21h - Lykke Li é moçoila para se ouvir enquanto se trabalha ou janta com amigos lá em casa. Uns picos de vinil não lhe ficam mal e tem electrónica qb para que se mostre a amigos. Pronto. É isto. Girinho. Daí a boca aberta durante todo o concerto. A babar. Não estava à espera daquilo. Nesse Variedades decrépito houve vida. Um ponto de luz que cintilou num Parque Mayer decadente. Lykke Li, carinha rechonchuda em corpinho franzino, virginal, deu-nos um tareão de música e dança, que é melhor que sexo medíocre. Daquele em que elas fazem um esgar de dor quando penetramos com o prepúcio para trás e a apertar a base do pénis para engrossar a glande. Fez duetos com Sarah Assbring, dos Perro del Mar, ditribuiu pandeiretas, maracas e outras coisas pela plateia e meteu-os em palco, interpretou Vampire Weekend e, pois, Lykke Li. É para isto que se vão ver concertos. Esperar o inesperável e, mesmo assim, ser surpreendido.
Interlúdio - Cigarrito e imperial Super Bock (cerveja de gaja) cá fora, tenho uma risca verde no casaco, na ruína que é o Variedades alguma coisa estava pintada de fresco, descubro que os gatos vadios concedem AINDA MAIS ar de abandono aos sítios.
22h30 - Nunca quero saber onde vão os Zita Swoon. Vou. Já me bastam as vezes que não fui, razões aparte. Arrependo-me disso como de não ter comido aquela pita que queria mas não era nada de jeito e agora é boa que dói. Acontece-nos a todos. Os Zita Swoon não. Acontecem uma vez na vida de todas as vezes que dão um concerto. E não há que enganar quando reentramos no Variedades para descobrir que, agora, o set dos músicos está montado no centro da sala. Percursões, bateria, teclas, baixo e contrabaixo, guitarras e micros para os coros formam um quadrado. Umbilicando isto, está uma torre com quatro PA's virados a norte, sul, este, oeste. A separá-los do público? Nada. E depois, há a música. Que não se define. São os Zita Swoon, ponto. É o Stef Kamil Carlens que saíu de uns dEUS geniais condenando-os a banda de teenager molhada pelo facto de ter descoberto que, afinal, há vida para além do R&B e Anastasias e Gwen Stefani. Não que o Tom Barman não tenha um laivo ou outro de genialidade. Olhó Para Onde o Vento Sopra. Só não é o Stef. Nem os Zita Swoon são outra coisa qualquer para além de ÚNICOS. Ser bom também é isso. Pintar, à Dali, uma Persistência da Memória. Ad eternum.
PIM
4 comentários:
VERDE (de inveja) é como estou há um verde que me invade a pele desde o limite inferior do meu corpo e foi subindo à medida que eu ia descendo na leitura... PORRA CARAGO eu merecia ter visto TUDO ISSO!
Tenho q controlar-me senão espumo...
espuma, milinha, mas com estilo!!!
lol
Olha acho que só gostei da Super Bock. Mas combinaste com alguém ou foste sozinho?
Mariachi baby, também fui, não te vi ;-( buááá e andámos para ali todos a passear a pulseirinha, baaaahhhh. Bem é certo que não me mexi muito, mas foi nice para quebrar o ritmo da semana ;-)
Freaky
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