As pessoas acham que eu sou de fino trato ACT I
Um dia uma daquelas pessoas com que se sociabiliza porque pronto perguntou-me Não tens para lá um livro que me emprestes? Mas tem que ser grosso porque só leio livros grossos E eu respondi Grossos só tenho a Divina Comédia e o Fausto E ele disse Mas eu não gosto muito de teatro E eu Atão vai pó caralho mas daqueles grossos e cheios de veias E ele Hé pá não é preciso isso E eu É é E ele Atão porquê? E eu Porque se é para apanhares no cu que é o que eu acho que deverias fazer é melhor optares como se de um livro se tratasse.
As pessoas acham que eu sou de fino trato ACT II
Um dia uma daquelas pessoas que apanha o comboio na mesma estação que eu posicionou-se atrás de mim e disse-me O seu fumo está a incomodar-me E eu respondi Eu vim para aqui precisamente porque o vento está de frente e só incomodaria alguém se esse alguém se colocasse atrás de mim por opção e foi o que a senhora fez logo só não a mando para os carris porque ao ser esmagada o sangue e os pedaços de cérebro viriam na minha direcção e como não é isso que eu quero não é isso que farei mas se o fizesse nunca lhe diria a sua orelha está-me a ensanguentar o sapato porque a opção tinha sido minha.
As pessoas acham que eu sou de fino trato ACT III
Um dia uma namorada minha estava-me a fazer uma felação e eu disse Se dependesse de mim queimava com pontas de cigarros todas as pessoas que acham que aplicado a isto o verbo chupar é para levar à letra E ela Vê lá se queres que te morda E eu Se fosse para isso já te tinha dado um murro na cabeça há muito tempo.
As pessoas acham que eu sou de fino trato EPÍLOGO
Um dia um comercial que vendia publicidade para a revista onde eu trabalhava foi dizer ao administrador que não conseguia vender publicidade para a revista onde eu trabalhava, condenando, com todo o à-vontade deste mundo, a dita à extinção e ao desemprego todos os que nela trabalhavam, dos designers à pós-produção e eu pedi uma reunião com ele e disse-lhe Se és incompetente pedes para ganhar o mesmo mas a lavar escadas e se fores incompetente nisso também e eu acredito que sim ao menos colocas apenas o teu emprego em risco E ele respondeu-me Sabes lá... eu posso ser muito bom a lavar escadas E eu Suponho que conheças aquele cego que toca aquele piano de soprar na Rua Augusta de uma forma inacreditavelmente horrível e as pessoas acham que ele toca mal porque é cego e eu aposto que se ele não fosse cego tocava de uma forma inacreditavelmente horrível um clarinete ou um trombone de varas E ele Não percebi E eu Eu sei...
quarta-feira, abril 29, 2009
segunda-feira, abril 27, 2009
Por uma semana mais digna
Old Songs, New Perspectives...
Realizado por Martin De Thurah, com a Karin Dreijer dos The Knife... Ela anda aí a solo, a sua banda tem um novo álbum, os Royksopp também e, pronto, sempre é desculpa para um ou outro sorriso.
Realizado por Martin De Thurah, com a Karin Dreijer dos The Knife... Ela anda aí a solo, a sua banda tem um novo álbum, os Royksopp também e, pronto, sempre é desculpa para um ou outro sorriso.
Hoje é um dia histórico para a Residência dIAZ
sexta-feira, abril 24, 2009
Carta ao Pai...
Pai,
Liga-me a ti esta corrente que traz, em cada elo, uma recordação das boas.
É por isso que me obrigo a justificar o que se segue, para que não se apodere de ti a fria sensação de um filho que segue um ideal perpendicular, depois de tantos anos paralelos que fomos.
Que fique escrito na pedra Foste, És e Serás Sempre o Meu Herói, se não é isso que é ser filho, o que seria deste mundo?
Este fardo de te dizer que abandonei um ideal pesa-me por saber que o tínhamos ambos, que este era um braço dado que ninguém podia quebrar, como vazio é o sentimento que me causa.
Pensa, se te aleijar, que foi esse humanismo a que me obrigaste, esse dever de dar sempre um pouco de mim aos outros, que me levou a isto.
Sei que a piada da família é Foste Feito no 25 de Abril.
Sei que o tio António interrompeu a minha feitura batendo à janela e gritando Há chaimites por Lisboa toda, é a revolução, o mesmo que, pouco depois do 25 de Novembro, buzinava pela Ponte afora, para que se desviassem desse Fiat 128 verde-garrafa transportando a parturiente.
Sei que esse peso nos ombros, o de ser literalmente um Filho da Revolução, me fez lutar, entre tantas coisas, contra o lugar-comum que era relacionar o 25 de Abril com Comunismo ou Socialismo. Era apenas Liberdade...
Qual Liberdade, pai?
