1. Não me lembro de ter havido um ano em que os Óscares não tivessem sido enxovalhados neste mui democrático espaço da blogosfera. Não me lembro, reitero. Porque pode muito bem ter acontecido. Como quase ia acontecendo neste Ano de Nosso Senhor Jesus Pacheco Abafa-o-Cavaco Pereira Cristo de 2011!
2. Assumo padecer de masoquismo. Uma espécie muito particular mas, ainda assim, masoquismo. Do flagrante. Sempre que, num serão de zapping, apanho os "Malucos do Riso", "O Prédio do Vasco" ou o "Maré Alta", fico por ali. Não nutro por nenhuma destas séries qualquer espécie de agrado, simpatia ou sequer pena. O que me leva a ficar de olhos bem fixos no ecrã é, unicamente, a vã esperança de ver no próximo sketch alguma piada. Não mais que no sketch anterior. Piada, só. Um mínimo histórico de piada. Capaz de puxar, sei lá, um sorriso, que seja, vá. Ou uma expressão facial qualquer que não seja o mero franzir de um sobrolho.
Naturalmente, chego ao genérico final com o estômago num nó de mareante. Uma vontade de me entregar ao álcool de corpo e alma. À heroína, se tal for preciso. Desde que uma voz me sussurre ao ouvido "Se deres no cavalo a ficção humorística nacional melhorará 0,1%", eu juro que o faço. Não é possível que sejamos assim tão maus. Não é possível que, sketch após sketch, ano após ano, definhemos.
3. Numa perspectiva muito semelhante, continuo sem perceber o que leva as pessoas a continuar a assistir à cerimónia dos Óscares.
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