... e já estou de partida. Prometo que, depois de Bangkok, volto em grande. Entretanto, as férias em Milfontes, esse retorno à infância e adolescência, na casa de sempre, imutável, deram alguns frutos!
sexta-feira, setembro 18, 2009
terça-feira, setembro 08, 2009
POEMA DE IR DE FÉRIAS
Tenho a vida por um fio
AZUL
rasga-me a boca um sorriso
AMARELO
grito por socorro
VERMELHO
na
VERDE
esperança de um dia tê-lo.
Agitam-se os dias em aurora boreal
policromático
TEMPO
que resta
sentado num trono
CARMIM
comanda-me esse
e o outro que passou
sou agora de um
SALMÃO
deslavado
mas terei sempre, JURO
textura de CETIM!
TOCA-ME, URSA!
AZUL
rasga-me a boca um sorriso
AMARELO
grito por socorro
VERMELHO
na
VERDE
esperança de um dia tê-lo.
Agitam-se os dias em aurora boreal
policromático
TEMPO
que resta
sentado num trono
CARMIM
comanda-me esse
e o outro que passou
sou agora de um
SALMÃO
deslavado
mas terei sempre, JURO
textura de CETIM!
TOCA-ME, URSA!
sexta-feira, setembro 04, 2009
City Cricket / Country Boy
Praça dos Restauradores.
Em frente ao posto dos CTT.
Ao lado do quiosque.
Do lado do Condes.
Do Hard Rock Café, perdão!
Por entre carros, SUV's, furgonetas, camiNHonetas, motociclos, velocípedes com motor, subsequentes buzinadelas e ronronares de motorização, falas das gentes, gritos dos infantes, música das janelas, telemóveis a tocar, zumbidos de néones, Country Boy consegue distinguir...
... um grilo!
Num mundo de cimento e alcatrão cri cri
Sargetas de águas fétidas sshh sshh cri cri
Calçadas de pastilhas derretidas ao sol e pisadas por transeuntes cloc cloc cri cri
Ruas negras de óleo de motor vrum vrum cri cri
Tampas de esgoto infecto sob os carros que passam clang clang cri cri...
... há, entre tudo isto, reduzidos círculos.
Como ilhas ao contrário num mar poluto.
Desenhados a compasso-de-cortar-calçada-portuguesa.
Onde pouca terra alimenta tímidas acácias e olaias e plátanos que urram por socorro nesse verde grito das árvores das cidades.
Mas o cinzentismo do humanus citadinus obliquos é surdo.
E o cri cri vem deste enfezado álamo curvado ao peso de maleitas múltiplas.
Apenas detectáveis por quem passa como todos deveriam passar por Lisboa.
De olhar erguido.
Country Boy aproxima-se.
Ela também.
Está em cima, na copa, no tronco, diz ela e outro que a eles se junta.
Os grilos estão sempre no chão, diz Country Boy, que aproxima a mão ligeira para que City Cricket denuncie a sua localização, silenciando-se. Fá-lo.
Agora é pessoal.
Country Boy perscruta a erva que cobre a terra, feita de minúsculos trevos, mirrados, agonizantes de fumos e pouco sol. City Cricket continua em silêncio. Ela e o outro continuam a teimar que o som vinha da copa. Mas City Boy já viu o orifício na casca da árvore, onde insere uma palha, batalha final insecto/homem que está, à partida, ganha. City Cricket salta, por fim, em pânico, e City Boy apressa-se a agarrá-lo para o recolocar naquele tão diminuto domínio de terra e ervas e árvore que nem para um grilo chega! Não adianta, já lá vai. E corre para uma morte quase certa! E tudo para que City Boy pudesse provar... nada!
Como quase tudo o que fez na vida...
Em frente ao posto dos CTT.
Ao lado do quiosque.
Do lado do Condes.
Do Hard Rock Café, perdão!
Por entre carros, SUV's, furgonetas, camiNHonetas, motociclos, velocípedes com motor, subsequentes buzinadelas e ronronares de motorização, falas das gentes, gritos dos infantes, música das janelas, telemóveis a tocar, zumbidos de néones, Country Boy consegue distinguir...
... um grilo!
Num mundo de cimento e alcatrão cri cri
Sargetas de águas fétidas sshh sshh cri cri
Calçadas de pastilhas derretidas ao sol e pisadas por transeuntes cloc cloc cri cri
Ruas negras de óleo de motor vrum vrum cri cri
Tampas de esgoto infecto sob os carros que passam clang clang cri cri...
... há, entre tudo isto, reduzidos círculos.
Como ilhas ao contrário num mar poluto.
Desenhados a compasso-de-cortar-calçada-portuguesa.
Onde pouca terra alimenta tímidas acácias e olaias e plátanos que urram por socorro nesse verde grito das árvores das cidades.
Mas o cinzentismo do humanus citadinus obliquos é surdo.
E o cri cri vem deste enfezado álamo curvado ao peso de maleitas múltiplas.
Apenas detectáveis por quem passa como todos deveriam passar por Lisboa.
De olhar erguido.
Country Boy aproxima-se.
Ela também.
Está em cima, na copa, no tronco, diz ela e outro que a eles se junta.
Os grilos estão sempre no chão, diz Country Boy, que aproxima a mão ligeira para que City Cricket denuncie a sua localização, silenciando-se. Fá-lo.
