Ao contrário do Pessoa, que acha que o problema mental do português reside somente no Provincianismo, eu sou da opinião que poderá advir de muitos outros factores (mentirinha, concordo em absoluto com o poeta máximo português, mas experimentem dizer a todos os vossos contemporâneos, "obrigados" pelo "sistema educativo português" a "venerar" a "genialidade" do Eça, que este era o mui alto e mayor provinciano do país, para verem o que vos acontece).
Também não culpo, em absoluto, o catolicismo. A este deve-se apenas o mérito de ter maculado o cristianismo, obrigando-nos a recuar duas Idades (até à Era do Pai), estávamos quase na derradeira, labor inglório o da Raínha Santa Isabel ao distribuir estrategicamente o Culto do Espírito Santo.
Responsabilizo a pequenez camuflada sob inúmeras manifestações! E antes que deixem fluír dessas bocas um "pf, eu detectaria qualquer subterfúgio", pensem bem! Principalmente vós, meninas, que na infância passaram, pelo menos, os olhos sobre um ou outro exemplar da Condessa de Ségur:
"JORGE - Ó Genoveva, queres vir brincar? O papá deu-me hoje feriado por eu ter estudado muito bem as lições.
GENOVEVA - Pois sim; como desejas tu passar o tempo?
JORGE - Vamos para o campo apanhar medronhos.
GENOVEVA - Vou, então, chamar a minha criada.
JORGE - Para quê? É tão pertinho... podemos muito bem ir sozinhos.
GENOVEVA - É que tenho medo...
JORGE - Medo de quê?
GENOVEVA - De que faças asneiras, pois hás-de disparatar sempre que estamos sós".
In "A Tempestade".
A título informativo, não existem medronhos na Rússia, pátria da Sr.ª D.ª Sofia Trostopchine!
segunda-feira, outubro 30, 2006
sexta-feira, outubro 27, 2006
O Poste é Para o Ant.º Rebelo, o Poema Não, Pedimos Desculpa!
Se queres saber onde
o meu corpo se esconde
passado deste escombro
Olha para trás
repara e verás
com todo o justo assombro
Que o casulo era teu.
A crisálida nasceu
e tu arrasta-la
para onde quer que vás.
o meu corpo se esconde
passado deste escombro
Olha para trás
repara e verás
com todo o justo assombro
Que o casulo era teu.
A crisálida nasceu
e tu arrasta-la
para onde quer que vás.
quinta-feira, outubro 26, 2006
Crítica Construtiva
Para que conste, houvera este magnífico e belo (desconhecido da maioria) território de Portugal Continental sido concebido para ser agraciado com uma semana de noites consecutivas, localizar-se-ia, ao invés de no rectum da Europa, mais acima, passando a ser denominado de Lapónia, por um mero exemplo!
O problema reside, contudo, no facto de tudo ser pensado ao mais ínfimo detalhe pela Grande Mãe que, ciente do desprazer provocado pela falta de fixação de cálcio nos ossos em geral, raquitismo em particular e queda prematura de dentes (sintomatologia da avitaminose D), compensou os habitantes do Círculo Polar Ártico com a assaz assídua Aurora Boreal!
Nós, porém, só temos o Carlos Malato no Um Contra Todos e, vão por mim, não é a mesma coisa!!!
O problema reside, contudo, no facto de tudo ser pensado ao mais ínfimo detalhe pela Grande Mãe que, ciente do desprazer provocado pela falta de fixação de cálcio nos ossos em geral, raquitismo em particular e queda prematura de dentes (sintomatologia da avitaminose D), compensou os habitantes do Círculo Polar Ártico com a assaz assídua Aurora Boreal!
Nós, porém, só temos o Carlos Malato no Um Contra Todos e, vão por mim, não é a mesma coisa!!!
terça-feira, outubro 24, 2006
Um outro Mezzo
Estou em crer que, a morrer um dia o rock, apesar do elevado grau de improbabilidade, que fará deste poste um mero exercício de exorcismo de falta de criatividade, será causa de um pequeno e aparentemente insignificante vocábulo.
Eu próprio fico arrepiado no cocuruto, suo das palmas e das patilhas (suíças... segundo Nikolai Vassilievitch Gogol, medem o garbo do indivíduo), tenho tremuras e cãibras, vista enevoada e cólicas, até arritmias quando alguém se me dirige com alguma coisa do estilo: "Hé, pá.... os Yo La Tengo (ex.) são muita bons! Têm grandes GUITARRADAS"!
Eu próprio fico arrepiado no cocuruto, suo das palmas e das patilhas (suíças... segundo Nikolai Vassilievitch Gogol, medem o garbo do indivíduo), tenho tremuras e cãibras, vista enevoada e cólicas, até arritmias quando alguém se me dirige com alguma coisa do estilo: "Hé, pá.... os Yo La Tengo (ex.) são muita bons! Têm grandes GUITARRADAS"!
sexta-feira, outubro 20, 2006
Recuerdos de Granada
No habitual (embora saudoso) café (salão de chá?) em São Pedro de Sintra, há agora livros para consulta. Lá estava, no fundo, uma edição da Catedra, "Poesía Inédita de Juventud" do granadino Federico García Lorca. Como costumo fazer com (quase) todos os álbuns de poesia, abri à sorte, e lá estava o "Canciones Verdaderas":
Siento que toda el alma
Se me cuaja en Otoño.