Que coisa é esta de já teres netos e continuares com medo que o teu filho fique, de um momento para o outro, sem fonte de rendimento?
Foi para isso que houve revolução?
Que coisa é esta da obediência civil feita de olhares cabisbaixos quando algum fedelho a quem pagas o ordenado diz que estás contra a lei, uma lei para a qual não foste visto nem achado?
Foi para isso que sorriste, e riste e bebeste copos naquele dia, feliz pelo futuro?
Que coisa é esta de teres trabalhado como um moiro e continuares a contar os tostões?
Foi para isso que pensaste que tudo mudaria?
Que é isto de não poderes falar quando pensas que tudo está mal, quando tudo está, de facto, mal?
É isto a que chamaram, um dia, Liberdade?
E agora, quem faz uma revolução?
Os filhos da mesma, como eu, que fomos chamados de Geração Rasca?
A geração anterior à minha, novos-ricos que nasceram sem nada e por isso acham que o sonho da vida reside num BMW e numa vivenda em Azeitão ou num monte num Alentejo que nem sequer compreendem?
A geração depois da minha, que tudo tem e mais quer sem desconfiar que os espera um Mundo Cão que eles próprios ajudam a criar?
E agora, quem vai invadir a Rádio Difusora Nacional, cantando alguma coisa que será, entretanto, o Hino dos Tansos, para bradar, 35 anos a fio, antes do fogo-de-artifício à meia-noite?
E depois, quando se fizer a revolução? Vai continuar sem morrer ninguém, para que ELES percebam que podem fazer TUDO, TUDO MESMO, porque nós comemos e calamos? E, pior, continuaremos a sair à rua, uma vez ao ano, outros 35 anos, festejando uma liberdade que nunca o foi!!!
Tansos! Uma Nação de Otários! E eles a Comer Tudo, a Deixar Nada e, pior que antes, a rir a bandeiras despregadas!!!
A Liberdade que o 25 de Abril trouxe é como o Orgasmo Feminino no tempo de Salazar:
Todas ouviam falar dele...
... mas vê-lo...
Liga-me a ti esta corrente que traz, em cada elo, uma recordação das boas.
É por isso que me obrigo a justificar o que se segue, para que não se apodere de ti a fria sensação de um filho que segue um ideal perpendicular, depois de tantos anos paralelos que fomos.
Que fique escrito na pedra Foste, És e Serás Sempre o Meu Herói, se não é isso que é ser filho, o que seria deste mundo?
Este fardo de te dizer que abandonei um ideal pesa-me por saber que o tínhamos ambos, que este era um braço dado que ninguém podia quebrar, como vazio é o sentimento que me causa.
Pensa, se te aleijar, que foi esse humanismo a que me obrigaste, esse dever de dar sempre um pouco de mim aos outros, que me levou a isto.
Sei que a piada da família é Foste Feito no 25 de Abril.
Sei que o tio António interrompeu a minha feitura batendo à janela e gritando Há chaimites por Lisboa toda, é a revolução, o mesmo que, pouco depois do 25 de Novembro, buzinava pela Ponte afora, para que se desviassem desse Fiat 128 verde-garrafa transportando a parturiente.
Sei que esse peso nos ombros, o de ser literalmente um Filho da Revolução, me fez lutar, entre tantas coisas, contra o lugar-comum que era relacionar o 25 de Abril com Comunismo ou Socialismo. Era apenas Liberdade...
Qual Liberdade, pai?
Que coisa é esta de já teres netos e continuares com medo que o teu filho fique, de um momento para o outro, sem fonte de rendimento?
Foi para isso que houve revolução?
Que coisa é esta da obediência civil feita de olhares cabisbaixos quando algum fedelho a quem pagas o ordenado diz que estás contra a lei, uma lei para a qual não foste visto nem achado?
Foi para isso que sorriste, e riste e bebeste copos naquele dia, feliz pelo futuro?
Que coisa é esta de teres trabalhado como um moiro e continuares a contar os tostões?
Foi para isso que pensaste que tudo mudaria?
Que é isto de não poderes falar quando pensas que tudo está mal, quando tudo está, de facto, mal?
É isto a que chamaram, um dia, Liberdade?
E agora, quem faz uma revolução?
Os filhos da mesma, como eu, que fomos chamados de Geração Rasca?
A geração anterior à minha, novos-ricos que nasceram sem nada e por isso acham que o sonho da vida reside num BMW e numa vivenda em Azeitão ou num monte num Alentejo que nem sequer compreendem?
A geração depois da minha, que tudo tem e mais quer sem desconfiar que os espera um Mundo Cão que eles próprios ajudam a criar?
E agora, quem vai invadir a Rádio Difusora Nacional, cantando alguma coisa que será, entretanto, o Hino dos Tansos, para bradar, 35 anos a fio, antes do fogo-de-artifício à meia-noite?
