segunda-feira, dezembro 18, 2006

O Direito de Mudar de Opinião II e/ou Saber Envelhecer é uma Arte II

Assisti, no outro dia, estupefacto, a uma longa, longa, entrevista com o Miguel Esteves Cardoso. Até tinha a banda-sonora dele, Joy Division. Atónito porque o Canal 1 da RTP teve a audácia de transmitir, em horário nobre, uma coisa REALMENTE interessante, entregando assim de mão-beijada as audiências a estações televisivas que forneçam lipoaspirações sanguinolentas ou telenovelas que só não são piores porque o Virgílio Castelo não entra no elenco. Assombrado porque podia nem ter reconhecido MEC, no alto da sua compleição elefantástica. Rondará, porventura, os 120 quilinhos. Identificável continua, sempre, o tique da lagartixa. Deita a língua de fora a cada 0,857 segundos e deixa as frases a meio, uma espécie de janela entreaberta para deixar fluir um fio de uma ideia, desta forma à mercê da interpretação dos Homens. Surpreendido porque, cerca de 10 anos depois, vejo-o a debitar uma ideia que era a do Prof. Agostinho da Silva e que o opôs a este de uma forma imberbe o suficiente para me levar, na altura, a maldizer todas as crónicas d'O Independente e edições da Assírio & Alvim com as quais perdera o meu precioso tempo. Acabadinho de sair, com uma média rara, de uma das melhores universidades do mundo, MEC disparava contra O Mestre: "Os portugueses são tacanhos, atrasados, rambórios e labregos", ao que O Homem, visivelmente exaurido, contrapunha à sua maneira: "Mas que portugueses é que o meu amigo conhece? Vá para dentro do país, falar com os camponeses, veja a forma como eles olham o Mundo que os rodeia, oiça o que eles têm para ensinar. O problema dos intelectuais é que só se dão com intelectuais".
Desta feita, MEC sorria para o entrevistador: "Se pensamos que os portugueses é que são brutos, então conheçamos os franceses, ingleses ou alemães do interior do seu país. Esses sim, são terrivelmente pacóvios e labregos. Red-necks? Onde é que há red-necks em Portugal? Nós não temos disso"!
Ou o homem seguiu o conselho do outro ou, simplesmente, amadureceu. Acontece a todos. A menos que não estejamos dispostos a isso.

16 comentários:

Anónimo disse...

Diaz, meu caro, tiraste-me as palavras da boca. Eu, que vi essa parte da entrevista, também fiquei atónito. Não, não podia ser o mesmo MEC. Só é pena que o jornalista não o tenha confrontado com esses tempos em que só os alemães e ingleses percebiam alguma coisa de cultura. Mais uns tempos e o homem ainda me está a defender o Quinto Império!

Anónimo disse...

Ainda a propósito de mudar de opinião e de todos os "muertos de mierda". Eu, que não sou fascista nem comuna, nem tão pouco crédulo na democracia representativa, continuo a afirmar que existe uma SUBSTANCIAL diferença entre o Fidel Castro e o Pinochet. É qualquer coisa como a diferença entre a ETA ou o IRA e os movimentos terroristas neo-nazis.

Anónimo disse...

Mas porque? Ja so mesmo por pura curiosidade....sera diferente a dor dos pais de uma vitima de Pinochet da dor dos pais de uma vitima de Fidel? E diferente o sofrimento das vitimas da ETA e IRA do sofrimento das vitimas de movimentos terroristas neo-nazis?

Anónimo disse...

As substanciais diferenças prendem-se com questões éticas e filosóficas. Fidel era um idealista e tornou-se um escroque (empurrado por um embargo que a comunidade internacional se esqueceu de sancionar). Pinochet já nasceu escroque e tornou-se um escroque ainda maior (ao contrário do Fidel das primeiras décadas, não estava na politica para melhorar as condições de vida do seu povo, mas sim para assegurar os objectivos geoestratéticos norte-americanos). Os mentores da ETA e do IRA usaram meios violentos ilegais – que não subscrevo – para combater a violência legal e a ditadura democrática – que não subscrevo – do Estado. Ou seja, Thatcher e Felipe Gonzalez usaram o terrorismo de Estado – pouco preocupados com o sofrimento dos pais das vítimas – para calar os movimentos independentistas. As FARC ou os Sandinistas usaram a força – que não subscrevo - para reagir à força maior – que não subscrevo – de Governos fantoches e mandatados por forças ainda maiores. E não é por acaso que os Sandinistas foram eleitos. Ou que na Colômbia metade da população simpatiza com as FARC. É assim tão difícil compreender a diferença entre um palestiniano de 14 anos desesperado, sem pais, escola nem habitação, que mete umas bombas à cintura e um adolescente branco neo-nazi, com comida na mesa e estudos pagos, que se diverte a mandar uns hispânicos para a morgue? Os actos, mesmos lamentáveis e questionáveis, devem ser entendidos de acordo com os contextos em que ocorrem. De outra forma, caímos em interpretações simplistas e redutoras.

