É a Velha & Gasta fábula da Branca de Neve.
Revisitada.
Sem os Sete Anões.
Para o que aqui vem à baila, os pequenotes não interessam.
Em cada década, ou outro período de tempo qualquer, alguém nasce com um dom.
Que lhe terá sido concedido para gáudio de terceiros mais do que para felicidade do próprio.
Pode ser Beleza ou outra dádiva qualquer.
Algo que faça estremecer, em mil e uma sensações arrebatadoras, inexplicáveis de forma imediata, a quem com tal se depara.
Pode ser, pois, Beleza ou outra graça qualquer.
Uma jacarandá bem no centro de uma propriedade de eucaliptos da Portucel.
Beleza ou outra mercê qualquer.
No caso do Andrew Bird, a Bruxa Má do Panorama Musical Actual estava a dormir.
Ou terá sido, propositadamente ou não, enganada por um Espelho Mágico das Grandes Editoras que, porventura, era apreciador de hip hop ou RnB ou outro imediatismo qualquer e ter-lhe-á dito Sim, há alguém genial, chama-se Beyoncé Knowles e vive para lá do Atlântico, para lá do Deserto dos Saguarus e junto à costa do Pacífico, ao invés de ter optado por Ele há um homem, de magérrima compleição, pouco cabelo à frente, nariz afilado, que mora num celeiro no Iowa, chama-se Andrew Bird, tem uma voz celestial e toca violino e guitarra com estrelas na ponta dos dedos.
Pode não ser, portanto, Beleza.
Temos então que, era uma vez, num lugar qualquer, há muito, muito tempo, um menino que nasceu numa cama de hospital onde não havia réstia de palha ou bafo de bovinos ou algo do género, para que, um dia, a Humanidade pudesse ter um altar onde adorar a genialidade. Porque Bird tem, por cima, a mão de algo Maior que abriga, na sua sombra, quem tem a capacidade de fazer de um qualquer momento um Lugar Melhor.
E eu serei seu Apóstolo, para sempre, mesmo depois do galo da Mediocridade cantar três ou mais vezes!
3 comentários:
(suspiro looooonnngo)
Ganda galo!
Freaky
não falo ctg sobre este assunto!
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