A DIGNIDADE é uma coisa linda.
Já não há muita, mas lá se vai vendo.
E sim, estou a falar do Benfica.
Porque é preciso ser-se verdadeiramente bruto, animal, um cepo, para não respeitar este Benfica.
Esse que é e sempre será, por isto e por tanto mais, o maior de Portugal.
É isto que é suposto ser o futebol.
Nem um nada a menos.
O Milan parte em sentido, obrigado a assumir uma posição de gamo juvenil frente ao Macho Alfa, dominante na manada, o Porto mete o rabinho entre as pernas e aguarda, em agonia, por um Inferno da Luz no Sábado, rezando a um pequeno Pinto da Costa florescente, na mesa de cabeceira: "Que ninguém se arme em Peter Crouch"...
As diferenças, óbvias para quem sabe de futebol, residem aqui e aqui, para os mais... digamos... ceguinhos!
quinta-feira, novembro 29, 2007
terça-feira, novembro 27, 2007
segunda-feira, novembro 26, 2007
Pausa pra Café...
Não sei qual será a opinião generalizada das mulheres sobre os homens que roem as unhas.
Sei, porém, que não é bonito estar 3 minutos a tentar apanhar uma moeda que caíu ao chão, até que a gaja ao lado, sobre a qual já havia comentado comigo próprio "Parece a Princess Leia, não faças figura de Chewbaka", perguntar: "Quer ajuda"?
Sei, porém, que não é bonito estar 3 minutos a tentar apanhar uma moeda que caíu ao chão, até que a gaja ao lado, sobre a qual já havia comentado comigo próprio "Parece a Princess Leia, não faças figura de Chewbaka", perguntar: "Quer ajuda"?
sexta-feira, novembro 23, 2007
Balkan dIAZ Again and Again, ou um Post para o Paulo que aparece aqui quando o rei faz anos mas... Aparece!
Já há muitos séculos que um gajo não vê um viajante como o Palin!
Como ver aqueles programas e lembrarmo-nos do mesmo homem a informar um Cleese de papagaio na mão: "Sorry, we're out of parots, righ now, but we've got a slug" ou em frente a uma audiência enorme, um Cássius mal amanhado: "Wewease Wódewic" ou ainda como pedinte ex-leproso, pedindo um séquilo a Brian, The Messiah... Impossível!
Também ele, no outro dia, reconhecia que os Balcãs são o último reduto de uma cultura, de entre muitas, que, juntas ou cada uma no seu lugar, já fizeram da Europa, efectivamente, o Velho Continente. Nós, os ocidentais, perdemos a capacidade de sermos amigáveis, recebermos quem venha de braços abertos MAS sem que isso signifique abrir as pernas, prostituindo-nos às influências externas. Eles sim, são o Velho Continente. A existir, é ali!
Eu nunca o poderei afirmar. Não conheço a Europa como o Palin. Mas aterrei nos Balcãs, por um mero acaso, um feliz acaso. Porque até provas em contrário, viverei sempre sob a crença de que tudo acontece por uma razão.
Os Balcãs têm um feitiço qualquer. Há uma luz, um aroma, um ruído de fundo, um brilho nos telhados, nos olhos das mulheres, um segredo nessa névoa matinal, embrulhada nos freixos, flutuando sobre os rios, que nos adormece os sentidos. Como que a anestesiar-nos antes da tatuagem. Essa coisa por baixo da epiderme de cada vez que uma viagem fica. Cá dentro. A remoer. A vontade de não partir, a ferida em carne viva que só sara quando voltamos. Balkan Tatoo!
Se fosse só eu e o Michael, tudo bem... mas não!
Também há o Zach Condon. Imagine-se um teenager, nascido e criado em Albuquerque, New Mexico, U.S.A. (bimbolândia MESMO), virtuoso de uma mão cheia de instrumentos musicais, que decide gastar o dinheiro dos papás numa viagem pela Europa. Chega aos Balcãs e dá de ouvidos com "aquilo". O resultado é... Beirut. E para os mais duros de ouvido, os Beirut são mais que uma mera fusão entre a música de gitanos romenos, violinos de judeus choramingas e a folk norte-americana na sua faceta mais despida. Os Beirut são a voz (a dele) trinada e puxada lá do fundo, sem nasalações, e o respeito, o profundo respeito pelo que é a música no seu estado mais puro! Mais ainda do que aquilo que nos foi dado a conhecer como "unplugged"! É a música NA RUA.
É isto e isto e isto e isto e isto. É a música que a música tem. É tão simples. Para quê complicar?
Como ver aqueles programas e lembrarmo-nos do mesmo homem a informar um Cleese de papagaio na mão: "Sorry, we're out of parots, righ now, but we've got a slug" ou em frente a uma audiência enorme, um Cássius mal amanhado: "Wewease Wódewic" ou ainda como pedinte ex-leproso, pedindo um séquilo a Brian, The Messiah... Impossível!
Também ele, no outro dia, reconhecia que os Balcãs são o último reduto de uma cultura, de entre muitas, que, juntas ou cada uma no seu lugar, já fizeram da Europa, efectivamente, o Velho Continente. Nós, os ocidentais, perdemos a capacidade de sermos amigáveis, recebermos quem venha de braços abertos MAS sem que isso signifique abrir as pernas, prostituindo-nos às influências externas. Eles sim, são o Velho Continente. A existir, é ali!
Eu nunca o poderei afirmar. Não conheço a Europa como o Palin. Mas aterrei nos Balcãs, por um mero acaso, um feliz acaso. Porque até provas em contrário, viverei sempre sob a crença de que tudo acontece por uma razão.
Os Balcãs têm um feitiço qualquer. Há uma luz, um aroma, um ruído de fundo, um brilho nos telhados, nos olhos das mulheres, um segredo nessa névoa matinal, embrulhada nos freixos, flutuando sobre os rios, que nos adormece os sentidos. Como que a anestesiar-nos antes da tatuagem. Essa coisa por baixo da epiderme de cada vez que uma viagem fica. Cá dentro. A remoer. A vontade de não partir, a ferida em carne viva que só sara quando voltamos. Balkan Tatoo!
Se fosse só eu e o Michael, tudo bem... mas não!