El Mariachi disse...

O Fidel faz a merda que faz (e fá-la) porque Cuba sofre um bloqueio económico decretado devido à recusa em compactuar com os EUA, sua máquina de guerra, sua política internacional sanguinária e sua exclavização económica. Se eu quiser arrancar uma sanguessuga da perna, sei que vou fazer sangue, mas menos do que faria se ela lá continuasse.
Pinochet fez a merda que fez (mais e pior) precisamente porque foi imposto (pela CIA) ao Chile depois do assassinato de Allende (pela CIA), o pai da outra. Como toda a América Latina (à excepção de Cuba), aquele país viu-se governado por um Igor, lacaio desse grande Frankenstein que é a América do Norte, que viu assim forma de perpetrar as mais pérfidas ofensas à integridade humana. Em nome de.......... ok!
Há livros sobre a matéria.
As organizações neo-nazis defendem o seu "território" de "invasores" que "minam" a instituição "Estado". "Roubam" emprego, não pagam segurança social e a pilinha a sete. Paneleirices, portanto!
A ETA e o IRA defendem a integridade de uma Nação (noção estritamente cutural e apolítica), sob a bandeira de valores como a cultura e língua. A ETA não quer um país. Quer o Basco. O IRA não quer a Irlanda do Norte. Quer ser parte integrante da Irlanda.
Não encontra diferenças? Volto a afirmar: Há muitas obras sobre o assunto que não os editoriais do José Manuel Fernandes e artigos do Pacheco Pereira.

Anónimo disse...

Pronto, acho que ja percebi, ninguem subscreve a violencia, mas uma desculpa-se e tenta-se disfarcar com embelezamentos e outra critica-se, uma violencia e pior do que outra, porque se for criada por causa, ou em reaccao, aos maus tem desculpa mas se for criada por outros ja nao tem. Sao maneiras de ver as coisas entao, ha quem por exemplo diga "O Fidel faz a merda que faz porque Cuba sofre um bloqueio económico" e outros dizem "Cuba sofre um bloqueio económico porque o Fidel faz a merda". Continuo e sem perceber como e que se distingue a dor e o sofrimento dos pais de uma vitima do Fidel, IRA ou ETA ou de uma vitima do Pinochet, Franco ou Salazar. Pelos vistos os pais de alguem que sofreu ou morreu as maos de ditadores ou terroristas so tem que pensar que uns e por causa do bloqueio, outros porque querem um Pais, outros mais disto ou daquilo....pensem nisso, ponham-se nessa situacao (os que conseguirem) e depois escrevam de novo que ha diferenca entre um ditador que oprime, tortura e mata e outro que oprime, tortura e mata. Se calhar tem razao devia ler mais alguma coisa sem ser os editoriais do JM Fernandes e os artigos do Pacheco Pereira...alguma sugestao? Talvez alguma revista assim para o povo, nada de elitismos SFF

Anónimo disse...

Meu caro,

Proponho antes outro exercício. Imagine-se que tinha vivido num dos seguintes cenários. E que o seu filho era uma das vítimas:

Argentina -- 1880 - Tropas americanas enviadas a Buenos Aires para proteger interesses económicos norte-americanos.

Chile - 1891 - Fuzileiros americanos enviados para esmagar rebeldes nacionalistas.

Haiti - 1891 - Tropas americanas suprimiram revolta de operários negros na ilha Navassa, reclamada pelos Estados Unidos.

Havaí - 1893 - Marinha americanaenviada para suprimir o reinado independente; Havaí anexada aos EUA
Nicarágua - 1894 – Tropas americanas ocuparam Bluefields, cidade no Mar do Caribe, durante um mês.

