Sou urbanodependente.
Ainda não alcancei aquela paz, aquela plenitude emocional que nos garante as devidas defesas de toda a carga negativa de uma cidade.
Não sentir necessidade de um centro onde se desenrolam as actividades mais desumanas e desumanizadoras é, pois, ser-se Maior!
Eu, como pequeno que sou (ainda), sinto-me vazio de estímulos quando passo muito tempo sem tornar a Lisboa.
Exijo-me, contudo, um retorno diário à paz interior.
À esteva, pinheiro manso, alecrim aos molhos e molhos de coentros roubados à vizinha.
Um dia, retornarei ao campo.
De vez.
Quando conseguir, por exemplo, não ficar completamente chocado por ter de assistir, enquanto espero pelo autocarro, à senhora que mata a galinha para o almoço.
10 comentários:
Tal e qual produto urbano encaixotado num subúrbio, não é, meu querido e mui amigue Diaz; um abraço franco deste teu amigo atrodiado :)
atrodiado o tanas: atrofiado; isto de beber mais de um litro de alcool ao almoço e rematar com duas aguardentes velhas fode-me os cornos! Abraço!!
oh pa ia comentar qq coisa mas fiquei com os dois olhos no cortez... varreu-se-me da mente...
Temos cabidela!
Freaky
Então mas não preferes uma canjinha com frango do campo??
Já dizia o hino...."Forever young, i want to be.
Tóne
Cabidela.... hmmmmm!
O segredo da minha avó era um pau de canela por pessoa, na água de cozer o arroz!!!
PPSSSSHHHHH!!! Babei o teclado!
Mas nunca estava lá pra ver a galinha being slaughtered. Menino da cidade, é o que é!
E fica bom com o pau de canela?
Chiça!!! Cabidela???? Vou ali regurgitar a cena e já volto. Só o cheiro... Menina da cidade com paladar sensível que se mudou para o campo e continua na mesma, é o que dá.
Puto, algo melhor que a paz do campo? A urbodependência faz de nós uns seres endrógenos e mecanizados. Existe algo melhor que acordar e respirar o ar puro, ouvir a calma lá fora e o galo da vizinha a cantar, sem o stress da vida a passar por nós. E sim gosto da cabidela :)
Já agora parabéns por esta nova imagem...
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