Também há o Zach Condon. Imagine-se um teenager, nascido e criado em Albuquerque, New Mexico, U.S.A. (bimbolândia MESMO), virtuoso de uma mão cheia de instrumentos musicais, que decide gastar o dinheiro dos papás numa viagem pela Europa. Chega aos Balcãs e dá de ouvidos com "aquilo". O resultado é... Beirut. E para os mais duros de ouvido, os Beirut são mais que uma mera fusão entre a música de gitanos romenos, violinos de judeus choramingas e a folk norte-americana na sua faceta mais despida. Os Beirut são a voz (a dele) trinada e puxada lá do fundo, sem nasalações, e o respeito, o profundo respeito pelo que é a música no seu estado mais puro! Mais ainda do que aquilo que nos foi dado a conhecer como "unplugged"! É a música NA RUA.
É isto e isto e isto e isto e isto. É a música que a música tem. É tão simples. Para quê complicar?
Desde que há o iPod, isto anda impossível!
quinta-feira, novembro 22, 2007
A trip back to Almada in the 80's
Foi fácil!
Vai-se beber um café e pode-se comprar o bilhete para o dia seguinte.
A estreia, portanto, aguardada desde a primeira notícia, há um ano e tal, quando ainda o Corbijn estava a escolher actores, cuja condição era, para além de serem actores, claro, tocar instrumentos.
Não vou a estreias porque não faço questão.
"Control" foi a excepção.
Sabia muito bem quem iria encontrar.
E lá estavam eles.
Os "Vanguardas".
Todos.
Vieram as recordações.
Das quais há sempre alguém que não se lembra.
"Lembras-te de quando andaste a fugir dos Skins por causa de uma t-shirt do Che Guevara"? "E é possível não me lembrar"?
"Lembras-te de quando a tua namorada, na altura, deu uma geral na casa ao lado da Tasca do Cão"?, "Sim, claro, mas agora já temos dois filhos". Ups!
Os Joy Division nunca foram uma banda "Da Moda". Quando o boom (se é que este alguma vez existiu) cá chegou, já a imagem de um Curtis dependurado se dissipara da memória do Mundo.
Mas foram um verdadeiro culto para alguns.
À saída da sala, um exercício:
Tentar perceber quem amou o "Closer" e o "Unknown Pleasures" e quem é que "despertou para a vida tarde demais".
E era claro como a água!
Deu, inclusivamente, para perceber que, agora, é cool ouvir Joy Division.
Nada contra.
Mas deve ser muito chato um gajo ir ver um filme e passá-lo a pensar: "Meu dEUS, o que eu perdi... Mas porque é que há 15 anos atrás andava no Hard Rock e nos Xutos, pá? Que merda".
Juro já ter ouvido alguém confessar-me o mesmo quando estreou o "24 Hour Party People".
Desta vez ouvi, claramente, no meio de uma conversa entre amigos:
Indivíduo 1 - "Cala-te pá... no tempo em que nós ouvíamos isto nem uma cerveja bebias, pá! Jogavas Spectrum e bebias Tang Laranja"
Indivíduo 2 - "Nem fumavas ganzas e chamavas drógados à gente. Agora já tens a mania que és gourmet, olha-me este. Querias era os Duran Duran e os Bros e a Belinda Carlisle e os Iron Maiden e os Queen"!
Indivíduo 3 - "Mas isso não quer dizer que não possa recuperar o tempo perdido".
Eu - "Não, não podes! Quando um burro pára 5 minutos a olhar para o palácio já não apanha os outros. Pode disfarçar. Mas topa-se à légua"!!!
É que há um arrepio muito próprio quando se vê isto isto ou isto!
Vai-se beber um café e pode-se comprar o bilhete para o dia seguinte.
A estreia, portanto, aguardada desde a primeira notícia, há um ano e tal, quando ainda o Corbijn estava a escolher actores, cuja condição era, para além de serem actores, claro, tocar instrumentos.
Não vou a estreias porque não faço questão.
"Control" foi a excepção.
Sabia muito bem quem iria encontrar.
E lá estavam eles.
Os "Vanguardas".
Todos.
Vieram as recordações.
Das quais há sempre alguém que não se lembra.
"Lembras-te de quando andaste a fugir dos Skins por causa de uma t-shirt do Che Guevara"? "E é possível não me lembrar"?
"Lembras-te de quando a tua namorada, na altura, deu uma geral na casa ao lado da Tasca do Cão"?, "Sim, claro, mas agora já temos dois filhos". Ups!
Os Joy Division nunca foram uma banda "Da Moda". Quando o boom (se é que este alguma vez existiu) cá chegou, já a imagem de um Curtis dependurado se dissipara da memória do Mundo.
Mas foram um verdadeiro culto para alguns.
À saída da sala, um exercício:
Tentar perceber quem amou o "Closer" e o "Unknown Pleasures" e quem é que "despertou para a vida tarde demais".
E era claro como a água!
Deu, inclusivamente, para perceber que, agora, é cool ouvir Joy Division.
Nada contra.
Mas deve ser muito chato um gajo ir ver um filme e passá-lo a pensar: "Meu dEUS, o que eu perdi... Mas porque é que há 15 anos atrás andava no Hard Rock e nos Xutos, pá? Que merda".
Juro já ter ouvido alguém confessar-me o mesmo quando estreou o "24 Hour Party People".
Desta vez ouvi, claramente, no meio de uma conversa entre amigos:
Indivíduo 1 - "Cala-te pá... no tempo em que nós ouvíamos isto nem uma cerveja bebias, pá! Jogavas Spectrum e bebias Tang Laranja"
Indivíduo 2 - "Nem fumavas ganzas e chamavas drógados à gente. Agora já tens a mania que és gourmet, olha-me este. Querias era os Duran Duran e os Bros e a Belinda Carlisle e os Iron Maiden e os Queen"!
Indivíduo 3 - "Mas isso não quer dizer que não possa recuperar o tempo perdido".
Eu - "Não, não podes! Quando um burro pára 5 minutos a olhar para o palácio já não apanha os outros. Pode disfarçar. Mas topa-se à légua"!!!
É que há um arrepio muito próprio quando se vê isto isto ou isto!
Because Football Matters - Part II (Alguém sabe cumé que isto fica em 1.º nas buscas do Google?)
Hey Guys...
Don't Cry!
Look on the bright side of things:
Next summer, you WON'T have to bite your nails to death throughout the penalties, during 120 painful minutes, just to end up LOSING with Portugal!
On the other hand, this will be a healthier, safer competition...
It hurts, doesn't it???
Here's a toast to all your unemployed hooligans!
Cheers, jolly good old chaps!
Don't Cry!
