Não, nunca fui a São Francisco.
Mas o Rufus tem a ver com as minhas viagens.
Explico.
Ouvi-o pela primeira vez na Radar.
Não houve alaridos.
Mas depois comprei, na Virgin de Heathrow, a caminho do Quénia, o Want One.
E a porca torceu o rabo.
Mais ainda quando o Go or Go Ahead soou, pela primeira vez, de Nairobi para Mombassa, sobre o Kilimanjaro.
Grande, esse Kilimanjaro.
Maior, esse Rufus.
Boa, a Kikuyu que servia um sumo de laranja marca-macaca (de testículos azuis, como os do Mount Kenya).
Foi sem demora que SAQUEI DA INTERNET, POR DOWNLOAD ILEGAL (chupa-mos, ASAE, até ficarem roxos), os restantes, aguardando, de unhas roídas, pelo Want Two, a iniciar com o Agnus Dei, se dúvidas houvessem em relação ao talento do míster.
Entretanto, vi um concerto.
Não me lembro do ano.
Sei que foi o primeiro, que foi na Aula Magna, que ele estava sozinho, sem banda, que tocava um tema na guitarra acústica, outro no piano, lembro-me de estar com o João, que me disse "não sabia que ele era maricas", e com o Jorge que respeitou o meu silêncio de nó na garganta.
Entretanto, num regresso da Escócia, volto a outra loja no mesmo Heathrow e vejo uma revista gay onde figura o Próprio, de fato branco, com dois gajos aos seus pés, de béfs ao léu, com o título "Gay Messiah".
Compro.
A indiana olha para mim com cara de desdém e eu penso "mas isto é Londres ou não?" e também "não fosse estar-te a imaginar o farto matagal, já te contava uma história na toillet, ó Rasmina".
Leio que "A Madonna matou a música".
Que "É possível fazer um espectáculo ao vivo brilhante, mas com música de qualidade"
Penso: "Este betinho, criado em berço de ouro, com música clássica injectada por todos os poros desde puto, está-se a comparar com uma italo-guetto-freak que ou era o que é ou puta de Brooklyn"?
E dia 6 de Novembro de 2007 lá estive.
Entrámos muito tarde e tivémos de esperar que acabasse o Cigarettes and Chocolate Milk.
Depois começou o Art Teacher.
Ele e, no fim dos versos, uma French Horn.
Diz quem percebe de música que foi o concerto do ano.
Eu não sei...
...estava a ver o Kilimanjaro!
terça-feira, fevereiro 26, 2008
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
You Had It Coming
terça-feira, fevereiro 19, 2008
Al Berto Jabardolas
Um daqueles que o Eduardo adora...
As merdas com que um gajo tem que apanhar...
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
Fox Lisbonner Terriers Adoram a Sua Cidade
quarta-feira, fevereiro 13, 2008
terça-feira, fevereiro 12, 2008
Prosa Armada aos Cuculus canorus
Quando ouvires o Spark, fecha os olhos e imagina uma vasta planície alentejana que termina numa ladeira para um grande vale. Lá ao fundo corre um ribeiro. Vais descer essa colina, a correr, mas só quando a música acabar. Até lá, abres os braços e deixas o vento passar por ti, por esse vestido de algodão que trazes sem nada por baixo. Os teus pêlos nos braços, pequenos, loiros, erguem-se num aplauso em uníssono. É o mesmo arrepio que, por momentos, entumesce os teus mamilos, escurece o auréolo. Sentes, na planta dos pés descalços, alvos, sem veias, a leve vibração da folhagem das oliveiras. Entre os dedos, brincas com uma pequena bolota que caíu dessa grande azinheira que te concede sombra. Abres as mãos como se esperasses ver o indicador usado como poiso por um gaio, uma poupa, um pisco de peito ruivo, um melro. Deseja-lo. A música acaba. Agora ouves o sino de uma aldeia longínqua e os chocalhos de um rebanho. Não é menos bonito, pensas. Suspiras. E corres. Voltas a fechar os olhos. Sentes o perfume das flores de tremoceiro que pisas...
...sinto o perfume dos teus cabelos.
...sinto o perfume dos teus cabelos.
Hora Mezzo (Here We Go Again)
Há já algum tempo que não me espantavam...
...desta feita, e mal digerido que ainda está o Distortion dos Magnetic Fields, dei comigo a morfinar-me novamente com os The Bird and The Bee.
Tudo tem um tempo e um lugar, pelo que continuo sem perceber como é que...
1. Aparecendo num post do imageyenation.com com data de 10 de Janeiro de 2007.
2. Tendo como membro Greg Kurstin, que POR ACASO até produziu em tempos idos o Ti Beck.
3. Sendo editado pela mítica Blue Note (essa mesmo) em Janeiro de 2007.
4. Considerando o sucesso de coisas como a Feist e os Nouvelle Vague.
...só agora é que as rádios aparecem com o Again & Again (que saiu no EP de Outubro de 2006) e as prateleiras da FNAC enchem com isto na secção "Novas Tendências"?
