quarta-feira, julho 08, 2009

Poesia Inversa

Passa-me pelo coração de manteiga
esse beijo de cabra de meia-cura
Fruta-me os lábios
com toda a adstringência
de um equilibrado final de boca

Festim orgânico
biológico
de digestão difícil

Celebro-me eu
bucolicamente
nessa pele de trigo
que o vento balança
ao sabor do desejo...

8 comentários:

Anónimo disse...

Whatever! E olha amanhã vou ver Metallica. (Pensei que gostasses de saber, NOT!)
Freaky

Jornalário disse...

Amore Mio...

... eu hoje só lá vou levantar o convite! Também não sou assim TÃO anti-heavy-metal que não possa ir lá dentro pagar-te uma joláióla...

... mas aos primeiros acordes do Unforgiven ou uma merda MINIMAMENTE parecida, Upsiuáua, óreóps... até porque amanhã e depois serão noites EXTENUANTES!!!

1entre1000's disse...

" Feno de Portugal... Aroma da Natureza..." - [este comentário foi patrocinado por "Ensaio sobre a Cegueira" de Saramago

r disse...

lol milinha!!!!


ó mariáchi, andas... andas!


eu só ia ver os mettelica ou lá como se chamam, se me pagassem as bejecas todas e gins e coisas e tal.


mas andas bem, a poesia é uma coisa linda, e nós (tugas), nisso somos os melhores.

(haja alguém que me contradiga, como deve de ser)

Jornalário disse...

Ai Haja? AtÃO TOMA:

Não somos NADA! Já fomos, agora somos uma cambada de labregos rambórios campónios que se vestem num domingo de manhã para escolher entre um Ressabiado com Complexo de Inferioridade, a Múmia do Tutankamon com saudades de Salazar e outros vermes rastejantes que nunca chegarão, sequer, a crisálidas!

País poluído pelos próprios é de desprezar...

Viva o Portugal interior, ARDAM AS CIDADES!

r disse...

ai que nervos....
o açoreano, já morreu, jà????



(...) e escrever poemas cheios de honestidades várias e pequenas digitações gramaticais,
com piscadelas de olho ao «real quotidiano»,
aqui o autor diz: desculpe, sr. dr., mas:
merda!, 1971 - e agora,
mais de trinta anos na cabeça e no mundo,
e não,
não um dr. mas mil drs. de um só reino,
e não se tem paciência para mandar tantas vezes à merda,
oh afastem de mim o reino,
afastem-nos a eles todos,
atirem-lhes aos focinhos o que puderem dela,
sim até se acabar a mirífica montanha,
ó stôr não me foda com essa de história literária,
o stôr passou-se da puta da mona,
a terra extravaza do real feito à imagem da merda,
e então vou-me embora,
quer dizer que falo para outras pessoas,
falo em nome de outra ferida, outra
dor, outra interpretação do mundo, outro amor do mundo,
outro tremor,
se alguém puder tocar em alguém oh sim há-de encontrar alguém
em quem toque,
dedos atentos atados à cabeça,
luz,
um punhado de luz,
cada lenço que se ata a própria seda do lenço o desata,
a luz que se desata,
aí é que se ouve a gramática cantada, imagine-se, cantada para sempre sem se ver a quem,
baixo ressoando,
alto ressoando,
mexendo os dedos nas costuras de sangue entre as placas do cabelo rude,
rútilo cabelo e o sangue que suporta tanta rutilação, tanta
beltà, beauty, que beleza! diz-se, fique
aí onde está dr. porque para si já se reservou
um quilo, uma tonelada, desculpe,
estou com pressa,
alguém lá fora dança na floresta devorada,
alguém primeiro escuta depois canta através da floresta devorada,
desculpe dr. mas já desapareci como quem se abisma
num espaço de hélio e labaredas,
eu próprio atravesso o incêndio imitando uma floresta,
fui-me embora pela floresta infravermelha fora,
não estou para essas merdas floresta vermelha fora


(Inédito do novo livro livro de Herberto Helder, A Faca Não Corta o Fogo - Súmula & Inédita, edição Assírio & Alvim - e o que dizer do regresso por outro caminho?)

Jornalário disse...

BRAVO, ROSA, BRAVO!!!

É por isto que eu te pico!

Gosto de ti, pá!

Anónimo disse...

Olha foi muito bom. Slipknot foi genial, Metallica excelente, com ou sem bejecas, mas um telefonema teu, se lá estiveste é que foi de gesso! Whatever mesmo! Unforgiven? Eu sou da geração Master of Puppets bebé! Mas olha, eu gosto da minha música e da tua, que para mim é nossa!! Pura poesia não? LOL
Freaky