terça-feira, janeiro 02, 2007

Convivamos, então, se bem que apenas com Os Outros

Para quem não liga a essas coisas de raíz linguística, há-que explicar. Um conviva só o poderá ser se for convidado.
Socialmente, o acto de não convidar alguém é não só facilmente justificável como também aceitável mesmo que a justificação para isso não exista.
Sociologicamente, porém, já a porca torce o rabo, o burro está nas couves e o caldo extravasa! Comporta a génese da maldade que reside no reconhecimento de que, ao fazê-lo, se vai condenar o não-convidado a não conviver.
Assim, temos que da primeira forma não se convida alguém porque há esquecimento, desconsideração e até desprezo por aquele que, dessa forma, é impedido de ser conviva. Este passa a saber que, naquele círculo de relações sociais, não passa agora (outrora fazia parte da casta), de pária. Para que isto aconteça, há sempre uma razão, ainda que apenas socialmente justificável. Mas há. É, então, lá está, socialmente compreensível.
À luz da sociologia, por outro lado, esse mesmo acto significa que não se acha o outro digno de convívio, ponto! E tal é, ainda que socialmente aceitável, humanamente desprezível.
Ou desumano, vá.
E se em Sociologia se diz que "O Homem é um animal Social", já é tempo da Caras, revista Social, ter uma capa com o título: "Há formas bem mais subreptícias de tratar alguém como a um animal!"

4 comentários:

lidia disse...

Defecta nisso...
;)

lidia disse...

Defecta nisso...
;)

lidia disse...

...duas vezes.

Anónimo disse...

Man, dá-lhes com um pânzio em cima