tem piquinho beirão e tudo...
DIGLHÊU: 2007??? Ó meu amigo, neste ano as Beiras tiveram tantas horas de sol para maturar as uvas como eu tive idas ao teatro politeama. Levo só aqui a feijoca e é pa experimentar!
Ou seja, vejo pornada, sim, admito, mas SÓ amadora. Coisas que realmente acontecem em habitações de gajos com pénis de tamanho normal que papam gajas sem silicone. Coisas que se podem estar a passar no apartamento ao lado enquanto eu, feito parvo, estou a escrever isto em vez de estar a fazer o mesmo. Ou, mediante as minhas parcas capacidades, um terço. Há, pois, barrigas, mamas descaídas, meses a dever ao salão de depilação, meias de turco de trazer por casa, quadros horríveis nas paredes e música horrenda a saír de transístores. Em suma, gente que está a gostar do que está a fazer, que não precisa de levar anestesia local para ter relações anais, que engole porque quer e não porque vai ganhar dinheiro com isso.
As Porn Stars não me fazem qualquer comichão. A Jeena Jameson é uma cabeleireira que arrepiou caminho, a Brianna Love dava para ser motorista da Carris, a Silvia Saint tem cara de fã de Frei Hermano da Câmara e a Tera Patrick de corista do mesmo. Recauchutagem a toda a largura e comprimento, estas moçoilas não são metade da mulher que foram quando, provavelmente, nem tinham arcaboiço para aguentar metade do que hoje fazem como quem mastiga um Bife do Alcides. Muitas têm, inclusivamente, abdmoninais. E gajo que gosta de gajas com altos na barriga está a meio caminho de ganhar hemorróidas de fricção. Que são diferentes das do picante com whisky. No princípio activo e não no fim passivo, portanto.
Claro que, tendo em conta my love for asian babes, há excepções. Até porque ver coisas amadoras japonesas não é fácil... Não sei escrever, em caracteres japoneses, double penetration fuck with dildo in ass and cumshot on eyes, o que torna a busca uma tarefa hercúlea. Resta-me, assim, Maria Ozawa. Numa só, toda a candura e feminidade das japonesas. Cara de anjo em corpo reluzente, pele alva, pura, intocada, como se toda a beleza do mundo tivesse, um dia, parado ali, entre Nagoya e Tóquio, beijando na testa todos os cromossomas x. Maria Ozawa é a sublimidade da perfeição feminina. E não há nada que faça nos seus filmes (ou que lhe façam) que consiga retirar-lhe um só pingo de candidez. Porno com Maria Ozawa não é porno, é uma película de Alejandro González Iñárritu um pouco mais explícita.
Assim como nada que a Impala faça consegue deixar de ter um pouco de pornográfico. No caso do seu HI5, então, meus amigos, é um triple fuck on ass squirting like a bitch and stuffin' virgin ass with black cock on blond cum swallow whore!!! Para além de anedótico e idiótico não é mais nada. Apenas revelador!
quinta-feira, janeiro 29, 2009
Bollywood Rules!
Não que o Danny Boyle não seja gajo de explorar terrenos mais pantanosos.
Não que não tenha habituado cinéfilos a ritmos capazes de arrebatar emoções que o argumento, em si, poderia deitar por terra.
Não que A Praia (continuo a achar o DiCaprio uma Miséria Franciscana) ou o 28 Days After fossem, de longe ou de perto, um Shallow Grave ou um Trainspotting.
Há, porém, qualquer coisa no Slumdog Millionaire!
Que deixa mais que uma mera pulga atrás da orelha.
É assim um carrapato que vai inchando de sangue enquanto mirramos em febre.
Vê-se despiciendamente.
Assim que começa, pensa-se Que fixe mas, pronto, é isso.
Acaba e ocorre um Bonito, sim senhor.
Não mais.
Mas no dia a seguir, ocomete-nos.
À grande!
Primeiro durante um minuto intervalado a cada quinze.
Depois, durante quinze a cada três ou quatro.
Será da Bollywoodice pegada e assumida?
Será deste quotidiano indiano, Uttar Pradesh ou outra província qualquer, retratada como é, cheiro a merda, crime, crueldade e selvajaria incluídos?
Será da Banda sonora e seus laivos de Nitin Sawhney?
Ou será que tínhamoa apenas saudades de uma Straight Story?
Não que não tenha habituado cinéfilos a ritmos capazes de arrebatar emoções que o argumento, em si, poderia deitar por terra.
Não que A Praia (continuo a achar o DiCaprio uma Miséria Franciscana) ou o 28 Days After fossem, de longe ou de perto, um Shallow Grave ou um Trainspotting.
Há, porém, qualquer coisa no Slumdog Millionaire!
Que deixa mais que uma mera pulga atrás da orelha.
É assim um carrapato que vai inchando de sangue enquanto mirramos em febre.
Vê-se despiciendamente.
Assim que começa, pensa-se Que fixe mas, pronto, é isso.
Acaba e ocorre um Bonito, sim senhor.
Não mais.
Mas no dia a seguir, ocomete-nos.
À grande!
Primeiro durante um minuto intervalado a cada quinze.
Depois, durante quinze a cada três ou quatro.
Será da Bollywoodice pegada e assumida?