E depois, quando se fizer a revolução? Vai continuar sem morrer ninguém, para que ELES percebam que podem fazer TUDO, TUDO MESMO, porque nós comemos e calamos? E, pior, continuaremos a sair à rua, uma vez ao ano, outros 35 anos, festejando uma liberdade que nunca o foi!!!
Tansos! Uma Nação de Otários! E eles a Comer Tudo, a Deixar Nada e, pior que antes, a rir a bandeiras despregadas!!!
A Liberdade que o 25 de Abril trouxe é como o Orgasmo Feminino no tempo de Salazar:
Todas ouviam falar dele...
... mas vê-lo...
Por um 25 de Abril mais DIGNO!!!
Se o POVO É QUEM MAIS ORDENA...
... quem foi o filho de uma grande puta que pediu os 700 desempregados por dia desde Janeiro???
Apanhem-no, estripem-no e distribuam as entranhas pelos currais de porco bísaro transmontano!
Obrigado...
... quem foi o filho de uma grande puta que pediu os 700 desempregados por dia desde Janeiro???
Apanhem-no, estripem-no e distribuam as entranhas pelos currais de porco bísaro transmontano!
Obrigado...
Etiquetas:
o Burro tem menos óleo no pêlo
quinta-feira, abril 23, 2009
Custa-me...
... que o nosso Primeiro Ministro seja tão eloquente que não dê hipótese a quem o entrevista...
... custa-me que, no meio de um autêntico chorrilho de mentiras, diga uma verdade que está para lá de qualquer argumentação em contrário (a saber, o telejornal da TVI à sexta-feira à noite é uma vergonha) e ser essa a única que leva alguém a agir (acho que o Moniz vai processar o homem).
... e custa-me que a oposição ao BICHO seja de tão fraca figura que, imaginemos, qualquer turista que chegue à Portela tem, como um dos primeiros vislumbres, um outdoor da Manuela Ferreira Leite... o que até pode ser bom... porque se eu fosse cámóne, pensava logo que aquilo era um anúncio a um museu qualquer, onde a múmia do Tutankamon estava em exposição...
... custa-me que, no meio de um autêntico chorrilho de mentiras, diga uma verdade que está para lá de qualquer argumentação em contrário (a saber, o telejornal da TVI à sexta-feira à noite é uma vergonha) e ser essa a única que leva alguém a agir (acho que o Moniz vai processar o homem).
... e custa-me que a oposição ao BICHO seja de tão fraca figura que, imaginemos, qualquer turista que chegue à Portela tem, como um dos primeiros vislumbres, um outdoor da Manuela Ferreira Leite... o que até pode ser bom... porque se eu fosse cámóne, pensava logo que aquilo era um anúncio a um museu qualquer, onde a múmia do Tutankamon estava em exposição...
sexta-feira, abril 17, 2009
The Man Who Sold His Soul To Himself, The Little Devil
quarta-feira, abril 15, 2009
É por isto que me obrigo a não ver notícias!
De quando em vez, falho!
Ontem, por exemplo, lá me distraí e PIM:
"Foi hoje a votação na AR, ganhando por maioria, uma proposta que obriga os deputados a ser mais brandos na utilização do termo autismo ou autista nos seus debates" in Um Noticiário Qualquer.
Mas seremos nós obrigados a sentir a Grande Fome chegar a largas passadas e ver estes gajos a debater sobre estas merdas??? Isto já não pede uma revolta. Requer antes castração química, porque há o risco real destas pessoas poderem reproduzir-se!!!
Pois eu, que não trabalho na Assembleia da República, tomo a liberdade, porque a tenho, de denominar TODOS (sem excepção) os que aquecem (ou não) aquelas cadeiras (e sem intenção de ofender quem tenha familiares próximos que padeçam de alguma destas condições) de...
1. Débeis mentais
2. Mongolóides
3. Frouxos
4. Autistas profundos
5. Autistas ligeiros
6. Paralíticos
7. Impotentes
8. Proxenetas
9. Grosseiros
10. Incapazes
11. Imbecis
12. Inférteis
13. Idiotas
14. Covardolas
15. Seminaristas (no caso do Francisco Louçã)
16. Paneleiros (no caso de qualquer um do PP)
Agora venham cá, mas um a um... e vão ver se não vos saco cada cêntimo que pago de Segurança Social para vos alimentar... À SACHOLADA!
Ontem, por exemplo, lá me distraí e PIM:
"Foi hoje a votação na AR, ganhando por maioria, uma proposta que obriga os deputados a ser mais brandos na utilização do termo autismo ou autista nos seus debates" in Um Noticiário Qualquer.
Mas seremos nós obrigados a sentir a Grande Fome chegar a largas passadas e ver estes gajos a debater sobre estas merdas??? Isto já não pede uma revolta. Requer antes castração química, porque há o risco real destas pessoas poderem reproduzir-se!!!