Agora é pessoal.
Country Boy perscruta a erva que cobre a terra, feita de minúsculos trevos, mirrados, agonizantes de fumos e pouco sol. City Cricket continua em silêncio. Ela e o outro continuam a teimar que o som vinha da copa. Mas City Boy já viu o orifício na casca da árvore, onde insere uma palha, batalha final insecto/homem que está, à partida, ganha. City Cricket salta, por fim, em pânico, e City Boy apressa-se a agarrá-lo para o recolocar naquele tão diminuto domínio de terra e ervas e árvore que nem para um grilo chega! Não adianta, já lá vai. E corre para uma morte quase certa! E tudo para que City Boy pudesse provar... nada!
Como quase tudo o que fez na vida...
terça-feira, setembro 01, 2009
The Journey
Mãe!
Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei
Traze tinta encarnada para escrever estas coisas! Tinta cor de sangue, sangue! Verdadeiro, encarnado!
Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!
Eu ainda não fiz viagens e a minha cabeça não se lembra senão de viagens!
Eu vou viajar. Tenho sede! Eu prometo saber viajar.
José de Almada Negreiros
No dia 28 de Setembro, uma sexta-feira para que conste, dIAZ vai à Bica com um grande Como Quem Não Quer a Coisa estampado na testa. E bebe comedidamente e fala, por telefone, com Cláudia, amiga e companheira e disponibilizadora de apontamentos das aulas de Relações Internacionais e confissora de ombro de choro de desamores almadenses e sorriso do tamanho do mundo e tudo e tudo de há 15 anos para cá. Que é, para que conste, também, uma vida. E que estava lá em cima, em frente ao Maria Caxuxa. A Cláudia, não a vida. E o dIAZ sobe e encontra-a, mais a Inês, que é também toda sorrisos perpétuos, e outras três amigas que lutavam, com afinco, com as palhinhas das Caipirinhas e Oskas e Ões e coisas com laranja ou limão e laranja e limão ao mesmo tempo e morangos e uma história qualquer do Ah e tal afinal já não há morangos vão ter que esperar / Mas esperar quanto tempo? Foram buscar os morangos / Não, não vai haver mais morangos / Então vamos esperar para quê ou lá o que era! Beberrica aqui, cervejola ali, Bica again, mais não sei quantas histórias e risadas e coisas e gargalhadas de faltar o ar e as miúdas estão felizes porque vão para a Tailândia dia 24 de Setembro (A Cláudia é habitué... lembro-me de uma tshirt que me trouxe com o logo do detergente Tide em caracteres Thai, ainda eu tinha abdominais e vestia o M e ficava bem). E depois vão ao Laos e ainda descem à Malásia. A Inês vai andar por lá dois meses. Ou seja, também eu estaria feliz. Ou seja, estou feliz porque ainda se fazem amizades em idade de consolidar outras. Ou, no caso de alguns, perder as que se fizeram no caminho!
Na segunda-feira o dIAZ chega à redacção e recebe a notícia... Vai para a Tailândia dia 22 de Setembro...
Cláudia: tuuuut... tuuuuuuuuuuut... tuuuuuuuuuuuut... Tou sim?
dIAZ - Cláudia, estou lá uns dias antes, quando chegares liga, ok?
Cláudia - Ok... conheço uns sítios do melhor em Bangkok!
dIAZ - BOUA!
Cláudia - Mas olha lá... de 150 países para ires e entre 365 dias para escolher...
dIAZ - Não é tão bom quando o Universo conspira a nosso favor?
PEDIDO DE DESCULPAS acompanhado de devida JUSTIFICAÇÃO
o dIAZ, poeta sensacionista do mORPHEU e Narciso do Egipto, vem por este meio pedir Mil e Uma DESCULPAS aos seus leitores (cerca de 2) por este longo interrégno que é, por definição, um longo intervalo entre dois reinados. Resta-me esperar que este desaparecimento de D. Sebastião não signifique, pois, que para aí venha um Felipe (Felipe II, em Espanha) armado em reformador.
Referirei apenas, e julgo que baste, que a minha inspiração está, neste momento, num nível a que nós, os verdadeiros artistas, chamamos de Badaróiano.
Para fazer mal, estou quieto.
E, tantas tantas vezes, quietinho é que se está bem.
Vejamos:
Da próxima que vos for oferecida uma sempre bem-vinda sessão de sexo oral (com happy ending, em gíria de anúncios nas centrais do 24Horas), experimentem contrariar os quase espásmódicos golpes de anca acompanhando o delicioso linguarejar em torno da glande (ou seja, fiquem mazé quietinhos) e vão ver a diferença!
PIM!
Referirei apenas, e julgo que baste, que a minha inspiração está, neste momento, num nível a que nós, os verdadeiros artistas, chamamos de Badaróiano.
Para fazer mal, estou quieto.
E, tantas tantas vezes, quietinho é que se está bem.
Vejamos:
Da próxima que vos for oferecida uma sempre bem-vinda sessão de sexo oral (com happy ending, em gíria de anúncios nas centrais do 24Horas), experimentem contrariar os quase espásmódicos golpes de anca acompanhando o delicioso linguarejar em torno da glande (ou seja, fiquem mazé quietinhos) e vão ver a diferença!
PIM!
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