Novilingua, previu Orwell...

Eu sei que há estratégias de marketing e publicidade que não sou suposto perceber...
Mas expliquem-me quão redutor para o universo feminino (caras feministas, é estar a chamar-vos a todas de burrinhas, consumistas acéfalas, que caem em cima das prateleiras das novidades nos hipermercados como moscas na merda e brasileiros em cabines telefónicas) e para todos os portugueses minimamente zelosos com a sua língua mátria, é ter na TV uma publicidade de um shampô com extracto de leite de oliva(?)!!!
OLIVA??? Quem é a OLIVA, pessoas??? Somos italianos, agora, é??? As nossas oliveiras não dão azeitonas??? Dão OLIVAS??? Azeite é azeite ou é "Olio de Oliva", ficando assim lado a lado com os outros óleos alimentares feitos de tudo quanto é merda (basta ter gordura) e ainda lubrificantes de motores? VA FANCULO, pá!


Sim, serve-me pepperoni à refeição que eu enfio-te três alheiras de Mirandela pela peida acima!!!

I Can't Resist!!!

Bem sei que esta cena de partilhar o livro que estamos a ler é infantilóide. Lembra-me o "já chegaste àquela parte em que o Tom Sawyer vê o Joe o Índio a matar o outro no cemitério"?
Mas não resisti! Aí vem mais uma deixa do Gonçalo Cadilhe, o tal da "volta ao mundo de todas as maneiras e feitios menos de avião porque tenho medo". E faz muito bem:
"Na fronteira da Costa Rica espero em fila para entregar o passaporte. à minha frente está um velhote europeu, deve ter uns 74 anos, viaja com a sua mochilita, o boné de basebol, sapatilhas e shorts. A menina da "migración" pergunta, sem olhar para o passaporte: "Donde é o senhor?" O homem responde: "País Basco." Ela fica uns momentos a pensar, confundida. Depois exclama, contente com a resolução da charada: "Ah, vos sois de España! Verdad?" Pergunta-lhe ainda quanto tempo pensa ele permanecer na Costa Rica. Mais uma vez a resposta pronta: "Uma semana, se entretanto não me casar." Dou-lhe umas palmadinhas nas costas e desato a rir.
Chega a minha vez. A menina não olha para o passaporte: "Donde é o senhor?" Portugal, respondo. os mesmos momentos de confusão, depois exclama, contente com a resolução da charada: "Ah vos tanbién sois de España! Verdad?" Também tenho a resposta pronta: "Já fomos, mas eu ainda não era nascido." O velhote basco dá-me umas palmadinhas nas costas e desata a rir."



Hmmm... já pensei menos nisso!

Slow Morning...

Acordei muito devagar. Sabia ao que ia. Com calma. No caminho, preparei o cérebro, tipo limpar a casa antes de receber uma visita que consideramos importante. Às 11 em ponto entrei, sentei-me e esperei. A sala escurece e identifico os primeiros acordes. Reverencio-os! Em 2005, alguns dos novos (bons) cantores que por aí andam juntaram-se para prestar homenagem ao Último Trovador do Mundo. Interpretaram aqueles que eram os seus temas preferidos, cada um com as suas razões, e assim nasceu o documentário "Leonard Cohen - I'm Your Man". Vai estar em exibição no IndieLisboa no próximo dia 28 de Abril, às 18h30 no Fórum Lisboa, à Avenida de Roma. Eu antecipei a coisa. E cheguei às minhas conclusões. Para quem tem a música por religião, o panteão varia consoante os gostos, mas existe! O meu é simples: Os Deuses Leonard Cohen, Lou Reed, David Bowie e Nick Cave fazem-se rodear de um coro de anjos a que eles próprios deram origem. Do Antony ao Rufus, do Drake ao Buckley, do Black Francis ao Tom Yorke, do Jarvis Cocker ao Damon Albarn. Não são uns quaisquer querubins. Estes vêem-se e sentem-se. E tornam o mundo melhor!

Hoje Apetece-me Estar Indignado!!!

Esta Nação merece um Estado melhor!

Assim, e tendo em conta que já não há remédio para Portugal (pelo menos para os realistas, porque de sonhadores estamos todos fartos), só há um remédio: Cérebros do meu país, jovens empreendedores, jovens não tão empreendedores mas minimamente intiligentes, malta com vontade de fazer coisas interessantes, VAMOS FUGIR! Não lhe chamem emigração, é mesmo um êxodo, VAMOS TODOS BAZAR deste antro de inúteis chupistas, chulos, e fideputas! Deixemos Portugal entregue aos bichos!

Nada temam! Daqui a dois mil anos alguém se lembrará de que esta é a nossa terra prometida, haverá um ditador qualquer que perseguirá os portugueses, matará uns quantos (seis milhões ou um número redondo parecido) e teremos toda a desculpa para regressar e TOMAR ISTO À FORÇA!

Fui!