Será deste quotidiano indiano, Uttar Pradesh ou outra província qualquer, retratada como é, cheiro a merda, crime, crueldade e selvajaria incluídos?
Será da Banda sonora e seus laivos de Nitin Sawhney?
Ou será que tínhamoa apenas saudades de uma Straight Story?
terça-feira, janeiro 27, 2009
segunda-feira, janeiro 26, 2009
Risquem um círculo imaginário à vossa volta...
... e fixem o olhar nos que vos rodeiam com aquela expressão de quem ensandeceu há coisa de dois minutos.
Isto é, em princípio, garantia basta para que ninguém vos incomode nas próximas horas.
Agora desliguem o telemóvel.
Fechem os olhos.
Inspirem pelo nariz até mais não e expirem pela boca até menos sim.
Descalcem-se e estiquem as pernas.
Sentem-se de costas direitas e coloquem as mãos sobre os joelhos com as palmas para cima.
Descontraiam o pescoço e qualquer zona que possa estar em tensão.
Inspirem, novamente, mas desta vez pelo nariz até menos sim e expirem pela boca até mais não.
Abram os olhos mas não olhem para outro lugar à excepção deste ecrã.
Agora cliquem aqui!
Depois, aproveitando o embalo, repitam a operação aqui...
E não me digam que não o sentem...
... isso!
Uma vida de esforço inglório!
Afinal, 15 minutos foi tudo o que bastou para nos tornarmos Melhores Humanos!!!
Isto é, em princípio, garantia basta para que ninguém vos incomode nas próximas horas.
Agora desliguem o telemóvel.
Fechem os olhos.
Inspirem pelo nariz até mais não e expirem pela boca até menos sim.
Descalcem-se e estiquem as pernas.
Sentem-se de costas direitas e coloquem as mãos sobre os joelhos com as palmas para cima.
Descontraiam o pescoço e qualquer zona que possa estar em tensão.
Inspirem, novamente, mas desta vez pelo nariz até menos sim e expirem pela boca até mais não.
Abram os olhos mas não olhem para outro lugar à excepção deste ecrã.
Agora cliquem aqui!
Depois, aproveitando o embalo, repitam a operação aqui...
E não me digam que não o sentem...
... isso!
Uma vida de esforço inglório!
Afinal, 15 minutos foi tudo o que bastou para nos tornarmos Melhores Humanos!!!
sexta-feira, janeiro 23, 2009
Bichos com Bucho
Pergunte-se a alguém que animais existem em África e a resposta aponta, quase invariavelmente, para os BIG 5, assim chamados desde que o safari tinha como objectivo a mui colonialista caça de troféus e que se destina a enumerar os cinco animais mais perigosos de caçar on foot: leão, leopardo, elefante, rinoceronte negro e búfalo do cabo.
É natural. Mesmo os mais interessados, não têm hipótese de conhecer outros. BBC Vida Selvagem, Odisseia, National Geographic e por aí adiante destinam 75% da sua produção de documentários a imagens de leões e elefantes, 15% às de chipanzés e gorilas, 5% para corridas de chitas e os restantes 5% vão para accidental footage de suricatas, mabecos, facoqueros, hienas, abutres a descarnar carcaças e crocodilos à espera que os gnús se decidam a atravessar o rio. Por muito apaixonado que seja o telespectador, é um enjoo.
Para se ter uma pequena noção da massificação do fenómeno, aqueles que são admirados por cá como Grandes Fotógrafos ou Cameramen da National Geographic ou outra qualquer são, no Quénia, alvo de chacota. Já nem pergunto. Sei o que todos querem. E querem sempre o mesmo. Straight as an arrow. Grandes objectivas? Chitas em perseguição da presa. Japoneses? Girafas. Franceses? Pássaros. Ingleses? É deixá-los darem-nos ordens e ofenderem-nos, saudosistas de quando o Quénia era deles e tínhamos de tirar o chapéu à sua passagem. Era isso ou a chibata do cavalo. Isto era o Evans e uma das muitas certezas absolutas que debitou ao longo de quase um mês e quatro mil quilómetros de estradas (ou similares) quenianas numa Nissan Hiace, Nairobi a Samburo, Masai Mara ao Mount Kenya, Nakuru a Mombassa. Também eu de máquina em punho (Leica R4 “vestida” para África = fita preta a tapar as letras), mas de espírito sossegado aos primeiros dias: Português? Nunca conheci nenhum. Mas tu és estranho. In a good way. Pois claro. Ai moras no Kibera, o maior slum do mundo? Então ‘bora lá ver isso! Pim! Mr. dIAZ, this is no place for you, I’m just going to guet a new battery for the van and off we go. Ai não que não é pra mim pá, e ainda vai uma cervejinha Tusker, uns maços de tabaco Crown Bird prá viagem e a mais estranha embalagem de Colgate que já vi. Estranho, eu? Não, Evans. Estranho é não fazer por levar daqui histórias.
Trouxe.
E, no outro dia, revi os três cadernos que por lá enchi e deparei-me, entre bilhetes de entrada na discoteca Pembo, folhas de acácias secas, três escamas de black mamba e penas de flamingos do Lago Nakuru, duas breves notas (tal e qual as transcrevo) que, só agora percebo, faziam de mim o tal strange but in a good way. Saudades, Evans, mesmo. De quando me dizias Last wedding I attended, I ate a goat. Whole. Except the bones e eu pensava ah eu é que sou estranho?