Mi juventud se torna
Tristeza matinal.
La nieve del ensueño
ha tapizado el noble
Jardin donde brotaba
Mi fuente pasional.
Tu figura de oro
Aún la guardo en el pecho.
Tenias el aroma
Del cielo sobre el mar.
Al mirarme dejabas
Sobre mi carne estrellas
Y fábulas de aromas
Que inician un besar
Tu fuiste para siempre!
Se clava tu figura
Sobre mi pecho débil
Como un dulce puñal.
Sobre la frente tengo
Desconchones de luna,
Grietas de pensamiento,
Yedras de lo fatal.
Soy un Apolo viejo,
Húmedo y carcomido
Blanco donde Cupido
Agotó su carcaj".
Siento que toda el alma
Se me cuaja en Otoño.
Mi juventud se torna
Tristeza matinal.
La nieve del ensueño
ha tapizado el noble
Jardin donde brotaba
Mi fuente pasional.
Tu figura de oro
Aún la guardo en el pecho.
Tenias el aroma
Del cielo sobre el mar.
Al mirarme dejabas
Sobre mi carne estrellas
Y fábulas de aromas
Que inician un besar
Tu fuiste para siempre!
Se clava tu figura
Sobre mi pecho débil
Como un dulce puñal.
Sobre la frente tengo
Desconchones de luna,
Grietas de pensamiento,
Yedras de lo fatal.
Soy un Apolo viejo,
Húmedo y carcomido
Blanco donde Cupido
Agotó su carcaj".
O Reconhecimento do Génio...
...não é para todos! Pressupõe essa faculdade, inclusivamente e de igual modo, alguma genialidade!
E houve em tempos certa banda portuguesa que, para lá da óbvia qualidade, assumiu sem receios a árdua tarefa de transformar um senhor cujo preconceito dos tugas (e, convenhamos, alguma falta de arte em envelhecer), transformou em objecto pimba. Na parte que me compete, assumo sem rubor de pejo que me agrada a voz do Vitor Espadinha a dizer: "A cidade está deserta e alguém escreveu o teu nome em toda a parte. Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas, em toda a parte essa palavra repetida ao expoente da loucura. Ora amarga, ora doce, para nos lembrar que o amor é uma doença... quando nele julgamos ver a nossa cura".
Mas assumo que a ideia nunca me passaria pela cabeça!
E houve em tempos certa banda portuguesa que, para lá da óbvia qualidade, assumiu sem receios a árdua tarefa de transformar um senhor cujo preconceito dos tugas (e, convenhamos, alguma falta de arte em envelhecer), transformou em objecto pimba. Na parte que me compete, assumo sem rubor de pejo que me agrada a voz do Vitor Espadinha a dizer: "A cidade está deserta e alguém escreveu o teu nome em toda a parte. Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas, em toda a parte essa palavra repetida ao expoente da loucura. Ora amarga, ora doce, para nos lembrar que o amor é uma doença... quando nele julgamos ver a nossa cura".
Mas assumo que a ideia nunca me passaria pela cabeça!
quinta-feira, outubro 19, 2006
The Mall
Na 6ª Feira passada, Dom Nenuco da Costa (mesmo) apresentou-se-me com um anúncio no DN, onde constava que, num futuro mui próximo, erguer-se-á do chão (como um dia surgiu do céu - e segundo himself, com saia travada - outra cena qualquer), um Shopping Center de artigos religiosos que não este, parte integrante do roteiro peregrino desde 94.
Ex-votos de todas as espécies e feitios, cabecitas, pernitas, mãos, olhos, tudo em perafina (Loja dos Ex-votos do Povo e Loja dos 300 Ex-votos) ou, para os mais exigentes, cera de abelha pura (Emporio Ex-voto Armando e Ermenegildo Ex-voto Azenha). Os quadros com o Imaculado Músculo Cardíaco de Maria, com ou sem visionamento de olhos que fecham e abrem Efeito 3D ficarão a cargo da Loja Chinês Ex-vota, no 1º andar.
O edifício fará inveja a qualquer Fórum (Algarve, Almada, Montijo, etc) e descobridor (Vasco da Gama, Colombo). Albergará um hotel, estacionamento para não sei quantos bólides pertença de peregrinos que não gostam de andar a pé mas, para que o espírito da coisa não se esfume, haverá um departamento de animação cultural que, de tempos a tempos, levará ao Grand Hall performances de vários artistas mundiais mediante as quais estes percorrerão centenas de metros de joelhos, até que estes fiquem numa espécie de papa ensanguentada que possa proporcionar a dose de sofrimento e auto-mutilação que faz, como sabemos, as delícias dos nossos camaradas católicos!!!
É abominável! Pois é! Mas não vejo qual possa ser a diferença entre o que Fátima possa vir a tornar-se e o que JÁ É!!!