Isto quer é ferros em brasa pela peida adentro e Tony Carreira nos elevadores, pá!
...desta feita, e mal digerido que ainda está o Distortion dos Magnetic Fields, dei comigo a morfinar-me novamente com os The Bird and The Bee.
Tudo tem um tempo e um lugar, pelo que continuo sem perceber como é que...
1. Aparecendo num post do imageyenation.com com data de 10 de Janeiro de 2007.
2. Tendo como membro Greg Kurstin, que POR ACASO até produziu em tempos idos o Ti Beck.
3. Sendo editado pela mítica Blue Note (essa mesmo) em Janeiro de 2007.
4. Considerando o sucesso de coisas como a Feist e os Nouvelle Vague.
...só agora é que as rádios aparecem com o Again & Again (que saiu no EP de Outubro de 2006) e as prateleiras da FNAC enchem com isto na secção "Novas Tendências"?
Isto quer é ferros em brasa pela peida adentro e Tony Carreira nos elevadores, pá!
segunda-feira, fevereiro 11, 2008
Um dia...
...há-de ser o dia
em que eu
falarei do dia em que ela morreu
um dia cinzento
como eu
que restou do luminoso dia
que
enfim
nasceu...
em que eu
falarei do dia em que ela morreu
um dia cinzento
como eu
que restou do luminoso dia
que
enfim
nasceu...
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there's no need to be afraid
quinta-feira, fevereiro 07, 2008
O Fabuloso Mundo dos Animais Marinhos
Eu que trabalho num sítio até bem catita, de onde saem revistas giras e interessantes, incluindo a melhor publicação de cozinha do mercado (e não, não estou a ser cagão... porque essa nem me passa pelo estreito), estou a pensar aconselhar à directora uma edição “Especial Fibras”.
É que fui ali à casa de banho arejar o tremoço e dei de caras com um castor que alguém afogou na sanita!
É que fui ali à casa de banho arejar o tremoço e dei de caras com um castor que alguém afogou na sanita!
Papilas Gustativas do Meu Portugal, Uni-vos!
"ASAE duplica operações", diz a manchete do Global Notícias.
O dobro das operações, o dobro de hipótese de apanhá-los em plena acção e, fazendo fé e gala na réstia de amor pelos nossos costumes, sabores autênticos, respeito e solidariedade social para com aqueles que entregam grande parte da sua vida a um estabelecimento comercial, munamo-nos de objectos cortantes, lacerantes e penetrantes para levarmos a cabo justiça!
Se a ASAE visasse a higiene e não a tentativa de equilíbrio da balança do Estado através de coimas, era exigido aos seus operacionais uma "certidão de ausência de prepúcio". Não é!
Eu sou obrigado a comer uma bifana sensaborona porque é proibida, por lei, a frigideira com molhanga de anos...
A esposa do xô inspector tem que ingerir esmegma a cada felação porque não há lei que obrigue a uma pequena e indolor intervenção cirúrgica...
Pois bem... circuncidêmo-los!
O dobro das operações, o dobro de hipótese de apanhá-los em plena acção e, fazendo fé e gala na réstia de amor pelos nossos costumes, sabores autênticos, respeito e solidariedade social para com aqueles que entregam grande parte da sua vida a um estabelecimento comercial, munamo-nos de objectos cortantes, lacerantes e penetrantes para levarmos a cabo justiça!
Se a ASAE visasse a higiene e não a tentativa de equilíbrio da balança do Estado através de coimas, era exigido aos seus operacionais uma "certidão de ausência de prepúcio". Não é!
Eu sou obrigado a comer uma bifana sensaborona porque é proibida, por lei, a frigideira com molhanga de anos...
A esposa do xô inspector tem que ingerir esmegma a cada felação porque não há lei que obrigue a uma pequena e indolor intervenção cirúrgica...
Pois bem... circuncidêmo-los!
segunda-feira, fevereiro 04, 2008
GRANDE REPORTAGEM - Sexo no Trabalho
Júlio ainda não saira do armário.
Mas faltava pouco mais que empurrar a porta.
Especialmente quando o Fernando do Economato passava.
Júlio trabalhava (apenas o essencial) numa repartição das Finanças.
Mas a sua vida era o trabalho.
Aquele era o seu mundo.
Aquele e o submityourdude.com
Ocasionalmente.
Bem, quase todas as noites.
Mais um Pagamento ao Estado.
Mais uma Declarção de IRC.
E o Fernando a passar mesmo à sua frente.
Parecia fazer de propósito.