Look on the bright side of things:
Next summer, you WON'T have to bite your nails to death throughout the penalties, during 120 painful minutes, just to end up LOSING with Portugal!
On the other hand, this will be a healthier, safer competition...
It hurts, doesn't it???
Here's a toast to all your unemployed hooligans!
Cheers, jolly good old chaps!
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O Rei da Madeira vai Nu. Um dia.
Because Football Matters - Part I
E o troféu Embuste do Ano vai para...
(rufar da tarola)
...Riiiiiiccccccaaaaarrrrrddddooooo Quuuuaaaaareeeesssmmmmaaaaaaaa!!!!!
(Aplausos)
E o gitano dirige-se, acanhado, de rubor escarlate, para o pódio.
O público grita, irónico: "Tri-Ve-la, Tri-ve-la".
Quaresma ergue ao alto, um dvd pirateado: "É o dái árde 4, fréguesa, é a cinquérs, cinquérs, quélásabêri"!
(rufar da tarola)
...Riiiiiiccccccaaaaarrrrrddddooooo Quuuuaaaaareeeesssmmmmaaaaaaaa!!!!!
(Aplausos)
E o gitano dirige-se, acanhado, de rubor escarlate, para o pódio.
O público grita, irónico: "Tri-Ve-la, Tri-ve-la".
Quaresma ergue ao alto, um dvd pirateado: "É o dái árde 4, fréguesa, é a cinquérs, cinquérs, quélásabêri"!
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O Rei da Madeira vai Nu. Um dia.
terça-feira, novembro 20, 2007
Someday... Ther'll Be a Cure For Pain. That's The Day I'll Throw My Drugs Away!
No dia em que a Maria José Nogueira Pinto tiver as pestanas, os lábios, a presença, as mãos e os pés da Joana Amaral Dias, também eu serei de direita! Assistirei a touradas, usarei sapatos de vela, pullovers atados aos ombros, baínhas pelos tornozelos e gritarei, a plenos pulmões, "spóóóóóóóóóóórté"!
Enfim, serei "rdíclu"!
Enfim, serei "rdíclu"!
domingo, novembro 18, 2007
Every Good Has An Evil
sexta-feira, novembro 16, 2007
Humor de 6ª
Desta feita, o Agente Secreto Mais Famoso do Mundo apareceu acompanhado.
E não se tratava de Miss Moneypenny.
Era um homem franzino, envergando um smoking de corte bera, sapatos por engraxar, baínha acima do tornozelo, mãos nos bolsos e barrigão de Carlsberg.
O Embaixador, de sua graça Alexandre Herculano, estendeu a mão a 007.
Este retribuiu o gesto com o habitual "Bond... James Bond".
"E o cavalheiro?", indagou Herculano, dirigindo-se ao outro homem, que entretanto tinha assumido a compleição de anão de circo.
"Eurico... o Pires de Brito", respondeu, enquanto coçava, com demora, a hérnia inguinal!
E não se tratava de Miss Moneypenny.
Era um homem franzino, envergando um smoking de corte bera, sapatos por engraxar, baínha acima do tornozelo, mãos nos bolsos e barrigão de Carlsberg.
O Embaixador, de sua graça Alexandre Herculano, estendeu a mão a 007.
Este retribuiu o gesto com o habitual "Bond... James Bond".
"E o cavalheiro?", indagou Herculano, dirigindo-se ao outro homem, que entretanto tinha assumido a compleição de anão de circo.
"Eurico... o Pires de Brito", respondeu, enquanto coçava, com demora, a hérnia inguinal!
quinta-feira, novembro 15, 2007
E a propósito da cena mais sensual de sempre em ecrã, El Marichi dIAZ Productions Presents...
A personagem mais irritante e sacana de sempre.
O Detective que encontra a branca no sofá do Monty, no 25th Hour, a Spike Lee joint, com aquela pronunciazinha enervante dos bairros decrépitos da decrépita NY!
Tal pode ser visto aqui, aqui e aqui!
Mas pode dar o mote para mais, porque o filme é bom, MUITO BOM, principalmente se pensarmos que se trata do primeiro a retratar a cidade pós-11 de Setembro, com uma sequência inicial bem elucidativa e um grande momento de coragem, dado o período que se atravessava!
Para quem gosta de Cinema, e não de "ver filmes", o que não será bem a mesma coisa, (e desculpe-me quem discorde... passando, assim, a integrar automaticamente o segundo grupo), repare-se:
A Música é do Terence Blanchard.
A Direcção de Fotografia é do "tuga" Rodrigo Prieto.
A Produção é do Tobey Maguire. Sim, esse mesmo. O Homem Aranha, lá está, para quem gosta de "ver filmes", mas o eterno James Lear no Wonder Boys, tão desconhecido quanto amado por quem GOSTA DE CINEMA À SÉRIA.
O Detective que encontra a branca no sofá do Monty, no 25th Hour, a Spike Lee joint, com aquela pronunciazinha enervante dos bairros decrépitos da decrépita NY!
Tal pode ser visto aqui, aqui e aqui!
Mas pode dar o mote para mais, porque o filme é bom, MUITO BOM, principalmente se pensarmos que se trata do primeiro a retratar a cidade pós-11 de Setembro, com uma sequência inicial bem elucidativa e um grande momento de coragem, dado o período que se atravessava!
Para quem gosta de Cinema, e não de "ver filmes", o que não será bem a mesma coisa, (e desculpe-me quem discorde... passando, assim, a integrar automaticamente o segundo grupo), repare-se:
A Música é do Terence Blanchard.
A Direcção de Fotografia é do "tuga" Rodrigo Prieto.
A Produção é do Tobey Maguire. Sim, esse mesmo. O Homem Aranha, lá está, para quem gosta de "ver filmes", mas o eterno James Lear no Wonder Boys, tão desconhecido quanto amado por quem GOSTA DE CINEMA À SÉRIA.
Encontrei...
... graças ao European Film Festival.
Vou ao Estoril quando o rei faz anos.
Ou quando há uma retrospectiva da obra do Lynch.
Que inclua o Twin Peaks, a única coisa que me fazia ficar em casa, há uns aninhos atrás...
O subconsciente do David exposto e, a partir dali, herdado por mim como uma tatuagem.
As coníferas, as névoas, o contrabaixo do Badalamenti, as rednecks, pacóvias. Apetecíveis por serem-no, talvez. Ainda não sei.
A morte, decretada para sempre, de todas as Prom Queens. Não só da Laura Palmer!