Mas admito que tudo o que possa fazer o Salazar dar voltas no caixão dá-me um certo gozo!
Ex-votos de todas as espécies e feitios, cabecitas, pernitas, mãos, olhos, tudo em perafina (Loja dos Ex-votos do Povo e Loja dos 300 Ex-votos) ou, para os mais exigentes, cera de abelha pura (Emporio Ex-voto Armando e Ermenegildo Ex-voto Azenha). Os quadros com o Imaculado Músculo Cardíaco de Maria, com ou sem visionamento de olhos que fecham e abrem Efeito 3D ficarão a cargo da Loja Chinês Ex-vota, no 1º andar.
O edifício fará inveja a qualquer Fórum (Algarve, Almada, Montijo, etc) e descobridor (Vasco da Gama, Colombo). Albergará um hotel, estacionamento para não sei quantos bólides pertença de peregrinos que não gostam de andar a pé mas, para que o espírito da coisa não se esfume, haverá um departamento de animação cultural que, de tempos a tempos, levará ao Grand Hall performances de vários artistas mundiais mediante as quais estes percorrerão centenas de metros de joelhos, até que estes fiquem numa espécie de papa ensanguentada que possa proporcionar a dose de sofrimento e auto-mutilação que faz, como sabemos, as delícias dos nossos camaradas católicos!!!
É abominável! Pois é! Mas não vejo qual possa ser a diferença entre o que Fátima possa vir a tornar-se e o que JÁ É!!!
Mas admito que tudo o que possa fazer o Salazar dar voltas no caixão dá-me um certo gozo!
APELO
Solicita-se encarecidamente a todos os laboratórios que produzam genéricos com substâncias activas do mesmo grupo do Compensan que os forneçam a todas as farmácias possíveis em Portugal, a fim de aliviar os sintomas dos adeptos do Sporting Clube de Portugal.
É que no dia seguinte à derrota do Benfica, mesmo sabendo que iriam jogar algumas horas mais tarde, assumiram uma atitude muito idêntica à do presidiário que, ao ser informado que será tranferido para Vale de Judeus, leva a véspera toda com um discurso do tipo: "Isso de levar nas nalgas é uma tristeza! Comigo tinham que me amarrar à cama"!
Vá... não fiquem assim por causa disto!
É que no dia seguinte à derrota do Benfica, mesmo sabendo que iriam jogar algumas horas mais tarde, assumiram uma atitude muito idêntica à do presidiário que, ao ser informado que será tranferido para Vale de Judeus, leva a véspera toda com um discurso do tipo: "Isso de levar nas nalgas é uma tristeza! Comigo tinham que me amarrar à cama"!
Vá... não fiquem assim por causa disto!
quarta-feira, outubro 18, 2006
Saramago 3 - 3 Spielberg
Ainda deve haver alguém, para além da Marijuanita, que se lembre do chato da faculdade que recitava, de cor, trechos do Memorial do Convento, Evangelho Segundo Jesus Cristo, O Ano da Morte de Ricardo Reis, História do Cerco de Lisboa e Levantado do Chão. Ninguém nunca ouvirá da minha boca quaisquer récitas ou sequer menção a títulos como Todos os Nomes, O Homem Duplicado ou A Caverna. Não vou explicar as razões. Ou talvez caibam todas numa só: José perdeu a genialidade. Sim, isso mesmo! Quem conhecer medianamente a obra, bastando (ou, nas palavras do próprio, "tendo avonde") para isso erguer os olhos para além dos preconceitos habituais (o homem não pontua, o homem é comunista, o homem é espanhol e outras barbaridades), saberá do que falo.
O mesmo se aplica ao senhor que, por certo, não pode esperar que um apaixonado (como eu) pelo Encontros Imediatos de 3º Grau e O Tubarão possa ter o mesmo agrado ao visionar o Inteligência Artificial, A Guerra dos Mundos ou o Relatório Minoritário. Mais ainda, desiludiu-me tanto o Manifesto chamado A Lista de Schindler quanto todas as outras manifestações de arte ou nem por isso com o carimbo "para que o mundo não esqueça" quando, para o bem do mundo, urge que nos esqueçamos!
Eis que, como já é hábito, a Gulbenkian alegrará os dias chuvosos com mais uma iniciativa. Desta feita, o ciclo "Como o Cinema Era Belo". E a também já habitual ausência de pudores fará com que figure na lista, entre Citizen Kane, Splendor in the Grass e How Green Was My Valley o belo e intemporal E.T., o Extraterrestre! E lá estarei eu, dia 4 de Novembro, a lembrar-me de quando pedia à minha mãe para fechar a porta do guarda-roupa, não fosse o bicho ali estar escondido, como o fez com a mãe do Elliot (que por acaso até era bem gira), ou de como pedi ao meu pai uma BMX para poder brincar à fuga do FBI.
Não vou esconder que desejo um dia poder negar este sentimento de que A Escrita de Saramago era Bela!
Este era o cromo n.º23 da caderneta!