China - 1894-95 - Marinha, Exército e Fuzileiros americanos desembarcaram durante a guerra sino-japonesa.

Coréia - 1894-96 - Tropas americanas permaneceram em Seul durante a guerra.

Panamá - 1895 - Exército, Marinha e Fuzileiros Navais americanos desembarcaram no porto de Corinto.

China - 1894-1900 – Tropas americanas ocuparam a China durante a Rebelião Boxer.

Filipinas - 1898-1910 - Marinha e Exército americanos desembarcaram após a queda das Filipinas na guerra hispano-americana: 600-000 filipinos foram mortos.

Cuba - 1898-1902 – Tropas americanas sitiaram Cuba na guerra hispano-americana: os Estados Unidos mantêm soldados na base militar de Guantánamo até hoje.

Porto Rico - 1898-até o presente – Tropas americanas sitiaram Porto Rico na guerra hispano-americana e lá permanecem até hoje.

Nicarágua - 1898 - Fuzileiros Navais americanos invadem o porto de San Juan del Sur.

Samoa - 1899 - Tropas americanas desembarcaram em consequência de batalha pela sucessão no trono.

Panamá - 1901-14 - tropas americanas ocuparam a Zona do Canal desde 1901, quando teve início a construção do canal.

Honduras - 1903 - Fuzileiros Navais desembarcaram e intervieram na revolução.

República Dominicana - 1903-04 - Tropas invadiram para proteger interesses americanos durante revolução.

Coréia - 1904-05 - Fuzileiros Navais americanos desembarcaram durante a guerra russo-japonesa.

Cuba - 1906-09 – Tropas americanas desembarcaram durante as eleições.

Nicarágua - 1907 - Tropas invadiram americanas e impuseram um proctetorado.

Honduras - 1907 - Fuzileiros Navais americanos desembarcam
Panamá - 1908 - Fuzileiros Navais americanos enviados durante as eleições

Nicarágua - 1910 - Fuzileiros Navais americanos desembarcam pela 2.ª vez em Bluefields e Corinto.

Honduras - 1911 – Tropas americans enviadas para proteger interesses americanos durante guerra civil.

China - Marinha e tropes americans enviadas durante repetidos combates.

Cuba - 1912 - Tropas enviadas para proteger interesses americanos em Havana.

Panamá - 1912 - Fuzileiros Navais americanos ocupam o país durante as eleições.

Honduras - 1912 - Tropas enviadas para proteger interesses americanos.

Nicarágua - 1912-33 – Tropas americanas ocuparam o país e combateram guerrilheiros durante 20 anos de guerra civil.

México - 1913 - Marinha recolheu americanos durante revolução.

Rep. Dominicana - 1914 – Marinha americana luta contra rebeldes em Santo Domingo.

México - 1914-18 - Marinha e tropas intervêm contra nacionalistas.

Haiti - 1914-34 - Tropas americanas ocuparam Haiti após uma revolução e lá se mantiveram durante 19 anos.

Rep. Dominicana - 1916-24 - Fuzileiros Navais americanos ocupam o país durante oito anos.

Cuba - 1917-33 - Tropas americanas desembarcam e permanecem durante 16 anos; Cuba torna-se protectorado económico

Honduras - 1919 - Fuzileiros Navais americanos nas Honduras durante eleições.

Guatemala - 1920 – Tropas americanas ocupam o país por duas semanas durante greve operária.

Turquia - 1922 – Tropas americanas combatem nacionalistas em Smirna.

China - 1922-27 - Marinha e Exército americanos deslocados durante revolta nacionalista.

Honduras - 1924-25 – Tropas americanas desembarcam duas vezes durante eleições nacionais.

Panamá - 1925 - Tropas americanas enviadas para debelar greve geral.

China - 1927-34 - Fuzileiros Navais americanas ficam estacionados durante sete anos através do país.

El Salvador - 1932 - Navios de guerra americanos deslocados durante revolta FMLN comandada por Marti.

Grécia - 1947-49 - Operações dos Estados Unidos garantem vitória da extrema direita nas "eleições".

Filipinas - 1948-54 - CIA dirige guerra civil contra a revolta Filipino Huk.

Porto Rico - 1950 - Militares americanos ajudam a esmagar rebelião de independência em Ponce.

Guerra da Coréia - 1951-53 - Militares americanos intervêm na guerra.

