Gostava deles assim, crocantes.
Pastéis de Chaves, chamavam-lhes lá na pastelaria que, nas grandes cidades, pensa-se que só vende doces mas, na verdade, vende, como o nome indica, pastéis. Doces ou salgados.
Doce era ela.
Crocante, também, como eu mais gostava.
Magra, com aquele osso da púbis demasiado saído e que me impedia de comê-la à missionário, sob pena de poder sofrer um rasgamento da bexiga.
E aqueles ossos das ancas como duas hastes, que me faziam nódoas negras.
Aqueles braços finos, crocantes, estaladiços, pelos quais a agarrava, indefesa, elevando-a no ar a cada estocada, quebradiça.
Quebrou.
Crocante, como eu mais gostava, sobre a vitrina dos pastéis de Chaves, estaladiços, o mar de sangue a desaparecer por baixo da máquina do Euromilhões.
Estaladiça, ossos, um a um.
Está fria, agora.
Não gosto, assim...
8 comentários:
Espero que não tenha espirrado sangue para cima dos pastéis de Chaves, pois não se deve estragar comida. Quanto à vitrine... nada que um bocado de Ajax não tire.
estive em chaves este fds...
mas não comi pastéis.
(ouch-que post marado!)
oh porra!
rais parta pa... estavam tão frescos!
Eu disse-te Roberto!: atenção home de deus, atenção a essa escanzelada da régua que só nos vai trazer chatisses, aqueles olhos do tamanho do mundo, vão ser a perdição dos nossos pasteis! Agora olha que fizeram aos nossos pasteis!
Pela 1209834 vez repito: és do caralho a escrever!!!
Xaval,
É nisto que tu és bom.
A criar emoções!
Quando é bonito,
Tem de ser dito!
Abraço
Tóne
Ah, ok, atão agora já posso fazer um post a dizer que Margem Sul é que é e cenas...
Tás a confundir as coisas,
tu podes escrever e fazer o que tu quiseres.
Não te livras é de ter os meus comentários de acordo com a minha opinião.
Se gerar "discussão", é sp bom pois vemos outros pontos de vista.
Tóne
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