Dois altares naquela casa. Um deles à entrada, frente à porta, quem entra encara-o. Consagrado a Ravindramat, o Deus das Grandes Coisas. Ao lado, junto ao rodapé, por baixo da caixa de ligações da Cabovisão, o outro. Uma palha de incenso, um pedaço de manga, uma tigela de leite e a figura de Amin, o Deus dos Pequenos Nadas, minúscula.
Há muito que não pára de chover. Esperam-se grandes inundações. Ontem, a família quase não coube no Hall. Frente à expressão severa da figura de Ravindranat, rezámos até à beira da comoção. As águas imundas, infectas, não chegarão, por certo, à nossa porta!
Mas eu prefiro quando a minha mãe me passa a mão pela cabeça quando finjo estar a dormir. Na manhã seguinte, deixo um gomo de tangerina em frente ao largo sorriso da minúscula estatueta de Amin.
4 comentários:
Enfim, um texto à Diaz - sempre estimulante!
São as pequenas coisas, as mais ínfimas que dão gosto à vida.
Beijos***
e chamussas, não havia??
Havia... e as pequeninas eram melhores!
Mas também havia Onion Bahjis e Pakoras de queijo e Nan de alho e Arroz Pilau!
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