Fui teenager.
Logo, venerei a escrita do Miguel Esteves Cardoso.
Ao som dos Pixies devorei as crónicas d'O Independente e regurgitei-as mais tarde, compiladas n' "Os Meus Problemas", da Assírio, ao som do WorstCaseScenario dos dEUS. Ri A Bandeiras Despregadas (RBD e não LOL) com o Factor SPAC e com o taxista apressado que ao ver o coxo a demorar tanto na passadeira debitava: "Tenho um irmão na Suiça e lá matam-nos logo à nascença". O MEC era engraçado!
Entretanto, amadureci! E vi ontem à noite, na RTP Memória, uma irrepetível "Conversa Vadia" com o Prof. Agostinho da Silva, entrevistado este por um MEC impúbere e tão recheadinho de soberba como uma morcela de colesterol! As perguntas rasavam o idiótico, as observações eram tão despropositadas como um sessão de sexo em cima de um urinol público entupido, as simples interjeições infantis e chegou-se ao ponto de apenas faltar ali um "mas o meu pai é polícia e mais forte que o teu". Reconheço que para um puto acabadinho de vir de uma das melhores universidades do mundo, com notas muito próximas do espectacular, aquela entrevista era uma hipótese única na vida para quem queria construir uma carreira! Mas há aqui um pormenor: Nem Galileo Galilei, nem Einstein, nem Miguel Ângelo, nem Newton, nem Darwin. Mestre Agostinho da Silva era O Homem! Tão grande foi que o seu pensamento talvez possa começar a ser compreendido daqui a 100 anos! Se o caro MEC não sentir VERGONHA das interpolações que levou a cabo naquela noite, então está muito pior do que eu pensara!
Considero o Pensamento de Agostinho património da Humanidade (para além da lusitaneidade, portugalidade e lusotropicalismo). Quem não acreditar nisto, não conhece. E é pena!
Como tal, EXIJO do MEC um Pedido de Desculpas.
Já agora, responde-me se te lembras bem de como respondeste "somos escravos do trabalho, do dinheiro, dos filhos..." à observação do Professor: "deixaremos de sacrificar o nosso humanismo quando deixarmos de trabalhar para poder viver", tu, que que não levantas essa peida balofa nem para escrever a meia dúzia de nulidades para o DNA. E dá-me cá a sensação que andas a comer bem para alimentar os teus cento e tal quilitos!
14 comentários:
Deixa... O Miguel Esteves Cardoso, depois de ter sido tão badalado( nem que para isso tivesse de recorrer a obscenidades em capas de obras suas, que é isso que realmente vende), hoje só oiço falar do seu nome quando as suas filhas são apresentadas num programa de televisão que lá arranjou um espacinho para mais umas entrevistas feitas por filhas de nomes pseudo sonantes.
O Agostinho da Silva pedurará por muitos anos, nem que seja no teu coração, com o enorme carinho que demonstras gurdar por ele.
Tenho muita pena de ter perdido, uma vez mais, a célebre entrevista; mas penso que não poderia existir, sequer, um braço de ferro intelectual. Bom post!
"São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim; porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem" (A.S., in "Cartas a um jovem Filósofo)
O amor é realmente fodido MEC, também a falta dele quando se cria ;)
Conheço pouco do professor, muito pouco mesmo, mas o suficiente para saber que era um homem como poucos. A sua frase acima transcrita saquei da net, parece-me a mim pouca a contribuição da net, relativamente, a uma figura como a dele. Temos pena...
He's not fashion!
Agora experimenta inserir no Google: "Douglas Coupland" ou "Paulo Coelho"
Apesar do MEC ter tentado chegar ao dedo mindinho da sabedoria de Agostinho da Silva naquela entrevista, estou em crer que só uma interpelação daquelas poderia mostrar toda a essência do génio. Ainda hoje o MEC deve-se sentir muito pequenino, porque teria de viver mais uma centena de vezes para equiparar-se ao Agostinho...
Se as tuas referências da adolescência não fazem sentido no presente isso é bom sinal. Espero mesmo que daqui a 10 anos penses da mesma forma ao leres o que escreveste neste post e que o Agostinho da Silva se mantenha inalterado na tua cabeça, entretanto, ainda mais madura.
Gordo, balofo e pai de duas gémeas, o MEC tem lugar no período compreendido entre os meus 15 e os 19 anos. Hoje quando leio os mails de passagens do homem solto gargalhadas. Um misto de "F...-se, quem publicou isto estava doido", e "na altura em que lia isto trocávamos de namorada lá no grupo bairro todas as semanas, fui de férias pela primeira vez sózinho e poucas coisas me azedavam." É este o mérito que o MEC tem quando o leio. Do livro "O amor é fodido" mantenho boas e gratas memórias. Foi a Bárbara que me ofereceu. Por ter criado a melhor revista de sempre (A saudosa K) desculpo-lhe tudo. É mais ou menos como o Miguel Sousa Tavares. Já lá vai o tmpo em que o senhor Verdades Absolutas (Um entre tantos que conheço) fazia algum sentido.
Ainda gosto de ver o senhor a chatear a Boca de charroco.
Obrigado Hacker, a minha vida sem ti não faria sentido. Um bem-haja ;)
Ó Hácker...
Pró teu galho JÁ!
Aaaiiiiii, o menino!!!
Háckaro...
Longe de mim ter-me como um virtuoso, mas...
...não dizer mal de ninguém é uma virtude!
Pensa nisso, que te faz melhor!
És boa onda... conserva-te! Mas olha que há uma ENORME diferença entre as conservas de abertura fácil e aquelas que te obrigavam, antigamente, a ires para um pic-nic munido daquelas cenas que pareciam uma chave! Nunca mais o Bom Petisco soube ao mesmo!
Foooood-Fiiiight!!!! Desafio-te para um duelo de batatas fritas encruadas e cheínhas d'óleo no refeitório!
Ya...
...vamos antes encomendar uma luta na lama entre a Helena Coelho e aquela gajinha do Curto Circuito!
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