quinta-feira, outubro 28, 2010

Diz quem acha que sabe...

... que eu não gosto dos Estados Unidos da América. Generalizando os Estados Unidos da América. Não eu, mas os que acham que eu não gosto dos Estados Unidos da América, claro. 
Ao não gostar dos Estados Unidos da América, estava inviabilizada a hipótese de apreciar condignamente Yellowstone, o Grand Canyon, o Alaska, um ou outro troço da Route 66 e mulheres com silicone nas mamas aos 16 anos de idade. É ridículo. Até porque mesmo que estes não se encontrassem em território roubado, comprado ou conquistado de forma indecente pelos Estados Unidos da América, continuariam a existir (à excepção das loiras com mamas de borracha, claro). Lá porque se usaram técnicas como a distribuição de cobertores contaminados com varíola às tribos índias para adquirir terras, não quer dizer que a paisagem fique mais feia. Fica, isso sim, com menos índios. Mas, como dEUS é grande e não dorme, o feitiço virou-se contra o feiticeiro por forma a que hajam, hoje, tantos africanos, hispânicos, caribenhos e outros exóticos quanto não permitam ao país vir, tão cedo, a tornar-se uma nação. Mas esses são, ao contrário do que nos possam fazer crer, os bonzinhos. Os vermes odiosos são os rednecks e os texanos. Até prova em contrário, não são necessariamente viscosos ou verdes mas, ainda assim, são asquerosos e repelentes. Precisamente porque veneram um país que, para cúmulo da ingratidão, nem um serviço de saúde lhes concede. Hasteiam bandeiras e votam, imagine-se! Bem... são rednecks e texanos. Compreende-se. O que não compreendo é um português que ainda consiga dizer que os Estados Unidos são um bom lugar para se viver. Porque um belo lugar para se viver até eu acredito que seja. Como o é Montemor o Novo, por exemplo. E que, por acaso, até nem tem rednecks ou texanos. Pelo menos da última vez que lá fui. 
Ao contrário do que se pode pensar, eu até sou das pessoas mais compreensivas para com os Estados Unidos da América. Com todo o paternalismo possível. Porque sei que isto de ter apenas 250 anos de existência (como Estados Unidos da América) é, de facto, muito pouco tempo. Não dá, sequer, para perceberem que raio de coisa é que os une. Os Estados Unidos da América são, portanto, um fedelho. Mas, como todos sabemos, podemos aprender muito com as crianças. E eu acho que, por exemplo, daquele imberbe sistema governamental norte-americano até Portugal poderia tirar umas lições. Começando por constatar que um Democrata nunca será Republicano e um Republicano dificilmente poderá ser Democrata!







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