Ontem, fui obrigado a deslocar-me até Castelo Branco.
Escola c+s Amato Lusitano.
Eis um registo de quem, por gozo do destino, cresceu para se tornar um gajo observador:
1. A partir de Tomar, esteva. Abre-se a janela. O cheiro.
2. Outro cheiro... o de uma escola, estranhamente activo para quem já não entrava num edifício deste género há... muito tempo!
3. As tribos... Continuam a haver os marrões, os que têm a mania que são "muita malucos", os desportistas, os rebeldes, os butchas, os caninas e, claro, as populares, que se Castelo Branco fosse White Castle nos Estates, seriam as cheerleaders. Adstrito a isto, acrescente-se o facto da acne ser um fenómeno em franca extinção!
4. Comprovo a noção com que tinha ficado há uns anos, quando tinha aqui estado: há uma ligeira pronúncia açoriana por aqui.
5. A globalização trouxe muito mais que apenas a internet. Já não há província, no verdadeiro sentido do termo. As aparências são iguais, os interesses também, à excepção da distinção que eu sempre fiz por ser caparicano: ou se tem praia ou não! Mas isto sou eu! De resto, senti dificuldades em encontrar produtos regionais porque os putos querem é McDonalds e os da minha idade querem é Cª das Sandes e, em casa, ultracongelados da 4Salti (desconheço se a Bimbi já é tema de conversa entre escritorárias das repartições albicastrenses). Vi-me forçado a perguntar a velhotes, que partem sempre do princípio que um gajo é da ASAE e que vai fechar a rouparia onde eles vão buscar aquele repasto esverdeado e a cheirar a pé de gaja heavy metal com as mesmas Doc Martens desde os 16! Desconfio que já nem aqui se encontrarão os saudosos matagais, caracóis e tudo, por baixo das peças da última colecção da Women's Secret que estão por baixo da calça Pepe Jeans que estão por baixo do casaco vermelho da Mango, ou Lanidor, ou Miss Sixty!
6. Pela primeira vez, é-me dado o privilégio de beber um café no bar dos professores. E fumar um cigarro sem ser ameaçado de morte pelo contínuo. Descubro, paralelamente, que a mochila que carrego me permite passar por estudante...
... do 12º...
... à noite, pronto!
11 comentários:
Adoro Castelo Branco. Pertenço a uma família albicastrense (de ambos os lados) e acho ridículo achares o sotaque parecido com o dos Açores.
Os produtos regionais encontram-se um bocadinho mais para o interior: Idanha-a-Nova, Proença-a-Velha, Monsanto, etc...
E o André sardet?
O André Sardet também acha que há sotaque terceirense por ali e, principalmente, em Niza e Póvoa e Meadas!
Sorry, baby!
O andré sardet é ridículo e fala na língua dos jotas! Por isso devia ficar caladinho.
Niza é alto alentejo e aí falam de uma forma completamente diferente de Castelo Branco.
Mas o que raio tem o André Sardet e a escola secundária de Castelo Branco a ver com o teu trabalho?!
Já foste aos Açores?
Não.
Ganhaste.
Yeeeeeeessssssssssssss!!!!
I'm The Champion!!!
Tutuuuuu tu tu tu ttttuuuuttuuuuu!!!!!
Toma! Embrulha!
Fónix! Isto soube bem, pá!
Mariachi, já foste a Amesterdão?
eu já!
Por acaso não!
Faz-me espécie essa cena de ir a um sítio pra fumar brocas quando um gajo tem aqui o Paúl do Boquilobo e o Portinho da Arrábida!
Epá, pois...Mais uma vez ganhaste.
Essas cenas só são giras no Portinho da Arrábida ou então no cucuruto de Àfrica naqueles sítios onde só 3 ou 4 europeus puseram os pés.
Mas acho, não tenho a certeza...contaram-me que fumar uma broca na ilha terceira é tipo um sonho....
bestial... não m canso de dizer q é da etiqueta...
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