DIK DIK - The Love Goat
É a mais pequena gazela do mundo. Do tamanho de um coelho adulto. O mais madrugador dos animais na savana. Víamos sempre um destes espécimens antes de qualquer outro, ainda que nunca se afastem (ambos, porque o casal é inseparável) da segurança oferecida pelos arbustos, que os escondem (relativamente) de predadores alados. Os samburus, no norte do território, usam a expressão fiel como um Dik Dik. Porque, quando um dos membros do casal sucumbe às garras de um predador, o outro “comete suicídio”, colocando-se num espaço aberto, à mercê das aves de rapina.
HONEY-GUIDE BIRD - The Hate Motherfucker
Do tamanho de um pardal, é o espertalhão do bairro. Come de tudo, mas tem especial predilecção por mel e larvas de abelhas. Para obtê-las, a evolução dotou-o de uma enzima que possibilita a digestão da cera dos favos. Há apenas um problema... como obter o petisco? Sozinho? Impossível. Eis que surge, assim, a genialidade animal: lampeiro e emproado, solta um canto completamente diferente do habitual. É o sinal para os humanos de que encontrou a colmeia. Aí vai ele, comunicando canoramente e certificando-se, sempre, de que está a ser seguido. Ao derrubar a colmeia, o africano sabe, provavelmente há muitos séculos, que deve deixar uma parte do espólio para o aliado. Os colonizadores não o sabiam. E não foi uma nem duas vezes que, como vingança por não ter havido recompensa da primeira vez, o alado cabrão assumiu o mesmo comportamento, mas para deixá-los bem no meio de um grupo de leões!
É natural. Mesmo os mais interessados, não têm hipótese de conhecer outros. BBC Vida Selvagem, Odisseia, National Geographic e por aí adiante destinam 75% da sua produção de documentários a imagens de leões e elefantes, 15% às de chipanzés e gorilas, 5% para corridas de chitas e os restantes 5% vão para accidental footage de suricatas, mabecos, facoqueros, hienas, abutres a descarnar carcaças e crocodilos à espera que os gnús se decidam a atravessar o rio. Por muito apaixonado que seja o telespectador, é um enjoo.
Para se ter uma pequena noção da massificação do fenómeno, aqueles que são admirados por cá como Grandes Fotógrafos ou Cameramen da National Geographic ou outra qualquer são, no Quénia, alvo de chacota. Já nem pergunto. Sei o que todos querem. E querem sempre o mesmo. Straight as an arrow. Grandes objectivas? Chitas em perseguição da presa. Japoneses? Girafas. Franceses? Pássaros. Ingleses? É deixá-los darem-nos ordens e ofenderem-nos, saudosistas de quando o Quénia era deles e tínhamos de tirar o chapéu à sua passagem. Era isso ou a chibata do cavalo. Isto era o Evans e uma das muitas certezas absolutas que debitou ao longo de quase um mês e quatro mil quilómetros de estradas (ou similares) quenianas numa Nissan Hiace, Nairobi a Samburo, Masai Mara ao Mount Kenya, Nakuru a Mombassa. Também eu de máquina em punho (Leica R4 “vestida” para África = fita preta a tapar as letras), mas de espírito sossegado aos primeiros dias: Português? Nunca conheci nenhum. Mas tu és estranho. In a good way. Pois claro. Ai moras no Kibera, o maior slum do mundo? Então ‘bora lá ver isso! Pim! Mr. dIAZ, this is no place for you, I’m just going to guet a new battery for the van and off we go. Ai não que não é pra mim pá, e ainda vai uma cervejinha Tusker, uns maços de tabaco Crown Bird prá viagem e a mais estranha embalagem de Colgate que já vi. Estranho, eu? Não, Evans. Estranho é não fazer por levar daqui histórias.
Trouxe.
E, no outro dia, revi os três cadernos que por lá enchi e deparei-me, entre bilhetes de entrada na discoteca Pembo, folhas de acácias secas, três escamas de black mamba e penas de flamingos do Lago Nakuru, duas breves notas (tal e qual as transcrevo) que, só agora percebo, faziam de mim o tal strange but in a good way. Saudades, Evans, mesmo. De quando me dizias Last wedding I attended, I ate a goat. Whole. Except the bones e eu pensava ah eu é que sou estranho?
DIK DIK - The Love Goat
É a mais pequena gazela do mundo. Do tamanho de um coelho adulto. O mais madrugador dos animais na savana. Víamos sempre um destes espécimens antes de qualquer outro, ainda que nunca se afastem (ambos, porque o casal é inseparável) da segurança oferecida pelos arbustos, que os escondem (relativamente) de predadores alados. Os samburus, no norte do território, usam a expressão fiel como um Dik Dik. Porque, quando um dos membros do casal sucumbe às garras de um predador, o outro “comete suicídio”, colocando-se num espaço aberto, à mercê das aves de rapina.