Por outro lado, a coroação de todas as mulheres que, por baixo de roupas de lenhador, para lá da vida a servir ao balcão de diners na terrinha e a levar porrada de labrêgos como o Leo, uma representação perfeita de QUASE todos os amaricanos.
Um hino à Mulher.
Nunca mais um bosque (que não é o mesmo que uma floresta ou mata), foi a mesma coisa!
Nem as séries de televisão.
Nem as mulheres, pois.
Numa idade (por volta dos 14) em que somos uns bichos, uns animais, quando as mulheres representam pouco mais que, cada uma, um rabo, um monte de vénus, um par de mamas e uma boca para enfiar a língua e outros, há momentos que determinam se subimos um degrau na escada evolucionista e, logo, na sensibilidade, ou se perpetuamos esse estado de cepo, máquina de encanzanar sem lubrificar pistão.
É por isso, David Lynch, que te agradeço, para sempre, a entrevista de trabalho da Audrey Horne para servir no One Eyed Jack Sister!
quarta-feira, novembro 14, 2007
Starvation
Eu também fiquei chocado com o Magusto na Praça do Comércio.
Uma das mais belas praças do Mundo serviu de palco para um espectáculo de meter dó. A fome, meu dEUS.
A gente que se juntou em torno do Maior Assador de Castanhas do Mundo, orgulho nacional inversamente proporcional à vergonha que se sente quando se vê uma chusma munida de sacos plásticos, acotovelando-se, puxando cabelos, socando-se, até!
Retenho a imagem do velhote que caiu, com tanto empurrão, para debaixo do assador, quase de cara nas brasas e, quando se levantou, já o seu saco plástico tinha sido levado por um vil larápio! Gente velha, gente nova, gente assim-assim, tudo numa batalha campal digna de um filme do Ridley Scott e da inveja do Spike Lee e seus confrontos entre pretos e italianos, cambada de betinhos, ao pé disto! Como cenário, o Paço Real e, lá em cima, esse castelo mouro que depois foi entregue aos cuidados do São Jorge e agora é da Emel e dos seus torniquetes!
Mas muito mais me choca a clássica conversa de autocarro, no day after! “É mesmo à tuga”, alvitra-se. “Os portugueses sempre foram assim”, assevera-se. “Se é à borla, está lá o Zé Povinho”, certifica-se.
Faço minhas as palavras do Grande-Mestre-Avô-de-Todos-Nós Agostinho da Silva, aquando de um frente-a-frente com um Miguel Esteves Cardoso fedelho, no programa “Conversas Vadias”, e desafio os que pensam como supra citado a visitar Portugal. Peguem no carro, no expresso da Resende, no Intercidades, e vão! Depois digam-me ONDE é que poderiam ver aquilo acontecer! Na Guarda? No Redondo? Em Braga? Bragança? Covão da Carvalha? Santa Comba? Picha? Venda das Raparigas? Costas de Cão??? Em todos estes locais haverá, a partir de uma semana antes do Natal, o Madeiro, a arder, bem no centro da cidade, até ao Dia de Reis. Haverá, todas as noites, chouriços e linguiças a norte, cacholeiras e farinheiras a sul. Haverá vinho para acompanhar. E castanhas, claro! Um espectáculo daqueles é que não haverá, posso GARANTIR!
Pasme-se, então, quem não souber que ESSES tugas de quem todos falam são, afinal, e apenas, os lisboetas. E os dos arrabaldes. ESSES que ainda não perceberam que a cidade oprime o português. O verdadeiro português, esse cidadão global. Principalmente, uma cidade que quer à força ser europeia, não percebendo sequer o que é isso de “ser europeu”, quando se é, há mais de mil anos, uma cidade do Mundo!
Uma das mais belas praças do Mundo serviu de palco para um espectáculo de meter dó. A fome, meu dEUS.
A gente que se juntou em torno do Maior Assador de Castanhas do Mundo, orgulho nacional inversamente proporcional à vergonha que se sente quando se vê uma chusma munida de sacos plásticos, acotovelando-se, puxando cabelos, socando-se, até!
Retenho a imagem do velhote que caiu, com tanto empurrão, para debaixo do assador, quase de cara nas brasas e, quando se levantou, já o seu saco plástico tinha sido levado por um vil larápio! Gente velha, gente nova, gente assim-assim, tudo numa batalha campal digna de um filme do Ridley Scott e da inveja do Spike Lee e seus confrontos entre pretos e italianos, cambada de betinhos, ao pé disto! Como cenário, o Paço Real e, lá em cima, esse castelo mouro que depois foi entregue aos cuidados do São Jorge e agora é da Emel e dos seus torniquetes!
Mas muito mais me choca a clássica conversa de autocarro, no day after! “É mesmo à tuga”, alvitra-se. “Os portugueses sempre foram assim”, assevera-se. “Se é à borla, está lá o Zé Povinho”, certifica-se.
Faço minhas as palavras do Grande-Mestre-Avô-de-Todos-Nós Agostinho da Silva, aquando de um frente-a-frente com um Miguel Esteves Cardoso fedelho, no programa “Conversas Vadias”, e desafio os que pensam como supra citado a visitar Portugal. Peguem no carro, no expresso da Resende, no Intercidades, e vão! Depois digam-me ONDE é que poderiam ver aquilo acontecer! Na Guarda? No Redondo? Em Braga? Bragança? Covão da Carvalha? Santa Comba? Picha? Venda das Raparigas? Costas de Cão??? Em todos estes locais haverá, a partir de uma semana antes do Natal, o Madeiro, a arder, bem no centro da cidade, até ao Dia de Reis. Haverá, todas as noites, chouriços e linguiças a norte, cacholeiras e farinheiras a sul. Haverá vinho para acompanhar. E castanhas, claro! Um espectáculo daqueles é que não haverá, posso GARANTIR!
Pasme-se, então, quem não souber que ESSES tugas de quem todos falam são, afinal, e apenas, os lisboetas. E os dos arrabaldes. ESSES que ainda não perceberam que a cidade oprime o português. O verdadeiro português, esse cidadão global. Principalmente, uma cidade que quer à força ser europeia, não percebendo sequer o que é isso de “ser europeu”, quando se é, há mais de mil anos, uma cidade do Mundo!
Lésbicas em Pensão Lisboeta. MENTIRA! É só para ver se vem aqui parar mais gente...
Portugal sofre de um síndrome gravíssimo.
