Entrou no palco da Aula Magna com o seu pouco peso distribuído por quase dois metros de altura. Cabelo longo, barba profusa, olhos enormes e pestanas maiores ainda. Gestos pueris, voz trinada, leve, leve, leve... uma sala cheia de sons que podiam emanar duma floresta, belos, belos, belos... "não estamos habituados a este silêncio! Por favor, conversem entre vós enquanto tocamos. Por favor"! Por respeito a ele, ninguém obedeceu. Por respeito a nós, o Devendra limitou-se a fazer o que faz de melhor... até que anunciou a música que eu esperava (como a todas com igual ardor): "escrevi-a num dia em que tive muito frio, mesmo tendo barba e o cabelo grande. Um dia vou ter um filho e vou querer que ele tenha o cabelo comprido para que nunca tenha frio". Pois é, ó Banhart... e o meu ouvir-te-á sempre que eu possa!
Para que nunca tenha frio!
2 comentários:
Concordo com quase tudo o que o anonymous disse, destacando apenas se eu visse este senhor à noite, num beco, acho que me cagava todo. O que vale é que a sua música está naquele nível - tipo o 36 do Chuckie Egg!!! Acho que neste já havia dois pássaros e seis patos!
E aquelas pestanas! E aquele swing! obrigado Devendra, obrigado Diaz pela partilha, foi magia, acredita, foi mesmo. Besitos
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