Agora que tenho um...
... vou vender a minha colecção de...
. 137 K7's 90min com 2 álbuns cada (1 álbum por cada lado)
. 62 K7's 60min com 1 álbum gravado a partir de vinil (cada lado no respectivo)
. Todas CHROME (não há FERRO nem NORMAL)
. Caixas personalizadas
. Forneço listagem mediante pedido
quarta-feira, janeiro 27, 2010
segunda-feira, janeiro 25, 2010
El Mariachi Attenborough dIAZ's REPORT n.º 2.682
quarta-feira, janeiro 13, 2010
Revelations of dIAZ, the Elder
Levo há demasiados anos com estórias, fábulas e mitos dos eremitas, aqueles tontinhos — ou sociopatas? — que escalam a montanha para, ao fim de alguns dias, meses ou anos, depende da disponibilidade da dIVINA pRO-vIDÊNCIA, terem uma rE-vElAÇÃO, para achar que seria diferente. As circunstâncias em que a minha se deu, foram, no entanto, bizarras, não na medida em que não tenham sido no topo da montanha, mas apenas porque, apesar da ausência de luzes e vozes cavernosas provenientes das nuvens, fui apanhado de surpresa e, como todos os que já tenham sido, de uma ou outra forma, surpreendidos nesta vida, sabem, a surpresa veste em tons galhardos. Ora pois que dIAZ regressava ao hotel depois de um dia inteiro passado num ambiente que não era o seu, com -15ºC, muita neve, pinheiros que parecem araucárias e araucárias que parecem pinheiros, vinho quente para aquecer e mulheres bonitas — isto é, talvez, o primeiro momento de bizarria do dia, já que estou habituado a que as mulheres da montanha tenham sempre bigode — e, já no quarto, com nenhum outro desejo — apesar das mulheres bonitas e sem bigode — que tomar um banhinho checo e sentar-se à lareira com um Bruichladdich Cherry Edition 1992, tira o gorro em frente a um espelho. Perco, por momentos, a força nas perninhas. Poderá ser de nunca usar gorro ou de usar, há anos demais, o penteadinho à Playmobil, mas... nunca havia reparado! E, contudo, ali estavam elas, como que propositadamente escondidas durante anos só para que pudessem crescer mais ainda e, só então, ver a minha cara de pânico, de horror, de quem percebe que a inexorável ruína já tomou conta do futuro e esse, fideputa, não é nada promissor... ENTRADAS! O dIAZ, do cabelo à chinês, o pânico das tesouras das cabeleireiras que, posso asseverar, vão ao amolador da bicicleta e da cantilena com a flauta de pã, que pergunta Atão... outra vez? ainda ontem... e elas respondem, cabisbaixas, Eu sei... mas o dIAZ foi ontem ao salão e... o dIAZ, o do remoínho no cocuruto, o das patilhas a atirar pá suíça, tem ENTRADAS!!! Pensei, imediatamente, e ainda lívido a atirar para o esverdeado, no quão idiota poderia ter sido, ignorando, dia, após dia, os óbvios sinais, como o corno que não estranha as sistemáticas recusas para sexo à bruta por parte da esposa e, um dia, repara que ela tem uma depilação "especial" da qual nunca lhe foi dada a hipótese de usufruir. Mesmo que não à bruta.
Se continua o dIAZ a ter uma cabeleira digna de um Bruce Lee, como é possível continuar a sacar, do ralo da banheira, e numa base diária, um novelo? Que estúpido fui! É a queda de um mito. Seguem-se outras... na vertical, aposto!
Se continua o dIAZ a ter uma cabeleira digna de um Bruce Lee, como é possível continuar a sacar, do ralo da banheira, e numa base diária, um novelo? Que estúpido fui! É a queda de um mito. Seguem-se outras... na vertical, aposto!