De entre tantos sinais, escolho a histórica evidência de sermos um país de poetas sem apreciadores do género.
Camões, coitado, morreu na miséria, ao que se sabe. Pessoa vagueou pela baixa, passando despercebido como qualquer outro transeunte no Grandella. Mais tempo demorasse a morte a levá-lo, mais tarde teriam encontrado o baú com os seus escritos. O O'Neill também se finou sem conseguir fazer com que o Instituto dos Socorros a Náufragos lhe pagasse o "Há mar e mar, há ir e voltar". Ser poeta contemporâneo português é um estado miserável. Aposto que todos os poetas contemporâneos portugueses gostariam de ser poetas clássicos portugueses, mas já, a tempo de ganhar algum dinheiro com o dom!
Quanto tempo será preciso, por exemplo, para que o Nuno Marques passe a clássico? A Naifa já fez a sua parte. E nós? Vamos todos ver um dos dois concertos dos Xutos no Campo Pequeno, não é??? Pois é!
"Tenho uma estátua fluorescente da Virgem
Maria que me dá confiança e brilha à noite.
Tenho os joelhos magoados. O calvário dos fiéis
devia ser menos árduo.
Tenho trezentos e sessenta e cinco santos numa
caixa-calendário daquelas em que cada dia
tem um chocolate.
Tenho um lencinho branco onde limpo as
lágrimas enquanto assisto a uma vigília via TV,
depois da minha última ceia de hoje.
Às vezes quando o vapor é muito, tenho o
Salvador no espelho. Deito-me de consciência
limpa, não me esqueci das velinhas, nem de
deixar a moedinha na caixa, e o meu "livro de
orações" tem um delicioso cheiro a mofo.
Dormirei o sono dos justos e talvez não acorde
quando o galo da minha vizinha cantar três
vezes e o meu senhorio o tentar apedrejar.
Sinto-me bem e Deus queira que consiga não
me masturbar.
Ámen."
De entre tantos sinais, escolho a histórica evidência de sermos um país de poetas sem apreciadores do género.
Camões, coitado, morreu na miséria, ao que se sabe. Pessoa vagueou pela baixa, passando despercebido como qualquer outro transeunte no Grandella. Mais tempo demorasse a morte a levá-lo, mais tarde teriam encontrado o baú com os seus escritos. O O'Neill também se finou sem conseguir fazer com que o Instituto dos Socorros a Náufragos lhe pagasse o "Há mar e mar, há ir e voltar". Ser poeta contemporâneo português é um estado miserável. Aposto que todos os poetas contemporâneos portugueses gostariam de ser poetas clássicos portugueses, mas já, a tempo de ganhar algum dinheiro com o dom!
Quanto tempo será preciso, por exemplo, para que o Nuno Marques passe a clássico? A Naifa já fez a sua parte. E nós? Vamos todos ver um dos dois concertos dos Xutos no Campo Pequeno, não é??? Pois é!
"Tenho uma estátua fluorescente da Virgem
Maria que me dá confiança e brilha à noite.
Tenho os joelhos magoados. O calvário dos fiéis
devia ser menos árduo.
Tenho trezentos e sessenta e cinco santos numa
caixa-calendário daquelas em que cada dia
tem um chocolate.
Tenho um lencinho branco onde limpo as
lágrimas enquanto assisto a uma vigília via TV,
depois da minha última ceia de hoje.
Às vezes quando o vapor é muito, tenho o
Salvador no espelho. Deito-me de consciência
limpa, não me esqueci das velinhas, nem de
deixar a moedinha na caixa, e o meu "livro de
orações" tem um delicioso cheiro a mofo.
Dormirei o sono dos justos e talvez não acorde
quando o galo da minha vizinha cantar três
vezes e o meu senhorio o tentar apedrejar.
Sinto-me bem e Deus queira que consiga não
me masturbar.
Ámen."
terça-feira, novembro 13, 2007
As Coisas De Que Um Gajo Sente Falta, Ao Fim De 6 Anos de Casamento... Feliz, Para Que Dúvidas Não Restem!
Mais do que as gripes, com faltas justificadas, a jogar spectrum na caminha, com a TV da cozinha excepcionalmente emprestada ao meu quarto, enquanto a chuva batia lá fora...
Mais do que os almoços com ressacas tremendas depois das noites no Perfil, Rookie, Shangri-La, Primas, Alcântara, Kremlin, Incógnito, Keóps e Captain Kirk (por ordem cronológica), a ter que gramar com um cozido à portuguesa do tamanho do Lago Malawui...
Mais do que as ganzas à janela, para adormecer de phones ao som das Breeders e dos Tindersticks, depois de uma noite de estudo para a frequência de amanhã...
Mais do que o Oscar e o Kadafi a competir pela primeira lambidela na cara do dono Mariachi, pela manhãzinha...
Mais do que acordar com uma cobra em cima do telheiro, que uma coruja qualquer deixou cair durante a noite...
Mais do que desfazer um papo-seco em migalhas no quintal para poder assistir à visita dos pardais durante o almoço...
Mais do que os banhos de mangueira depois da praia...
Mais do que ir buscar o leite à vacaria e o pão, na bicicleta, com o saquinho de pano bordado com a palavra, imagine-se, "pão", pedalar que nem um louco, no regresso, para poder chegar a tempo de passar um naco de Primor e vê-lo derreter no meio daquele aroma...
...tenho saudades de acordar, ao Sábado, com o cheiro das tuas fatias-paridas, mãe!
Mais do que os almoços com ressacas tremendas depois das noites no Perfil, Rookie, Shangri-La, Primas, Alcântara, Kremlin, Incógnito, Keóps e Captain Kirk (por ordem cronológica), a ter que gramar com um cozido à portuguesa do tamanho do Lago Malawui...
Mais do que as ganzas à janela, para adormecer de phones ao som das Breeders e dos Tindersticks, depois de uma noite de estudo para a frequência de amanhã...
Mais do que o Oscar e o Kadafi a competir pela primeira lambidela na cara do dono Mariachi, pela manhãzinha...
Mais do que acordar com uma cobra em cima do telheiro, que uma coruja qualquer deixou cair durante a noite...
Mais do que desfazer um papo-seco em migalhas no quintal para poder assistir à visita dos pardais durante o almoço...
Mais do que os banhos de mangueira depois da praia...
Mais do que ir buscar o leite à vacaria e o pão, na bicicleta, com o saquinho de pano bordado com a palavra, imagine-se, "pão", pedalar que nem um louco, no regresso, para poder chegar a tempo de passar um naco de Primor e vê-lo derreter no meio daquele aroma...