HONEY-GUIDE BIRD - The Hate Motherfucker
Do tamanho de um pardal, é o espertalhão do bairro. Come de tudo, mas tem especial predilecção por mel e larvas de abelhas. Para obtê-las, a evolução dotou-o de uma enzima que possibilita a digestão da cera dos favos. Há apenas um problema... como obter o petisco? Sozinho? Impossível. Eis que surge, assim, a genialidade animal: lampeiro e emproado, solta um canto completamente diferente do habitual. É o sinal para os humanos de que encontrou a colmeia. Aí vai ele, comunicando canoramente e certificando-se, sempre, de que está a ser seguido. Ao derrubar a colmeia, o africano sabe, provavelmente há muitos séculos, que deve deixar uma parte do espólio para o aliado. Os colonizadores não o sabiam. E não foi uma nem duas vezes que, como vingança por não ter havido recompensa da primeira vez, o alado cabrão assumiu o mesmo comportamento, mas para deixá-los bem no meio de um grupo de leões!
quinta-feira, janeiro 22, 2009
Amor Zoomórfico
quarta-feira, janeiro 21, 2009
Depois do Fumo Branco e em Homenagem ao Barraca Abana
Agora, que o Fumo Branco já lá vai...
Agora, que os meninos já não são a NBT (Next Big Thing)...
Agora, que o Barraca Abana foi eleito e "Tudo Será Diferente"...
Quanto não tens tu de andar, US, para ser um Canadá???
Enfiem todos, do Maine ao Texas, do Hawai ao Alaska, dois dedos no cu e tentem imaginar quão belo seria o mundo sem vós!
Agora, que os meninos já não são a NBT (Next Big Thing)...
Agora, que o Barraca Abana foi eleito e "Tudo Será Diferente"...
Quanto não tens tu de andar, US, para ser um Canadá???
Enfiem todos, do Maine ao Texas, do Hawai ao Alaska, dois dedos no cu e tentem imaginar quão belo seria o mundo sem vós!
terça-feira, janeiro 20, 2009
A Lógica é um Vidro Fosco
FACTO - "A obesidade acarreta maiores riscos de diabetes mellitus, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, enfarte, hipercolesterolemia, cancro, artrite, problemas respiratórios e alterações menstruais. No mundo, é causa de morte em 30% superior ao tabaco". In Um Site Qualquer
HIPÓTESE 1 Num Mundo Lógico:
Num banco de jardim, um jovem bem parecido fuma, com satisfação estampada no rosto, o seu cigarro de "depois do almoço", ouvindo o canto dos melros que, em frenesim primaveril, clamam por fêmea disponível. Tem os olhos semicerrados e tenta imbuir-se de toda a vitamina D que, através do sol que lhe bate na cara, ajuda a reter o cálcio nos ossos. Ao seu lado senta-se uma adolescente, gorda, de almoço em pacotes. Começa a mastigar à Cavaco Silva. O rapaz abre os olhos, vira ligeiramente a cara em direcção à recém-chegada e exclama, em tom pausado e respeitoso: Peço-lhe imensa desculpa, mas o cheiro do seu fast-food está a incomodar o meu cigarro. A miúda levanta-se e sai, receando um telefonema para a ACPTNSPA (Autoridade do Civismo é Para Todos e Não Só Para Alguns), remoendo o preconceito de que os consumidores de junk food passaram, subitamente, a ser alvo.
HIPÓTESE 2 Num Mundo Lógico:
Num bloco noticiário da TVI, de onde Manuela Moura Guedes tinha sido banida por pressão, junto da ACPTNSPA, de um abaixo-assinado intitulado Aquela Cara À Hora do Jantar NÃO, Por Favor, Estamos a Comer, a pivot lê: Foi aprovado, por unanimidade, em Assembleia da República, o imposto de 75% sobre as bebidas calóricas, como a Coca-Cola e a 7Up, e produtos de fast-food, como a McDonalds ou KFC, a sua publicidade proibida por quaisquer meios e o seu consumo restrito a espaços contíguos às respectivas lojas, por se considerar que alicia terceiros.
HIPÓTESE 1 Num Mundo Lógico:
Num banco de jardim, um jovem bem parecido fuma, com satisfação estampada no rosto, o seu cigarro de "depois do almoço", ouvindo o canto dos melros que, em frenesim primaveril, clamam por fêmea disponível. Tem os olhos semicerrados e tenta imbuir-se de toda a vitamina D que, através do sol que lhe bate na cara, ajuda a reter o cálcio nos ossos. Ao seu lado senta-se uma adolescente, gorda, de almoço em pacotes. Começa a mastigar à Cavaco Silva. O rapaz abre os olhos, vira ligeiramente a cara em direcção à recém-chegada e exclama, em tom pausado e respeitoso: Peço-lhe imensa desculpa, mas o cheiro do seu fast-food está a incomodar o meu cigarro. A miúda levanta-se e sai, receando um telefonema para a ACPTNSPA (Autoridade do Civismo é Para Todos e Não Só Para Alguns), remoendo o preconceito de que os consumidores de junk food passaram, subitamente, a ser alvo.
