sexta-feira, dezembro 28, 2007

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Técli áquí

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Última Hora

Benazir Bhutto foi morta em atentado suicida.
Eu também nunca gostei deste retorno à moda dos óculos de massa à escritor nova-iorquino atormentado. Com baton vermelho e lenços na cabeça, convenhamos... isso sim, é que é um verdadeiro atentado!

Menos uma gaja que parecia um gajo...

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Penacova, 23 de Junho de 2017

"Assim, assim, não páres, vai, vai, Josué".
"Pan, Pan, Pan", não foi apenas a porta que abanou, foi toda a casa. Josué quedou-se, olhos na porta, mas recusando-se a parar com os vaivéns da pélvix, quase involuntários, dir-se-ia, incrédulo.
"Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica, abra por favor."
"Tás parvo, Jos? Pára com isso e vai lá, atão"? Envolvendo-se no lençol que se enrolara aos pés da cama, Josué dirige-se para a porta. Não lá chega. A mesma é arrombada e assomam-se três indivíduos de semblantes carregados, personagens decalcadas das fotos antigas de agentes da PIDE, KGB, CIA, MOSSAD. "Sr. Josué Espírito Santo"? "Sim, o próprio, mas imagino que já soubessem, ou costumam arrombar portas ao desvario"? "A ironia é um subterfúgio recorrente dos culpados. Queira o caro contribuinte endereçar uma carta aos nossos Serviços Centrais e o seu pedido de indemnização será cruzado com as incriminações que levemos hoje". "Ah já sabem que me vão incriminar, bonito", "Não torne a sua situação ainda pior, contribuinte. Recebemos uma queixa por confecção de géneros alimentícios recorrendo a sal marinho não refinado". Entretanto, já os outros dois agentes remexiam tudo. O alto, de barba rala, não tinha mãos para tantos sacos plásticos de amostras, entre eles: beatas, uma maçã, um tupperware e pão. "Temos isto, inspector". "Muito bem, contribuinte. O que temos aqui? Hhhhmmm muito bem... está a guardar este pão pra migas, é? Ainda estamos na casa da mamã, é? E esta caixinha para conservar a comidinha, hm? Acha que isto está a vedar condignamente? É pra levar os restinhos pó almocinho no trabalho, héim? Não há restaurantes lá na avenida? E uma maçãzinha bravo de esmolfe... está a brincar comigo? Não sabe que esta variedade não está omologada pelo Ministério da Agricultura? E a fumar em casa? O contribuinte não está a incorrer em contra-ordenações, meu amigo... isto é pura prevaricação!!! Ora deixe-me ver!" E retira da gabardina um blogo de notas quadriculado onde distribui parcelas. Ordena, em tom grave: "Agente Pires, traga o terminal de Multibanco. Este contribuinte terá de pagar 2.700 Euros". "Mas eu ainda nem recebi o subsídio de férias", "Pois então parece-me que vamos ter de o levar até se decidirem penhoras, não"? Alguém grita do aposento. Todos correm naquela direcção. O outro agente, de sorriso perdigueiro, fixa o olhar em Josefa, sentada à cabeceira, cobrindo as vergonhas com as almofadas. "Estavam na palhaçada, Inspector! Sente o cheiro"? "Macacos me mordam. Esta gentalha nem espera até que se lavem lençóis. Pois bem, analisemos, então, a coisa. Pires, ela. Lima, ele. Rápido". Passa-se uma cotonete pelo prepúcio de Josué, outra na vulva de Josefa, que se debate. O agente Lima declara: "Esmegma, Inspector. E algumas fezes". "Menstruação, Inspector. Diria de terceiro ou quarto dia", alvitra Pires. "Tás com o período, vamos à alternativa, héim??? Tá bonito este mundo mais as suas demonstrações de afecto! Bom trabalho, rapazes! Tragam-nos, que isto já vai dar um prémio jeitoso. Acho que este ano acabou-se a Ericeira e vou mazé pó Taití", e saem às gargalhadas.
Antes de entrar para a carrinha, ouvem-se três tiros na casa ao lado. As janelas iluminam-se com as detonações. "Mais um assalto à mão armada por causa de bijuteria. O costume". "Devemos chamar quem de direito, Inspector"? "Não vale a pena, Pires... A choldra não dá pra todos e a esses maltrapilhos o Estado não consegue sacar tostão. É só prejuízo. Vamos"!
Josué olha lá para fora, de rosto encostado à janela. Balbucia: "Lembras-te, querida? A única discussão que tivemos na vida! Quando os primeiros restaurantes fecharam por falta de condições e o tabaco foi proibido em quase todos. Eu disse que era o princípio do fim da liberdade. Tu disseste que não"!