...tenho saudades de acordar, ao Sábado, com o cheiro das tuas fatias-paridas, mãe!
SÉRIE Um Gajo Sabe - TOMO XIX
segunda-feira, novembro 12, 2007
A Mulher, Esse Animal, ou Machismo Justificado Scientificamente
Se não o tivesse testemunhado em tantas outras gajas, poderia até ser que estivesse a falar SÓ do meu caso específico!
Quando as mulheres parem (do verbo parir), o homem, o pai, o progenitor, passa para segundo plano. Até aqui, tudo bem. Uma criança toma demasiado tempo e requer muita, mesmo muita atenção. Mas a coisa vai mais longe. E ainda por cima, são poucas as gajas que não o reconhecem. Algumas, até, com orgulho desmedido nesse animal behaviour "ah e tal parecemos as leoas e as lobas".
Contextualizando...
1. As fêmeas ficam saídas e são todas salamaqueques, ronronar práqui, esfregadela prálí, uma coisa feia. Mas excitante, claro, para qualquer macho, dominante ou não.
1a. Nós, os homens, não andamos à cornada, a berrar por vales onde o degelo já se faz anunciar, a arrancar testículos à dentada e a mijar em árvores (ok... esqueçam este último), para ver quem é o Alfa que vai cobrir aquela que cheira melhor!
2. Depois da cria nascer, a mulher, tal como os felídeos, ursos, lobos, etc, passa o homem/macho para segundo plano. Somos, até, um empecilho, tornamo-nos uma presença incómoda, um vulto que está ali mas era melhor que não estivesse e serve, quando muito, para protecção da cria!
2a. Se nós, homens, não estivéssemos uns andares acima na cadeia evolucionista, cometíamos infanticídio só para elas ficarem outra vez com o cio!
Quando as mulheres parem (do verbo parir), o homem, o pai, o progenitor, passa para segundo plano. Até aqui, tudo bem. Uma criança toma demasiado tempo e requer muita, mesmo muita atenção. Mas a coisa vai mais longe. E ainda por cima, são poucas as gajas que não o reconhecem. Algumas, até, com orgulho desmedido nesse animal behaviour "ah e tal parecemos as leoas e as lobas".
Contextualizando...
1. As fêmeas ficam saídas e são todas salamaqueques, ronronar práqui, esfregadela prálí, uma coisa feia. Mas excitante, claro, para qualquer macho, dominante ou não.
1a. Nós, os homens, não andamos à cornada, a berrar por vales onde o degelo já se faz anunciar, a arrancar testículos à dentada e a mijar em árvores (ok... esqueçam este último), para ver quem é o Alfa que vai cobrir aquela que cheira melhor!
2. Depois da cria nascer, a mulher, tal como os felídeos, ursos, lobos, etc, passa o homem/macho para segundo plano. Somos, até, um empecilho, tornamo-nos uma presença incómoda, um vulto que está ali mas era melhor que não estivesse e serve, quando muito, para protecção da cria!
2a. Se nós, homens, não estivéssemos uns andares acima na cadeia evolucionista, cometíamos infanticídio só para elas ficarem outra vez com o cio!
Evitei... Mas Não Dá!
Se eu fosse rabicholas, papava o Rufus!
E isto é, só por si, assim como a expressão que se segue, um Pau-de-Dois-Bicos!
Porque os homofóbicos dirão "iiihhhhhhhhh, ó dIAZ, fónix, nunca mais almoço contigo a rachar uma dose de Bochechas de Porco, não vou mais ao mesmo urinol e nem penses que vais mais lá a casa beber do meu Oban 15 anos", e os homossexuais dirão que, só pela expressão "rabicholas" (que reconheço poder ter sido substituída por rabichon, panilóide, abafa-palhinhas ou fanchono), já demonstro ser preconceituoso. É mentira!
À excepção do cheiro desagradável que imagino existir no quarto de um casal gay, não tenho nada contra! NADA!
Vejamos:
A minha série televisiva (ou seriado, sendo que até ao final do ano, e mediante o novo acordo ortográfico, teremos de prescindir de 1,5% do nosso português em favor do português do Brasil) de eleição é, a seguir ao Lost, o Sete Palmos de Terra!
Gosto, para além do Rufus (já lá vamos), do Antony & The Johnsons, do Morrissey e do David Bowie.
Não acho a Jennifer Lopez, a Beyoncé ou a outra dos Black Eyed Peas nada de especial.
Prefiro peixe a carne.
Uso creminhos no corpo e na cara.
Dou comigo a olhar para o espelho e a exclamar: "dIAZ... que bela sarda que tens, pá"!
E depois, há o Rufus. Da primeira vez, o homem era tão desconhecido que o João, com a sua Pós-Graduação em Muzzik, que tudo conhece, teve de esperar que ele desse os três primeiros passos em direcção ao piano, na Aula Magna, para exclamar: "toh... não sabia que ele era paneleiro!" Zorze exclamava, quando as músicas acabavam: "Fooooooddaaaaaa-sseeeeee!", eu estava com um nó na garganta há quarenta e cinco minutos que descambou numa choradeira parva no "Go or Go Ahead", sozinho ele à guitarra, sozinho eu numa devoção que nem eu próprio, ainda hoje, compreendo, por achar que a obra do homem tem mais de Chanson Francaise com uma pitadinha de Liberace que qualidade musical para figurar na mesma prateleira do Antony ou do Owen Pallett ou do Buckley.
Depois, houve o Coliseu, faz amanhã oito dias. E há uma razão para só agora escrever sobre isso. Em primeiro lugar, achei que tanto "Melhor Concerto de Sempre na Sua Carreira" ou "Melhor Concerto do Ano", já chegava. Em segundo, porque pensei que não conseguiria passar a palavras aquilo que vi e ouvi. E continuo com essa convicção... até porque quem conseguir descrever o dueto entre o homem, ao piano, e um saxhorn, num celestial "Art Teacher", não é deste planeta!
E isto é, só por si, assim como a expressão que se segue, um Pau-de-Dois-Bicos!
Porque os homofóbicos dirão "iiihhhhhhhhh, ó dIAZ, fónix, nunca mais almoço contigo a rachar uma dose de Bochechas de Porco, não vou mais ao mesmo urinol e nem penses que vais mais lá a casa beber do meu Oban 15 anos", e os homossexuais dirão que, só pela expressão "rabicholas" (que reconheço poder ter sido substituída por rabichon, panilóide, abafa-palhinhas ou fanchono), já demonstro ser preconceituoso. É mentira!