Pois eu, que não trabalho na Assembleia da República, tomo a liberdade, porque a tenho, de denominar TODOS (sem excepção) os que aquecem (ou não) aquelas cadeiras (e sem intenção de ofender quem tenha familiares próximos que padeçam de alguma destas condições) de...
1. Débeis mentais
2. Mongolóides
3. Frouxos
4. Autistas profundos
5. Autistas ligeiros
6. Paralíticos
7. Impotentes
8. Proxenetas
9. Grosseiros
10. Incapazes
11. Imbecis
12. Inférteis
13. Idiotas
14. Covardolas
15. Seminaristas (no caso do Francisco Louçã)
16. Paneleiros (no caso de qualquer um do PP)
Agora venham cá, mas um a um... e vão ver se não vos saco cada cêntimo que pago de Segurança Social para vos alimentar... À SACHOLADA!
terça-feira, abril 14, 2009
AXN
Talvez porque ainda paira no ar este aroma a sangue pascoal, ligeiramente adocicado se a cruz fosse de mogno, um pouco mais resinoso se fosse de pinho, que merda esta de nunca ninguém se ter preocupado em saber de que raio de madeira era feito o símbolo uma religião, sou agora levado a escrever uma coisa pela qual muita gente me vai crucificar. Não faz mal. Se o Outro aguentou, eu também sou gajo. Não me venham é cá dizer que Man, isto é pela Humanidade, tázavêr, bacano, que essa já tem dois mil e nove anos. Só aceito se for porque me apetece. E não podem demorar muito tempo porque eu bebi muito álcool e fumei muito e tomei muitas drogas na vida, porquanto agora, aos 30 e tal, já não me apetece durante muito tempo, ok?
Queria eu, com tudo isto, nada mais que pegar em três velhinhos de Hollywood para que representem três patamares de competência: O Mau, o Sofrível e o Maior Deles Todos.
Escolhi, então, o Al Pacino, o Robert De Niro e o Jack Nicholson, respectivamente.
E agora sim, já sinto a esponja embebida em vinagre que este palhaço deste romano me mete na boca, como se não me bastassem já as cavilhas nos pulsos.
Mas eu explico, ao invés de gritar Pai, Peroai-os, Porque Eles Não Sabem o Que Fazem, isso era bom no tempo em que a vida se resumia a acordar, dar uma na mulher depois de desbravar um tufo de pêlos estilo furão em pelagem de Inverno, comer uma côdea de pão ázimo, ordenhar a cabra, pastar o rebanho, cagar debaixo da oliveira, voltar a casa, comer como um pisco, beber como um boi, dar nos cornos à mulher, dormir e pronto, as pessoas ouviam o que as outras tinham para dizer, não é como hoje que só se ouve quando alguém acha que a nossa mãe não é idónea e decide gritá-lo numa fila de trânsito:
Al Pacino, O Mau – Ainda não consegui ver um filme em que o Al Pacino não fizesse de... Al Pacino! É assim um Vergílio Castelo, por respeito ao Canto e Castro, que já morreu, mas em norte-americano, que é pior. Imagino-o sempre, com aqueles olhos de carapau-de-três-dias-de-banca, a olhar para a mulher e a dizer Cose-me lá esses peúgos que eu hoje quis andar descalço ali na praia e fiquei com a batatinha calibre p/ assar a 0,45€, esta semana, no sítio do costume, de fora, os mesmos olhos de carapau-de-três-dias-de-banca com que disse ao Johnny Depp Gosto de ti, puto no Donnie Brasco ou com que disse à Michelle Pfeiffer Não me leves os putos no Kramer Contra Kramer.
Robert de Niro, O Sofrível – É principalmente com esta classificação que já sinto a Maria, ali por baixo, meio chorosa e, aqui ao lado, o Barrabás a falar assim com uma pronúncia lisboeta E ódespois o gáijo vai-te abandonar, pá, que rdíclu. Tanto pior! Não percebo a cena toda em volta deste senhor. Mostrem-me um filme em que ele não fez aquela cara dos cantos da boca a descer até ao queixo quando quer representar um gajo sério. Ou violento. Ou triste. Ou pensativo. Mostrem-me um take em que, numa antecipação à explosão, onde se ouve quase todo o cinema a sussurrar, entre dentes, Bolas, este gajo é bom, o senhor não tenha feito aquele abanar da cabeça para a frente e para trás, mas apenas o suficiente, para que os espectadores não pensem que ele está a dizer Sim a qualquer coisa Ó Roberto, gostas de ostras? E ele Hé pá sim, mas cruas nem por isso porque parece que estamos a comer uma vagina e daquelas com os lábios interiores todos pendurados.