O mesmo se aplica ao senhor que, por certo, não pode esperar que um apaixonado (como eu) pelo Encontros Imediatos de 3º Grau e O Tubarão possa ter o mesmo agrado ao visionar o Inteligência Artificial, A Guerra dos Mundos ou o Relatório Minoritário. Mais ainda, desiludiu-me tanto o Manifesto chamado A Lista de Schindler quanto todas as outras manifestações de arte ou nem por isso com o carimbo "para que o mundo não esqueça" quando, para o bem do mundo, urge que nos esqueçamos!
Eis que, como já é hábito, a Gulbenkian alegrará os dias chuvosos com mais uma iniciativa. Desta feita, o ciclo "Como o Cinema Era Belo". E a também já habitual ausência de pudores fará com que figure na lista, entre Citizen Kane, Splendor in the Grass e How Green Was My Valley o belo e intemporal E.T., o Extraterrestre! E lá estarei eu, dia 4 de Novembro, a lembrar-me de quando pedia à minha mãe para fechar a porta do guarda-roupa, não fosse o bicho ali estar escondido, como o fez com a mãe do Elliot (que por acaso até era bem gira), ou de como pedi ao meu pai uma BMX para poder brincar à fuga do FBI.
Não vou esconder que desejo um dia poder negar este sentimento de que A Escrita de Saramago era Bela!
Este era o cromo n.º23 da caderneta!
terça-feira, outubro 17, 2006
A Cathleen Gomes tem um concorrente à altura
À semelhança do que terá feito o meu amigo, também eu tenho uma crítica a tecer a um crítico. Sabe bem! E sabe melhor quando é o Nuno Galopim! Que condiz com "decadência do Blitz" e rima com "o pior programa de sempre da Radar".
A Charlotte Gainsbourg não herdou o génio do pai. Não tem a voz cavernosa a la Nick Cave, não possui o mesmo talento para a poesia, não se fecha num quarto de hotel para compôr um álbum num mês, não tem a mesma figura (o que parecendo que não, é natural), não fuma Gitanes sem filtro, não diz à Whitney Houston em directo na TV: "Quero-te comer aqui e agora", não marcará uma geração de jovens e vindouras de músicos, nem sequer realizará filmes!
Mas ** em ***** ???? Estás a gozar, não estás? E é com isso que o suplemento 6ª do DN quer destronar o Y do Público? Com uma classificação de ** em ***** do álbum "5:55"? Mesmo que estivesse empenhada em explorar comercialmente o apelido, a música é dos AIR!!!
Abre os ouvidos, pá!!!
A Charlotte Gainsbourg não herdou o génio do pai. Não tem a voz cavernosa a la Nick Cave, não possui o mesmo talento para a poesia, não se fecha num quarto de hotel para compôr um álbum num mês, não tem a mesma figura (o que parecendo que não, é natural), não fuma Gitanes sem filtro, não diz à Whitney Houston em directo na TV: "Quero-te comer aqui e agora", não marcará uma geração de jovens e vindouras de músicos, nem sequer realizará filmes!
Mas ** em ***** ???? Estás a gozar, não estás? E é com isso que o suplemento 6ª do DN quer destronar o Y do Público? Com uma classificação de ** em ***** do álbum "5:55"? Mesmo que estivesse empenhada em explorar comercialmente o apelido, a música é dos AIR!!!
Abre os ouvidos, pá!!!
PRATO DO DIA "Je suis un TEORIAS et je m'aime à cause de SÁ"!
Geralmente, sou aquilo a que se chama um "gáijo Purrâiro" (dito à lisboeta) ou um gajo porreiro (à alentejano que, de facto, falam SEM pronúncia e como se escreve). Cedo prioridade, não buzino, não gesticulo, raramente faço um quinjas e nunca abro o vidro para gritar impropérios. Recuso-me a vergar (forçando assim a hérnia discal) perante essa doença do foro psiquiátrico denominada, em estrangeiro, Traffic Anger! Mas tenho uma regra: BMW's, Mercedes, Volvos, Land Rover's, Lexus e todos os outros automóveis cujos anúncios figuram nas revistas acima dos €3,5 NÃO PASSAM!!!! Podem estar há 30 minutos do ramal de acesso da AE, há 1/4 de hora para entrar na rotunda que NEM PENSEM!!! E hay de quem tente! Se há coisa que gosto de preencher é uma declaração amigável e, se possível, na caixa fechada de um UMM da GNR. A razões são as seguintes:
Razão 1 - Gajo que tem um carro acima dos 15.000 contos tem um emprego que lhe permite chegar atrasado, o que faz com que possa levar TOOOOODO o tempo do mundo até lá chegar!
Razão 1a - Se tem um emprego que NÃO lhe permite chegar atrasado e tem um automóvel acima dos 15.000 contos é tão acéfalo como uma alforreca (medusa, para os mais zelosos).
Todos nós sabemos que a viatura é o prolongamento do pénis do português. É tanto maior e mais potente quão mais reduzidas são as capacidades como amante do seu condutor. É o espelho da sua própria incapacidade em oferecer mais que um orgasmo à sua parceira sexual (e não se riam meninas, porque isto inclui as coquettes de óculo Gucci que fazem do jipe um tanque de guerra mas não sabem que "chupa" é só uma coisa que se diz, não é para levar à letra porque aleija). E depois, se um BMW fosse prova de bom-gosto o administrador de um certo grupo editorial andava de Smart!