HIPÓTESE 2 Num Mundo Lógico:
Num bloco noticiário da TVI, de onde Manuela Moura Guedes tinha sido banida por pressão, junto da ACPTNSPA, de um abaixo-assinado intitulado Aquela Cara À Hora do Jantar NÃO, Por Favor, Estamos a Comer, a pivot lê: Foi aprovado, por unanimidade, em Assembleia da República, o imposto de 75% sobre as bebidas calóricas, como a Coca-Cola e a 7Up, e produtos de fast-food, como a McDonalds ou KFC, a sua publicidade proibida por quaisquer meios e o seu consumo restrito a espaços contíguos às respectivas lojas, por se considerar que alicia terceiros.
segunda-feira, janeiro 19, 2009
Um Adeus Português
Não que os Sitiados fossem a Minha Cena.
Não que A Naifa fosse mais além do que levar-me aos concertos porque, enfim, faziam-me imaginar que ainda havia esperança para a Música Tradicional Portuguesa, baralhá-la e voltar a dar, uma espécie de reanimação médica em tempos moribundos.
A maravilhosa voz da Mitó, a guitarra portuguesa, talvez demasiado técnica, do Varatojo e o baixo esforçado do Aguardela.
Já o sabia.
Quem viu A Naifa sabia-o.
Desde o início.
Não tem a ver com gostos musicais.
Tem a ver com esta Vida, cadela, que teima em deixar gente com menos de 40.
A puta!
Não que A Naifa fosse mais além do que levar-me aos concertos porque, enfim, faziam-me imaginar que ainda havia esperança para a Música Tradicional Portuguesa, baralhá-la e voltar a dar, uma espécie de reanimação médica em tempos moribundos.
A maravilhosa voz da Mitó, a guitarra portuguesa, talvez demasiado técnica, do Varatojo e o baixo esforçado do Aguardela.
Já o sabia.
Quem viu A Naifa sabia-o.
Desde o início.
Não tem a ver com gostos musicais.
Tem a ver com esta Vida, cadela, que teima em deixar gente com menos de 40.
A puta!
sexta-feira, janeiro 16, 2009
No Dia em que a Terra Parou... TOMO 2
E é então que, corroído pelo remorço, mãos encharcadas de lágrimas, pergunto Queres que o pai te mostre uma coisa? Ele, de sorriso hesitante, responde que sim. Sento-o no meu colo e abro isto. Vê, ouve, atento, até ao fim, e diz-me, como se os seus dois e meio fossem já cinco ou nove ou quatorze É lindo, pai. Pergunto-lhe se quer ver, agora, os 4 Amiguinhos ou o Histórias da Carochinha no DVD. Responde Não, pai. Quero este do cão outra vez.
Talvez a partir de agora, como o Antony e o Owen Pallett e o Rufus o embalaram na sua paz amniótica, o Jack Condon o recorde do apaziguamento.
Ainda assim, este momento não é importante para ele. É para mim. Porque descubro que, afinal, educar é, como tudo na vida, partilha.
Não é pseudo-lirismo.
É um conselho.
Talvez a partir de agora, como o Antony e o Owen Pallett e o Rufus o embalaram na sua paz amniótica, o Jack Condon o recorde do apaziguamento.
Ainda assim, este momento não é importante para ele. É para mim. Porque descubro que, afinal, educar é, como tudo na vida, partilha.
Não é pseudo-lirismo.
É um conselho.
No Dia em que a Terra Parou...
... Ergui o dedo no ar e, colérico, gritei, em barítono roufenho
Não voltas a riscar o sofá!...
... para ver, logo de seguida, dois pequenos cantos de boca apontarem os extremos para baixo, dois enormes olhos inundarem, um pequeno pescoço vergado ao peso da cabeça, como se de repente sem vigor, e dois bracinhos pendentes, num choro em surdina, o pior de todos! Uma mágoa, das profundas, a corroer-lhe o habitual rubor das faces. Ver o meu filho sofrer às minhas mãos, Cão que me sinto!
E sinto também o nó de estômago de quem exerce autoridade sem ter a mínima vocação para isso, de quem educa sem a convicção de que será capaz, por não se achar digno.
Porque estes pequenos poetas à solta não podem, nunca, ser agrilhoados pelas convenções sociais de quem sabe, muito bem, que o sofá continuará a servir os seus propósitos, apesar de riscado. Só deixará de ser, esteticamente, agradável. Ainda por cima, aos nossos olhos. Porque aos olhos deles, muito mais bonitos, por sinal, está ali o reflexo de um dos seus primeiros ímpetos criadores. Esses que são tão antigos como a humanidade.
Ser adulto é estupidamente escravizante.
E, logo, esclavagista!
Não voltas a riscar o sofá!...
... para ver, logo de seguida, dois pequenos cantos de boca apontarem os extremos para baixo, dois enormes olhos inundarem, um pequeno pescoço vergado ao peso da cabeça, como se de repente sem vigor, e dois bracinhos pendentes, num choro em surdina, o pior de todos! Uma mágoa, das profundas, a corroer-lhe o habitual rubor das faces. Ver o meu filho sofrer às minhas mãos, Cão que me sinto!
E sinto também o nó de estômago de quem exerce autoridade sem ter a mínima vocação para isso, de quem educa sem a convicção de que será capaz, por não se achar digno.
Porque estes pequenos poetas à solta não podem, nunca, ser agrilhoados pelas convenções sociais de quem sabe, muito bem, que o sofá continuará a servir os seus propósitos, apesar de riscado. Só deixará de ser, esteticamente, agradável. Ainda por cima, aos nossos olhos. Porque aos olhos deles, muito mais bonitos, por sinal, está ali o reflexo de um dos seus primeiros ímpetos criadores. Esses que são tão antigos como a humanidade.
