quarta-feira, janeiro 13, 2010

Revelations of dIAZ, the Elder

Levo há demasiados anos com estórias, fábulas e mitos dos eremitas, aqueles tontinhos — ou sociopatas? — que escalam a montanha para, ao fim de alguns dias, meses ou anos, depende da disponibilidade da dIVINA pRO-vIDÊNCIA, terem uma rE-vElAÇÃO, para achar que seria diferente. As circunstâncias em que a minha se deu, foram, no entanto, bizarras, não na medida em que não tenham sido no topo da montanha, mas apenas porque, apesar da ausência de luzes e vozes cavernosas provenientes das nuvens, fui apanhado de surpresa e, como todos os que já tenham sido, de uma ou outra forma, surpreendidos nesta vida, sabem, a surpresa veste em tons galhardos. Ora pois que dIAZ regressava ao hotel depois de um dia inteiro passado num ambiente que não era o seu, com -15ºC, muita neve, pinheiros que parecem araucárias e araucárias que parecem pinheiros, vinho quente para aquecer e mulheres bonitas — isto é, talvez, o primeiro momento de bizarria do dia, já que estou habituado a que as mulheres da montanha tenham sempre bigode — e, já no quarto, com nenhum outro desejo — apesar das mulheres bonitas e sem bigode — que tomar um banhinho checo e sentar-se à lareira com um Bruichladdich Cherry Edition 1992, tira o gorro em frente a um espelho. Perco, por momentos, a força nas perninhas. Poderá ser de nunca usar gorro ou de usar, há anos demais, o penteadinho à Playmobil, mas... nunca havia reparado! E, contudo, ali estavam elas, como que propositadamente escondidas durante anos só para que pudessem crescer mais ainda e, só então, ver a minha cara de pânico, de horror, de quem percebe que a inexorável ruína já tomou conta do futuro e esse, fideputa, não é nada promissor... ENTRADAS! O dIAZ, do cabelo à chinês, o pânico das tesouras das cabeleireiras que, posso asseverar, vão ao amolador da bicicleta e da cantilena com a flauta de pã, que pergunta Atão... outra vez? ainda ontem... e elas respondem, cabisbaixas, Eu sei... mas o dIAZ foi ontem ao salão e... o dIAZ, o do remoínho no cocuruto, o das patilhas a atirar pá suíça, tem ENTRADAS!!! Pensei, imediatamente, e ainda lívido a atirar para o esverdeado, no quão idiota poderia ter sido, ignorando, dia, após dia, os óbvios sinais, como o corno que não estranha as sistemáticas recusas para sexo à bruta por parte da esposa e, um dia, repara que ela tem uma depilação "especial" da qual nunca lhe foi dada a hipótese de usufruir. Mesmo que não à bruta.
Se continua o dIAZ a ter uma cabeleira digna de um Bruce Lee, como é possível continuar a sacar, do ralo da banheira, e numa base diária, um novelo? Que estúpido fui! É a queda de um mito. Seguem-se outras... na vertical, aposto!

3 comentários:

Anónimo disse...

Máquina Zero, meu querido Diaz ;-)
Freaky

El Mariachi disse...

Bom filme... mas eu ando mais numa de A Ressaca

Zorze Zorzinelis disse...

É mais twilight zone...