Razão 1 - Gajo que tem um carro acima dos 15.000 contos tem um emprego que lhe permite chegar atrasado, o que faz com que possa levar TOOOOODO o tempo do mundo até lá chegar!
Razão 1a - Se tem um emprego que NÃO lhe permite chegar atrasado e tem um automóvel acima dos 15.000 contos é tão acéfalo como uma alforreca (medusa, para os mais zelosos).
Todos nós sabemos que a viatura é o prolongamento do pénis do português. É tanto maior e mais potente quão mais reduzidas são as capacidades como amante do seu condutor. É o espelho da sua própria incapacidade em oferecer mais que um orgasmo à sua parceira sexual (e não se riam meninas, porque isto inclui as coquettes de óculo Gucci que fazem do jipe um tanque de guerra mas não sabem que "chupa" é só uma coisa que se diz, não é para levar à letra porque aleija). E depois, se um BMW fosse prova de bom-gosto o administrador de um certo grupo editorial andava de Smart!
sexta-feira, outubro 13, 2006
Mondo Bizarre
Dei boleia ao Damas, um louco que de menos louco tem o facto de ter escolhido as imediações do Intendente para morada, dividida com mais uma espanhola e o seu namorado, para desespero do rapaz, que come avidamente tortilhas no refeitório da Empala para depois ter assunto de conversa: "Que ái comido una tortilla y que estava muy buena, pá"!
São quase 23h no Martim Moniz (menos uma hora no arquipélago dos Açores) e o homem expele um: "Os espanhóis dizem-me que há por aqui um restaurante chinês clandestino". Quais McGuyvers que, caso necessitassem de um clip no meio do deserto do Namibe encontrariam-no, passam por nós dois indivíduos de olhos rasgados. Perguntamos pelo sítio. Somos submetidos a um extenso inquérito, ninguém gosta de colocar os seus em risco. Enfim, o facto de não termos bigode nem blusão de cabedal joga a nosso favor e depois de um derradeiro: "Foi vossos amigos que falalam do sítio?", lá o seguimos pelo beco. Apontou o segundo andar e depois de consultar atentamente os caracteres que figuravam em autocolantes junto das campaínhas, tocou. A porta abre-se. Subimos. Passa por nós a correr mais um chinesito. Leva uma trotineta e entra na mesma casa que nós. Uma casa. Mesmo. Quatro mesas. Duas delas ocupadas (cada uma) com dois portáteis sobre os quais se inclinam, por sua vez, dois chinocas na faixa etária dos vinte. Consigo, apesar dos caracteres que inundam o ecrã, adivinhar o chat e a wikipedia. Não cheira a comida. Nas paredes não há quadros com pandas e bambús. Mas há pelo chão brinquedos, uma aranha e um carrinho de bébé. A varanda está aberta. É para lá que vou fumar, não consigo afastar a noção de que estou na casa de alguém que ainda por cima tem uma criança. Oferecem-me um cigarro. Na varanda há um vaso que não tem sardinheiras. Parecem-me alhos. Vem a ementa. Duas micas de plástico agrafadas encerram um admirável mundo novo: tripa de porco caramelizada, caranguejo envinagrado, patas de galinha e pato. Também está redigido em português. Estranho o facto. Quando tentamos pedir, percebo que estava a ser optimista. O problema de comunicação resolve-se. O senhor retira-se para a cozinha, aberta, visível, acessível até, um dos "nerds" dos laptops retira do frigorífico, ali ao meu lado, as cervejas e eu vejo, no ecrã (chat), alguém que lhe mostra o decote. Começamos a ouvir o característico shshsh das frigideiras. A televisão transmite uma espécie de Oprah em mandarim e, à saída, um bloco noticiário com desavenças entre deputados na Ilha Formosa, perante a zombaria dos presentes. Massa de arroz com caril, camarões, pimento e uma espécie de bacon, frango cozido a vapor e servido frio, arroz, quatro cervejas, bolinhos de arroz, sementes de sésamo e coco (quentes), €16. A punchline reside no facto de este não ser o "restaurante" de que o casal espanhol falava. Esse outro só tem um velhote, que depois de cozinhar e servir senta-se no sofá e adormece, deixando à vontade (por vezes até às duas ou três da manhã), os convivas.