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Espírito Natalício

Porque é que os laboratórios disto e daquilo usam animais em testes, quando há tantos idosos que não servem para nada?

quinta-feira, dezembro 20, 2007

Recursos Estilísticos e Outros

Já a revi
de trás para a frente
da frente para trás
à puta de vida que me dás
o tédio, e eu demente
Tudo tão diferente
do que antevi

És, pois, palíndromo
no nome, pois, mas mais
"Atai a gaiola saloia gaiata"
e merdas que tais
ovo, 343, atáta
chata, bera, pior que Ferraz
só eu sei, Ana, o sono que dás!

Metáfora que é seres polvo de oito braços que, ao invés de usares num amplexo, mortal até, quero lá saber, suga-me de mil ventosas, antes foges de capelo em riste, esguichando tinta para que eu fique para trás, te deixe, te largue, me afogue!
Mas se isto já cheira mal, esta ETAR dos dias, o que dizer desta tristeza com sabor a bílis? Sinestesia, sim! E Prosopeia, quererás? Se um hamster é mais capaz de sorrisos, carinhos, Barrabás? Talvez, então, a Metonímia de mais uma boca para alimentar te arribe mais depressa ao coração, sempre tão quentinho e aberto a mim (sim, Ironia), és um Paradoxo de ti mesma, um Oxímoro, uma Antítese de nós dois!
Da Hipérbole que já fomos, resta esta Zeugma... Elipsaste o amor!

terça-feira, dezembro 18, 2007

E depois de uma Intelectual Joke, porque não uma Private Joke?

Ao tempo que o Jorge está para jantar comigo, já nem me lembro se usa talheres ou se come com as mãos!

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Momento de Humor Intelectual

E diz o Director do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque à secretária: "Cala-te e MoMa"!

Não, não sonhei com isto!

Mole, o cão mais antigo de Cacilhas, sofria de reumático.
Velho, quase tão idoso como os pescadores de rabetas no molhe da fábrica de óleo de fígado de bacallhau, e que já raras vezes se aventuram ao safio no Porto Brandão ou ao robalo no "pilar de cá" da Ponte, Mole levantava-se, a custo, ganindo até aquecer as articulações, de cada vez que o meu pai aparecia, ao fundo, com as aparas de carne que a minha mãe confeccionava, com gosto, para o Oscar e o Kadafi, sempre a contar, porém, com o magérrimo e fiel Mole...
Mole já não chegou a ver os golfinhos que já entram até bem em frente ao Ginjal, nem as poucas ostras que se começam a segurar, novamente, ao paredão que vai d'O Farol ao Atira-te Ao Rio. Já não chegou a ver o Tejo sem a Lisnave, portanto, ainda que tenha empreendido tantas viagens de cacilheiro, porque, imagino, apetecia-lhe. Ou porque alguém entrava para o ferry a comer um folhado de salsicha.
Eu não cheguei a fotografar o Mole.
Tenho pena.
Não porque o Mole fosse uma coisa bonita, de forma alguma.
Era apenas curioso.
Coberto de pastilhas elásticas que, durante os Verões quentes, passavam do alcatrão para o seu pêlo, entretanto um expositor de pequenos círculos, brancos, verdes e rosa.

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Ode to a Deceased

Todos falam de ti atrás da Bomba de Gasolina.
Bebericam cervejas mornas de latas que reflectem a iluminação triste, doente, amarela. Cospem para o chão.

Eu não falo de ti a ninguém.
Guardo para mim o teu ventre quente, onde procurava refúgio nas noites frias, deitando sobre ele a minha face esquerda, para que assim pudesses ver apenas o meu melhor perfil.

Falam de como vocês duas eram amigas. De como vos chegaram a ver-vos trocando beijos apaixonados. Línguas nas gargantas, fundas nos ouvidos, mãos dentro das calças mútuas, de encontro à coluna de som, naquela pista de dança onde tudo era permitido.

