sexta-feira, dezembro 05, 2008

Breve Acerca d'Ontem

21h - Lykke Li é moçoila para se ouvir enquanto se trabalha ou janta com amigos lá em casa. Uns picos de vinil não lhe ficam mal e tem electrónica qb para que se mostre a amigos. Pronto. É isto. Girinho. Daí a boca aberta durante todo o concerto. A babar. Não estava à espera daquilo. Nesse Variedades decrépito houve vida. Um ponto de luz que cintilou num Parque Mayer decadente. Lykke Li, carinha rechonchuda em corpinho franzino, virginal, deu-nos um tareão de música e dança, que é melhor que sexo medíocre. Daquele em que elas fazem um esgar de dor quando penetramos com o prepúcio para trás e a apertar a base do pénis para engrossar a glande. Fez duetos com Sarah Assbring, dos Perro del Mar, ditribuiu pandeiretas, maracas e outras coisas pela plateia e meteu-os em palco, interpretou Vampire Weekend e, pois, Lykke Li. É para isto que se vão ver concertos. Esperar o inesperável e, mesmo assim, ser surpreendido.

Interlúdio - Cigarrito e imperial Super Bock (cerveja de gaja) cá fora, tenho uma risca verde no casaco, na ruína que é o Variedades alguma coisa estava pintada de fresco, descubro que os gatos vadios concedem AINDA MAIS ar de abandono aos sítios.

22h30 - Nunca quero saber onde vão os Zita Swoon. Vou. Já me bastam as vezes que não fui, razões aparte. Arrependo-me disso como de não ter comido aquela pita que queria mas não era nada de jeito e agora é boa que dói. Acontece-nos a todos. Os Zita Swoon não. Acontecem uma vez na vida de todas as vezes que dão um concerto. E não há que enganar quando reentramos no Variedades para descobrir que, agora, o set dos músicos está montado no centro da sala. Percursões, bateria, teclas, baixo e contrabaixo, guitarras e micros para os coros formam um quadrado. Umbilicando isto, está uma torre com quatro PA's virados a norte, sul, este, oeste. A separá-los do público? Nada. E depois, há a música. Que não se define. São os Zita Swoon, ponto. É o Stef Kamil Carlens que saíu de uns dEUS geniais condenando-os a banda de teenager molhada pelo facto de ter descoberto que, afinal, há vida para além do R&B e Anastasias e Gwen Stefani. Não que o Tom Barman não tenha um laivo ou outro de genialidade. Olhó Para Onde o Vento Sopra. Só não é o Stef. Nem os Zita Swoon são outra coisa qualquer para além de ÚNICOS. Ser bom também é isso. Pintar, à Dali, uma Persistência da Memória. Ad eternum.

PIM

4 comentários:

1entre1000's disse...

VERDE (de inveja) é como estou há um verde que me invade a pele desde o limite inferior do meu corpo e foi subindo à medida que eu ia descendo na leitura... PORRA CARAGO eu merecia ter visto TUDO ISSO!
Tenho q controlar-me senão espumo...

rosa disse...

espuma, milinha, mas com estilo!!!

lol

Master Of The Wind disse...

Olha acho que só gostei da Super Bock. Mas combinaste com alguém ou foste sozinho?

Anónimo disse...

Mariachi baby, também fui, não te vi ;-( buááá e andámos para ali todos a passear a pulseirinha, baaaahhhh. Bem é certo que não me mexi muito, mas foi nice para quebrar o ritmo da semana ;-)
Freaky