quinta-feira, agosto 28, 2008

Road Trip Troughout México / Viagem de Carro pelo Baixo Alentejo

Eu, Mariachi de meu nome, que nunca na vida fui ao México, sinto-me numa Road Trip...
Tijuana - BAJA CALIFORNIA
Magdalena, Hermosillo, Rosario, Navajoa - DESIERTO DE SONORA
Hidalgo del Parral, San Francisco del Oro, Jimenez - CHIHUAHUA
ZACATECAS
SAN LUÍS POTOSÍ
Guadalajara - JALISCO
Querétaro, Zumpango, Tlalnepantla, Coacalco - CIUDAD DE MÉXICO
Izúcar de Matamoros - PUEBLA
Ciudad Ixtepec - OAXACA
Villahermosa - TABASCO
Tuxtla - CHIAPAS
... de cada vez que percorro as estradas do Baixo Alentejo.
Isto não tem, saiba-se, NADA de depreciativo.
É, precisamente, o inverso.

Nos FILMES AMARICANOS, uma incursão ao México é sempre algo do piorio.
Um mal necessário, que se leva a cabo com pesar, de semblante carregado e pose combalida.
O México é onde se vai buscar raptados, onde o Sean Penn vai matar o Benicio del Toro, onde a cabra da criada do Bradd Pitt vai ao casamento do filho e leva-lhe os filhos tão loirinhos e caucasianos, onde os grandes bandidos se abrigam da mui eficiente polícia norte-americana (cuidado com as confusões, porque o México também é América do Norte e, já agora, porque não, também, o Canadá).
O que é que de bom sai do México? NADA! Pior ainda, só queles Mano Negras malvados que morrem que nem tordos ao tentar passar a fronteira. Um horror!
Esquecem-se os gringos e os que sofreram a sua lavagem cerebral que esse imenso território que separa dois continentes tem, dentro das suas fronteiras, cinco ou seis países diferentes. Tem as cores da Frida, o salero das caraíbas, altiplanos, desiertos, cordilleras, dois oceanos, a poesia das gentes e gentes com poesia nos olhos.

O Baixo Alentejo é o meu Desierto de Sonora. Que as azinheiras não sejam saguarus, que os javalis não sejam chacais, que uma açorda não seja guacamole, pouco me importa.
É aquele pó, aquele calor que não permite mover uma palha, aquela pronúncia que acompanha, sempre, gestos mais lânguidos, aquelas noites de virilhas suadas, de um silêncio que quase permite ouvir os passinhos das osgas debaixo dos candeeiros.
O Baixo Alentejo é, todo ele, cheiro a esteva. E é, mais que tudo, apenas um ponto de passagem dos bandidos de Lisboa a caminho do Algarve, a nossa Acapulco!
Foi o Celeiro de Portugal
Agora é só meu à minha maneira.
E sei que ainda caberá na minha mão.
O que me faz andar mais alegre!

3 comentários:

Zorze Zorzinelis disse...

Bem visto, caro Diaz e, by the way, Bradd é só com um d!

Jornalário disse...

'tão, ZORZE???

Tás maluko???

Revisor da TV Guia, agora???

Quero lá saber, man!!!
Querias que eu fosse ver ao IMDB se a coisa estava bem escrita, era???
Reparei lá nessa merda...
Nem vou corrigir!

Zorze Zorzinelis disse...

(lolada)