São quase 23h no Martim Moniz (menos uma hora no arquipélago dos Açores) e o homem expele um: "Os espanhóis dizem-me que há por aqui um restaurante chinês clandestino". Quais McGuyvers que, caso necessitassem de um clip no meio do deserto do Namibe encontrariam-no, passam por nós dois indivíduos de olhos rasgados. Perguntamos pelo sítio. Somos submetidos a um extenso inquérito, ninguém gosta de colocar os seus em risco. Enfim, o facto de não termos bigode nem blusão de cabedal joga a nosso favor e depois de um derradeiro: "Foi vossos amigos que falalam do sítio?", lá o seguimos pelo beco. Apontou o segundo andar e depois de consultar atentamente os caracteres que figuravam em autocolantes junto das campaínhas, tocou. A porta abre-se. Subimos. Passa por nós a correr mais um chinesito. Leva uma trotineta e entra na mesma casa que nós. Uma casa. Mesmo. Quatro mesas. Duas delas ocupadas (cada uma) com dois portáteis sobre os quais se inclinam, por sua vez, dois chinocas na faixa etária dos vinte. Consigo, apesar dos caracteres que inundam o ecrã, adivinhar o chat e a wikipedia. Não cheira a comida. Nas paredes não há quadros com pandas e bambús. Mas há pelo chão brinquedos, uma aranha e um carrinho de bébé. A varanda está aberta. É para lá que vou fumar, não consigo afastar a noção de que estou na casa de alguém que ainda por cima tem uma criança. Oferecem-me um cigarro. Na varanda há um vaso que não tem sardinheiras. Parecem-me alhos. Vem a ementa. Duas micas de plástico agrafadas encerram um admirável mundo novo: tripa de porco caramelizada, caranguejo envinagrado, patas de galinha e pato. Também está redigido em português. Estranho o facto. Quando tentamos pedir, percebo que estava a ser optimista. O problema de comunicação resolve-se. O senhor retira-se para a cozinha, aberta, visível, acessível até, um dos "nerds" dos laptops retira do frigorífico, ali ao meu lado, as cervejas e eu vejo, no ecrã (chat), alguém que lhe mostra o decote. Começamos a ouvir o característico shshsh das frigideiras. A televisão transmite uma espécie de Oprah em mandarim e, à saída, um bloco noticiário com desavenças entre deputados na Ilha Formosa, perante a zombaria dos presentes. Massa de arroz com caril, camarões, pimento e uma espécie de bacon, frango cozido a vapor e servido frio, arroz, quatro cervejas, bolinhos de arroz, sementes de sésamo e coco (quentes), €16. A punchline reside no facto de este não ser o "restaurante" de que o casal espanhol falava. Esse outro só tem um velhote, que depois de cozinhar e servir senta-se no sofá e adormece, deixando à vontade (por vezes até às duas ou três da manhã), os convivas.
quarta-feira, outubro 11, 2006
Há muitos anos...
...tinha eu os meus tenritos 13, olhava atentamente, de queixo na proa, a azáfama que antecedia a partida do Alvelos, o gigantesco petroleiro onde o meu pai exercia funções de despenseiro (mhmhmh gelados da caixa e suminhos da Compal naquelas latinhas), e onde eu costumava passar um dos três meses das férias grandes. Junto à amurada, dezenas de homens soltavam amarras, içava-se a âncora com estertor não menor que o da buzina de nevoeiro, sentia já a vibração na planta dos pés que havia de acompanhar-me as muitas milhas marítimas até à URSS. Lá em baixo, as duas lanchas que rebocavam aquele gigante para fora da Barra, que é como quem diz um pouco antes do Bugio. Já o Porto Brandão cada vez mais pequeno, que uma névoa sobre o Tejo perecia fazer flutuar, aparentemente suspensos no ar também a Ponte, a Torre de Belém, os silos da Trafaria.
Hoje de manhã, o mesmo! Avistada da ponte, Lisboa estava novamente suspensa sobre uma faixa cinza, fantasma descontente de uma cidade que sabe não condizer com o Inverno, inexorável. Na rádio, o "Up With People", dos Lambshop, o que melhorava a coisa.
Mas desta vez eu não ia a lado nenhum!
Hoje de manhã, o mesmo! Avistada da ponte, Lisboa estava novamente suspensa sobre uma faixa cinza, fantasma descontente de uma cidade que sabe não condizer com o Inverno, inexorável. Na rádio, o "Up With People", dos Lambshop, o que melhorava a coisa.
Mas desta vez eu não ia a lado nenhum!
segunda-feira, outubro 09, 2006
Assertividade é...
A C.I.A. é do caneco, pá!
A "secreta norte-americana", como é apelidada nas lides do jornalismo, saíu-se, no passado dia 7 de Outubro, com a seguinte Bomba: "Fidel tem cancro"! Ena pá! Fiquei logo todo arrepiadinho!
Tendo em conta que El General tem 80 anos, fuma charutos, come o possível quando se tem um embargo económico (El Bloqueo) desde o dia 7 de Fevereiro de 1962 e foi recentemente operado aos intestinos, esta notícia tem, comparativamente, o mesmo valor informativo que:
1 - "Mossad revela que José Cid está afónico".
2 - "KGB descobre que Bin Laden tem a unha do dedão esquerdo encravada".
3 - "Scotland Yard não tem dúvidas: Victoria Beckam é magra".
4 - "SIS investiga alegada homossexualidade de José Castelo Branco".
5 - "GNR desconfia que Ágata pinta o cabelo".
Denota-se, isso sim, a inquieta esperança pela extinção do hombre, para que o Mundo possa ficar livre de "pulhas desta estirpe"!