Jack Nicholson, O Maior Deles Todos – Quando os filmes são bons, é impossível que os actores sejam maus. É também por isso que os filmes são bons. Quando os filmes são maus, os bons actores sobressaem no meio do marasmo. Mas quando os filmes são LAMECHAS, que é assim uma definição de cinema que o dIAZ acaba de inventar e, saiba-se, vai festejar mais logo o feito, ostras e tudo, só o Jack Nicholson é que consegue olhar para a Ellen Hunt e dizer Posso ser o único homem na Terra a saber que és a melhor mulher na Terra, sou capaz de ser o único a perceber como és absolutamente fantástica a fazer o que fazes e não consigo perceber como é que as pessoas podem estar ali, a pedir-te que lhes tragas a sua comida à mesa e não perceberem que estão perante a maior da mulheres vivas. E o facto de eu percebê-lo faz-me sentir bem... COMIGO!, transformando uma cena que teria apenas o potencial para ser uma sequência final de um filme que metesse uma catástrofe qualquer, ou uma anaconda, ou um navio de cruzeiro a afundar e transformá-lo num momento de cinema único. E Intemporal!
Queria eu, com tudo isto, nada mais que pegar em três velhinhos de Hollywood para que representem três patamares de competência: O Mau, o Sofrível e o Maior Deles Todos.
Escolhi, então, o Al Pacino, o Robert De Niro e o Jack Nicholson, respectivamente.
E agora sim, já sinto a esponja embebida em vinagre que este palhaço deste romano me mete na boca, como se não me bastassem já as cavilhas nos pulsos.
Mas eu explico, ao invés de gritar Pai, Peroai-os, Porque Eles Não Sabem o Que Fazem, isso era bom no tempo em que a vida se resumia a acordar, dar uma na mulher depois de desbravar um tufo de pêlos estilo furão em pelagem de Inverno, comer uma côdea de pão ázimo, ordenhar a cabra, pastar o rebanho, cagar debaixo da oliveira, voltar a casa, comer como um pisco, beber como um boi, dar nos cornos à mulher, dormir e pronto, as pessoas ouviam o que as outras tinham para dizer, não é como hoje que só se ouve quando alguém acha que a nossa mãe não é idónea e decide gritá-lo numa fila de trânsito:
Al Pacino, O Mau – Ainda não consegui ver um filme em que o Al Pacino não fizesse de... Al Pacino! É assim um Vergílio Castelo, por respeito ao Canto e Castro, que já morreu, mas em norte-americano, que é pior. Imagino-o sempre, com aqueles olhos de carapau-de-três-dias-de-banca, a olhar para a mulher e a dizer Cose-me lá esses peúgos que eu hoje quis andar descalço ali na praia e fiquei com a batatinha calibre p/ assar a 0,45€, esta semana, no sítio do costume, de fora, os mesmos olhos de carapau-de-três-dias-de-banca com que disse ao Johnny Depp Gosto de ti, puto no Donnie Brasco ou com que disse à Michelle Pfeiffer Não me leves os putos no Kramer Contra Kramer.
Robert de Niro, O Sofrível – É principalmente com esta classificação que já sinto a Maria, ali por baixo, meio chorosa e, aqui ao lado, o Barrabás a falar assim com uma pronúncia lisboeta E ódespois o gáijo vai-te abandonar, pá, que rdíclu. Tanto pior! Não percebo a cena toda em volta deste senhor. Mostrem-me um filme em que ele não fez aquela cara dos cantos da boca a descer até ao queixo quando quer representar um gajo sério. Ou violento. Ou triste. Ou pensativo. Mostrem-me um take em que, numa antecipação à explosão, onde se ouve quase todo o cinema a sussurrar, entre dentes, Bolas, este gajo é bom, o senhor não tenha feito aquele abanar da cabeça para a frente e para trás, mas apenas o suficiente, para que os espectadores não pensem que ele está a dizer Sim a qualquer coisa Ó Roberto, gostas de ostras? E ele Hé pá sim, mas cruas nem por isso porque parece que estamos a comer uma vagina e daquelas com os lábios interiores todos pendurados.
Jack Nicholson, O Maior Deles Todos – Quando os filmes são bons, é impossível que os actores sejam maus. É também por isso que os filmes são bons. Quando os filmes são maus, os bons actores sobressaem no meio do marasmo. Mas quando os filmes são LAMECHAS, que é assim uma definição de cinema que o dIAZ acaba de inventar e, saiba-se, vai festejar mais logo o feito, ostras e tudo, só o Jack Nicholson é que consegue olhar para a Ellen Hunt e dizer Posso ser o único homem na Terra a saber que és a melhor mulher na Terra, sou capaz de ser o único a perceber como és absolutamente fantástica a fazer o que fazes e não consigo perceber como é que as pessoas podem estar ali, a pedir-te que lhes tragas a sua comida à mesa e não perceberem que estão perante a maior da mulheres vivas. E o facto de eu percebê-lo faz-me sentir bem... COMIGO!, transformando uma cena que teria apenas o potencial para ser uma sequência final de um filme que metesse uma catástrofe qualquer, ou uma anaconda, ou um navio de cruzeiro a afundar e transformá-lo num momento de cinema único. E Intemporal!
segunda-feira, abril 13, 2009
Pérolas a Porcos
Sempre que o mundo é belo, que tudo é luz e que um sorriso radiante me invade a face, sempre que todos os humanos são merecedores de amor incondicional e tudo se encaixa na perfeição, sempre que há um odor a infindável compaixão no ar...
