Se eu fosse rabicholas, papava o Rufus!
E isto é, só por si, assim como a expressão que se segue, um Pau-de-Dois-Bicos!
Porque os homofóbicos dirão "iiihhhhhhhhh, ó dIAZ, fónix, nunca mais almoço contigo a rachar uma dose de Bochechas de Porco, não vou mais ao mesmo urinol e nem penses que vais mais lá a casa beber do meu Oban 15 anos", e os homossexuais dirão que, só pela expressão "rabicholas" (que reconheço poder ter sido substituída por rabichon, panilóide, abafa-palhinhas ou fanchono), já demonstro ser preconceituoso. É mentira!
À excepção do cheiro desagradável que imagino existir no quarto de um casal gay, não tenho nada contra! NADA!
Vejamos:
A minha série televisiva (ou seriado, sendo que até ao final do ano, e mediante o novo acordo ortográfico, teremos de prescindir de 1,5% do nosso português em favor do português do Brasil) de eleição é, a seguir ao Lost, o Sete Palmos de Terra!
Gosto, para além do Rufus (já lá vamos), do Antony & The Johnsons, do Morrissey e do David Bowie.
Não acho a Jennifer Lopez, a Beyoncé ou a outra dos Black Eyed Peas nada de especial.
Prefiro peixe a carne.
Uso creminhos no corpo e na cara.
Dou comigo a olhar para o espelho e a exclamar: "dIAZ... que bela sarda que tens, pá"!
E depois, há o Rufus. Da primeira vez, o homem era tão desconhecido que o João, com a sua Pós-Graduação em Muzzik, que tudo conhece, teve de esperar que ele desse os três primeiros passos em direcção ao piano, na Aula Magna, para exclamar: "toh... não sabia que ele era paneleiro!" Zorze exclamava, quando as músicas acabavam: "Fooooooddaaaaaa-sseeeeee!", eu estava com um nó na garganta há quarenta e cinco minutos que descambou numa choradeira parva no "Go or Go Ahead", sozinho ele à guitarra, sozinho eu numa devoção que nem eu próprio, ainda hoje, compreendo, por achar que a obra do homem tem mais de Chanson Francaise com uma pitadinha de Liberace que qualidade musical para figurar na mesma prateleira do Antony ou do Owen Pallett ou do Buckley.
Depois, houve o Coliseu, faz amanhã oito dias. E há uma razão para só agora escrever sobre isso. Em primeiro lugar, achei que tanto "Melhor Concerto de Sempre na Sua Carreira" ou "Melhor Concerto do Ano", já chegava. Em segundo, porque pensei que não conseguiria passar a palavras aquilo que vi e ouvi. E continuo com essa convicção... até porque quem conseguir descrever o dueto entre o homem, ao piano, e um saxhorn, num celestial "Art Teacher", não é deste planeta!
2 comentários:
Podíamos comê-lo a meias... Agora a sério, Rufus, meu amigo, na Aula Magna, onde comprovei as tuas lágrimas e o meu "fooooooooodda-seeeeee...", foi dos melhores momentos que passei - a nível musical e contigo, meu caro!
também estive no coliseu. infelizmente não estive no da aula magna, com muita pena minha.
e também eu nunca conseguirei passar para palavras aquilo que vi e senti. e o que chorei quando ouvi a slideshow.
e tb eu se pudesse papava-o.
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