quarta-feira, agosto 06, 2008

Tenho quase sempre dúvidas, ao contrário de outros que, para além disso, raramente se enganam...

Desta feita, tenho dúvidas em relação à conotação do termo Miséria Franciscana.
Pelo que vejo, atribui-se-lhe um sentido literal, o que só pode dever-se a uma profunda ignorância.
Os Franciscanos, budistas cristãos no sentido em que se despojam dos bens materiais para se dedicarem, exclusivamente, a dEUS, eram, portanto, pobres por opção.
E penso que terá sido esse o sentido do termo durante muitos séculos, isto é, haveria a pobreza induzida por factores extrínsecos ao indivíduo (como 60% dos portugueses de hoje) e a Miséria Franciscana, termo jocoso que traduziria, mais ou menos, a expressão: "É pobre, é. Tá bem, tá bem. É mas é uma Miséria Franciscana, pá", que é o caso dos polícias e dos militares e dos escritorários das repartições, que se queixam dos baixos ordenados mas têm um contrato, férias e 13.º mês pagos e ainda a ADSE, que Pobres como eu, com P Maiúsculo, pagamos em cada recibo verde. Aproveito, desde já, para mandá-los, a todos, sem excepção, apanhar no cu.
Sendo que isto nos leva ao que eu queria perguntar...
Que espécie de Miséria é aquela que nos leva a dobrar a coluna para apanhar umas facturas de Taxi (€6 e €7) que esvoaçavam em frente à porta do Zoo de Lisboa, a ver se sempre dá qualquer tostão de retorno no IVA ou no IRS?
Sejam benvindos a África.
Ouvi dizer que, aqui, o pôr-do-sol é lindo.

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