À excepção do cheiro desagradável que imagino existir no quarto de um casal gay, não tenho nada contra! NADA!
Vejamos:
A minha série televisiva (ou seriado, sendo que até ao final do ano, e mediante o novo acordo ortográfico, teremos de prescindir de 1,5% do nosso português em favor do português do Brasil) de eleição é, a seguir ao Lost, o Sete Palmos de Terra!
Gosto, para além do Rufus (já lá vamos), do Antony & The Johnsons, do Morrissey e do David Bowie.
Não acho a Jennifer Lopez, a Beyoncé ou a outra dos Black Eyed Peas nada de especial.
Prefiro peixe a carne.
Uso creminhos no corpo e na cara.
Dou comigo a olhar para o espelho e a exclamar: "dIAZ... que bela sarda que tens, pá"!
E depois, há o Rufus. Da primeira vez, o homem era tão desconhecido que o João, com a sua Pós-Graduação em Muzzik, que tudo conhece, teve de esperar que ele desse os três primeiros passos em direcção ao piano, na Aula Magna, para exclamar: "toh... não sabia que ele era paneleiro!" Zorze exclamava, quando as músicas acabavam: "Fooooooddaaaaaa-sseeeeee!", eu estava com um nó na garganta há quarenta e cinco minutos que descambou numa choradeira parva no "Go or Go Ahead", sozinho ele à guitarra, sozinho eu numa devoção que nem eu próprio, ainda hoje, compreendo, por achar que a obra do homem tem mais de Chanson Francaise com uma pitadinha de Liberace que qualidade musical para figurar na mesma prateleira do Antony ou do Owen Pallett ou do Buckley.
Depois, houve o Coliseu, faz amanhã oito dias. E há uma razão para só agora escrever sobre isso. Em primeiro lugar, achei que tanto "Melhor Concerto de Sempre na Sua Carreira" ou "Melhor Concerto do Ano", já chegava. Em segundo, porque pensei que não conseguiria passar a palavras aquilo que vi e ouvi. E continuo com essa convicção... até porque quem conseguir descrever o dueto entre o homem, ao piano, e um saxhorn, num celestial "Art Teacher", não é deste planeta!
sexta-feira, novembro 09, 2007
Inapááááá!!!
O Público publicou hoje uma notícia que me deixou gobsmacked!!! Flebagasted, até! O mundo nunca mais será o mesmo e a civilização treme sob tal manto informativo. Li e fiquei imediatamente arrepiadinho! De tal forma que a senhora no lugar em frente ao meu, no Comboio da Ponte, tirou os olhos da sua Caras, fez escorregar os óculos até à ponta de um nariz afiladíssimo, tão denunciador de nobreza quanto as minhas suíças, perguntando: "O Senhor sente-se bem? Está mais lívido que a Betty Gravstein nesta festa do croquette da página 37".
Pois é... sentem-se, antes de ler isto:
Segundo uma experiência levada a cabo, pela Queen's University de Belfast, em 144 camarões, publicou-se então um estudo na revista New Scientist que conclui que...
...os crustáceos sentem dor!!!
Meu dEUS!
E agora?
Simples:
Já sabemos que, se aplicarmos toda a força de um braço direito, com punho cerrado, no estômago do Paulo Portas...
...aleija!
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O Rei da Madeira vai Nu. Um dia.
quinta-feira, novembro 08, 2007
Portugal... Esse Mundo!
Temo que, desde que trabalhei na Impala, Sintra se me afigure como algo ruim.
É pena.
Tento, por isso, contrariar este sentimento com consecutivas visitas às imediações do Monte da Lua.
E reparo que as negras nuvens que se começam a formar, em torno da minha pessoa (fumo... fumo compulsivamente, roo as unhas, tiro burriés), logo a partir de Belas, assumem proporções diluvianas, dantescas, armagedonianas em Ranholas, mas começam a dissipar-se na subida para S. Pedro. Cuspo, então, para fora da janela do carro, expulsando assim qualquer réstia de maus agoiros, bruxedos, condomblés e pactos com o demónio que levaram o clã Rodrigues, no seio do qual a imbecilidade fez ninho (e continua a desovar, pelos vistos), ao sucesso que se lhes conhece e à desgraça, entregue em bandeja de prata e com requintes de malvadez, tanta, mas tanta gente.
Desta feita, Vila Verde.
Café Central, pois.
Só que este não é um Café Central como os 36.239 Cafés Centrais que se espalham pelo nosso território e comunidades emigrantes lá fora.
Tem mulheres.
Solícitas.
Demasiado.
Só queríamos ver o Benfas.
E entramos como deve de ser, isto é, de cachecóis.
Recebem-nos olhares desconfiados dos clientes.
O proprietário, esse, deposita uma grade de minis na mesa. "Esta pago eu". Que chatice! Fico sem espaço para o caderno de notas. Por isso, a partir daqui, tudo é difuso.
Alguém exclama: "Man... estou a 20 km de Lisboa e parece que estou a 300..."
A mim, parece-me Fortaleza.
Porquê?
Por nada:
"E Áí, ôlhulíndu... tudo béim"? E pouco depois: "Nuóósssa! Cê páréci Jésúis... cê fáis milágri?"
É pena.
Tento, por isso, contrariar este sentimento com consecutivas visitas às imediações do Monte da Lua.
E reparo que as negras nuvens que se começam a formar, em torno da minha pessoa (fumo... fumo compulsivamente, roo as unhas, tiro burriés), logo a partir de Belas, assumem proporções diluvianas, dantescas, armagedonianas em Ranholas, mas começam a dissipar-se na subida para S. Pedro. Cuspo, então, para fora da janela do carro, expulsando assim qualquer réstia de maus agoiros, bruxedos, condomblés e pactos com o demónio que levaram o clã Rodrigues, no seio do qual a imbecilidade fez ninho (e continua a desovar, pelos vistos), ao sucesso que se lhes conhece e à desgraça, entregue em bandeja de prata e com requintes de malvadez, tanta, mas tanta gente.
Desta feita, Vila Verde.
Café Central, pois.
Só que este não é um Café Central como os 36.239 Cafés Centrais que se espalham pelo nosso território e comunidades emigrantes lá fora.
Tem mulheres.
Solícitas.