Eu só me consigo lembrar dos teus cabelos em finos fios na tua boca, colados na cara, quando os sucessivos orgasmos te ruborizavam as faces e entumeciam os mamilos.

Eles cantam aquela que dizias ser a tua música preferida, baixinho, em tua memória. Alguém mija de costas para elas, de frente para eles. O som que produz, ampliando a poça, faz-me lembrar a faixa inicial do Fur and Gold, de Bat for Lashes, que na verdade preferias, pelo menos até entrar o cravo. Mas só eu sabia.

Como só eu sabia que gemias baixinho passado que estava a inicial resistência do teu ânus, rosa como aquelas gomas que as velhotas vendiam à porta da nossa escola. Dizias que não doía porque a entrega era anestésica. A dor cabia à cópula com outros. Eu sabia que era porque todos os outros eram maiores que eu.

Relatam agora de como foram, tu e ela, andar de barco no jardim do Campo Grande, em MDMA, e se despiram no centro do lago, para desespero dos carteiristas ciganos, esperando nas margens como abutres. De como tiveram que fugir pelo labirinto das Avenidas Novas, primeiro a eles, depois à polícia. Riam vocês como crianças, riem eles agora, encostados ao carro, por baixo destas luzes amarelas, como tu quando estavas com icterícia, incapaz de fazer amor, mas ainda assim te esgueiraste por baixo dos lençóis para acabar bebendo-me.

Agora não. Estás branca. A atirar para o verde. Será talvez a matização de tanta flor que te rodeia. Tens os lábios roxos. Fedes. Mesmo assim, era capaz de te comer, embora adivinhe que, com tanta alvura, tenhas perdido a marca do biquíni. Ela, naquele caixão a poucos metros de ti, não está, como de costume, tão bonita.

Eu disse para não irem embora... estava tão bom... ficaste chateada porque eu me ri... quando lhe disseste “matas-me de prazer”. Achei despropositado, forçado, até, o que queres? Por amor de Deus, era só um minete. Eu também lhe estava a passar o corredor a pano e ela não me disse nada disso. Podíamos ter continuado. Mas não... tinhas que arranjar uma maneira de morrer mesmo, não é?

Puta!

terça-feira, dezembro 11, 2007

Porque compensa ter um gajo chamado Spam nos nossos contactos de email?

Porque, muito embora apaguemos a maioria das suas mensagens, de vez em quando aparece uma que vale a pena...

Grow an Anaconda out of your Penis


Obrigado, Spam!
Fico a dever-te um jantar.
Mal consigo esperar por ver a cara de pavor da minha mulher, habituada a correrias mais humildes, a gritar: "mata já essa merda antes que nos coma o borrego que comprámos pró Natal"!

Afinal, ainda há qualquer coisa a referir, antes de me recolher em eremitagem...

Ouvi por um amigo, ainda aquando da negociação das coisas, que iria ser filmada uma certa mega-fucken-freako-weirdo-produção da TVI em Goa.
Foi há muito tempo, portanto.
E, por isso, já me tinha esquecido.
Mas eis senão que El Mariachito del Rincón decidiu reprogramar todos os canais lá de casa, a ver se passava a assistir mais vezes ao Ruca, Dora, Ilha das Cores e Postman Pat, e menos àquelas merdas dos ursos que atacam campistas em Parques Nacionais norte-americanos, Bones, tubarões que atacam surfistas, Heroes, crocodilos que atacam banhistas, jogos do Benfica e elefantes que atacam indígenas.
De certa maneira, conseguiu, o sacana!
E aí está o dIAZ, agarrado ao comando universal do chinês, a ter de passar por alguns canais dos quais nem sabia da existência para chegar onde pretende.
Foi numa dessas incursões que dei com o Rogério Samora e a Mariana Monteiro, de pinta na testa, pintados de castanho!
Ela - "Se é vontade do meu pai que eu me case com ele, assim o farei"!
Ele - "Minha filha, o meu coração sangra de te ver partir, mas..."

Estão a gozar, não estão?

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Vou fazer uma pausa porque estou cheio de trabalho. E porque...

... como diz a Laura Veirs, durante cinco segundos que valerão todo o Saltbreakers...

