segunda-feira, junho 27, 2005

Lingua Matria

De vez em quando cometo o excesso de almoçar fora ao invés de aproveitar os escassos dois euros e qualquer coisa que o refeitório da empresa cobra por batatas fritas que o estômago não consegue digerir, perú a saber a porco, porco a saber a banha, massa com tudo e tudo com óleo. Quando o faço, tremo de pavor só de pensar que a facção feminina prefere, invariavelmente, aqueles pequenos "bistros" onde a mui dondoca proprietária decora tudo ao seu gosto pessoal, sempre campestre e amarelo e laranja e com quadros de ponto cruz e centros de mesa com gerberas e ementas atadas com sisalo e clientes betas até à medula. Eu prefiro a tasca onde o Zé Onofre diz logo: "Sai uma punheta de bacalhau ó caralho", ao "cantinho" da Sr.ª D.ª Tété Gaidão Taborda que, no outro dia, ainda com aquela cara de ressaca do Tamariz, exclamou, depois de ouvir a nossa conversa acerca da pedofilia: "Esses senhores deviam era ir todos para a cadeira electrónica".

1 comentário:

Anónimo disse...

A Empresa oferece-te seguro de saúde? É que a mim não...
Comer no refeitório para poupar dinheiro não é boa política: As filas de espera no hospital público para operações a úlceras de estômago são o que se sabe, e se fores pagar no privado a brincadeira sai cara - não compensa o que andas a poupar. P'ra não falar das consultas de psiquiatria por não teres ido arejar a cabeça fora da empresa à hora de almoço