... e eu, por outro lado, preciso de ter vontade de matar alguém, clico aqui para escutar o burburinho da audiência perante o Senhor que está em palco.
Onde estava o palhaço do liceu de Columbine, o Charles Manson e o austríaco Fritzl quando o Mundo precisou deles???
... e eu, por outro lado, preciso de ter vontade de matar alguém, clico aqui para escutar o burburinho da audiência perante o Senhor que está em palco.
Onde estava o palhaço do liceu de Columbine, o Charles Manson e o austríaco Fritzl quando o Mundo precisou deles???
quinta-feira, abril 09, 2009
E, no seguimento do post anterior...
... escrevo este, fazendo conta de deixá-lo por aqui, a flutuar na blogosfera durante alguns dias.
Aliás, apetecia-me mesmo que este blogue acabasse por aqui...
Não acredito que haja melhor forma de o eternizar.
Ainda que não lhe conceda essa qualidade toda.
É só porque me deu algum trabalho.
E antes que se pense que lá se foi o meu último resquício de humildade, acrescento, ainda que vá ser óbvio umas quantas linhas abaixo... tal não se deve a mim.
É algo de que sei há algum tempo mas só agora decido, num altruismo sem par, partilhar, não fora esse um dos grandes objectivos de cá andar, animália fosse o Mundo, imundo, pois.
Para mim, são horas e horas de encantamento de petiz.
Para quem queira, também.
Mas não é coisa que arrebate quaisquer sensibilidades.
Ou então, e porque esta coisa da aculturação vai-se dando ao longo da vida, é sempre tempo de nos educarmos a nós próprios.
A vontade é uma coisa belíssima.
Assim, e abrindo de seguida o Portão para um Admirável Mundo Novo, chamo a mim o papel de Guardião que, assolado por um espasmo de bondade, permite a entrada para aquilo a que os Puros chamarão de Paraíso. Sei que só esses ficarão. Os outros, voltarão a sair de fininho. Não os culparei... Este mundo não nos concede tempo para zelar pelo nosso enriquecimento.
Vinde, então, meus filhos.
Clicai aqui!
Aliás, apetecia-me mesmo que este blogue acabasse por aqui...
Não acredito que haja melhor forma de o eternizar.
Ainda que não lhe conceda essa qualidade toda.
É só porque me deu algum trabalho.
E antes que se pense que lá se foi o meu último resquício de humildade, acrescento, ainda que vá ser óbvio umas quantas linhas abaixo... tal não se deve a mim.
É algo de que sei há algum tempo mas só agora decido, num altruismo sem par, partilhar, não fora esse um dos grandes objectivos de cá andar, animália fosse o Mundo, imundo, pois.
Para mim, são horas e horas de encantamento de petiz.
Para quem queira, também.
Mas não é coisa que arrebate quaisquer sensibilidades.
Ou então, e porque esta coisa da aculturação vai-se dando ao longo da vida, é sempre tempo de nos educarmos a nós próprios.
A vontade é uma coisa belíssima.
Assim, e abrindo de seguida o Portão para um Admirável Mundo Novo, chamo a mim o papel de Guardião que, assolado por um espasmo de bondade, permite a entrada para aquilo a que os Puros chamarão de Paraíso. Sei que só esses ficarão. Os outros, voltarão a sair de fininho. Não os culparei... Este mundo não nos concede tempo para zelar pelo nosso enriquecimento.
Vinde, então, meus filhos.
Clicai aqui!
quarta-feira, abril 08, 2009
Sem grandes delongas...
terça-feira, abril 07, 2009
Refinamento - Desambiguação
Não me aventuro pelos tortuosos caminhos do Jazz.
Porque não me considero diferente dos outros.
Explico...
... os apreciadores do género julgam-se, salvo raras excepções, donos da verdade musical. Os mais contidos julgam-se, salvo raras excepções, os mais entendidos sobre o tema. Os que nem sequer falam sobre isso, porque estão tão cheios de si que nem se dão ao trabalho de discutir a temática, limitam-se, salvo raras excepções, a não ouvir mais nada que não seja jazz, nas suas mais diversas ramificações, desdobramentos e complicações que, para mim, que não percebo nada de música, são simplesmente patéticas.
Dizem que esse é o patamar máximo a que se pode aspirar.