Demasiado.
Só queríamos ver o Benfas.
E entramos como deve de ser, isto é, de cachecóis.
Recebem-nos olhares desconfiados dos clientes.
O proprietário, esse, deposita uma grade de minis na mesa. "Esta pago eu". Que chatice! Fico sem espaço para o caderno de notas. Por isso, a partir daqui, tudo é difuso.
Alguém exclama: "Man... estou a 20 km de Lisboa e parece que estou a 300..."
A mim, parece-me Fortaleza.
Porquê?
Por nada:
"E Áí, ôlhulíndu... tudo béim"? E pouco depois: "Nuóósssa! Cê páréci Jésúis... cê fáis milágri?"
quarta-feira, novembro 07, 2007
Só uma Pequena Homenagem ao Jogo do Sporting com o Roma...
segunda-feira, novembro 05, 2007
Vamos Para Velhos / Estamos Mais Novos
Acordei mal-disposto.
Sarrazina
macambúzio
sorumbático
respondão
embirrante
carrancudo
velho, portanto...
"Talvez o Sol na tromba resolva".
Sair de casa.
Antes que Tocas e Mariachito acordem.
Antes que comece a barulheira.
Antes que parta a casa toda.
Agarrei num dos sapatos.
Tentei calçá-lo.
Ai!
Uma música do estilo "Há uma aranhinha/muito pequenina/sobe sobe sobe/ com a chuva cai ao chão/ depois vem o sol/ tudo brilhou bem vês/ e a nossa aranhinha/ lá subiu outra vez".
Proveniente de um carrinho que Mariachito achou que ficava ali melhor!
Merda mais a lamechice, outra vez...
Ataca-me quando menos espero, a pêga!
Voltei ao quarto!
Rabo para o ar e boca aberta, como sempre.
Levei-o para a cama.
E deixei-me dormir, outra vez, com aquela respiração profunda, perfume a resina de pinheiro em cheio na minha cara.
Antes disso, abriu os olhos, agarrou-me uma madeixa de cabelo e disse, pela primeira vez...
...pai!
Sarrazina
macambúzio
sorumbático
respondão
embirrante
carrancudo
velho, portanto...
"Talvez o Sol na tromba resolva".
Sair de casa.
Antes que Tocas e Mariachito acordem.
Antes que comece a barulheira.
Antes que parta a casa toda.
Agarrei num dos sapatos.
Tentei calçá-lo.
Ai!
Uma música do estilo "Há uma aranhinha/muito pequenina/sobe sobe sobe/ com a chuva cai ao chão/ depois vem o sol/ tudo brilhou bem vês/ e a nossa aranhinha/ lá subiu outra vez".
Proveniente de um carrinho que Mariachito achou que ficava ali melhor!
Merda mais a lamechice, outra vez...
Ataca-me quando menos espero, a pêga!
Voltei ao quarto!
Rabo para o ar e boca aberta, como sempre.
Levei-o para a cama.
E deixei-me dormir, outra vez, com aquela respiração profunda, perfume a resina de pinheiro em cheio na minha cara.
Antes disso, abriu os olhos, agarrou-me uma madeixa de cabelo e disse, pela primeira vez...
...pai!
domingo, novembro 04, 2007
Duas Lebres de Um Só Atropelamento
Em 1º Lugar, gostaria declarar publicamente:
O que me chateia não são os penteados ridículos no Sporting, desde o treinador ao adjunto, passando por jogadores como aquele Curtinho-à-Frente-e-Compridinho-Atrás-à-John-Bon-Jovi-ovich! É o facto de bastar passar pela cabeça dos coiffeurs do Facto gozar com um ou outro cliente, do tipo "Atão bora lá agora fazer aqui um corte à Sporting, hã? Catita!", para a coisa virar moda!
Em 2º Lugar, só um apontamentozinho em relação à inauguração da exposição:
Num patamar "não-percebes-nada-de-fotografia-mas-tens-tomates-para-te-auto-promover-à parva", não correu nada mal!
Obrigado ao presentes, aos ausentes porque se esqueceram, aos que não se esqueceram mas não lhes apeteceu porque tinham algo melhor para fazer e aos que se justificaram porque me conhecem mal... saberiam, de outra forma, que não era preciso!
O que me chateia não são os penteados ridículos no Sporting, desde o treinador ao adjunto, passando por jogadores como aquele Curtinho-à-Frente-e-Compridinho-Atrás-à-John-Bon-Jovi-ovich! É o facto de bastar passar pela cabeça dos coiffeurs do Facto gozar com um ou outro cliente, do tipo "Atão bora lá agora fazer aqui um corte à Sporting, hã? Catita!", para a coisa virar moda!
Em 2º Lugar, só um apontamentozinho em relação à inauguração da exposição:
Num patamar "não-percebes-nada-de-fotografia-mas-tens-tomates-para-te-auto-promover-à parva", não correu nada mal!
Obrigado ao presentes, aos ausentes porque se esqueceram, aos que não se esqueceram mas não lhes apeteceu porque tinham algo melhor para fazer e aos que se justificaram porque me conhecem mal... saberiam, de outra forma, que não era preciso!
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there's no need to be afraid
sexta-feira, novembro 02, 2007
R.I.W.
Se Dante estivesse connosco, teria ficado assustado. A cidade que, minutos antes, se via tão bem, iluminada pelo sol, tornou-se uma nódoa feia. Desapareceu completamente sob um manto de fumo e de fogo.
Morreu Paul Tibbets. Na manhã do dia 6 de Agosto de 1945, premiu um botão vermelho no seu B-29, que baptizara de Enola Gay, e largou-a. Lá em baixo, poucos segundos depois, um clarão sem som. Luz. 78.000 foram mortos instantaneamente, num raio de 20 quilómetros. Lá para fins de Novembro, porém, ascendiam já aos 140.000 que pereceram, em agonia, às queimaduras, olhos, línguas e fígados liquefeitos. Em Dezembro, ainda boiavam corpos no rio. Os que os puxavam pelas mãos, descrevem a cena de forma invariável... ficava-se com uma luva na mão. feita de derme e epiderme.
Não se fala muito de Hiroshima. Não se fala muito de Nagasaki, bombardeada daí a poucos dias e já depois da rendição incondicional do Japão. Just for fun!
Muitas Torres Gémeas terão de perecer. Não podem ser sempre os mesmos a gozar com o banho de sangue.
Paul Tibbets morreu... Guerra à sua Alma!
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