sexta-feira, julho 30, 2010

Slow Days

Sim, é uma boa definição de férias, penso. Não saber, a certa altura, o que fazer, tal é a oferta, e ter um ligeiro desconforto com isso. A praia estava insuportável [mesmo dentro de água] e voltei para as divisões ligadas por um corredor onde corre uma leve brisa. A possível. O meu Yamaha Natural Sound AV Receiver RX-V450 processa isto, porque o novo dos Arcade desiludiu-me. Por agora. Talvez daqui a uns dias volte a tentar. Mariachito e sua priminha Leonor, cansados da sua monótona vida, cheia de preocupações e agruras, decidem alegrar os seus dias, cinza e agoirentos, coitados. Eles, não os dias. O dIAZ continua a ouvir música, recostado no pouff-de-ouvir-música. Os fedelhos, como que sabendo que ser-se criança é feito de pequenos nadas que, quando só restarem lembranças, serão recordações a puxar largos sorrisos, daqueles que se têm num transporte público e as outras pessoas ficam a achar que somos malucos, colocam mão à exigente obra. Munidos de um marcador de ponta grossa, pintam, cada um a sua, as duas unhas dos dedos grandes dos pés do dIAZ. De Azul. 
Olho com demora, como que apreciando a execução técnica da coisa.
E Sorrio. 
Não estás zangado, tio? Quem lhe responde não sou eu, é ele: Não, Leonor, o meu pai não se zanga com estas coisas. Eu lanço mais um olhar sobre A Obra, confesso que pensei por momentos como haveria de tirar aquilo, mas lembrei-me depois disto: Como tenho um filhO, nunca me ocorre que as miúdas poderão ter, de facto, estas coisas de brincar às Corporation Dermoestéticas e Coiffeurs e Peluquerias e Unhas de Gel Nails r' Us. Limitei-me, assim, acometido de uma repentina sapiência em lidar com piticas, a dizer Não foi uma boa escolha de cores... o azul não dá com o meu tom de pele e, aliás, não tenho nada para vestir com isto! 


Ó tio, o que é que estás para aí a dizer? Não percebi nada!



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