Ó meus amigos... o Alberto João ainda vai cá andar uns aninhos!!!
A "secreta norte-americana", como é apelidada nas lides do jornalismo, saíu-se, no passado dia 7 de Outubro, com a seguinte Bomba: "Fidel tem cancro"! Ena pá! Fiquei logo todo arrepiadinho!
Tendo em conta que El General tem 80 anos, fuma charutos, come o possível quando se tem um embargo económico (El Bloqueo) desde o dia 7 de Fevereiro de 1962 e foi recentemente operado aos intestinos, esta notícia tem, comparativamente, o mesmo valor informativo que:
1 - "Mossad revela que José Cid está afónico".
2 - "KGB descobre que Bin Laden tem a unha do dedão esquerdo encravada".
3 - "Scotland Yard não tem dúvidas: Victoria Beckam é magra".
4 - "SIS investiga alegada homossexualidade de José Castelo Branco".
5 - "GNR desconfia que Ágata pinta o cabelo".
Denota-se, isso sim, a inquieta esperança pela extinção do hombre, para que o Mundo possa ficar livre de "pulhas desta estirpe"!
Ó meus amigos... o Alberto João ainda vai cá andar uns aninhos!!!
sexta-feira, outubro 06, 2006
A Lógica RENOVA!!!
Utentes, clientes e trabalhadores deste meu Portocalo:
A consideração e qualidade de atendimento que devemos esperar das empresas, estabelecimentos comerciais, instituições que frequentamos e local onde trabalhamos tem um barómetro. É o papel higiénico disponível nas respectivas casas de banho.
Se se tratar de um exemplar de folha dupla, alva, macio como seda, sedoso como cachemira ou angorá, daqueles que podemos usar até ao ponto de sabermos estar mais asseados que um bebé coberto de Mustela devemos, caros compatriotas, esperar serviços de excelência sem filas prolongadas e previsões de atendimento na ordem das doze horas (no caso das instituições públicas ou estabelecimentos comerciais), com serventia personalizada, interessada e sinceramente prestativa. Restaurantes com pratos que são orgasmos palatais, plenos de ingredientes biológicos confeccionados com assaz paixão! Se tal se verifica no local onde trabalhamos, meus caros, era de aproveitar para pedir um aumento! O patrão é um homem inquietado com o bem-estar dos seus assalariados, que recusa ver alguém a seu soldo com dificuldades em manter-se sentado à secretária devido a assaduras incómodas, não tão procedente do receio pela (mais que provável) falta de produtividade, mais por uma humanidade que, podemos crer, trará frutos futuros. O boss é um Hombre com maiúscula e Cojones no lugar!
Se o contrário se verificar (leia-se papel higiénico de cor parda, aparência de lixa e susceptível de causar tal erupção cutânea expelente de prurido que não há Lindor que aufira capacidade de armazenamento), podemos então contar com tudo o que possamos julgar ser exactamente inverso ao cito supra!
Há, depois, o caso dos bancos e das seguradoras. Aí, as casas de banho são inexistentes, o que, obviamente, deveria suscitar cautela!
A consideração e qualidade de atendimento que devemos esperar das empresas, estabelecimentos comerciais, instituições que frequentamos e local onde trabalhamos tem um barómetro. É o papel higiénico disponível nas respectivas casas de banho.
Se se tratar de um exemplar de folha dupla, alva, macio como seda, sedoso como cachemira ou angorá, daqueles que podemos usar até ao ponto de sabermos estar mais asseados que um bebé coberto de Mustela devemos, caros compatriotas, esperar serviços de excelência sem filas prolongadas e previsões de atendimento na ordem das doze horas (no caso das instituições públicas ou estabelecimentos comerciais), com serventia personalizada, interessada e sinceramente prestativa. Restaurantes com pratos que são orgasmos palatais, plenos de ingredientes biológicos confeccionados com assaz paixão! Se tal se verifica no local onde trabalhamos, meus caros, era de aproveitar para pedir um aumento! O patrão é um homem inquietado com o bem-estar dos seus assalariados, que recusa ver alguém a seu soldo com dificuldades em manter-se sentado à secretária devido a assaduras incómodas, não tão procedente do receio pela (mais que provável) falta de produtividade, mais por uma humanidade que, podemos crer, trará frutos futuros. O boss é um Hombre com maiúscula e Cojones no lugar!
Se o contrário se verificar (leia-se papel higiénico de cor parda, aparência de lixa e susceptível de causar tal erupção cutânea expelente de prurido que não há Lindor que aufira capacidade de armazenamento), podemos então contar com tudo o que possamos julgar ser exactamente inverso ao cito supra!
Há, depois, o caso dos bancos e das seguradoras. Aí, as casas de banho são inexistentes, o que, obviamente, deveria suscitar cautela!
quinta-feira, outubro 05, 2006
Sou um fraco...