Irão - 1953 - A CIA orquestrou a derrubada de Mossadegh, democraticamente eleito, e restaurou o Xá no poder.

Vietname - 1954 - Os Estados Unidos oferecem armas aos franceses na batalha contra Ho Chi Minh e o Vietminh.

Guatemala - 1954 - A CIA derruba Arbenz, democraticamente eleito, e impõe o Coronel Armas no governo.

Egipto - 1956 - Fuzileiros Navais americanos enviados para evacuar estrangeiros depois que Nasser nacionalizou o Canal de Suez.

Líbano - 1958 - Marinha Americana apoia o Exército de ocupação do Líbano durante sua guerra civil.

Panamá - 1958 - Tropas Americans desembarcam após demonstrações dos panamenhos ameaçando a Zona do Canal.

Vietname - 1950-75 - Guerra do Vietname.

Cuba - 1961 - A CIA dirigiu a invasão da Baía dos Porcos, com o objectivo de derrubar Fidel Castro.

Cuba - 1962 – Marinha americana isola Cuba durante a crise dos mísseis.

Laos - 1962 – Militares americanos ocupam Laos durante guerra civil contra guerrilhas do Pathet Lao.

Panamá 1964 – Tropas americanas enviadas e panamenhos mortos enquanto protestavam contra a presença americana na Zona do Canal.

Indonésia - 1965 - CIA orquestrou golpe militar.

Rep. Dominicana - 1965-66 – Tropas americanas enviadas durante eleição nacional.

Guatemala - 1966-67 – Boinas Verdes invadem o país.

Cambodja - 1969-75 – Militares americanos enviados depois de a guerra do Vietname se ter expandido para o Cambodia.

Oman - 1970 - Fuzileiros Navais americanos desembarcam preparando invasão ao Irão.

Laos - 1971-75 - Americanos bombardeiam a região rural durante guerra civil laociana.

Chile - 1973 - CIA orquestrou o golpe que matou o Presidente Allende, eleito democraticamente, e ajudou na instalação do regime militar sob o General Pinochet.

Angola - 1976-92 - CIA ajuda rebeldes da África do Sul na luta contra Angola marxista.

Líbia - 1981 - Caças americanos abateram dois caças líbios.

El Salvador - 1981-92 - CIA, tropas e assessores colaboram na luta contra a FMLN.

Nicarágua - 1981-90 - CIA e NSC dirigem a guerra contra os sandinistas.

Líbano - 1982-84 - Fuzileiros Navais ocuparam
Beirute durante a guerra civil. 241 fuzileiros foram mortos em atentado ao quartel americano; Reagan retirou suas tropas para o Mediterrâneo.

Honduras - 1983 - Tropas americanas enviadas para construiu bases em regiões próximas à fronteira.

Granada - 1983-84 - Invasão americana derrubou o governo Maurice Bishop.

Irão - 1984 - Caças americanos abatem dois aviões iranianos no Golfo Pérsico.

Líbia - 1986 - Aviões americanos bombardeiam alvos em Trípoli e cercanias.

Bolívia - 1986 - Exército americano ajuda tropas bolivianas em incursões nas áreas de cocaína.

Irão - 1987-88 - Estados Unidos intervêm ao lado do Iraque na guerra contra o Irão.

Líbia - 1989 - Marinha abate mais dois jatos líbios.

Ilhas Virgens - 1989 - Tropas desembarcam durante revolta popular.

Filipinas - 1989 - Força Aérea deu cobertura ao governo durante golpe.

Panamá - 1989-90 - 27.000 americanos desembarcam para destituir o Presidente Noriega; mais de 2.000 civis panamenhos mortos.

Libéria - 1990 - Tropas entraram no país para evacuar estrangeiros durante guerra civil.

Arábia Saudita - 1990-91 - Tropas americanas destacadas para a Arábia Saudita, que era base militar na guerra contra o Iraque.

Kuwait - 1991 - Tropas americanas intervieram no Kuwait para repelir Saddam Hussein. 
Mais de 130.000 iraquianos trucidados.

Somália - 1992-94 - Tropas ocupam o país durante guerra civil.

Bósnia - 1993-95 - Força Aérea Americana bombardeia a "zona proibida aos aviões" 
durante guerra civil na Jugoslávia.

Haiti - 1994-96 - Marinha e tropas americanas bloqueiam o país contra contra o governo militar do Haiti.
CIA restaurou Aristide no poder.

