segunda-feira, junho 20, 2005

Pior é SEMPRE possivel

Enquanto degustava, num Clube Recreativo (que é, como todos sabemos, um belo local para uma descida aos infernos em jeito de viagem etnográfica) adocicadas zurrapas que servem para abrir o apetite para o resto da noite, observava um jovem com uma das mais expressivas perplexidades olhando para a televisão, onde um casal degladiava argumentos em relação a uma suposta traição com pronúncia brasileira. "Fiel ou Infiel", estava escrito no canto inferior esquerdo do ecrã. O rapaz continuava agarrado à "mini" (Sagres, a autêntica), de olhos pregados naquilo, e a única vez que o vi fechar a boca foi para quase sussurrar de si para si: "Batemos no fundo".
Eu, como todo o tuga, "meti conversa", mortinho por rematar com aquilo que eu considerei ser a "punch line" da noite: "Isso era o que toda a gente dizia quando apareceu o Big Brother, há três anos atrás".
É então que alguém avança os canais num zapping frenético e deparamo-nos todos com a Júlia Pinheiro a falar com uma peúga.