quarta-feira, fevereiro 28, 2007

O meu Ídolo, como quando tinha 16


Quero aqui, primeiramente, desmistificar um mito (passe, quem quiser, que eu não, a redundância). Supostamente, andei a educar musicalmente uma saloínha. É mentira. De tal dimensão que, certo dia, a miúda foi buscar os justos trocos que o Edifício Que Encandeia os Utentes do IC19 lhe devia e esticou-me um disco para a mão, capa branca, uma espécie de feiticeiro com cartola preta que afasta um mar puramente gráfico, que se confunde, inclusivamente, com o céu.
Ouvi...
Agora não consigo ouvir outra coisa. Sim, sou parcial porque tenho nos Radiohead muito mais que recordações de faculdade e sessões de sexo desajeitado. Porque negaram, sempre, o lugar comum do "primeiro álbum", tendo conhecido o pico da genialidade, quanto a mim, no OK Computer, O álbum dos 90. Porque o génio dos garotos sempre foi muito além da música, com vídeos que eram curtas e curtas que eram obras de arte. Porque os libretos com as letras, no interior do cd, eram sempre um Moleskine do Thom Yorke. Porque o Thom Yorke é o meu ídolo à sweet sixteen e mais ainda no The Eraser. A coisa transcende o tempo e a própria criatividade do homem que, a mim, nada tem a provar. Quando se julga que a cacofonia é o único fim, nasce do caos um ou outro clamor tão harmonioso que não se quer que acabe. Como se a voz não fosse suficiente para socorrer qualquer ranger de faca a cortar esferovite, há mil e um outros meios de salvamento, um fogo de artifício de sons, plins e pings, um ano novo chinês à escala do universo. É ouvir música sóbrio sob o efeito do melhor mdma, é querer matar à paulada toda a mediocridade do mundo!

27 comentários:

Anónimo disse...

ai diaz, diaz... nem sei o que te diga.

Zorze Zorzinelis disse...

Não acho, de todo(!), que o pico de genialidade dos Radiohead tenha sido com o OK Computer; se reparares, acredito que os fãs da banda (como eu e tu e mais uns quantos milhões) estão divididos entre esse álbum e o The Bends. Quanto a mim, o The Bends está precisamente ao mesmo nível de genialidade - sinceramente, gosto mais desse do que o OK Computer. Quanto ao Thom York, e não avançando um comentário muito grosseiro, acredito, muito sinceramente, que ninguém ouve, sente (ou sabe sentir!) a música da mesma forma. Como tal, atreveria-me a dizer que o Thom é um tipo muito especial e nem todas as pessoas que o ouvem conseguem ver florescer em si as mais profundas emoções.

Anónimo disse...

Até porque, tendo sido ele próprio que desenhou a capa, vê-se logo que não tem sensibilidade artística nenhuma...

Anónimo disse...

Começou...

Toni Rebel

Anónimo disse...

Começou o quê, ó Manel do Rosmaninho?

Anónimo disse...

I'm touched!! Eu bem te disse que os discípulos acabam sempre por superar os mestres.
O álbum The Eraser não é fácil de ouvir, mas é genial. Não fosse a Five Stars ter ficado com ele durante 5 meses, e eu teria ouvido o cd mais vezes.

Anónimo disse...

Amigo Zorzel...
O The Bends foi uma afirmação. Excelente, autêntico... Rock puro e duro que lhes permitiu passar por cima, a pairar, bem sei, sobre a definição de BritPop que, na altura, ensacava Oasis com Blur, Pulp com Suede, tudo ao molho...
O OK Computer traz consigo um granda par de tomates que é, pela primeira vez, introduzir electrónica na sonoridade da banda (desde aí, não mais pararam com isto), correndo o risco de romper com os próprios fãs. Sem medos. É isto que é "não ser comercial", o estar-se a cagar para o lucro que pode daí advir. Comercialmente, foi um risco. E isso, nos dias de hoje, é d'Homem! Resultado: Algo completamente diferente do que se fazia! O The Bends, apesar de MUITO BOM, não rompeu malhas, não deu "uma nova dimensão do rock". O OK Computer abriu um precedente do caneco, estilo a definição de música do Armstrong: "Só há dois tipos de música: a boa e a má".