terça-feira, janeiro 12, 2010
Um post despiciendo como poucos
Ainda que a melhor maneira de caminhar por Lisboa seja a olhar para cima e se bem que a Calçada da Palma de Baixo desemboque num dos muros do Zoo, não há razões para que, ao descê-la, vejamos uma águia a cruzar os céus. Não o céu cimeiro, que permitiria ilusões de óptica e subsequentes dúvidas ou mesmo enganos, mas aquele que está logo ali, depois do quarto andar dos prédios do lado direito de quem desce. Em clássico planar, estático abrir de asas, as penas nas extremidades das asas abertas como que dedos de mãos, cabeça quase omissa, a cauda direccionando o corpo, ainda pensei que pudesse ser um corvo ou uma gralha, enfim, sei que o aeroporto da Portela tem milhafres para controlar a população de coelhos, falcões peneireiros existem, por aqui, aos magotes, mas águias, por dEUZ, o descrédito em mim ou, vá, a dúvida nas minhas capacidades de ornitólogo amador... Mas, se dúvidas houvessem, era ver o reboliço dos pombos e dos pardalecos cá em baixo, alarmados pela presença do rapace, ai a minha vida que não chego à galadela da Primavera...
quinta-feira, janeiro 07, 2010
Exercício dos Diversos Falarejares Lusos OU Hoje Apetece-me Gabar os Meus Amigos
António Carlos Pinto Parreira é gerondo. Mas, longe de ser amigo de tabaco, como diria Leão, sobrinho de Cavalinho das Éguas, é do pêto. Da casa. Gosto. Mêmo. Lembrê-me dele na mais que ontem nem menos que amanhã, até porque o magano na me desampara a loja mesmo em querendo. Amigo, poje. E onté, ao invés d'ir a ganhar o soldo, folgou para ir à da mãe. Suponho que, sabendo-o, Ti Olga tenha fêto, cumó costume, uma sopinha de cação e um franguinho corado. Talvez não, porque, em Janeiro, o cação é amargoso. Sopinha da panela, atão. E, já estou a veri, à recusa de repetir 3.ª vez, a mulher com mais pêlo na venta que conheci largou um Aaaahhhhh na qués lá ver se t'orieeeeentas, meio a cantar, mas não tanto como os libatos, ou calipolenses, para quem na sabe, cumó maricas do Portas.
Frederico Almeida, beirão de Ranhadoj, ali prójláds de Foz Côa, menino proporcionalmente generojo e humilde, o clássico Boum Home de que não se ouve falar dejde o período clássico da literatura, fez panelinha com o outro e, sem que os belgas saibam, não lhe cortará a féria pela ausência. Até porque tal falta num é porque tá boum pa ir ó rio ou vendimar o morangueiro. É coijas lá da terra dele, poijatão...
Parrêra canta, com Janita, Festas, Domingos e outros tantos, no Grupo dos Cantadores do Redondo. Encontro na de Zezinho, qu'é Plátano, no Largo do Tribunal, onde ainda deve arder o madêro, mini aqui, branquinho ali, tinto ali aléim, quêjinho cortado à navalhinha, panito qué do melhor que há pá Serra d'Ossa e daí se segue: São chegados os trê rêis e coiso e tal, má ô méns como no Sul, talvez o Maior Disco Português de Final do Século passado. Poucos conhecem. Pior! Desde q'o conheço que na falta aos Reis, ou as Janêras, ou lá o que é isso maizáquela segunda-fêra a seguir à Páscoa em que vai tudo acampári...
Entretanto, Maria João Matos e Gonçalo Santos, Bairro da Madredeus uma, do Chile o outro, esperam, assim, coiso, prontsh, pela chegada do mnín. Ódespois agente shpéra qué pa vê s'êlsh, tip', aparécem mais vêzsh, ó camândru! Já cu sacana do puto não quis meter os bútsh cá fora, típ, no dia 3 de Janeiro cuméra o cum gáij q'ria!
Marco Santos e Patrícia Grancho, Bombarral olé olé, estão arredadôs dos assuntôs das estufás de pêra rochá mandadás abaixô pelo temporélle, majeeeeee aguardam maij pela chegadá da proxaine dáte de ida a Paris une autre fois do que pelo retornô de Marcô ao seu lieu de travaille. Especialmente o Marcô, hã?
Marlene, que não se deixa ver, ó c......o, é que ninguém sabe onde anda mais à p.....a que pariu esta m...a toda, f.....-se! Como se o Barreiro fosse em Santa C.....a dos Assobios e um gajo ainda tivesse que pagar não sei quanto na p....a da auto-estrada maizó c......o do IC23, ó qué qué aquela m....a pá ir buscar, ó c......o!