Tornam-se quase maníacos da coisa.
Quase.
Eu prezo muito a eterna descoberta.
Esse ser-se para sempre criança, que é um estatuto.
Faz-me bem este sorriso como se estivesse a ouvir a História dos Sete Cabritinhos Que Estavam em Casa Sozinhos e Que Não Podiam Abrir a Porta Porque o Lobo Mau Podia Comê-los e Depois Come Mesmo Mas Há Um Dos Cabritinhos Que Se Esconde No Relógio e Depois Vai Com a Mãe e Encontram o Lobo A Dormir e Cortam-lhe a Barriga e Libertam os Cabritinhos e Substituem-nos por Pedras e Quando o Lobo Acorda Tem Sede e Vai ao Rio e Quando se Inclina Cai e Afoga-se mas estou, na realidade, a ouvir isto ou isto.
Uma das excepções de que falo acima é um rapaz que, aos Vinte e Muito Poucos Anos disse O Jazz já não tem nada de novo para me mostrar, vou Seguir Em Frente. Isto é uma coisa inconcebível para qualquer jazzista. Não para o Patrick Watson... que continua a refinar. A levar-nos por uma viagem, daquelas tão intensas e indeléveis que qualquer piscar de olhos deixa a horrível sensação de termos perdido algo. Mãos em concha, em torno da boca, direccionando o brado para que o Mundo oiça Não, não está tudo inventado, isso é desculpa de quem não está de braço dado com a genialidade. Oh sim, Patrick Watson nasceu para trazer a Luz, como o outro. E o dIAZ, sabendo que só depois da Páscoa os mortais terão acesso ao novo trabalho do senhor, entecipa a coisa para a Semana Santa, porque isto de não comer carne não custa nada! Já o não poder ouvir o Wooden Arms...
Porque não me considero diferente dos outros.
Explico...
... os apreciadores do género julgam-se, salvo raras excepções, donos da verdade musical. Os mais contidos julgam-se, salvo raras excepções, os mais entendidos sobre o tema. Os que nem sequer falam sobre isso, porque estão tão cheios de si que nem se dão ao trabalho de discutir a temática, limitam-se, salvo raras excepções, a não ouvir mais nada que não seja jazz, nas suas mais diversas ramificações, desdobramentos e complicações que, para mim, que não percebo nada de música, são simplesmente patéticas.
Dizem que esse é o patamar máximo a que se pode aspirar.
Tornam-se quase maníacos da coisa.
Quase.
Eu prezo muito a eterna descoberta.
Esse ser-se para sempre criança, que é um estatuto.
Faz-me bem este sorriso como se estivesse a ouvir a História dos Sete Cabritinhos Que Estavam em Casa Sozinhos e Que Não Podiam Abrir a Porta Porque o Lobo Mau Podia Comê-los e Depois Come Mesmo Mas Há Um Dos Cabritinhos Que Se Esconde No Relógio e Depois Vai Com a Mãe e Encontram o Lobo A Dormir e Cortam-lhe a Barriga e Libertam os Cabritinhos e Substituem-nos por Pedras e Quando o Lobo Acorda Tem Sede e Vai ao Rio e Quando se Inclina Cai e Afoga-se mas estou, na realidade, a ouvir isto ou isto.
Uma das excepções de que falo acima é um rapaz que, aos Vinte e Muito Poucos Anos disse O Jazz já não tem nada de novo para me mostrar, vou Seguir Em Frente. Isto é uma coisa inconcebível para qualquer jazzista. Não para o Patrick Watson... que continua a refinar. A levar-nos por uma viagem, daquelas tão intensas e indeléveis que qualquer piscar de olhos deixa a horrível sensação de termos perdido algo. Mãos em concha, em torno da boca, direccionando o brado para que o Mundo oiça Não, não está tudo inventado, isso é desculpa de quem não está de braço dado com a genialidade. Oh sim, Patrick Watson nasceu para trazer a Luz, como o outro. E o dIAZ, sabendo que só depois da Páscoa os mortais terão acesso ao novo trabalho do senhor, entecipa a coisa para a Semana Santa, porque isto de não comer carne não custa nada! Já o não poder ouvir o Wooden Arms...
sexta-feira, abril 03, 2009
Menu "Férias da Malta" Verão 2009
Sendo que a casa já está alugada e, como habitual, conta com:
1. Extenso relvado sem cocós (até ver) para prática da modalidade "Futebol Patardo de Força Seguido de Salto Encorpado Para A Água", sestas e mesmo noites de repouso para quem não conseguir chegar ao quarto (o que conto que, com alguma sorte, me aconteça a mim).
2. Churrasqueira para o Ti Bruno Trafarias dar largas à sua arte de manusear grelhas.
3. Sala enorme com mesa de jantar enorme e cozinha enorme com exaustor enorme e suficientemente alto para que o dIAZ não bata lá com os cornixos.