Anónimo disse...

Espalha, aproveito para desmistificar o mito previamente desmistificado. Apesar de andarem a dizer que alguém andou a dizer que eras saloinha (as virilhites devem atrapalhar a leitura...), tenho de dizer-te outra vez que és mesmo fofinha pá!

Zorze Zorzinelis disse...

Acho que estás a confundir o discurso, amigo Diaz; não quererás dizer Kid A? Embora também se aplique - não em tão grande escala - a tua opinião. O OK Computer nunca foi um álbum preparado para filtrar os fãs - acho que não. Isso passou-se, na minha opinião, com o Kid A.

Anónimo disse...

I'm touched, again!

Anónimo disse...

Ó espalha... a fífias é mesmo assim... anda muito atarefada a educar as pessoas a andar de leggins e depois esquece-se dos cd's!

Ó Bambes... a miúda é da Malveira, não é porque ande com meias de crochet por cima dos pêlos das pernas e de canastra à tola a gritar, de mão à cintura: "olhó pão de Mafra"!

Anónimo disse...

Também, ó zorze... mas analisa lá a discografia e vê lá onde foi a primeira introdução de electrónica. E depois vê onde foi MESMO a GRANDE introdução de electrónica e, pronto, aí sim, Kid A. Mas acho que não foi para filtrar fãs. Foi um bocado "quem gosta gosta, quem não gosta vá ver os Gift à Olga Cadaval".

Anónimo disse...

Uma saloinha tontinha fofinha

Anónimo disse...

Vamos lá a desmistificar outros mitos (???). Eu não SOU da Malveira. Eu MORO em Mafra, são coisas diferentes, apesar de próximas. A distância Mafra/Lisboa é a mesma, mais coisa menos coisa, que o percurso Charneca DE Caparica/Lisboa.
Mariachi, tenho a dizer-te que as raparigas daquelas zonas não têm pêlos nas pernas nem buço, nem andam a vender pão de Mafra em canastras. Existem padarias, sabes... Acho que passas demasiado tempo na Margem Sul. Precisas de alargar horizontes, pá! E comprovar, com os teus olhos, que a Margem Norte não tem só saloias.

Zorze Zorzinelis disse...

Gostei do:

"Foi um bocado 'quem gosta gosta, quem não gosta vá ver os Gift à Olga Cadaval'"

Nunca me lembraria de nada tão criativo e, ao mesmo tempo, demente!

Anónimo disse...

Por falar em demente... postas ou postas?

Anónimo disse...

Eu preciso é de passar MAIS tempo na Margem Sul, isso é que é, que só lá ando a ir pa dormir. Mas, quando o fizer, nem saio de casa... sabes porquê? Porque tenho lá uns livrinhos de geografia portuguesa onde está, preto no branco, que de Sintra ao Bombarral é ZONA SALOIA!!!
Passei quatro anos enterrado em Ranhecas e os únicos humanos que via estavam no feira nova de Rio de Mouro e GARANTO-TE: As saloias TÊM pêlos nas pernas e Bigode de camionista!!! Agora lá prá Artilharia Um não sei...

Anónimo disse...

Se eu quisesse dizer que tu eras da Malveira, tinha dito que eras MALVEIRONA!

Anónimo disse...

Já te disse: Não deixes o puto ver televisão!!! Ai que eu chateio-me, e à séria!!!!

Anónimo disse...

Olha, Mariachi,
Tenho a dizer que:
continuo a ter muita pena de não poder ler esta literatura em Ranhocas!

Anónimo disse...

Ranhocas é um sítio especial... dali, não entras em qualquer blogue!

Anónimo disse...

ai diaz, diaz, estás com dificuldade em matar o pai?

Anónimo disse...

hã?

Anónimo disse...

eu levo-te uma infografia do ronnie venâncio para te explicar

Anónimo disse...

eu levo-te uma infografia do ronnie venâncio para te explicar

Anónimo disse...

Isso. Leva a infografia duas vezes, porque o Diaz pode não perceber a coisa à primeira...

Anónimo disse...

Ronnie Venâncio....loooooollllllll

Este nome mata-me....não consigo explicar...!