Ser adulto é estupidamente escravizante.
E, logo, esclavagista!
quinta-feira, janeiro 15, 2009
terça-feira, janeiro 13, 2009
Quem V TV Sofre + Que No WC
Era o refrão de uma música dos Taxi, do longínquo tempo em que a nossa pop era, a par com a que vinha da Moldávia, a mais wannabe do Mundo. Agora, que temos os Buraka, já está no patamar Angolano. O que, parecendo que não, é bom! Porque se por um lado temos uma gente que conseguiu reduzir o refinamento musical a mínimos que não se viam desde que o Australopiteco batia em troncos ocos para atrair fêmeas, estão inviabilizados quaisquer Delfins ou Sitiados. Sim, ok, os Xutos ainda dão concertos, mas não se pode pedir logo tudo de uma vez. Sempre mo ensinaram, desde o tempo em que era o Menino Jesus que trazia as prendas e não o Gordo de Vermelho impresso nos rótulos da Coca-Cola.
O que interessa reter é que no tempo em que havia apenas dois canais de televisão e, ainda por cima, se pagava taxa por esse luxo (foi uma das coisas com que Cavaco acabou. O povo, claro, rejubilou com a medida. Cinco ou seis anos depois, Cavaco ordenou uma carga policial ao estilo das ditaduras sul-americanas sobre uma manifestação na Ponte e, uma semana depois, sobre outra nas Vidreiras da Marinha Grande. O povo rejubilou outra vez. Se não, pareceu-me, porque ele está lá outra vez), já havia quem fosse da opinião que a televisão era lixo!
Não aventarei que, eventualmente, continua a sê-lo. Mas se há 20 anos atrás era preciso filtrar o seu conteúdo (e não estou a falar daqueles acrílicos vermelhos e azuis que se punham em frente ao ecrã), hoje há que coá-lo! E, por entre essa finíssima farinha que passa pelo pano de linho, delícia de gourmands de conteúdos de interesse, há o Family Guy, muita coisa da 2: e algumas edições do 60 minutos. Foi neste último que, no outro dia, de insónia a corroer afloramentos nervosos, pus os olhos sobre um puto, de que não sei o nome, pelo que será, Dora Avante, apenas Puto. Que nasceu com um vasto tumor cerebral. Que, entretanto, foi retirado. Ficou a cegueira, um autismo profundo e irreversível, a descordenação quase total dos membros e a ausência de força. Mas eis que, quando fez dois anos, o pai ofereceu-lhe um orgão. E, para surpresa de todos, o Puto tornou-se um prodígio. Alvo de estudos científicos, também. Ninguém consegue explicar o fenómeno. Hoje, com 15 anos, é um pianista irrepreensível do ponto de vista executante. Ouve, por exemplo, pela primeira vez, uma peça de Rashmaninov com 20 minutos. Espera que esta termine, senta-se ao teclado e executa-a, na íntegra e sem qualquer falha. Uma precisão de relógio alpino. Mas sem paixão na expressão. Como um robot. Demasiado perfeito para ter sentimentos. Tem centenas de peças compostas. O piano é tudo na sua vida. Mas não consegue explicar o que sente quando toca. Não consegue dizer que, ali, falta um Fá. Tem de mostrá-lo tocando-o. Não sabe ler uma pauta. Não é sequer capaz de, pasme-se, apertar atacadores. A coordenação entre o cérebro e a destreza dos seus dedos só estão direccionados para um teclado.
Pensei nisto dias a fio.
Algo não está bem neste mundo!
Mas, depois, fez-se luz...
... Não conheço um só fã de Coldplay que não saiba apertar atacadores!
O que interessa reter é que no tempo em que havia apenas dois canais de televisão e, ainda por cima, se pagava taxa por esse luxo (foi uma das coisas com que Cavaco acabou. O povo, claro, rejubilou com a medida. Cinco ou seis anos depois, Cavaco ordenou uma carga policial ao estilo das ditaduras sul-americanas sobre uma manifestação na Ponte e, uma semana depois, sobre outra nas Vidreiras da Marinha Grande. O povo rejubilou outra vez. Se não, pareceu-me, porque ele está lá outra vez), já havia quem fosse da opinião que a televisão era lixo!
Não aventarei que, eventualmente, continua a sê-lo. Mas se há 20 anos atrás era preciso filtrar o seu conteúdo (e não estou a falar daqueles acrílicos vermelhos e azuis que se punham em frente ao ecrã), hoje há que coá-lo! E, por entre essa finíssima farinha que passa pelo pano de linho, delícia de gourmands de conteúdos de interesse, há o Family Guy, muita coisa da 2: e algumas edições do 60 minutos. Foi neste último que, no outro dia, de insónia a corroer afloramentos nervosos, pus os olhos sobre um puto, de que não sei o nome, pelo que será, Dora Avante, apenas Puto. Que nasceu com um vasto tumor cerebral. Que, entretanto, foi retirado. Ficou a cegueira, um autismo profundo e irreversível, a descordenação quase total dos membros e a ausência de força. Mas eis que, quando fez dois anos, o pai ofereceu-lhe um orgão. E, para surpresa de todos, o Puto tornou-se um prodígio. Alvo de estudos científicos, também. Ninguém consegue explicar o fenómeno. Hoje, com 15 anos, é um pianista irrepreensível do ponto de vista executante. Ouve, por exemplo, pela primeira vez, uma peça de Rashmaninov com 20 minutos. Espera que esta termine, senta-se ao teclado e executa-a, na íntegra e sem qualquer falha. Uma precisão de relógio alpino. Mas sem paixão na expressão. Como um robot. Demasiado perfeito para ter sentimentos. Tem centenas de peças compostas. O piano é tudo na sua vida. Mas não consegue explicar o que sente quando toca. Não consegue dizer que, ali, falta um Fá. Tem de mostrá-lo tocando-o. Não sabe ler uma pauta. Não é sequer capaz de, pasme-se, apertar atacadores. A coordenação entre o cérebro e a destreza dos seus dedos só estão direccionados para um teclado.