Claudette Soares não se lhe aplica assim muito que se possa dizer, a não ser referir que isto está a ser escrito com um sorriso de mostrar os 36 dentes e, ao fim, remata-se com um Óóóóó! Que Q'riiiiido!
E era isto. Um 2010 com todos eles, desejo-o para mim. Porque os estranhos amores também o são. E laços que não se quebram, daqueles que vêm com qualidades e defeitos, boas e más disposições, full extras mas, ainda assim, se desejam (como o Zé Tunning que compra um Tigra e não lhe tira o Ailleron porque até fica giro), não é para todos. É para nós. E eles, todos eles, sabem-no bem! E gostam. É o que me vale! Às vezes... Que nunca serão tantas como as que desejaria!
Frederico Almeida, beirão de Ranhadoj, ali prójláds de Foz Côa, menino proporcionalmente generojo e humilde, o clássico Boum Home de que não se ouve falar dejde o período clássico da literatura, fez panelinha com o outro e, sem que os belgas saibam, não lhe cortará a féria pela ausência. Até porque tal falta num é porque tá boum pa ir ó rio ou vendimar o morangueiro. É coijas lá da terra dele, poijatão...
Parrêra canta, com Janita, Festas, Domingos e outros tantos, no Grupo dos Cantadores do Redondo. Encontro na de Zezinho, qu'é Plátano, no Largo do Tribunal, onde ainda deve arder o madêro, mini aqui, branquinho ali, tinto ali aléim, quêjinho cortado à navalhinha, panito qué do melhor que há pá Serra d'Ossa e daí se segue: São chegados os trê rêis e coiso e tal, má ô méns como no Sul, talvez o Maior Disco Português de Final do Século passado. Poucos conhecem. Pior! Desde q'o conheço que na falta aos Reis, ou as Janêras, ou lá o que é isso maizáquela segunda-fêra a seguir à Páscoa em que vai tudo acampári...
Entretanto, Maria João Matos e Gonçalo Santos, Bairro da Madredeus uma, do Chile o outro, esperam, assim, coiso, prontsh, pela chegada do mnín. Ódespois agente shpéra qué pa vê s'êlsh, tip', aparécem mais vêzsh, ó camândru! Já cu sacana do puto não quis meter os bútsh cá fora, típ, no dia 3 de Janeiro cuméra o cum gáij q'ria!
Marco Santos e Patrícia Grancho, Bombarral olé olé, estão arredadôs dos assuntôs das estufás de pêra rochá mandadás abaixô pelo temporélle, majeeeeee aguardam maij pela chegadá da proxaine dáte de ida a Paris une autre fois do que pelo retornô de Marcô ao seu lieu de travaille. Especialmente o Marcô, hã?
Marlene, que não se deixa ver, ó c......o, é que ninguém sabe onde anda mais à p.....a que pariu esta m...a toda, f.....-se! Como se o Barreiro fosse em Santa C.....a dos Assobios e um gajo ainda tivesse que pagar não sei quanto na p....a da auto-estrada maizó c......o do IC23, ó qué qué aquela m....a pá ir buscar, ó c......o!
Claudette Soares não se lhe aplica assim muito que se possa dizer, a não ser referir que isto está a ser escrito com um sorriso de mostrar os 36 dentes e, ao fim, remata-se com um Óóóóó! Que Q'riiiiido!
E era isto. Um 2010 com todos eles, desejo-o para mim. Porque os estranhos amores também o são. E laços que não se quebram, daqueles que vêm com qualidades e defeitos, boas e más disposições, full extras mas, ainda assim, se desejam (como o Zé Tunning que compra um Tigra e não lhe tira o Ailleron porque até fica giro), não é para todos. É para nós. E eles, todos eles, sabem-no bem! E gostam. É o que me vale! Às vezes... Que nunca serão tantas como as que desejaria!
segunda-feira, janeiro 04, 2010
Um Adeus Português à Mulher do Mundo...