Vai entregar o tubo de fita cola àquela puta da Cidália.
A Cidália e os seus decotes.
Júlio já nem sabia expressar-se como gente.
Por causa do trabalho.
Às vezes, no café, que frequentava apenas quando se esquecia do thermo de chá de erva cidreira em casa, pedia um garoto e ouvia o empregado perguntar-lhe: "Um impresso 23"?
Nem dava conta!
De outra vez, decidiu-se pelo exotismo e desceu da "carreira" uma paragem depois daquela que o deixava quase à porta do trabalho.
Ficou tão assustado que perguntou, já a suar, a uma velhota que passava: "Como eu que vou daqui para as Finanças"?
A velhota respondeu-lhe: "Aguarde na fila da Tesouraria? Mas que fila de que Tesouraria"?
Tudo mudou a partir do dia em que se declarou ao Fernando do Economato.
Trémulo, lívido, de olhos baixos, disse-lhe, gaguejando: "De cada vez que me estendes uma resma A4, só me apetece abrir-te o meu Tray2"!
Desmaiou de seguida e sonhou que corria, de mão dada com Fernando do Economato, por um imenso campo de papoilas.
Que nunca vira.
Nem imaginava como seria.
Mas faltava pouco mais que empurrar a porta.
Especialmente quando o Fernando do Economato passava.
Júlio trabalhava (apenas o essencial) numa repartição das Finanças.
Mas a sua vida era o trabalho.
Aquele era o seu mundo.
Aquele e o submityourdude.com
Ocasionalmente.
Bem, quase todas as noites.
Mais um Pagamento ao Estado.
Mais uma Declarção de IRC.
E o Fernando a passar mesmo à sua frente.
Parecia fazer de propósito.
Vai entregar o tubo de fita cola àquela puta da Cidália.
A Cidália e os seus decotes.
Júlio já nem sabia expressar-se como gente.
Por causa do trabalho.
Às vezes, no café, que frequentava apenas quando se esquecia do thermo de chá de erva cidreira em casa, pedia um garoto e ouvia o empregado perguntar-lhe: "Um impresso 23"?
Nem dava conta!
De outra vez, decidiu-se pelo exotismo e desceu da "carreira" uma paragem depois daquela que o deixava quase à porta do trabalho.
Ficou tão assustado que perguntou, já a suar, a uma velhota que passava: "Como eu que vou daqui para as Finanças"?
A velhota respondeu-lhe: "Aguarde na fila da Tesouraria? Mas que fila de que Tesouraria"?
Tudo mudou a partir do dia em que se declarou ao Fernando do Economato.
Trémulo, lívido, de olhos baixos, disse-lhe, gaguejando: "De cada vez que me estendes uma resma A4, só me apetece abrir-te o meu Tray2"!
Desmaiou de seguida e sonhou que corria, de mão dada com Fernando do Economato, por um imenso campo de papoilas.
Que nunca vira.
Nem imaginava como seria.
Vida Cadela Pequinesa
Atracção é AQUILO...
Nunca me tinha sentido assim, NUNCA!
Perninhas a tremer e tudo, uma coisa PARVA e inconfessável, até.
Principalmente quando se é um macho cobridor, um hino à virilidade como EU!
"Queres boleia"? Perguntou-me ela, voz de menina em olhar de rameira, mesmo como nós, bestas de cobrição, gostamos!
Entrei imediatamente no carro, como se um choque me tivesse percorrido a espinal-medula...
...só para sofrer a minha primeira grande desilusão!
Ainda olhei para o Alpine, na esperança que fosse a Antena 3... nada! Era um CD, mesmo!
O temor... os suores frios, a impotência que já se fazia anunciar!
Mas depois pensei: "Bem... se ela AINDA tem paciência para ouvir Jamiroquai, é gaja para aturar-me por muitos anos!
Ainda estamos juntos!
Nunca me tinha sentido assim, NUNCA!
Perninhas a tremer e tudo, uma coisa PARVA e inconfessável, até.
Principalmente quando se é um macho cobridor, um hino à virilidade como EU!
"Queres boleia"? Perguntou-me ela, voz de menina em olhar de rameira, mesmo como nós, bestas de cobrição, gostamos!
Entrei imediatamente no carro, como se um choque me tivesse percorrido a espinal-medula...
...só para sofrer a minha primeira grande desilusão!
Ainda olhei para o Alpine, na esperança que fosse a Antena 3... nada! Era um CD, mesmo!
O temor... os suores frios, a impotência que já se fazia anunciar!
Mas depois pensei: "Bem... se ela AINDA tem paciência para ouvir Jamiroquai, é gaja para aturar-me por muitos anos!
Ainda estamos juntos!
sexta-feira, fevereiro 01, 2008
ONDA VERDE - Ode Vegetal
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