I would not dare to rest
I would not dare to dream
'till the nightingale came and sang a song for me


Sim, Sim, Claro, Claro, Pois, Pois, Hmm, Hmm, Tá Bem, Tá Bem!

Adoro aquela cena das gajas "Não, Não! Para mim, homem casado tem bicho"!
Nós, os homens de família, mas só os dedicados e apaixonados por esse status quo, sabemos MUITO BEM que somos, por isso mesmo e, vá lá, outras coisas, os MAIS SEXYS DO MUNDO!

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Cimeira União Europeia - África

Noticiário das 7, dia 6 de Dezembro de 2007:
JORNALISTA: "Sabe o que é Darfur"?
TRANSEUNTE: "Shei Shim Shenhor, é os Shupémercados... a minha mulher é lá que fájascoumpras tuôdaj".

O Português, o Português do Brasil e o Português do Escrever

É bonito.
Quando lemos "A Filomena é solícita e, para além disso, persistente" mas, se o ouvirmos dito na rua, soa a algo como "A Filomena é uma puta e é chata cumó caralho"!
Ainda existe, embora seja cada vez mais relativo, um fosso entre o Português (de Portugal) escrito e falado.
Mas isto do vernáculo é muito óbvio.
Peguemos, pois, em exemplos mais concretos.
Com que lidemos diariamente.
À hora do almoço, por exemplo.
Desafio, então, qualquer um de vós a lembrar UMA SÓ VEZ que tenham ouvido ALGUÉM a pedir, num restaurante, um "refrigerante", embora figure no menú como tal.
Vá!

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Isto está bom, está!

Fiquei de lhe fazer o almoço.
Uma coisa de amigo que põe à prova os seus dotes culinários e NADA MAIS.
Entretanto, a mão esquerda no volante e a direita dentro das suas cuecas, ora rodando o clítoris entre o médio e o indicador, ora introduzindo ambos e pressionando o Amigo G, de forma ritmada e um tudo/nada violenta, fazendo com que a pobre miúda gemesse, grunhisse e gritasse, inundando-me de molhos tépidos o estofo de antracite que ainda na véspera tinha dado tanto trabalho ali no Elefante Azul da Quinta do Gato Bravo!
De repente, vejo-o!
Paro o carro e saio, a correr.
Deixo os quatro piscas ligados e a moçoila intermitente.
Com gestos de jardineiro de bonsai, colho-o.
Alecrim.
Já não seria um mero e vulgaróide polvo à lagareiro.
Polvo à lagareiro aromatizado com alecrim.
Isto sim, impressiona qualquer gourmandise!
Retorno ao carro de olhos fechados, embriagado, quase.
E quase que consigo ver as cornucópias deste odor que me envolve.
Entro.
Oiço: "Deixaste-me pendurada, pá! Fico fula"!
Digo: "Não percebes nada de cozinha"!