...não aguentei! Deixei de fazer bodyboard quando começaram os Morangos com Açúcar. O que não deixa de ser uma espécie de castigo para os surfistas que sempre acharam o body um desporto menor, com aquela merda do "oi, oi", e "sai da frente" que, para mim, sempre atestou parca inteligência ao contrário de virilidade! Agora... apanhem com o bando de fedelhos que querem ser iguais ao Cuca e ao Puka que namoram com a Fucka e a Sucka.
Sinto, contudo, que devo avisar a classe feminina (que continua, invariavelmente, a achar que os gajos do surf são muito atraentes e "muitá bons" e mánãsêquê, quando há toda uma panóplia de desportos que moldam o corpo e não obrigam a malta a usar roupas tão ridículas, mesmo fora de água), àcerca de um estranho mas generalizado comportamento!
Não conheço ninguém, surfista, bodyboarder, kite-surfer ou seja lá o que for, que não mije dentro do fato assim que se senta na prancha à espera do sete, principalmente de Inverno que é quando sabe melhor! E é bem bom! Talvez não muito encantador, enfim! Mas bom!
Sinto, contudo, que devo avisar a classe feminina (que continua, invariavelmente, a achar que os gajos do surf são muito atraentes e "muitá bons" e mánãsêquê, quando há toda uma panóplia de desportos que moldam o corpo e não obrigam a malta a usar roupas tão ridículas, mesmo fora de água), àcerca de um estranho mas generalizado comportamento!
Não conheço ninguém, surfista, bodyboarder, kite-surfer ou seja lá o que for, que não mije dentro do fato assim que se senta na prancha à espera do sete, principalmente de Inverno que é quando sabe melhor! E é bem bom! Talvez não muito encantador, enfim! Mas bom!
Ó Formicidade...
Não achas curioso que a Wikipedia tenha uma entrada para J. P. Simões e Pop del Arte qu'é bom népias?
Redacção maravilhosa, esta!
Vou-me deitar...
...é melhor!
Redacção maravilhosa, esta!
Vou-me deitar...
...é melhor!
segunda-feira, outubro 02, 2006
creo...
Sempre que começo a não acreditar nas pessoas, recebo sinais!
No Sábado, cometo o erro (a maior parte das vezes irreparável) de deixar o maço de cigarros e o telemóvel em cima do tejadilho do carro para colocar as compras no porta-bagagens. Entro no mariachimobíl e arranco. Poucos metros à frente, vejo que algo cai lá atrás e - meu dEUS - não relaciono a ocorrência com NADA! Continuo. Cinco km depois, faz-se luz. Pensamento: Telemóvel topo de gama que a Nokia empresta a jornalistas para redigirmos: "Isto é do melhor que há, é MUITA BOM, larguem €500 e toca a comprar às prestações, patati patatá", 'tou f....o, vou ter que largar quase um ordenado para uma merda que nem morto comprava. E nem um cigarro para acalmar! Volto atrás... estava lá o tabaco... menos mau. E os contactos e as propostas de emprego e as fotografias e os amigos e o dinheiro e, citando Nel Monteiro, Puta Vida Merda Cagalhões!!!! E que tal ligar para mim? Boa! Está a tocar... pronto, já vão gozar com a minha cara! Atendem... o que dizer: "Olhe desculpe, mas perdi esse telemóvel e....", "sim sim, eu vi-o cair! Se quiser venha aqui ter comigo, que estou em frente a tal tal". E aí vou eu. O homem ainda pede desculpa por ter tentado ligar para aquele nome que imaginou ser alguém mais íntimo, com o registo "Advogado" (o Pedro, claro, estava a afogar-se em baba com cheiro a cerveja, vodka, uísque e tinha o tlm desligado). Não quis aceitar nem um café.
No Sábado, cometo o erro (a maior parte das vezes irreparável) de deixar o maço de cigarros e o telemóvel em cima do tejadilho do carro para colocar as compras no porta-bagagens. Entro no mariachimobíl e arranco. Poucos metros à frente, vejo que algo cai lá atrás e - meu dEUS - não relaciono a ocorrência com NADA! Continuo. Cinco km depois, faz-se luz. Pensamento: Telemóvel topo de gama que a Nokia empresta a jornalistas para redigirmos: "Isto é do melhor que há, é MUITA BOM, larguem €500 e toca a comprar às prestações, patati patatá", 'tou f....o, vou ter que largar quase um ordenado para uma merda que nem morto comprava. E nem um cigarro para acalmar! Volto atrás... estava lá o tabaco... menos mau. E os contactos e as propostas de emprego e as fotografias e os amigos e o dinheiro e, citando Nel Monteiro, Puta Vida Merda Cagalhões!!!! E que tal ligar para mim? Boa! Está a tocar... pronto, já vão gozar com a minha cara! Atendem... o que dizer: "Olhe desculpe, mas perdi esse telemóvel e....", "sim sim, eu vi-o cair! Se quiser venha aqui ter comigo, que estou em frente a tal tal". E aí vou eu. O homem ainda pede desculpa por ter tentado ligar para aquele nome que imaginou ser alguém mais íntimo, com o registo "Advogado" (o Pedro, claro, estava a afogar-se em baba com cheiro a cerveja, vodka, uísque e tinha o tlm desligado). Não quis aceitar nem um café.
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