4. Espaço que chegue para perguntarmos 30 vezes ao dia Onde estão os putos?
Só falta uma coisa...
... o Menu do chef dIAZ que, como de costume, e para além de cozinhar, o que faz com bastante agrado, acordará cedo para levar o Mariachito à praça, em busca dos exemplares perfeitos para a confecção de pratos indelevelmente distintos que, de quando em vez, lá fazem as delícias dos comensais!
Assim...
Day 1
Almoço - Peixe Porco (pampo) grelhado e salada de tomate com vinagre balsâmico e queijo feta.
Jantar - Entrecosto com migas.
Day 2
Almoço - Salmonetes grelhados e salada de rúcula selvagem com queijo de cabra de cura média.
Jantar - Caril de vitela com manga e tamarindo.
Day 3
Almoço - Chocos Prestige grelhados com a nheca toda que lá vem dentro e salada de agrião com oregãos.
Jantar - Jaquinzinhos com arroz de tomate.
Day 4
Almoço - Sardinhada com salada de pimentos e batatas olho-de-perdiz assadas no forno com alho e coentros.
Jantar - Tandoori de frango.
Day 5
Almoço - Peixe espada grelhado com salada mista.
Jantar - Choco frito com açorda de marisco.
Day 6
Almoço - Feijoada de choco com estragão e poejo, e salada de espinafres vermelhos.
Jantar - Moamba de galinha.
Day 7
Almoço - Lulas grelhadas com molho de manteiga e salada de tomate cereja com hortelã da ribeira.
Jantar - Bacalhau à Zé do Pipo
Day 8 - RESTAURANTE À GRANDE E À FRANCESA!!!
1. Extenso relvado sem cocós (até ver) para prática da modalidade "Futebol Patardo de Força Seguido de Salto Encorpado Para A Água", sestas e mesmo noites de repouso para quem não conseguir chegar ao quarto (o que conto que, com alguma sorte, me aconteça a mim).
2. Churrasqueira para o Ti Bruno Trafarias dar largas à sua arte de manusear grelhas.
3. Sala enorme com mesa de jantar enorme e cozinha enorme com exaustor enorme e suficientemente alto para que o dIAZ não bata lá com os cornixos.
4. Espaço que chegue para perguntarmos 30 vezes ao dia Onde estão os putos?
Só falta uma coisa...
... o Menu do chef dIAZ que, como de costume, e para além de cozinhar, o que faz com bastante agrado, acordará cedo para levar o Mariachito à praça, em busca dos exemplares perfeitos para a confecção de pratos indelevelmente distintos que, de quando em vez, lá fazem as delícias dos comensais!
Assim...
Day 1
Almoço - Peixe Porco (pampo) grelhado e salada de tomate com vinagre balsâmico e queijo feta.
Jantar - Entrecosto com migas.
Day 2
Almoço - Salmonetes grelhados e salada de rúcula selvagem com queijo de cabra de cura média.
Jantar - Caril de vitela com manga e tamarindo.
Day 3
Almoço - Chocos Prestige grelhados com a nheca toda que lá vem dentro e salada de agrião com oregãos.
Jantar - Jaquinzinhos com arroz de tomate.
Day 4
Almoço - Sardinhada com salada de pimentos e batatas olho-de-perdiz assadas no forno com alho e coentros.
Jantar - Tandoori de frango.
Day 5
Almoço - Peixe espada grelhado com salada mista.
Jantar - Choco frito com açorda de marisco.
Day 6
Almoço - Feijoada de choco com estragão e poejo, e salada de espinafres vermelhos.
Jantar - Moamba de galinha.
Day 7
Almoço - Lulas grelhadas com molho de manteiga e salada de tomate cereja com hortelã da ribeira.
Jantar - Bacalhau à Zé do Pipo
Day 8 - RESTAURANTE À GRANDE E À FRANCESA!!!
quinta-feira, abril 02, 2009
Posts Pedidos - Quando a Rosa Toca
O estado actual da Música Portuguesa pode ser medido pelo que se passou ontem à noite no Cinema São Jorge.
Já disse vezes demais que não se lhes dá o devido valor.
Não o repetirei...
Até porque AQUILO é só para alguns...
... mas são esses alguns que interessam!
São os que ontem estavam ali, sensivelmente a meio da Avenida da Liberdade...
... que não estavam a ouvir outra coisa qualquer.
Velhos, sim...
... mas...
... There Is A Light That Never Goes Out!!!
Já disse vezes demais que não se lhes dá o devido valor.
Não o repetirei...
Até porque AQUILO é só para alguns...
... mas são esses alguns que interessam!
São os que ontem estavam ali, sensivelmente a meio da Avenida da Liberdade...
... que não estavam a ouvir outra coisa qualquer.
Velhos, sim...
... mas...
... There Is A Light That Never Goes Out!!!
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