Pensei nisto dias a fio.
Algo não está bem neste mundo!
Mas, depois, fez-se luz...
... Não conheço um só fã de Coldplay que não saiba apertar atacadores!
quinta-feira, janeiro 08, 2009
Ainda a Música - A Marta
O que dizer de Martha Wainwright e do seu álbum I Know You're Married But I'Ve Got Feelings Too???
Em primeiro lugar, que é irmã do outro. Pronto. Um ponto a favor.
Depois, que o disco é girito. Não surpreende. Não dá calafrios na espinha, como os do Rufus. Tem poucos momentos de rasgo, sim.
Ou não?
O que dizer da sensibilidade musical, da inteligência, da genialidade de quem escolhe isto para cover???
Em primeiro lugar, que é irmã do outro. Pronto. Um ponto a favor.
Depois, que o disco é girito. Não surpreende. Não dá calafrios na espinha, como os do Rufus. Tem poucos momentos de rasgo, sim.
Ou não?
O que dizer da sensibilidade musical, da inteligência, da genialidade de quem escolhe isto para cover???
SER PORTUGUÊS É...
quarta-feira, janeiro 07, 2009
Essas Calças Com Esses Ténis e Casaco???
terça-feira, janeiro 06, 2009
Aqui Vai Disto / There Goes Of This
Ainda agora fiz a minha lista dos Melhores de 2008, que pode ser vista aqui, e já há que retocá-la.
Em primeiro lugar porque, no início, achei que deveria incluir, aproveitando o mote dado pela Radar, uma secção Desilusão do Ano.
Acabei, no entanto, por achar que o Day & Age dos The Killers deveria ser apagado dos registos da História da Música, quanto mais referido, fosse onde fosse.
Depois, porque o Tonight: dos Franz Ferdinand só foi oficialmente lançado em Janeiro de 2009, o que me concede um ano inteirinho sem ter sequer de falar nos cagões.
Falta-lhes Muito que, em música, é Tudo.
Quero, pois, referir-me a Sufjan Stevens. E não, não estou atrasado. Não tem a ver com nenhum dos seus álbuns, desde o A Sun Came, de 2000, ao Presents Songs Of Christmas de 2006. Tem MESMO a ver com o nome do senhor, que figura, como colaborador/produtor, no Welcome To The Welcome Wagon, dos Welcome Wagon, edição oficial a 9 de Dezembro de 2008. Deveria, pois, figurar na lista supra citada. E nem sequer ainda sei em que lugar. De momento, estou ainda na fase de pele de galinha com pianos, pianolas, banjos, contrabaixos, guitarras acústicas, semi-acústicas, eléctricas, em slide, ukeleles, coros masculinos e femininos, barítonos, tenores e falsetes, xilofones, violinos, violoncelos, rabecas, trombones, trompetes, tubas e saxos numa vertigem ora pastoral ora urbana, uma montanha russa de blues e gospel e pop e rock e lounge e classicismo qb para que sensibilidades mais despertas possam ter, a partir de agora, dois a três meses de puro desfrute, sem ter que correr, incansavelmente, em busca de novidades nos escaparates da FNAC e seus Preços Mínimos Garantidos.
Em primeiro lugar porque, no início, achei que deveria incluir, aproveitando o mote dado pela Radar, uma secção Desilusão do Ano.
Acabei, no entanto, por achar que o Day & Age dos The Killers deveria ser apagado dos registos da História da Música, quanto mais referido, fosse onde fosse.
Depois, porque o Tonight: dos Franz Ferdinand só foi oficialmente lançado em Janeiro de 2009, o que me concede um ano inteirinho sem ter sequer de falar nos cagões.
Falta-lhes Muito que, em música, é Tudo.
Quero, pois, referir-me a Sufjan Stevens. E não, não estou atrasado. Não tem a ver com nenhum dos seus álbuns, desde o A Sun Came, de 2000, ao Presents Songs Of Christmas de 2006. Tem MESMO a ver com o nome do senhor, que figura, como colaborador/produtor, no Welcome To The Welcome Wagon, dos Welcome Wagon, edição oficial a 9 de Dezembro de 2008. Deveria, pois, figurar na lista supra citada. E nem sequer ainda sei em que lugar. De momento, estou ainda na fase de pele de galinha com pianos, pianolas, banjos, contrabaixos, guitarras acústicas, semi-acústicas, eléctricas, em slide, ukeleles, coros masculinos e femininos, barítonos, tenores e falsetes, xilofones, violinos, violoncelos, rabecas, trombones, trompetes, tubas e saxos numa vertigem ora pastoral ora urbana, uma montanha russa de blues e gospel e pop e rock e lounge e classicismo qb para que sensibilidades mais despertas possam ter, a partir de agora, dois a três meses de puro desfrute, sem ter que correr, incansavelmente, em busca de novidades nos escaparates da FNAC e seus Preços Mínimos Garantidos.
sábado, janeiro 03, 2009
Carta para abrires aos 16...
