segunda-feira, outubro 30, 2006

Da Educação

Ao contrário do Pessoa, que acha que o problema mental do português reside somente no Provincianismo, eu sou da opinião que poderá advir de muitos outros factores (mentirinha, concordo em absoluto com o poeta máximo português, mas experimentem dizer a todos os vossos contemporâneos, "obrigados" pelo "sistema educativo português" a "venerar" a "genialidade" do Eça, que este era o mui alto e mayor provinciano do país, para verem o que vos acontece).
Também não culpo, em absoluto, o catolicismo. A este deve-se apenas o mérito de ter maculado o cristianismo, obrigando-nos a recuar duas Idades (até à Era do Pai), estávamos quase na derradeira, labor inglório o da Raínha Santa Isabel ao distribuir estrategicamente o Culto do Espírito Santo.
Responsabilizo a pequenez camuflada sob inúmeras manifestações! E antes que deixem fluír dessas bocas um "pf, eu detectaria qualquer subterfúgio", pensem bem! Principalmente vós, meninas, que na infância passaram, pelo menos, os olhos sobre um ou outro exemplar da Condessa de Ségur:

"JORGE - Ó Genoveva, queres vir brincar? O papá deu-me hoje feriado por eu ter estudado muito bem as lições.
GENOVEVA - Pois sim; como desejas tu passar o tempo?
JORGE - Vamos para o campo apanhar medronhos.
GENOVEVA - Vou, então, chamar a minha criada.
JORGE - Para quê? É tão pertinho... podemos muito bem ir sozinhos.
GENOVEVA - É que tenho medo...
JORGE - Medo de quê?
GENOVEVA - De que faças asneiras, pois hás-de disparatar sempre que estamos sós".

In "A Tempestade".

A título informativo, não existem medronhos na Rússia, pátria da Sr.ª D.ª Sofia Trostopchine!

5 comentários:

Anónimo disse...

Hã?

Anónimo disse...

Tu não estás bem...

Anónimo disse...

Ai o maroto, a querer levar a pobre Genoveva para o mato para lhe fazer maldades. O maroto!

El Mariachi disse...

Na margem sul há um bairro social que se chama Pica-Pau na Condessa de Ségur Amarela com Medronhos!

Estúpido!

Mudo!

zez disse...

JORGE: Vá lá, rapariga! Vira para cá o material!
GENOVEVA: És "medronho", Jorge! Odeio-te!