Zaire - 1996-97 - Fuzileiros Navais enviados à área dos campos de refugiados Hutus, onde a revolução congolesa começou.

Albânia - 1997 - Tropas deslocadas durante evacuação de estrangeiros.

Sudão - 1998 - Mísseis americanos destruíram centro industrial farmacêutico onde se supunha que componentes do "gás nervoso" eram fabricados.

Afeganistão - 1998 - Mísseis lançados contra supostos campos de treinamento de terroristas.

Iugoslávia - 1999 - Bombardeios e ataques com mísseis efectuados pelos Estados Unidos e NATO conjuntamente, durante onze semanas contra Milosevic; não é conhecido o número de inocentes massacrados.

Iraque - 1998-2001 - Mísseis lançados contra Bagdad e outras grandes cidades iraquianas durante quatro dias.
Jatos americanos patrulham a "zona proibida aos aviões" e prosseguem os ataques contra alvos iraquianos desde dezembro de 1998.

2004- 2006- Invasão do Iraque

(todos os dados já foram desclassificados pela CIA, logo não é preciso ser elitista nem intelectual para aceder aos mesmos)

O que faria, então, se o seu filho fosse uma das vítimas:
a) combatia os agressores integrando um grupo de guerrilha
b) entregava uma flor aos assassinos e cantava “Give Peace a Chance”
c) emigrava para os EUA para tentar uma vida melhor na Pizza Hut - e cagava para a morte do seu filho

Anónimo disse...

Aqui gosta-se e de copy paste, podias ter metido antes o link para o blog do Francisco Trindade, o tal que ao menos se assume como profundamente anti-capitalista. Este exercico proposto no comentario acima e no minimo redutor....vale o que vale, e trocando datas e nomes podia servir de argumento para o lado contrario....continuo sem perceber como e que a dor de uns e diferente da dos outros e alguns actos sao desculpaveis e outros assim assim, etc e tal....mas deixa estar, acho que depois do comentario anterior ja comeco a ver a luz ao fundo do tunel.

Anónimo disse...

Nenuco, conseguiste aqui resumir em 3 minutos o que 50 livros de História não conseguiram, nem vão conseguir, explicar em todo o ensino, desde o básico à faculdade. Boa, pá!

Anónimo disse...

Qual lado contrário? O lado das populações oprimidas, expoliadas, violentadas e que, em desespero, recorrem como podem para se defender. Não é uma questão de marxismo versus capitalismo. É uma questão de poder e de abuso do mesmo. Sim os sandinistas e as farc matam pessoas, infelizmente. Mas é uma reacção aos massacres perpetrados por terroristas de Estado. Sim, existem muitos párias e escroques nos sandinistas e nas farc. Mas existe também muita gente que integra as guerrilhas como resposta ao poder omnipresente de Washignton e dos governos fantoche. Veja o caso dos índios de Chiapas. Apesar de se terem manifestarem pacificamente, estão na agenda da CIA. Podemos ir para o "outro lado se quiser". Os tibetanos e o Dalai Lama protestaram sme recurso à violência e foram massacrados. À esquerda e à direita há abusos de poder. E às populações, em agonia, muitas vezes só lhe resta um cinto de bombas. Não compreender a revolta de um puto com fome e sem família que se faz explodir contra um militar inimigo é não compreender as razões deste circo

El Mariachi disse...

...onde os palhaços ricos são cada vez menos, mas proporcionalmente mais Filhos de uma Granda Kenga!

lidia disse...

Chiça!

Anónimo disse...

continuas a passar-te pelo que nao es e a pregar o que soa bem, deve ser MODa, critica barata aos alvos faceis do costume, olhar para dentro e que nao? se fosses coerente..., mas pronto continuas a convencer uns quantos e pelo caminho convesces-te a ti tambem, soldadinho do imperio do mal que criticas, igual ao "sensei" da revista. Deixa estar devo estar maluco, ja apaguei a luz e vou fechar a porta. Ciao.

El Mariachi disse...

Escusas de apagar a luz...
Estiveste sempre, no decorrer de dois posts e muitos comments, abrigado pela escuridão do anonimato!

Anónimo disse...

Este Post deu tanta discussão porque o MEC se converteu ao JUDAÍSMO.. Não há paz possível quando se fala dessa gente!!!

Anónimo disse...

Paz à sua alma!