Sempre de olhos na Régua, o que não é uma visão bonita, há uma margem esquerda do Douro sem socalcos, quando tudo a isso se resume ali à volta, o que não é uma visão feia.
Há uma quinta da Pacheca que assim se chama porque era possessão de uma viúva de um qualquer Pacheco Pereira, família tão influente em Portugal que consta, em dois instantes distintos, n'Os Lusíadas, era o apelido de um assassino de uma infanta qualquer que não se queria casada com não sei quem e, nos tempos que correm, é tal espelho do actual declínio tuga que o que restava já nem na SIC aparece. Essa quinta tem vinhas até Vale Abraão, onde o Aquapura se ergue a bem do ócio dos mais endinheirados. Foi nestas duas e, ao que me quer parecer, na Quinta do Vezuvio, que foi filmado, pois, Vale Abraão do nosso Querido Ansião, o Panoramix dos Pobres, o Jabba The Hut dos coitadinhos, Manoel de Oliveira. E eu, que tinha TODO o tempo do mundo, tentei desempenhar esse árduo papel que fora entregue a Leonor Silveira, sentando-me nas escadarias a ler um livro. Falhei! Aos cinco minutos, é apenas incomodativo, aos sete minutos os nadegueiros estão dormentes, mais dois minutos e as câimbras assolam. Estou, assim, rendido! Que actriz, que desempenho e, claro, que realizador!
Mas numa das incursões ao Pinhão vi, num café, um cartaz com as inscrições Há frango tipo leitão. E há coisas que valem tudo nesta vida!
1 comentário:
mais insólito ainda, seria teres lido (como eu já li): "Temos francesinhas de leitão"... gastronomia marada é o que é...humpft
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