Je remercie ton corps
De m’avoir attendue
Il a fallu que je me perde
Pour arriver jusqu’à toi
Je remercie tes bras
D’avoir pu m’atteindre
Il a fallu que je m’éloigne
Pour arriver jusqu’à toi
Je remercie tes mains
D’avoir pu me supporter
Il a fallu que je brûle
Pour arriver jusqu’à toi
E agora? A quem entregar, de mão beijada por ti, esse arrepio na espinha de te ouvir? Lembrar-me de como, naquela primeira fila da Aula Magna, ouvi estas mesmas palavras imaginando que seriam para mim, porque me olhaste algumas vezes, esses teus olhos tão pequenos de verem tudo em grande, de chorarem belezas. Sorriste, porém, sempre. E a tua voz máscula escondendo tanta fragilidade, mulher do mundo de pés assentes num qualquer pueblo mexicano. Erguias as mãos e abrias os dedos, agarrando a luz que ficava mais sobre ti que sobre aquela lá atrás, com um violoncelo entre as pernas, em bicos de pés descalços como os teus. Abracei-te, a partir de então, em todo o lado, sempre que pude. Senti-te dores, alegrias, bebi-te em todas as notas e deixei que o arrepio demorasse quase tanto como quando te tive ali, a cantar como que só para mim. Quando descias a ti mesma em transe, subia eu como à própria vida. Sobe agora tu. Como sempre imaginei. Não desta forma, que me deixa mais pobre de ti, que é fome da má!
Até sempre, Lhasa...
Kitzbühel, Tirol, Áustria, Dezembro de 2009 - Uma visão à dIAZ em 3 estórias e um iôdelêi iôdelêi iôdelêíhú - Estória Número TRÊS
Maria é uma portuguesa clássica. Do Porto. Não clássica por ser do Porto, mas por ter ficado, há quinze anos atrás, deslumbrada com o que vem de fora, uma estrangeirada, portanto, possuidora, também ela, daquele minúsculo Eça de Queirós que todos temos dentro. O meu está mais ou menos no intestino grosso, sempre pronto a evacuar tudo o que seja plágio Marcel Proustiano só porque este era françês e tudo o que vem dA Fransha era bom, síndrome que dura ainda hoje em letárgica ressaca pós-bidonville. Correu Maria atrás desse alemão e, num ai, estava nessa Hamburgo onde, curiosamente, ninguém consegue perceber qual a origem da palavra Hamburger, porque não têm, em toda a sua gastronomia, um exemplo que seja portador de carne picada na sua confeccção! Mas têm muitos restaurantes (de peixe) nas mãos de portugueses, que estão, talvez por isso, no topo da hierarquia cool e hip da cidade. Foi, assim, fáci a Maria imiscuir-se num lugar que não era o seu, embevecida de amor à prova do frio vento que antecede os nevões de Inverno. A vida foi correndo, dias embalados por saudades da família, noites despertas por festas no cume da cadeia social e sexo sem barreiras, até que o destinatário de tal entrega, criança estragada de tanto mimo como só a pré-mamã portuguesa sabe dar (depois de parir torna-se uma velhaca como todas as outras), decidiu mudar-se para Kitzbühel. Maria foi, como sempre, atrás. Esta era a vida que pedira para si. Amor cego e incondicional, nomadismo, gitana paixão, se tal fosse preciso, e foi. A portuguesinha clássica caiu no fundo poço da clássica tragicomédia que é o Foi Bom Enquanto Durou Mas Agora Vou Ali Só Comprar Cigarros... Maria viu-se, então, sozinha, aperto no peito no nesse vale das sombras que, convenhamos, quase todos nós já visitámos e, para quem ainda não, tenho novidades: Amanhã também é dia. Mas, tão subitamente como tudo começara, a tuguinha acordou um dia para reparar que este vale era, afinal, um prodígio. Uma falha entre os Alpes por onde a luz só entrava durante poucas horas por dia, mas isso é só porque o Sol não faz falta nos lugares onde a luz é outra. Maria virou montesa e, hoje em dia, tem uma loja de jóias na rua principal de Kitzbühel. Não se imagina a regressar a Portugal. Demasiado soalheiro, diz, de largo sorriso que me faz compreender porque terá o tal moço feito promessas. Depois toca ao de leve num pendente da montra, os finos dedos como pequenas esculturas, unhas curtas, uniformes, brilhantes, e não consigo perceber porque não terá o moço cumprido os votos. Pergunto-lhe, em todo o meu despudor, se não haverão, afinal, males que vêm por bem. Mas é claro! Sou feliz, agora. Aprendi muito cedo que não se pode confiar nos loiros. Nunca mais o fiz. E nunca mais estive triste!
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