Mariachito estava de castigo. Na escola, batera no mâninu duj ócus.
Sentado, no canto do quarto, impedido de levantar-se, fitava, como é seu costume, desde muito pequeno (não agora, que já tem dois anos e três meses), o infinito. De súbito, lá deve ter ocorrido uma das suas fabulosas ideias, sempre mirabulantes, geniais, de um refinamento que me deixa parvo, de se safar desta. Normalmente, resulta. Esta vez não seria excepção. Começa por mãe, pai, mãe, pai, mãe, pai, mãe, pai, mãe, pai, mãe, pai e, ao ver que está a ser ignorado, Nuno e Marta... é o desarme. Ele sabe-o! Vou.
Mariachito: Pai, tenhu namuáda, na 'cóla.
dIAZ: Ai sim? E como se chama?
Mariachito: Chama Vitó'ia, da Vitó'ia Vitó'ia acabou a histó'ia. É linda.
dIAZ: Ai sim? E como é que ela é?
Mariachito: Tem ujóios bancos e vêdes e cabêuos.
dIAZ: E o que fazem vocês, dão beijinhos?
Mariachito: Não não, pai.
dIAZ: Porquê, filho?
Mariachito: É pigôjo.
5 comentários:
já aqui fazia falta esta etiqueta, são sempre deliciosas estas leituras... :)
Oh páááááá! Que fofinhooooooo!!!
"tu falax???"
;)
lol
Puto, estes diálogos são os meus preferidos...
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