Já o fiz bastantes vezes. E espero que muitas outras possibilidades se me apresentem. É bom sinal. Que outro fim servem as discussões/disputas de opiniões/contendas, de preferência à mesa que, avançada que vai a noite, já só acolhe cotovelos, cafés, copos com Casal da Coelheira 2002 e um cinzeiro onde poisam os canhões de white widow que tão bem se adaptou ao clima da ilha do Pico? Lá para os 60 e picos talvez venha a ser um casmurrão do pior. Por ora prefiro cruzar ingredientes. Ter para mim pitadinhas de concepções de outros desde que temperadas com argumentos válidos q.b.
Tudo isto por causa da minha primeira prenda deste Natal. A Prenda. Uma grande GRANDE prenda. Ainda pensei em adquiri-la eu, à boa velha maneira consumista, mas pensei "naaaaa... há-de haver alguém que te conhece a ponto de tomar a iniciativa". E tunga... "1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer". Pelas minhas contas, já só me faltam 663, o que não é nada mau. Mas não pude deixar de reparar que, na década de 90, o único álbum dos U2 com direito a referência é o Achtung Baby. Remeteu-me isto para aquela idade em que somos obstinados que nem burros e, portanto, burros que nem jumentos! Porque habituado que estava aos Boy, October ou Joshua Tree, recebi com o inevitável choque aquela "revolução" no costumeiro som da banda. E ainda demorei mais de um ano para perceber que, afinal, aquele tinha sido um dos poucos momentos de verdadeira criatividade na carreira dos moços, até porque coincidiu com uma pausa naquela borrega atitude política do Bono, que só pode mesmo agradar a teenagers Armados aos Cucos Pachecos Rogeiros, sobrando-lhe assim tempo para formar, inclusivamente, se bem que um pouco mais tarde, os The Passengers com o Brian Eno, tristemente esquecido à excepção do Miss Serajevo. Conclusão: hoje em dia, à excepção do The Wanderer com a voz do Johnny Cash (a última faixa do Zooropa), o único álbum dos U2 que eu ainda consigo ouvir (com alguns "skip"), é o Atenção Bebé!
1 comentário:
Os U2 são daquelas bandas (poucas)que reúnem o meu consenso. Não há um único álbum que eu diga que não gostei muito ou que não gostei mesmo.
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