Chamei a mim o poder de não te deixar uma Cápsula do Tempo, aquela coisa parva dos recortes de jornal do dia em que nasceste e outras palermices americanóides que no meu tempo já só para alguns faziam sentido, quanto mais para ti, que lerás isto num tempo em que os EUA serão, historicamente, um percalço da Humanidade.
Parto da certeza que, sendo aquilo que és hoje, apenas mais velho, serás um homem inteligente, alegre, sorridente, bonito.
Terás a mesma luz que te envolve e que, agora, leva até ti uma imensa horda de desconhecidos que, quando vais pela mão, te abordam com as perguntas do costume, que todos acham, por alguma estranha razão, que se devem colocar a petizes Como te chamas ou Que idade tens, mas que tu, desconhecedor de conversas de circustância, evitas com respostas pertinentes às questões que achas, essas sim, seriam bem mais interessantes Hoje tenho umas cuecas com aviões ou Comi tudo e as bolinhas verdes também.
No início, pensei que era a baba de pai.
Não é.
E que fosse.
Terás, nesse sorriso e no poder de a ti chamares outros, desde que sinceros e incondicionais, mais que um proveito, uma missão.
Usa-o para a concórdia.
Armoniza todos os que te flanqueiam projectando-o.
Colherás frutos.
Mas só mais tarde.
Sê pacientemente altruísta.
Os outros, sempre os outros.
A ti virá o Mundo que é proporcionares alegria.
Os outros, sempre os outros.
Ama-os a todos, por igual.
Descobre a fantástica galáxia que cada um traz consigo, toda uma constelação de emoções nesse céu que nos cobre a todos.
Sê apenas um satélite de todos esses planetas.
E felicita-te por isso, a mais não ansiando.
Nada neste mundo se iguala ao teu sorriso.
Sim, acho-o porque sou teu pai.
Mas isso incute tal verdade à afirmação que não tens como duvidar.
E é apenas disso que precisas.
Acreditar no teu próprio sorriso.
Crer que ele muda algo.
Muito.
Tudo.
Mudou-me a mim.
E se não me tornei num Melhor Homem, a culpa foi só minha.
Delego agora a missão.
Aceitas?
Se sim, dá-me esse beijo de boas-noites como quando eras pequeno, e eu saberei que leste esta missiva.
Parto da certeza que, sendo aquilo que és hoje, apenas mais velho, serás um homem inteligente, alegre, sorridente, bonito.
Terás a mesma luz que te envolve e que, agora, leva até ti uma imensa horda de desconhecidos que, quando vais pela mão, te abordam com as perguntas do costume, que todos acham, por alguma estranha razão, que se devem colocar a petizes Como te chamas ou Que idade tens, mas que tu, desconhecedor de conversas de circustância, evitas com respostas pertinentes às questões que achas, essas sim, seriam bem mais interessantes Hoje tenho umas cuecas com aviões ou Comi tudo e as bolinhas verdes também.
No início, pensei que era a baba de pai.
Não é.
E que fosse.
Terás, nesse sorriso e no poder de a ti chamares outros, desde que sinceros e incondicionais, mais que um proveito, uma missão.
Usa-o para a concórdia.
Armoniza todos os que te flanqueiam projectando-o.
Colherás frutos.
Mas só mais tarde.
Sê pacientemente altruísta.
Os outros, sempre os outros.
A ti virá o Mundo que é proporcionares alegria.
Os outros, sempre os outros.
Ama-os a todos, por igual.
Descobre a fantástica galáxia que cada um traz consigo, toda uma constelação de emoções nesse céu que nos cobre a todos.
Sê apenas um satélite de todos esses planetas.
E felicita-te por isso, a mais não ansiando.
Nada neste mundo se iguala ao teu sorriso.
Sim, acho-o porque sou teu pai.
Mas isso incute tal verdade à afirmação que não tens como duvidar.
E é apenas disso que precisas.
Acreditar no teu próprio sorriso.
Crer que ele muda algo.
Muito.
Tudo.
Mudou-me a mim.
E se não me tornei num Melhor Homem, a culpa foi só minha.
Delego agora a missão.
Aceitas?
Se sim, dá-me esse beijo de boas-noites como quando eras pequeno, e eu saberei que leste esta missiva.
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there's no need to be afraid
sexta-feira, janeiro 02, 2009
Free Advice 4 a Better 2009
1. Não acredites em verdades sem lirismo
1a. Melhor a mentira desde que a cantar
2. Não confies em pessoas com hircismo
3. Não te encolhas se tens de mijar
1a. Melhor a mentira desde que a cantar
2. Não confies em pessoas com hircismo
3. Não te encolhas se tens de mijar
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