(depois achei que não valia a pena)
À Exm.ª Sr.ª D.ª Ester Muznik faltam-lhe apenas as torcidas de cabelo no lugar das patilhas (ou não, se destinadas a atestar ortodoxia) e algum (muito, desculpem), TINO! Mas já estamos habituados. Ao jornal PÚBLICO já faltou muito mais para ser tendencioso! A edição de Sexta, dia 11 de Agosto, é uma parade de fascistas (afinal, quando é o mentor Bush que debita o termo, todo o uso leviano do mesmo passa a ser permitido). Vejamos... O Sr. José Manuel Fernandes regurgita no seu editorial um Código Da Vinci mal escamado, no rescaldo da leitura de um tal Bernard Lewis, estudioso do Islão, que me parece bem mais demente que o Chomsky. Fica-se à espera de um 22 de Agosto catastrófico, mediante uma lógica muito semelhante à daqueles e-mails que, ao recebermos, apagamos instintivamente para resmungar entredentes, em relação ao remetente: "coitado, o trabalho está a deixá-lo louco"! Não é o caso do director do PÚBLICO! Mas um editorial por dia é obra, convenhamos, e há que ter assunto. Chamo a especial atenção para o aviso em relação a Ahmadinejad, o Presidente do Irão, que já por várias vezes alertou o seu povo para estar preparado para o regresso do 12º Imã, Mahdi, o que deverá acontecer num período "de grande confusão, guerra e caos", para dar o triunfo aos muçulmanos! Faltou concluir que, ao realizar-se a profecia, agradeça-se a Israel, sem a qual não haveria guerra e caos e, logo, condições para a vinda do "malvado" Imã! Parece-me também faltar ao panorama jornalístico mundial um profissional que tente, de uma vez por todas, esclarecer "a vinda do messias" judeu, com declarações de um Rabi. Sabe-se apenas que ainda não veio mas que não deve tardar! Para fazer o quê? Acabar com os muçulmanos? Terá alguma coisa que ver com o Sionismo de Theodore Herzl, o último "profeta" não religioso judeu? Menos mal! Pior é a opinião de Constança Cunha e Sá, um manifesto escrito em português com pronúncia do Mississipi (e sim, isto é uma referência ao Ku Klux Klan). São tantas as balelas e tão basto o desplante com que são redigidas que só vale a pena transcrever a primeira e a última ideias: "É fácil responsabilizar os Estados Unidos por todos os desastres que ocorrem no mundo". Não, minha senhora! Mas se fosse fácil negá-lo, não precisaria de 5.000 caracteres para o fazer, certo? E ainda: "O conflito no Médio Oriente, ao contrário do que se diz por aí, diz-nos directamente respeito e, mais cedo ou mais tarde, chegará à nossa porta". Tem razão! E se os aviões israelitas continuarem a pousar nas Lajes e as opiniões nos jornais tiverem o mesmo teor das suas, é num ápice!
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