terça-feira, dezembro 04, 2007

Nadegueiros, glúteos, rabos e bombons de Natal

Não sou o único gajo que conhece as amigas pelo rabo.
Mas sou dos poucos que o assumem!
No outro dia, por exemplo, vi a Djamila lá ao fundo. Felizmente, lembrei-me a tempo que o rabo das pretas, embora tão diferentes de todos os outros, são muito idênticos entre eles. Decidi não chamar por ela. Fiz mal. Passou para cá e tive de levantar os olhos d'A Ponte Sobre o Drina, mesmo na altura em que decorria o empalamento ordenado pelo Grão Vizir, mais ou menos quando Andric descreve os ossinhos a estalar. Eu Djamila, que surpresa, Ela Bo crê toma café?, Eu Mas claro que sim, à falta da cachupa rica da tua mãe e o compasso de espera entre isso e o momento em que ela nos deixava sozinhos, para ir lavar as escadas do Garcia d'Orta. Não façam confusão! Isto do tuga (e DA tuga) olhar primeiro para um rabo e só depois para o resto é muito luso-tropical. É coisa Afro-Brasileira. Os nórdicos ligam mais às caras (é a única coisa que está à vista com aquele frio), os alemães e ingleses querem é seios. Enormes, fartos, com ovos estrelados no lugar dos auréolos! Claro está que, depois de dois ou três filhos, saem do armário, cansados que estão de não ter tempo para apanhar as mamas, na zona do umbigo, a partir do momento em que desapertam o soutien.
Ontem, foi a Cláudia (nome não-fictício, para que se fique a pensar que é, afinal, fictício embora, na verdade, não o seja). Meu dEUS, a Cláudia. Cu Láudia! A Ode aos músculos nadegueiros. Os glúteos que dEUS idealizou mas que não conseguiu concretizar, até que nasceu a... aaaaaaaahhhhhhh... não me canso de dizer... CU LÁUDIA!
Exorcizei, em 30 segundos, os meus fantasmas de há tantos anos (as insónias e o hé pá não consigo dormir, deixa-me mazé pensar no rabo da Cláudia) e não consegui esconder a minha alegria: Cláudia, que surpresa, Ela Queres tomar café, dIAZ?, Eu Mas claro que sim, à falta de uma casa-de-banho de deficientes com todos aqueles ferros para nos agarrarmos em mil e uma acrobacias.
Há, contudo, um pormenor. Eu revi-a, depois de tantos anos, DE FRENTE! Disse-lhe: Estás igual. Mas, no café, ela ergueu-se dizendo-me: Tenho que fazer um cocó. E virou-O para mim! No regresso, disse-lhe: Estás tão diferente. E estava. Um rabo muito mais pequeno, uma amostra do que foi outrora, um rabinho triste, taciturno, cabisbaixo. Olhou-me profundamente, perscrutou-me a alma e sussurrou: Há pouco estava igual e agora estou tão diferente, uma espécie de impasse, até perguntar: Isso é porque fui cagar?

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Interlúdio Poético

O Camões era um maricas à antiga...
...daqueles com folhos no pescoço!


Exorcizar a Azia, ou a capacidade de usar, num título de três palavras, mais vezes o "z" e o "x" que a média

Não sou um Benfiquista normal.
Se fosse, canalizaria a minha antipatia ou rivalidade para o Sporting.
Nada disso.
Tenho uma idade que permitiu que o Sporting me fosse perfeitamente indiferente.
Desde que comecei a gostar de futebol, até há muito pouco tempo, e durante dezoito (18) anos, o Sporting representou tanta ameaça como um bote da Greenpeace diante de um Petroleiro de 200 toneladas.
Como agora, enfim, que tornou à velha forma do Perú de Natal.
O meu odiozinho de estimação vai todinho para o Porto!
Mas não é por causa do futebol.
Para essas coisas está cá o RAP.
Que diz, com piada e/mas com razão, que a trivela é uma ciganice, devia ser punida com falta, que aquilo até deve fazer mal ao artelho, que só pretende "déféndé u minínu", e que, se jogando TÃO MAL, MESMO MAL, o Benfica perde pela margem mínima, imagine-se o que fará quando jogar só um bocadinho mais. No último jogo nos Campeões Europeus, por exemplo, encostámos o Campeão Europeu à Boxe. O Bota de Ouro, por exemplo, esteve à beira de o não ser, de tanto NADA que fez ou conseguiu fazer, e se não fosse o Pirlo, aquilo parecia mais o Portimonense que o AC Milan.
Bem... perdemos com o Porto, e isso é que interessa!
Porque, para mim e muitos deles próprios, o Porto não tem a ver com futebol.
O Porto é, por um lado, o braço armado do Inbicta Arri Batasuna e, por outro, o exército da Pintorra, que é a Camorra lá do sítio!
Os tripeiros não vêm a Lisboa para ver futebol, mas sim "moustrár a iêsses Môuros cuméquié, ó cuarálhu"!
Como vi numa entrevista em televisão, "Bámus lá abáixu praiêls biêrem purquié cu doum afuônsu hiênriíqs mandôuimbuóra usmôurus", sair da boca pertencente ao mesmo corpo de onde, supostamente, terá saído a pancada direccionada a um político qualquer, a mando do Corleone Pintudo, Putanheiro de Sá Bragança!
Sim, o Porto É o Pinto da Costa.
Mesmo aqueles tripeiros que dizem, tentando sair fora do rebanho, que "eu nem gosto dele", têm que lidar com esta dura realidade: Que Porto sem Pinto? Que Madeira sem o Beto João?
Eu fico chateado quando o Benfica, um clube de futebol, perde para um ideal!
É só isso!